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  • “A escrita de palavras corretas de verdade”

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  • “A escrita de palavras corretas de verdade”
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1970
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1970
w70 15/6 pp. 361-367

“A escrita de palavras corretas de verdade”

“O congregante procurou achar palavras deleitosas e a escrita de palavras corretas de verdade.” — Ecl. 12:10.

1. Quando é uma história de proveito e valor real para nós?

QUEM não gosta de ouvir ou ler uma boa história? Se a história for apresentada com palavras escolhidas com perícia e expressas com precisão de sentido, ela aumentará o prazer que se tem ao passo que a história se desenrola. Se for uma história da vida real, tornar-se-á realmente proveitosa para nós, quando for contada sem que se deturpem as coisas ou sem exagero, mas com “palavras de verdade”, de modo correto e imparcial. Assim aprendemos a verdade que perdura e prevalece, e que tem valor real para nós.

2. No uso de que se agrada o próprio contador da história, e o que se deve dar quando apresentamos uma mensagem escrita que significa vida eterna para os que a aceitam?

2 Quanto ao próprio contador da história, ele também tem prazer de contar a história com palavras que agradam até mesmo a ele usar. Visto que ele ama a verdade e deseja edificar os que ficam absortos na sua história, procura conscienciosamente contá-la corretamente com “palavras de verdade”. É correto que ele conte tais “palavras de verdade”. Uma vez que isso se dá com qualquer história, quanto mais se deve dar no caso em que, por meio da escrita, apresentamos a mensagem que significa vida eterna para os que a recebem!

3. Por que pode Salomão ser chamado tal contador sincero de histórias?

3 O rei mais sábio dos tempos antigos, Salomão de Jerusalém, foi tal sincero contador de história ou portador de mensagem. Já leu as dezenas de seus provérbios contidos no livro bíblico de Provérbios? Ou a sua bela história de amor contada no livro bíblico de O Cântico de Salomão? Ou a sua sabedoria expressa no livro bíblico de Eclesiastes, escrito para pessoas que desejam saber o objetivo da vida, que na maioria dos casos parece ser vaidade e frustração? Se já tiver lido estes livros bíblicos, então saberá avaliar a excelente escolha de palavras que Salomão fez para se harmonizarem com idéias excelentes. Quão belos ou fiéis à vida real são os seus provérbios! Quão bom é o seu conselho!

4. Apesar de Salomão ser inspirado, o que tinha de ser e fazer, e onde menciona isso?

4 É verdade que ele foi inspirado pelo espírito de Deus, quando escreveu a sua parte da Bíblia Sagrada. No entanto, tinha de ter amor à verdade, tinha de esforçar-se, bem como a sua mente, para expressar a verdade dum modo atraente, com palavras de significado correto. Estas não lhe ocorreram automática ou espontaneamente. Teve de procurar achar coisas para dizer ou escrever, e também teve de achar a linguagem correta, com que expressá-las. Perto do fim do seu livro inspirado de Eclesiastes, ele escreve a respeito do esforço pessoal que foi necessário da sua parte. Diz com referência a si mesmo: “O congregante procurou achar palavras deleitosas e a escrita de palavras corretas de verdade.” — Ecl. 12:10.

5. (a) Que nome deu Salomão a si mesmo, e que responsabilidade lhe impôs isto? (b) De que modo é ele um exemplo para nós?

5 Note que Salomão chama a si mesmo de “o congregante” e não apenas de “pregador”. “Congregante” de quem era Salomão? Da própria congregação de Deus, da congregação do próprio povo de Salomão, da antiga nação escolhida de Deus. Isto aumentou tanto mais a responsabilidade de Salomão, pois esta congregação específica merecia que se lhe dissesse e escrevesse a verdade. A fim de estar à altura do nome que deu a si mesmo, Qoheleth em hebraico, ou “congregante” em português, ele procurou ajuntar seu povo em união. Ele, como rei, tinha de falar, escrever e ensinar de tal modo que os mantivesse unidos como adoradores do único Deus vivente e verdadeiro, a quem Salomão chamou de Jeová. Salomão conhecia a importância das palavras, o poder oculto das palavras. Portanto, com relação ao que ele falava, escrevia e ensinava, esforçava-se a pensar em “palavras deleitosas”, em “palavras corretas”. Salomão conseguiu isso de modo magnífico, e é nisto que ele nos dá exemplo.

