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ALCATRÃO
Veja BETUME.
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A respeito do verbo philéo, comenta Vine: “[Este] deve ser diferençado de [agapáo] no sentido de que philéo representa mais de perto a terna afeição. . . . Novamente, amar [philéo] a vida, proveniente do desejo indevido de preservá-la, esquecendo-se o real objetivo de se viver, recebe a repreensão do Senhor, João 12:25. Inversamente, amar a vida [agapáo], conforme usado em 1 Ped. 3:10, é levar em conta os verdadeiros interesses de se viver. Aqui, a palavra [philéo] seria muitíssimo inapropriada.” (Pp. 21, 22)
O “Dicionário Grego do Novo Testamento”, em inglês, de James Strong, comenta sobre philéo: “Ser amigo de (gostar de [uma pessoa ou um objeto]), i. e., ter afeição por (denotando apego pessoal, como questão de sentimento ou de afeto; ao passo que [agapáo] é mais amplo, abrangendo espec. o critério e a aquiescência deliberada da vontade como questão de princípios, de dever e de correção . . . .)”
Por conseguinte, agápe tem o significado de amor guiado ou governado por princípios. Pode incluir ou não a afeição ou o gostar. Que agápe pode incluir afeição e calor pessoal é evidente em muitos trechos. Em João 3:35, Jesus disse: “O Pai ama [agapaí] ao Filho.” Em João 5:20, ele disse: “O Pai tem afeição pelo [phileí] Filho.” Por certo, o amor de Deus por Jesus Cristo é acompanhado de grande afeição. Ele também explicou: “Quem me ama [agapón], será amado [agapethésetai] por meu Pai, e eu o amarei [agapéso].” (João 14:21) Este amor do Pai e do Filho é acompanhado de terna afeição por tais pessoas amorosas. Os adoradores de Jeová têm de amá-lo, e a seu Filho, bem como uns aos outros, do mesmo modo. — João 21:15-17.
Assim, embora se diferencie pelo respeito aos princípios, agápe não é insensível; de outra forma não diferiria da justiça fria. Mas não é governado pela emoção ou sentimento; jamais ignora princípios. Os cristãos mostram corretamente agápe para outros, aos quais talvez não sintam afeição, e de quem talvez nem sequer gostem, fazendo isso para o bem-estar deles. (Gál. 6:10) Todavia, embora não sintam afeição, deveras sentem compaixão e sincero interesse por tais concriaturas humanas, até os limites e da forma que os princípios justos permitam e orientem.
No entanto, ao passo que agápe se refere ao amor governado por princípios, há princípios bons e maus. Uma espécie errada de agápe poderia assim ser expressa, guiada por maus princípios. Exemplificando, Jesus disse: “Se amardes [agapáte] aos que vos amam, de que mérito é isso para vós? Pois até mesmo os pecadores amam aos que os amam. E, se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, realmente, de que mérito é isso para vós? Até os pecadores fazem o mesmo. Também, se emprestardes sem juros àqueles de quem esperais receber, de que mérito é isso para vós? Até mesmo pecadores emprestam sem juros a pecadores, para receberem de volta o mesmo.” (Luc. 6:32-34) O princípio à base do qual operam tais pessoas é: ‘Faça-me o bem e eu também lhe farei o bem.’
Jesus ordenou: ‘Amai [agapáte] os vossos inimigos.’ (Mat. 5:44) O próprio Deus estabeleceu esse princípio, como declara o apóstolo Paulo: “Deus recomenda a nós o seu próprio amor [agápen], por Cristo ter morrido por nós enquanto éramos ainda pecadores. . . . Pois se nós, quando éramos inimigos, ficamos reconciliados com Deus por intermédio da morte de seu Filho, muito mais agora, que temos ficado reconciliados, seremos salvos pela sua vida.” (Rom. 5:8-10) Um caso notável de tal amor é o modo de Deus lidar com Saulo de Tarso, que se tornou o apóstolo Paulo. (Atos 9:1-16; 1 Tim. 1:15) Por conseguinte, amar nossos inimigos deve ser governado pelo princípio estabelecido por Deus e deve ser exercido em obediência a seus mandamentos, quer tal amor seja quer não acompanhado de qualquer calor humano ou afeição.
DEUS
Escreve o apóstolo João: “Deus é amor.” (1 João 4:8) Ele é a própria personificação do amor, que é sua qualidade dominante. O inverso, contudo, não é verdadeiro, de que o ‘amor (qualidade abstrata) é Deus’. Ele se revela na Bíblia como uma Pessoa, e fala, em sentido figurado, de seus “olhos”, de suas “mãos”, de seu “coração”, de sua “alma”, etc. Também possui outros atributos, entre eles a justiça, o poder e a sabedoria. (Deut. 32:4; Jó 36:22; Rev. 7:12) Ademais, Ele possui a capacidade de odiar, qualidade que é o total oposto do amor. Seu amor à justiça exige que odeie a iniqüidade. (Deut. 12:31; Pro. 6:16) O amor inclui sentir e expressar calorosa afeição pessoal, que só uma pessoa pode ter, ou que pode ser dirigida a uma pessoa. Por certo, o Filho de Deus, Jesus Cristo, não é uma qualidade abstrata, e ele falou de estar junto de seu Pai, trabalhando com ele, agradando-o, ouvindo-o, e de os anjos contemplarem a face de seu Pai, coisas impossíveis para uma simples qualidade abstrata. — Mat. 10:32; 18:10; João 5:17; 6:46; 8:28, 29, 40; 17:5.
Evidência de seu amor
É abundante a evidência de que Jeová, o Criador e Deus do universo, é amor. Pode-se ver isto na própria criação física. Com que notável cuidado ela foi feita para a saúde, o prazer e o bem-estar do homem! O homem foi feito, não só para existir, mas para ter prazer em comer, para deleitar-se em ver as cores e a beleza da criação, em ter a companhia dos animais e, em especial, de suas concriaturas, em comunicar-se com elas, e para gozar outros incontáveis deleites da vida. (Sal. 139:14, 17, 18) Mas Jeová demonstrou seu amor ainda mais ao fazer o homem à sua imagem e semelhança (Gên. 1:26, 27), tendo a capacidade de amar e de ter espiritualidade, e ao revelar a si mesmo
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