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  • Combata a indiferença com a perseverança!
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
w69 15/12 pp. 754-760

Combata a indiferença com a perseverança!

“Recomendamo-nos de todo modo como ministros de Deus, na perseverança em muito.” — 2 Cor. 6:4.

1. Que advertência pregava Jeremias, e qual era a reação do povo?

NO DÉCIMO terceiro ano do Rei Josias de Judá, que temia a Deus (647 A. E. C.), Jeová comissionou a Jeremias para advertir os súditos dele que o reino de Judá ia cair e que uma medonha desolação sobreviria à sua cidade capital de Jerusalém e ao país inteiro. Era razoável de se esperar que essas pessoas dessem atenção a tal aviso, em vista da reputação de exatidão que os profetas de Jeová tinham estabelecido durante os mais de oitocentos anos que se haviam passado desde que o povo entrara em relação pactuada com Ele. Mas, aquela geração, que viveu durante os quarenta anos da pregação de Jeremias, era indiferente para com as suas advertências. Recusaram-se a escutá-lo.

2, 3. (a) Qual é o significado de indiferença, e qual pode ser a sua causa? (b) Como mostrou o povo de Judá indiferença?

2 Indiferença significa que a pessoa tem falta de interesse ou preocupação para com certa coisa, que ela não lhe é de significância ou importância. A despreocupação do povo de Judá talvez se devesse ao egoísmo, que os impedia de se sentirem emocionados com as advertências de Jeremias, ou talvez se devesse à insensibilidade para com o que era mau. De qualquer modo, eram indiferentes para com o seu fracasso quanto a darem a Deus devoção exclusiva e para com a sua violação das Suas justas leis. Queriam egoistamente fazer só aquilo que agradava aos seus próprios olhos e não se importavam com nada daquilo que agradava aos olhos de Jeová.

3 A estes disse Jeremias: “Eu falava convosco, levantando-me cedo e falando, mas vós não escutastes. E Jeová vos enviou todos os seus servos, os profetas, levantando-se cedo e enviando-os, mas vós não escutastes nem inclinastes vosso ouvido para escutar, dizendo eles: ‘Por favor, recuai cada um do seu mau caminho e da ruindade de vossas ações, e continuai a morar sobre o solo que Jeová deu a vós e aos vossos antepassados desde há muito tempo e por muito tempo no futuro. E não andeis atrás de outros deuses para os servirdes e para vos curvardes diante deles, para que não me ofendais com o trabalho das vossas mãos e para que eu não vos cause calamidade. Mas vós não me escutastes’, é a pronunciação de Jeová.” (Jer. 25:3-7) Ele predisse então que a terra seria desolada por este motivo.

4. Como ficou Jeremias afetado pela indiferença do povo?

4 Não é difícil de imaginar quão desanimador deve ter sido para Jeremias pregar a tais pessoas por quarenta anos, sem obter bom resultado. Ele possuía os mesmos sentimentos humanos que nós temos e deve às vezes ter-se sentido desanimado com a falta de resultados dos seus esforços. Em certa ocasião, ele expressou o seu desânimo por dizer: “Tornei-me objeto de riso o dia inteiro; todos caçoam de mim. Pois, quantas vezes falo, eu clamo. Violência e assolação é o que clamo. Porque a palavra de Jeová tornou-se para mim uma causa para vitupério e para troça, o dia inteiro. E eu disse: ‘Não farei menção dele e não vou mais falar em seu nome.’ E isto mostrou ser no meu coração como um fogo aceso encerrado nos meus ossos; e fiquei fatigado de contê-lo e não pude mais suportá-lo.” — Jer. 20:7-9.