6, 7. (a) De que importância são as palavras para o pensamento, e de onde obteve o homem a sua faculdade de raciocínio? (b) Provando que não se trata de mera tradição criada pela imaginação, que registro escrito possuímos na Bíblia?

6 Poderia alguém até mesmo pensar sem palavras! Não! As criaturas inferiores, os animais, as aves, os peixes, os insetos, não pensam; agem por instinto e respondem ao som, à vista e ao tato. O pensamento precisa ser feito numa linguagem. A linguagem precisa ser expressa em palavras gramaticalmente ligadas para formar uma idéia ou um conceito mental. As criaturas humanas podem pensar. Onde obtiveram esta faculdade de raciocínio? Não de alguma célula viva, sem cérebro, sem mente, quimicamente criada, que se desenvolveu sozinha e que subiu a escada da vida para se tornar homem ou mulher. As criaturas humanas a devem ter recebido de fora. Deve ter procedido dum pensador, de alguém familiarizado com pensamentos, que sabe como funcionam e que criou o cérebro. A faculdade do raciocínio deve ter vindo de fora. É uma dádiva! De que ou de quem se originou, somente do Criador, de Deus. Este fato não é mera tradição humana, invenção da imaginação. Existe um registro disso em palavras escritas, as quais, traduzidas ao português moderno, rezam:

7 ”E Deus prosseguiu, dizendo: ‘Façamos o homem à nossa imagem, segundo a nossa semelhança, e tenham eles em sujeição os peixes do mar, e as criaturas voadoras dos céus, e os animais domésticos, e toda a terra, e todo animal movente que se move sobre a terra.’ E Deus passou a criar o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. Ademais, Deus os abençoou e Deus lhes disse: ‘Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra, e sujeitai-a, e tende em sujeição os peixes do mar, e as criaturas voadoras dos céus, e toda criatura vivente que se move na terra.’” — Gên. 1:26-28.

8. (a) Como sabemos se Ele falava consigo mesmo quando fez aquela declaração a respeito da criação do homem? (b) De que modo mostrou Deus assim ser o criador da fala, da linguagem e da gramática?

8 Este registro apresenta a Deus como Pensador, como Conversador e como Criador das criaturas humanas com cérebros nos seus crânios. Antes de Deus falar, dizendo: “Façamos o homem à nossa imagem, segundo a nossa semelhança”, Deus pensou. A fim de pensar, recordou-se de palavras contendo idéias. Antes de fazer qualquer criatura inteligente, ele pensou, e não precisou da companhia de nenhuma outra pessoa viva. Não falava consigo mesmo, embora pensasse com palavras portadoras de idéias. Quando ele disse, segundo Gênesis 1:26: “Façamos”, não falou consigo mesmo ao expressar a sua decisão pessoal. Falou pelo menos com mais alguém. De acordo com as partes restantes da Bíblia, este outro foi a sua primeira criação, uma criação celeste, seu primeiro filho espiritual, feito diretamente por Deus sem qualquer intermediário. Deus tinha o propósito de se comunicar com este Filho. Por isso, Deus o criou com a faculdade de raciocínio e o devido acompanhamento, a faculdade de falar. Este Filho pôde falar imediatamente, pôde formular palavras e juntá-las de modo gramatical. Deus criou assim a língua, criou a linguagem, e, visto que a linguagem exige gramática, Ele criou a gramática.

9. Como usou Deus, então, este Filho, mostrando assim ainda mais ser ele o criador da língua e o maior gramático?

9 Não sabemos em que língua Deus falou com este primeiro filho Seu. (Rev. 3:14; Col. 1:15-18) Daí, por intermédio deste Filho, Deus criou outras criaturas espirituais, criaturas querubínicas, criaturas serafínicas e anjos. Deus produziu para elas a sua língua original, segundo a capacidade destas criaturas falantes. Criou toda a sua faculdade vocal, para falarem a sua língua em estilo gramatical apropriado. Inventou para elas a sua gramática. Deus é o maior Gramático. Estas criaturas espirituais compreendiam quando Deus lhes falava, e podiam responder dum modo que lhe fosse compreensível. — Sal. 103:20.

10. (a) Que língua não é alistada pela Academia de Línguas, e por que não? (b) Se o apóstolo Paulo tivesse sido capaz de falar tais línguas, o que deveria possuir além disso, a fim de não ser mero produtor de som?

