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Fardo (Carga)Ajuda ao Entendimento da Bíblia
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as pessoas de tais tradições opressivas. (João 8:31, 32) Disse: “Meu jugo é benévolo e minha carga é leve.” (Mat. 11:28-30) Cristo não era duro nem opressivo, mas bondoso, e os que vinham a ele recebiam um tratamento correto. O jugo de Cristo, em comparação com o imposto ao povo pelos tradicionalistas religiosos, seria comparativamente leve. Jesus pode também ter querido dizer que aqueles que estivessem cansados do jugo do pecado e do erro deviam chegar-se a ele para obterem revigoramento espiritual.
LEVAR OS FARDOS DOS OUTROS
Paulo escreveu aos Gálatas: “Prossegui em levar os fardos [ou “coisas aflitivas”] uns dos outros e cumpri assim a lei do Cristo.” (Gál. 6:2) Aqui, para “fardos”, o apóstolo usou báre, a forma singular dela sendo báros, palavra grega sempre usada para indicar algo opressivo ou pesado. Por certo, o pecado e, daí, o fardo dum homem que dera algum “passo em falso” [mencionado no versículo anterior], não seria leve, e sim pesado. No entanto, no versículo cinco, o apóstolo declara: “Pois cada um levará a sua própria carga”, ou “carga de responsabilidade”. (Compare com a NM, em inglês, edições de 1950 e 1961.) Para “carga”, Paulo usou aqui a palavra grega phortíon, que significa algo que é transportado ou carregado, sem qualquer referência ao peso da coisa. Assim, teceu uma distinção entre “fardos” e “carga” ou “carga de responsabilidade” nestes versículos. É provável que isto foi feito para mostrar que, se um cristão se metesse em dificuldades espirituais muito duras de suportar, os co-crentes deviam ajudá-lo, assim ajudando a levar os fardos de outrem. Tais pessoas demonstrariam amor e, assim, cumpririam a lei do Cristo. (João 13:34, 35) Isto se harmoniza com o que Paulo acabara de dizer, conforme registrado em Gálatas 6:1, sobre empenhar-se em restaurar espiritualmente a um homem, algo que talvez seja possível, se feito com amor, bondade e oração. (Compare com Tiago 5:13-16.) Todavia, assim como Paulo passou a indicar, levar os fardos uns dos outros não significa levar a carga de responsabilidade espiritual de outra pessoa para com Deus.
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FariseusAjuda ao Entendimento da Bíblia
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FARISEUS
[os separados]. Destacada seita religiosa do judaísmo, que existia no primeiro século E.C. Não se sabe com precisão quando os fariseus vieram a existir. Os escritos de Josefo, historiador judeu, indicam que, no tempo de João Hircano (a segunda metade do segundo século A.E.C.), os fariseus já constituíam um grupo influente. Escreveu Josefo: “Eles exercem tanto poder sobre a multidão que, quando dizem alguma coisa contra o rei ou contra o sumo sacerdote, são instantaneamente cridos.” — Antiquities of the Jews (Antiguidades Judaicas), Livro XIII, cap. X, par. 5.
Josefo também provê certos pormenores sobre as crenças dos fariseus. Observa: “[Os fariseus] crêem que as almas dispõem dum vigor imortal dentro delas, e que, sob a Terra, haverá recompensas ou punições, dependendo de se eles viveram de modo virtuoso ou perverso nesta vida; e estes últimos serão retidos numa prisão eterna, mas os primeiros terão o poder de reviver e viver novamente.” (Antiquities of the Jews, Livro XVIII, cap. I, par. 3) “Afirmam que todas as almas são incorruptíveis, mas que as almas somente dos homens bons são transferidas para outros corpos — mas que as almas dos homens perversos estão sujeitas ao castigo eterno.” [Wars of the Jews (Guerras Judaicas), Livro II, cap. VIII, par. 14] Quanto às idéias deles a respeito do destino ou da providência, relata Josefo: “Estes atribuem tudo ao destino [ou à providência] e a Deus, e mesmo assim atribuem que o agir de forma correta, ou inversamente, acha-se principalmente no poder dos homens, embora o destino deveras coopere em toda ação tomada.” — Wars of the Jews, Livro II, cap. VIII, par. 14.
As Escrituras Gregas Cristãs revelam que os fariseus jejuavam duas vezes por semana, pagavam escrupulosamente seus dízimos (Mat. 9:14; Mar. 2:18; Luc. 5:33; 11:42; 18:11, 12), e não concordavam com os saduceus ao afirmarem estes que ‘não havia nem ressurreição, nem anjo, nem espírito’. (Atos 23:8) Orgulhavam-se de ser justos (realmente, autojustos), e desprezavam o povo comum. (Luc. 18:11, 12; João 7:47-49) Para impressionar outros com sua justiça, os fariseus ampliavam suas caixinhas com textos que usavam como salvaguardas, e ampliavam as franjas de suas vestes. (Mat. 23:5) Amavam o dinheiro (Luc. 16:14), e desejavam destaque e títulos lisonjeiros. (Mat. 23:6, 7; Luc. 11:43) Os fariseus eram tão eivados de preconceitos em sua aplicação da Lei que a tornavam um fardo para o povo, insistindo que devia ser observada segundo os conceitos e as tradições deles. (Mat. 23:4) Perderam inteiramente de vista os assuntos importantes, a saber, a justiça, a misericórdia, a fidelidade e o amor a Deus. (Mat. 23:23; Luc. 11:41-44) Os fariseus faziam grandes esforços para conseguir prosélitos. — Mat. 23:15.
As questões principais que eles contenderam com Cristo Jesus envolviam a observância do sábado (Mat. 12:1, 2; Mar. 2:23, 24; Luc. 6: 1, 2), o apego à tradição (Mat. 15:1, 2; Mar. 7:1-5), e a associação com pecadores e coletores de impostos. (Mat. 9:11; Mar. 2:16; Luc. 5:30) Pelo que parece, os fariseus julgavam que a impureza era resultado da associação com pessoas que não observavam a Lei segundo o conceito deles a respeito dela. (Luc. 7:36-40) Por conseguinte, quando Cristo Jesus se associou e até mesmo comeu com pecadores e coletores de impostos, isto suscitou o protesto dos fariseus. (Luc. 15:1, 2) Os fariseus criticaram Jesus e seus discípulos por não observarem a tradicional lavagem de mãos. (Mat. 15:1, 2; Mar. 7:1-5; Luc. 11:37, 38) Mas Jesus expôs o raciocínio falho deles e mostrou que eles eram violadores da lei de Deus por causa
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