5. Por que é Jeremias um exemplo para os servos de Deus hoje em dia?

5 Estes são os mesmos sentimentos que os servos de Deus podem ter hoje quando procuram avisar o povo da era atual a respeito da vinda da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. (Rev. 16:14) A falta de interesse das pessoas e a sua despreocupação podem fazer que estes servos hodiernos de Deus se sintam, às vezes, como se estivessem desperdiçando seu tempo e não deviam mais falar a respeito dos Seus propósitos. Talvez já se tenha sentido assim, se for cristão que é cônscio de sua responsabilidade de proclamar as boas novas do reino de Deus e de avisar a respeito da vindoura guerra do Armagedom, de Deus. Igual a Jeremias, precisa suportar a indiferença do povo e persistir em cumprir a comissão de pregar, que Jesus deu aos seus seguidores. — Mat. 28:19, 20.

6, 7. Faça uma comparação entre o ministério dos servos de Deus atualmente e a pregação feita por Jeremias.

6 Olhando para trás, para o tempo de Jeremias, podemos ver facilmente a tolice dos judeus ao se negarem a escutá-lo. Da posição vantajosa que o tempo nos dá, sabemos que sua advertência era válida. Jerusalém foi finalmente destruída em 607 A. E. C., e todo o território do reino judeu foi desolado por setenta, anos, assim como Jeremias profetizara. (Jer. 25:11) Embora provavelmente parecesse ridículo aos olhos daquela gente durante os quarenta anos em que lhes pregou, foi vindicado quando veio o desastre a respeito do qual avisara. A tolice da indiferença do povo tornou-se então claramente evidente.

7 Desde 1877 E. C., as testemunhas de Jeová têm avisado as pessoas do mundo de que está próximo o tempo em que Deus executará seu julgamento adverso no atual sistema de coisas e o substituirá por um arranjo novo e melhor. Em geral, viram-se confrontadas com a mesma falta de interesse que Jeremias encontrou. Embora já tenham passado muitos anos desde que começaram a proclamar este aviso, não significa que o propósito declarado de Deus não será cumprido, assim como tampouco os quarenta anos de pregação de Jeremias significavam que não se cumpriria para com o reino de Judá. Tão certamente como se cumpriu a destruição predita daquele reino, tão certamente ocorrerá a destruição predita do atual sistema de coisas. (Isa. 55:11) Quando esta terminar, será possível que os sobreviventes olhem para trás, para os nossos dias, e vejam claramente que as testemunhas de Jeová fizeram o certo ao proclamarem o reino de Deus e a batalha do Armagedom, assim como se vê isso agora quanto à pregação de Jeremias. Tornar-se-á então claro a todos que a sua perseverança em face da indiferença do povo era o proceder de sabedoria.

8. Qual é o melhor modo de se combater a indiferença dentro da família cristã, e como se podem considerar as provações resultantes?

8 O que torna as coisas muito provadoras para algumas das testemunhas de Jeová é viverem em famílias divididas, em que os membros incrédulos da família são amiúde constante fonte de desânimo para elas, em vista da indiferença ou da oposição direta. Isto não deve parecer estranho. Jesus predisse que seria assim. (Mat. 10:35, 36) Perseverar em face de tal desânimo sem comprometer a sua integridade para com Deus é a melhor maneira de o combater. A situação pode mudar com o tempo. Há muitos exemplos de mulheres cristãs que viram a atitude de seus maridos opositores mudar para melhor, depois de terem suportado por muitos anos a sua indiferença ou oposição. Suas provações em casa foram consideradas por elas como, parte das muitas provações preditas como sobrevindo aos cristãos. Tais provações podem ser comparadas a uma estaca de tortura que pode submeter à prova a fé, a integridade e o amor do cristão a Deus. Jesus disse: “Aquele que não aceita a sua estaca de tortura e não me segue, não é digno de mim.” (Mat. 10:38) Pela nossa perseverança em tais provações dentro da família podemos mostrar-nos dignos dele.