10 A lista das línguas compiladas pela moderna Academia de Línguas não inclui nenhuma língua angélica, pois os homens nunca a ouviram e não sabem como é. A Academia talvez zombe disso. Mas o apóstolo cristão Paulo, aquele homem do primeiro século de muita experiência espiritual, fala duma língua angélica quando escreve: “Se eu falar em línguas de homens e de anjos, mas não tiver amor, tenho-me tornado um pedaço de latão que ressoa ou um címbalo que retine.” (1 Cor. 13:1) Paulo sabia falar diversas línguas ou idiomas, pelo menos o hebraico e o grego do primeiro século de nossa Era Comum. Não falava nenhuma língua de anjos, e, sem dúvida, não o sabia fazer, porque os anjos têm capacidade vocal além do alcance do homem. Mesmo que Paulo soubesse falar a língua dos anjos, porém, ainda assim não tivesse amor semelhante ao de Deus como motivação para falar e agir, teria sido semelhante a um pedaço de latão que ressoa ou a um címbalo que retine. Teria sido apenas como Satanás, o Diabo, e seus demônios espirituais, que falam a língua dos anjos, mas que não têm amor, senão ódio assassino.

11. (a) Em que língua falou o anjo de Deus com Abraão, fazendo que promessa depois de este ter tentado sacrificar Isaque? (b) Em que línguas se escreveu a Bíblia, e pelos descendentes de quem?

11 Por conseguinte, quando Deus enviou seus anjos para falar com os homens, falaram nas línguas humanas daquele ou daqueles a quem se dirigiram, não na língua que os anjos falam entre si no céu. Possuímos registros que indicam que falaram com homens, aos quais se materializaram ou apareceram em visões, no hebraico, no aramaico e no grego do primeiro século, línguas em que se escreveu a Bíblia Sagrada. Por exemplo, Deus, por meio de seu anjo, disse a Abraão, o hebreu, logo depois de ele ter-se mostrado disposto a oferecer o seu filho Isaque como sacrifício religioso: “Seguramente te abençoarei e seguramente multiplicarei a tua descendência como as estrelas . . . E todas as nações da terra hão de abençoar a si mesmas por meio de tua descendência, pelo fato de que escutaste a minha voz.” (Gên. 22:17, 18) Abraão compreendeu o que se lhe disse desde o céu, e ele se regozijou na esperança de que, certo dia, todas as nações da terra seriam abençoadas por meio de sua descendência. É de interesse notar que todos os livros da Bíblia Sagrada foram escritos por membros da descendência de Abraão, para serem lidos e compreendidos por pessoas de todas as nações, para o seu proveito eterno.

12. Em que língua falou o anjo com Daniel, e o que ele disse em explicação duma visão do Reino?

12 Séculos depois, a grandemente multiplicada descendência de Abraão incluiu o profeta Daniel. Um anjo apareceu a Daniel em “visões durante a noite”, na cidade de Babilônia, no rio Eufrates, e falou-lhe em aramaico. Explicando as visões dadas a Daniel, o anjo disse, falando em aramaico: “E o reino, e o domínio, e a grandiosidade dos reinos debaixo de todos os céus foram entregues ao povo que são os santos do Supremo. Seu reino é um reino de duração indefinida e a eles é que servirão e obedecerão todos os domínios.” (Dan. 7:1-4, 23, 27) Daniel escreveu estas visões em aramaico.

13. Que anúncio do Reino, e em que idioma, ouviu João ser dito no céu por altas vozes?

13 No último livro alistado da Bíblia Sagrada, na revelação dada ao apóstolo João, por volta do ano 96 E. C., este ouviu vozes altas no céu dizer: “O reino do mundo tornou-se o reino de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.” (Rev. 11:15) João escreveu isso no grego comum do primeiro século.

INVENÇÃO DE MUITAS LÍNGUAS HUMANAS

14, 15. (a) Que pergunta surge hoje em dia, visto que todos nós somos descendentes daqueles que falaram aquela única língua original? (b) Que mensagem de paz e em que língua deu o anjo de Deus aos sobreviventes do Dilúvio?

14 Hoje há muito mais línguas do que o hebraico, o aramaico e o grego comum em que se escreveu a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Um dos fatores importantes que aumenta as razões de não termos hoje paz mundial é que temos tantos idiomas, de modo que não nos podemos compreender diretamente um ao outro. Por que se dá que, visto que todos nós descendemos do primeiro homem e da primeira mulher que Deus criou no Jardim do Éden, não falamos hoje todos a mesma língua daqueles primeiros dois humanos? O profeta Noé e os sete outros passageiros com ele, que sobreviveram ao dilúvio global há quarenta e três séculos passados, falaram todos o mesmo idioma na arca em que foram preservados vivos. Tratava-se do mesmo idioma falado pelo primeiro casal humano, apenas ampliado durante os 1.656 anos desde a criação do primeiro homem até o Dilúvio. Após aquele Dilúvio, depois de Noé e os outros sobreviventes terem saído da arca, no monte Ararate, no sudoeste da Ásia, Deus falou com eles por meio do seu anjo. Fez aparecer um símbolo de paz, o arco-íris, e deu-lhes uma mensagem de paz. Disse-lhes no seu único idioma:

15 “Sede fecundos e tornai-vos muitos e enchei a terra. . . . Dou deveras o meu arco-íris na nuvem, e ele terá de servir de sinal do pacto entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer uma nuvem sobre a terra, então é que aparecerá o arco-íris na nuvem. E hei de lembrar-me do meu pacto entre mim e vós, e toda alma vivente dentre toda a carne; e as águas não se tornarão mais um dilúvio para arruinar toda a carne.” — Gên. 9:1, 13-15.

16. Por aproximadamente quanto tempo continuou a humanidade a ter uma só língua, e quem tomou a decisão de haver grupos lingüísticos, e por quê?

16 Por mais de duas gerações, ou por aproximadamente cento e oitenta anos após o Dilúvio, a língua de Noé e de seus descendentes continuou a ser uma só. A “escrita de palavras corretas de verdade”, conforme encontrada na Bíblia inspirada, diz: “Ora, toda a terra continuava a ter um só idioma e um só grupo de palavras.” (Ecl. 12:10; Gên. 11:1) Pois bem, decidiram os homens, naquela ocasião, fazer algo acadêmico ou erudito e começar a falar em línguas diferentes! Não! Por que é que teriam eles tal idéia? Antes, foi Deus quem decidiu inventar novas línguas humanas. Ele previu o poder divisor duma confusão de línguas entre os homens. Achou bom separá-los em grupos lingüísticos e assim tornar difícil que se compreendessem mutuamente e se dessem bem juntos.

17. Em que projeto trabalhavam os homens nas planícies de Sinear, e como causou Deus um grande revés a este projeto?

17 Naquele tempo específico, os descendentes de Noé que se haviam mudado para as planícies de Sinear, na Mesopotâmia, uniram-se numa obra má, contrária à vontade de Deus, conforme declarada a Noé e seus filhos após o Dilúvio. Aquelas pessoas rebeldes, falando uma só língua que todos entendiam, decidiram construir uma cidade ali como centro de adoração religiosa, com uma torre que seria um arranha-céu, e assim fazer para si um nome célebre. O Deus Todo-poderoso, para causar um revés a este projeto, decidiu desfazer a sua ação unida por inventar e implantar neles idiomas diferentes, eliminando toda lembrança de sua anterior língua comum. De repente, enquanto trabalhavam juntos harmoniosamente no seu projeto de construção em desafio a Deus, começaram a falar línguas diferentes e ficaram em tal confusão, que se viram obrigados a romper relações entre si e a separar-se. Aparentemente, apenas um grupo lingüístico permaneceu na cidade incompleta com a sua torre religiosa, debaixo de Ninrode.

18. (a) O que mostra que não se tratava duma invenção humana, mas que era um milagre divino? (b) Por que era ainda mais notável o milagre das línguas no dia de Pentecostes entre os discípulos de Cristo?