9. De que modo pode a indiferença provar a pessoa dentro da congregação cristã?

9 Até mesmo dentro da congregação cristã podemos ser provados pela indiferença de outros. Às vezes há pessoas que deixaram seu amor original pela verdade esfriar ao ponto em que sua atividade cristã não é mais nem estimulantemente quente, nem revigorantemente fria, mas é morna. Tornaram-se semelhantes à congregação de Laodicéia, que não se preocupava com a sua comissão da parte de Deus e com as verdades vitalizadoras que lhes dava. O ressuscitado Jesus Cristo disse a respeito desta congregação: “Conheço as tuas ações, que não és nem frio nem quente. Quisera eu que fosses frio ou quente. Assim, porque és morno, e não és nem quente nem frio, vou vomitar-te da minha boca.” (Rev. 3:15, 16) Isto é mui provavelmente o que acontecerá às pessoas indiferentes, que professam hoje ser cristãos, a menos que mudem de atitude antes que venha o dia da vingança de Jeová. Até que o façam, a sua presença morna numa congregação pode ser uma prova para as testemunhas de Jeová, por ficarem impassíveis diante da urgência do ministério e despreocupados quanto às suas próprias necessidades espirituais. As testemunhas de Jeová não devem permitir que a atitude desanimadora de tais as retarde ou que influencie seu próprio conceito. Isto requer perseverança.

POR QUE SE PRECISA COMBATER A INDIFERENÇA

10. Como pode a indiferença dos outros influir em nós, e como podemos sem querer estar satisfazendo a vontade de Satanás?

10 A má atitude de outros para com o ministério cristão pode ter um mau efeito sobre as testemunhas de Jeová, se elas o permitirem. A falta de interesse de tais na Palavra e nos propósitos de Deus pode diminuir o seu zelo pelo serviço Dele e fazer que os cristãos se refreiem do ministério. Os cristãos talvez achem que é inútil pregar num território em que as pessoas são indiferentes para com a sua mensagem da verdade. Isto é exatamente o que Satanás quer que concluamos. Quer que paremos! Quer que fiquemos calados a respeito do que Jeová vai fazer. Não quer que levemos as verdades libertadoras às pessoas mantidas em cadeias de escuridão religiosa e de superstições, ou que estão presas pelo espírito divisório do nacionalismo. Satisfaríamos a sua vontade se parássemos com as nossas atividades ministeriais só porque as pessoas em determinado território não querem escutar. Mas, não queremos servir os interesses dele! Com o tempo, a situação talvez mude, fazendo que alguns se tornem receptivos às boas novas do reino de Deus e que valha assim a pena continuar a pregar. Tais têm direito a ter toda oportunidade possível para ouvir, enquanto durar este sistema de coisas. Em tempos passados, os servos de Deus sentiam-se muitas vezes desanimados, mas não se deixaram vencer por isso, como vimos no caso de Jeremias. Nós tampouco nos devemos deixar vencer!

11. De que maneira são Moisés e Elias exemplos para nós como combatentes bem sucedidos da indiferença?

11 Moisés ficou desanimado e se sentiu como se não valesse mais a pena falar ao Faraó, em vista da indiferença que lhe mostraram os israelitas, seu próprio povo. Ele disse: “Eis que os filhos de Israel não me escutaram; e como é que Faraó me irá escutar, visto que sou de lábios incircuncisos?” (Êxo. 6:12) Mas, não era a vontade de Jeová que ele ficasse calado. Apesar da atitude do povo, Jeová Deus lhe ordenou que proclamasse a mensagem que recebeu. “Tu — tu falarás tudo o que eu te ordenar.” (Êxo. 7:2) E isto ele fez, dando um poderoso testemunho da verdade a favor do verdadeiro Deus. Também o profeta Elias se sentiu desanimado pela aparente falta de resultados de sua pregação. O povo do reino de dez tribos de Israel era indiferente para com os seus esforços de fazê-los voltar à adoração verdadeira. Inclinava-se a desistir e a ir a um lugar qualquer para morrer. (1 Reis 19:4) Mas isto não teria cumprido os propósitos de Jeová, de modo que Jeová enviou Elias de volta, para terminar a sua obra. (1 Reis 19:15-18) Estes homens de Deus não permitiram que a indiferença dos outros os tornasse inativos.