18 Como poderia acontecer tal coisa, instantaneamente, se não fosse da parte do Deus Todo-poderoso, Ele deu a cada grupo um idioma diferente com a sua própria gramática e coleção de palavras, de modo que começaram imediatamente a falar o novo idioma de modo perfeito. Não se tratava duma invenção humana, e por meio desta façanha milagrosa, Deus mostrou que era o Gramático-Mestre, o maior Gramático até hoje. Não se tratava dum precedente para o dia festivo de Pentecostes do ano 33 E. C., quando se derramou o espírito santo de Deus sobre os cento e vinte discípulos de Jesus Cristo, em Jerusalém, e eles de repente começaram a falar em muitas línguas que nunca haviam estudado nem aprendido. No entanto, aquele evento antigo nas planícies de Sinear ilustrou e exemplificou o que o Deus Todo-poderoso pôde fazer mais tarde, no dia de Pentecostes, em Jerusalém. E o que era ainda mais notável, aqueles discípulos de Jesus Cristo, embora tivessem de repente o dom de poder falar novos idiomas, não se esqueceram de sua língua original, o hebraico. De modo que não vieram a estar em confusão, nem se separaram. O um só espírito de Deus sobre eles os manteve unidos na pregação de Seu reino. — Atos 2:1-21.

19. (a) Qual é o significado do nome dado à cidade, e o que se levou dela, além das novas línguas? (b) A língua de quem não foi mudada e por quê?

19 Por causa da confusão das línguas que houve lá naquele tempo, nas planícies de Sinear, a cidade, cujo programa de construção sofreu um revés tão terrível, foi chamada de Babel. E isso foi bem apropriado, pois este nome significa “Confusão”. Os de língua grega a chamavam de Babilônia. (Gên. 11:2-9) Isto aconteceu nos dias de Ninrode, bisneto de Noé. Ninrode veio a ser chamado de “poderoso caçador em oposição a Jeová”, e Gênesis 10:8-10 chama a este poderoso caçador de primeiro rei de Babel, pois, “o princípio do seu reino veio a ser Babel”. Partindo desta cidade, os diversos grupos lingüísticos que abandonaram a construção da cidade levaram consigo a religião falsa, babilônica, às diversas partes da terra, às quais foram espalhados. A família humana tornara-se assim uma raça poliglota ou multilíngüe. O profeta Noé e seu filho Sem, que temia a Deus, não participaram na construção da cidade e da torre de Babel. Portanto, sua língua não foi mudada. Continuaram a falar entre si a mesma língua original. — Gên. 9:26-29.

20. (a) Que profissão nova se criou então, e quem fez uso dela durante uma fome no antigo Egito? (b) No caso de quem houve traduções ou interpretações inspiradas?

20 Por causa da confusão das línguas que Deus iniciou em Babel, criou-se uma nova profissão, a de intérprete ou tradutor. Aconteceu assim que, em certa ocasião, um descendente de Sem, a saber, José, bisneto de Abraão, usou um intérprete. Seus irmãos ciumentos o haviam vendido como escravo ao Egito, mas, treze anos depois, Deus fez que José se tornasse primeiro-ministro e administrador de alimentos do Egito, por causa duma predita fome mundial. Durante a própria fome, quando seus irmãos desceram ao Egito para comprar gêneros alimentícios, não reconheceram a José. Uma das coisas que ocultou a sua identidade era que José não lhes falava em hebraico, e por isso usou um intérprete egípcio-hebraico. Conforme diz Gênesis 42:23: “Havia um intérprete entre eles.” Isto se deu no século dezoito antes de nossa Era Comum. Desde então se multiplicaram os intérpretes. Tais intérpretes não eram inspirados. Apenas no caso da congregação cristã, à qual se deu o dom milagroso de falar em línguas estrangeiras, nos dias dos apóstolos de Cristo, deu-se também o dom milagroso da interpretação de línguas. — 1 Cor. 14:13-28.

TRADUÇÃO DA BÍBLIA

21. (a) Para haver uma tradução exata, a escolha de que é necessária, e o que seria necessário para uma tradução absolutamente perfeita? (b) Quando foram traduzidas as Escrituras Hebraico-Aramaicas, e que nome se deu a esta primeira tradução?

21 Para se fazer uma tradução exata ou dar uma interpretação verdadeira, precisa haver o uso de palavras corretas num idioma, que correspondam às no idioma que está sendo interpretado ou traduzido. Nos dias dos apóstolos cristãos, as interpretações feitas pelos cristãos dotados do poder milagroso da interpretação ou tradução eram perfeitas, absolutamente corretas, pois a interpretação era inspirada. (1 Cor. 12:4-11, 27-30) Os escritos mais importantes a serem interpretados são as Escrituras Sagradas, a Bíblia Sagrada. Por volta do quinto século antes de nossa Era Comum, os escritos inspirados por Deus, em hebraico e aramaico, se achavam completos na forma de trinta e nove livros, conforme hoje os contamos. Depois de o grego comum se ter tornado a língua internacional, no século seguinte, os judeus de língua grega, em Alexandria, no Egito, iniciaram uma tradução destas Escrituras Sagradas do hebraico para o grego. Esta veio a ser conhecida como a Versão dos Setenta, ou Septuaginta ou LXX, por causa da tradição de que originalmente uns setenta tradutores judaicos estavam envolvidos nela. Septuaginta significa “Setenta”.

22. (a) Era inspirada esta primeira tradução, e era tal tradução contrária a vontade e ao espírito de Deus? (b) Quando os discípulos de Cristo escreveram as inspiradas Escrituras Gregas, como citaram eles as Escrituras Hebraicas e por quê?

22 A Versão dos Setenta grega das Escrituras Hebraicas não era inspirada pelo espírito de Deus, mas não era contrária ao espírito de Deus. Foi da vontade de Deus que a sua Palavra inspirada fosse traduzida em tantos idiomas do mundo quantos fosse possível, antes de seu reino, por Jesus Cristo, assumir o controle completo de toda a terra. Ao se escreverem as inspiradas Escrituras Gregas, em vinte e sete livros, quatro dos apóstolos de Cristo e quatro de seus outros discípulos citaram centenas de vezes as inspiradas Escrituras Hebraicas. As vezes citaram-nas diretamente da Versão dos Setenta grega; outras vezes fizeram as suas próprias traduções diretas das Escrituras Hebraicas. Fez-se isso para mostrar que estas Escrituras Hebraicas eram realmente “palavras de verdade” e que se estavam cumprindo com relação à congregação cristã e a sua obra de pregar o reino de Deus.

23. (a) Como indicou Jesus Cristo de modo indireto que a Bíblia teria de ser traduzida em muitos idiomas? (b) Quando compreenderam os seus discípulos o significado disso, e o que fizeram neste sentido?

23 Quando Jesus Cristo, o Filho de Deus, falou aos seus discípulos após a sua ressurreição dentre os mortos e alguns dias antes de sua ascensão ao céu, ele indicou que as Escrituras Sagradas, a Bíblia Sagrada, seriam traduzidas em muitos idiomas. Ele disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei.” (Mat. 28:18-20) Profetizara também anteriormente: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mat. 24:14) Após o derramamento do espírito santo de Deus sobre os discípulos de Cristo, no dia de Pentecostes de 33 E. C., estes compreenderam o significado destas palavras e começaram a traduzir e a escrever traduções das Escrituras Sagradas nas línguas das nações entre as quais pregavam o reino de Deus e faziam discípulos. Relata-se que o apóstolo Mateus escreveu seu Evangelho primeiro em hebraico e que depois o verteu em grego.

24. (a) Sabendo que a Bíblia é uma obra-prima literária, o que se esforçaram em fazer estes tradutores conscienciosos? (b) Que progresso houve na tradução da Bíblia, e que sociedade é hoje classificada entre as principais sociedades impressoras e divulgadoras da Bíblia?

24 Em pouco tempo se fizeram traduções das Escrituras Sagradas nos antigos idiomas então prevalecentes, tais como o latim, o siríaco, o etíope, o árabe, o persa e assim por diante. Os tradutores sabiam que a Bíblia Sagrada é uma obra-prima de literatura, e esforçavam-se conscienciosamente a vertê-la nos diversos idiomas pelo uso de “palavras deleitosas” e “palavras corretas de verdade”, que transmitissem fielmente o pensamento das Escrituras inspiradas. Apesar da tremenda oposição da parte do grupo religioso dominante da cristandade, a tradução da Bíblia Sagrada nos idiomas do povo comum tem prosseguido até agora. Hoje em dia, há traduções da Bíblia Sagrada disponíveis em 1.337 ou mais idiomas, quer inteira quer em parte. Formaram-se sociedades para a impressão e a divulgação das Escrituras inspiradas. Atualmente, uma das principais sociedades impressoras e divulgadoras da Bíblia é a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, E. U. A., com filiais em noventa e quatro terras e grupos de ilhas.

[Foto na página 365]

Os que trabalharam na Torre de Babel em desafio a Deus começaram de repente a falar línguas diferentes e a entrar numa confusão que os separou.

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