12. O que precisa o cristão reconhecer quanto à indiferença?

12 Precisamos reconhecer o efeito desmoralizados da indiferença, e que esta pode fazer a pessoa afastar-se de Jeová, de sua organização e do caminho para a vida eterna. Isto pode acontecer quando o cristão dedicado permite que a indiferença se torne desanimadora demais ou que se arraigue nele e aumente. Com o tempo, pode paralisar a sua atividade espiritual e causar a morte espiritual. Por isso é vitalmente necessário que travemos uma luta vigorosa contra ela.

COMBATA A INDIFERENÇA

13, 14. (a) Como se pode combater a indiferença com bom êxito, e como se pode ver isso na maneira em que os primitivos cristãos venceram a perseguição? (b) Por que pode alguém manter a sua fé em perseguição, mas perdê-la em face da indiferença?

13 O efeito nocivo da indiferença pode ser combatido com bom êxito por meio da perseverança, não se permitindo que nos faça afrouxar a mão no serviço de Deus. Como no caso da perseguição, ela é algo que se precisa suportar com perseverança e firme determinação. Foi por meio da perseverança que os primitivos cristãos venceram a perseguição durante um período de uns 280 anos, quando o Império Romano os perseguia de tempos em tempos. Por sermos hoje perseverantes sob perseguição, bem como em face da indiferença para com a nossa pregação, recomendamo-nos como ministros de Deus, assim como está escrito: “Recomendamo-nos de todo modo como ministros de Deus, na perseverança em muito.” — 2 Cor. 6:4.

14 É possível que alguém tenha resistido à severa perseguição, mas que depois se deixou vencer pela influência nociva da indiferença, visto que esta age de modo sutil. Depois de algum tempo, pode conseguir o que a perseguição física não conseguiu. É como o cupim que rói um edifício por dentro. Com o tempo, o edifício cai, porque seus esteios foram enfraquecidos. O mesmo pode acontecer com os esteios de nossa fé, se deixarmos que a influência da indiferença nos domine.

15. O que devemos poder esperar da qualidade da nossa fé?

15 A qualidade da nossa fé precisa resistir a todas as espécies de provas, conforme Pedro salientou quando escreveu: “ Vós vos elegrais grandemente com este fato, embora atualmente, por um pouco, se preciso, sejais contristados por várias provações, a fim de que a qualidade provada da vossa fé, de muito mais valor do que o ouro perecível, apesar de ter sido provado por fogo, seja achada causa para louvor, e glória, e honra, na revelação de Jesus Cristo.” (1 Ped. 1:6, 7) É na vindoura “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, a batalha do Armagedom, que se dará a revelação de Jesus Cristo, visto ser o tempo em que ele vem para “trazer vingança sobre os que não conhecem a Deus e os que não obedecem às boas novas”. (Rev. 16:14; 2 Tes. 1:8) Como pode a qualidade provada da nossa fé permanecer, se ela deixa de sobreviver agora à prova da indiferença?

16. O que pode fazer para nós o mantermos o apreço, e por que é importante estarmos cônscios de nossa necessidade espiritual?

16 Um bom modo de se edificar a fé de boa qualidade, que pode resistir à indiferença, é mantermos forte o nosso apreço para com Jeová Deus e suas verdades vitalizadoras. Isto não só requer alimentação regular com o alimento espiritual provido, mas também meditação nas suas maravilhosas promessas a se cumprirem no futuro e no que ele já fez. Estarmos constantemente apercebidos de nossa necessidade espiritual é fator contribuinte para mantermos o apreço. Se chegarmos ao ponto de ficar despreocupados quanto a esta necessidade, estamos na situação perigosa de escorregarmos no caminho que conduz à vida eterna. A Palavra e a organização de Jeová existem com a finalidade de satisfazer tal necessidade espiritual. Os que se chegam à Sua organização reconhecem isso, e, visto que estão cônscios de sua necessidade espiritual, aceitam o convite: “Quem tem sede, venha; quem quiser, tome de graça a água da vida.” (Rev. 22:17) Mas, quando a pessoa que o aceitou permite depois que a indiferença lhe insensibilize a consciência de sua necessidade espiritual, o resultado inevitável é que perderá o apreço e a fé, voltando por fim à sua situação anterior de separação da organização de Deus. (2 Ped. 2:22) Por isso precisamos manter o apreço para com a Palavra e a organização de Deus.

17, 18. Explique um modo em que se pode aumentar o apreço para com a Palavra e a organização de Deus em nós mesmos, bem como em outros.

17 Quando enfrentamos problemas ou dificuldades pessoais e conseguimos solucioná-los ou vencê-los com a aplicação do conselho da Palavra ou da organização de Deus, podemos perguntar-nos o que teríamos feito sem aquele conselho. Isto ajuda a cultivar apreço. O mesmo se dá com a recapitulação do que fazíamos antes de nos dedicarmos para servir a Deus. Qual seria a nossa situação atual, se não tivéssemos permitido que o poder transformador da verdade mudasse nosso modo de vida? (1 Ped. 4:3) Podemos pensar na benignidade imerecida que ele nos demonstrou por prover seu Filho como sacrifício de resgate, que tornou a vida eterna possível para nós. Podemos também meditar no que significará para nós o cumprimento das promessas de Deus, de um novo sistema de coisas. Isto pode aumentar o nosso apreço, que nos poderá ajudar a contrabalançar o desânimo resultante da indiferença dos outros.

18 Estimular o apreço da pessoa que estuda a verdade da Palavra de Deus num estudo bíblico domiciliar é um modo eficiente de se vencer a tendência de ela ficar indiferente. Isto foi feito por uma testemunha de Jeová na Malásia. Uma moça com quem ela estudava era indiferente à verdade, embora estivesse disposta a estudar, por ter tempo de folga. A Testemunha procurou vencer a indiferença por cultivar nela apreço para com a Palavra e a organização de Deus. Fez isso por fazer à môça uma pergunta, quando se considerava um princípio bíblico, junto com um problema que solucionava. “Quando confrontadas com este problema”, perguntou, “não ficaríamos perdidas se a Bíblia não nos mostrasse a saída?” Em outra ocasião, quando se salientou no estudo a solução de um problema comum, perguntou: “Se a organização de Jeová não nos explicasse a solução, não saberíamos como resolver o problema, não é?” Perguntas tais como estas ajudaram à moça. Aos poucos, seu apreço aumentou, sua indiferença desapareceu e ela, por fim, decidiu associar-se ativamente com a organização de Jeová. Assim podemos cultivar apreço em nós mesmos e em outros, ajudando-nos a perseverar na prova da qualidade de nossa fé.

JESUS NOS DEU UM BOM EXEMPLO

19, 20. (a) De que modo deu-nos Jesus um exemplo no combate à indiferença? (b) Como o beneficiou isso pessoalmente?

19 Durante o tempo do ministério terrestre de Jesus, ele se viu continuamente confrontado com a indiferença do povo de sua própria nação, apesar de que os profetas hebraicos haviam predito a sua vinda com séculos de antecedência. Mesmo em volta de seu centro de atividade, na Galiléia, onde ele encontrou muitas pessoas que o aceitavam de bom grado, havia praticamente cidades inteiras que não acolhiam a sua pregação. Isto se deu no caso de Cafarnaum, Corazim, Betsaida e até mesmo de sua própria cidade de Nazaré. (Luc. 10:13-15; Mar. 6:1-6) Nem foi ele aceito em Jerusalém, exceto pelas pessoas que aclamaram a sua entrada na cidade. Jerusalém, como um todo, era indiferente a ele, assim como fora para com Jeremias, mais de seiscentos anos antes. Dirigindo-se à cidade, ele disse: “Jerusalém, Jerusalém, matadora dos profetas e apedrejadora dos que lhe são enviados — quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, da maneira em que a galinha ajunta a sua ninhada de pintinhos debaixo de suas asas, mas vós não quisestes isso!” (Luc. 13:34) Ele deu bom exemplo, por cumprir a sua comissão divina apesar da indiferença deles. Combateu a sua indiferença por perseverar, e assim se recomendou como ministro de Deus.

20 Visto que Jesus Cristo foi obediente a Deus e provou a qualidade de sua fé pela sua perseverança, recebeu a aprovação de Jeová Deus e muitíssimas outras bênçãos. (Fil. 2:9-11) Indicando-o como exemplo para nós, as Escrituras declaram: “Deveras, considerai de perto aquele que aturou tal conversa contrária da parte de pecadores contra os próprios interesses deles, para que não vos canseis nem desfaleçais nas vossas almas.” (Heb. 12:3) Se seguirmos o seu exemplo de perseverança, poderemos também esperar com confiança receber a aprovação de Deus e estar entre os sobreviventes da grande guerra de Deus, que é iminente.

21. Quais são alguns dos benefícios de se combater a indiferença?

21 Por perseverarmos fielmente até o fim, teremos motivos para ser felizes, não só por causa de nossa preservação através do fim deste sistema de coisas, mas também por termos mostrado nosso amor a Jeová Deus e por termos mantido a integridade para com ele. Mas a sobrevivência à batalha do Armagedom é apenas um dos muitos benefícios que se podem esperar em resultado de se combaterem a indiferença e a perseguição com a perseverança. Aquilo que se diz a respeito dos seguidores ungidos de Cristo, em Tiago 1:12, pode-se dizer, também, em certo sentido, dos que esperam ser súditos terrestres do reino de Deus. “Feliz o homem que estiver perseverando em provação, porque, ao ser aprovado, receberá a coroa da vida, que Jeová prometeu aos que continuarem a amá-lo.” A vida eterna é, assim, um dos benefícios para os que perseveram. Jesus indicou isso quando disse: “Pela perseverança da vossa parte adquirireis as vossas almas.” — Luc. 21:19.

22. Que sentimentos pode o cristão esperar ter ao chegar o fim predito deste sistema de coisas? Por quê?

22 Quando chegar o tempo inevitável do fim completo deste sistema de coisas, o cristão que tiver perseverado poderá sentir satisfação e felicidade por ter completado a obra que Deus lhe deu para fazer e por ter provado a qualidade de sua fé. Paulo teve este sentimento no fim de sua carreira. Ele disse: “Tenho travado a luta excelente, tenho corrido até o fim da carreira, tenho observado a fé.” (2 Tim. 4:7) Jeremias, sem dúvida, deve ter tido sentimentos similares quando terminou a sua obra divinamente designada, tendo feito o que Deus lhe ordenara. Mas o fim deste sistema de coisas ainda está à nossa frente, e precisamos continuar a combater a indiferença, não deixando que nos desanime ao ponto de desistirmos. — Gál. 6:9.

23. Qual é uma das maneiras em que nos podemos recomendar como ministros de Deus?

23 Visto que os servos de Jeová Deus, nos tempos antigos, combateram a indiferença com bom êxito, nós também o podemos fazer. Mas teremos de estar dispostos a fazer um esforço determinado para combate-la. Precisamos estar apercebidos do mau efeito que pode ter sobre nós e como pode corromper a pessoa, até que a sua fé entre em colapso. Temos de manter o apreço para com as promessa de Jeová, para com a fidedignidade de sua Palavra, para com a nossa necesidade de sua organização e como tais coisas mudaram a nossa vida para melhor. Precisamos também lembrar-nos de como a Palavra e a organização de Deus nos ajudaram a solucionar problemas pessoais e a fazer decisões importantes. Precisamos pensar nos bons exemplos de perseverança encontrados na Bíblia, para que sejam fonte de encorajamento para nós. Por combatermos a indiferença com bom êxito por meio da perseverança, assim como fez o profeta Jeremias, e por continuarmos fiéis no ministério cristão, recomendamo-nos como ministros de Deus.

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