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  • Que espécie de pão para um mundo faminto?

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  • Que espécie de pão para um mundo faminto?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
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  • MÉTODOS DOS TEÓLOGOS MODERNOS
  • SEPARAR A VERDADE DO ERRO
  • INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA
  • CONCEITO ERRÔNEO SOBRE A CONGREGAÇÃO CRISTÃ
  • NÃO COM PÃO
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
w72 15/1 pp. 33-39

Que espécie de pão para um mundo faminto?

‘CRISTÃOS saqueiam cristãos’, foi o título de um discurso de Dom Helder Câmara, arcebispo católico de Recife, no Brasil.

De modo bem similar, o teólogo alemão Helmut Gollwitzer escreve no livro Os Cristãos Ricos e o Pobre Lázaro que “os batizados estão saqueando os não batizados”.

O que querem dizer com isso estes clérigos?

O ministro metodista inglês Colin Morris explica o seu ponto de vista sobre o assunto da seguinte maneira: “A Igreja tem ilimitada responsabilidade [para com os pobres do mundo], pois, não proclamou ela durante séculos ser guardiã dos pequenos da terra?” Referindo-se à “pequena minoria branca cristã e ocidental” como constituindo os 20 por cento dos ricos da população do mundo, ao passo que os remanescentes 80 por cento estão sujeitos à fome e à pobreza, ele escreve:

“Comparada com aqueles milhões de famintos, a Igreja é tão rica como Creso e tão cônscia do dinheiro como Midas. Somos uma Igreja rica num mundo faminto. É por isso que a nossa mensagem soa insincera e a nossa influência declina.”a

Já ouviu pessoalmente clérigos expressar tal crítica? São cada vez mais as pessoas hoje em dia que os ouviram. Ouvem sermões dizendo que ‘já é tempo de as igrejas pararem de debater e começarem a agir’. “Nós queremos atos”, diz o ministro Morris; os pobres e os famintos ‘não podem comer as nossas palavras’, portanto, dêem-lhes pão. Sim, são cada vez mais os clérigos que dizem que esta é a principal maneira de ‘seguir a Jesus em nossos dias’.

É mesmo? O que acha? Por certo, anseia ver a pobreza e a fome desaparecer da terra, não anseia? Mas, será que há um meio melhor e mais eficiente para se ajudar os pobres e os famintos do mundo, do que o meio sugerido por estes clérigos?

Se quiser ser verdadeiro seguidor de Jesus Cristo, precisará saber isso. O que poderá fazer, o que deverá fazer como verdadeiro cristão? Considere primeiro alguns dos métodos que os que se chamam “teólogos revolucionários” ou “teólogos seculares” promovem hoje em dia.

MÉTODOS DOS TEÓLOGOS MODERNOS

Eles se referem muitas vezes ao teólogo alemão Bonhoeffer, o qual, antes de ser executado pelos nazistas em 1945, sugeriu “que o primeiro passo é a Igreja desfazer-se de toda a sua propriedade em benefício dos muito necessitados”. A caridade comum da Igreja, chamada “caritas”, não serve mais, dizem eles. “Caritas, no sentido tradicional, quer dizer, alívio da aflição por meio da caridade, não basta . . . porque a aflição é grande demais.” — The Rich Christians and the Poor Lazarus.

Basta isso? Não, dizem que é preciso algo mais, quer dizer, um esforço político. Escreveu o arcebispo católico Dom Helder Câmara: ‘Se nós cristãos latino-americanos aceitássemos a nossa responsabilidade pelo subdesenvolvimento deste continente, então poderíamos e teríamos de trabalhar para promover mudanças radicais em toda a parte da comunidade, especialmente na política e na educação.’ Na conferência do Conselho Mundial das Igrejas, em Uppsala, na Suécia, em julho de 1968, ouviu-se a mesma coisa.

O objetivo é transformar a sociedade injusta. O Arcebispo Câmara prefere ações não-violentas, tais como as do movimento pela integração racial do qual Martin Luther King era líder. Outros ministros e teólogos, porém, dizem que talvez seja necessária uma revolução violenta. O teólogo alemão Gollwitzer escreveu no seu livro que “a atitude normal e mais óbvia do cristão é o absoluto pacifismo”. Mas, como segunda alternativa, ele declara: “De amor responsável para com os que sofrem, ele decidirá, em dadas circunstâncias, usar de violência revolucionária.”

Como procuram justificar tais métodos como sendo cristãos? Por asseverarem que Jesus Cristo foi revolucionário! O clérigo metodista Morris diz que a Igreja está ‘do lado errado da barricada na revolução do nosso tempo’, por não tomar posição a favor das classes desprivilegiadas. Afirma que ‘Jesus está do lado oposto daquela barricada, não pode haver dúvida sobre isso, pois ele é revolucionário’.

São válidas estas conclusões e os métodos baseados nelas? Ou é um caso de se misturar a verdade com o erro? A Bíblia mostra que os cristãos precisam amar, não só com palavras, “mas em ação e em verdade”. (1 João 3:18) Mas que espécie de ação? Transformar uma sociedade injusta por meio de empenho político ou mesmo pela “violência revolucionária”? Foi Jesus um “revolucionário”, que se preocupava principalmente com a provisão de alimento material para o povo, ou fez ele alguma obra mais vital, com um objetivo mais nobre? Quais são os fatos?

SEPARAR A VERDADE DO ERRO

Que tem havido ‘saque’ e que as igrejas da cristandade têm responsabilidade nisso não pode ser sinceramente negado. A história mostra que em muitos países as igrejas da cristandade e os líderes eclesiásticos se coligaram com os ricos e os favoreceram, contra os pobres. Mostra que amiúde as próprias igrejas ficaram muito ricas. No México, por exemplo, a Igreja Católica em certo tempo possuía a grande maioria da terra no país inteiro. Talvez tenha lido nos jornais notícias sobre a grande riqueza de certas organizações eclesiásticas no seu próprio país. Agora, alguns clérigos confessam a responsabilidade que recai sobre as suas igrejas e sobre os ombros dos membros de sua igreja quanto a grande parte da pobreza do mundo. Sentem-se culpados, e isso de direito.

Mas, embora tais saqueadores possam ser contados entre os “batizados”, têm estes clérigos razão em chamá-los de “cristãos”? Participam os cristãos genuínos da culpa deles? E é a distribuição de ‘pão em vez de palavras’ o que vai corrigir a ‘insinceridade da mensagem das igrejas’ e o ‘declínio de sua influência’ em todo o mundo, que tanto preocupa estes clérigos? É este o exemplo que Cristo Jesus deixou?

INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA

É somente por meio de uma deturpação drástica do conteúdo de muitas passagens bíblicas que estes teólogos podem dar tal impressão do propósito e do exemplo de Jesus. Por exemplo, muitas vezes (como na conferência mundial em Uppsala) referem-se às palavras de Jesus em Mateus 25:40: “Ao ponto que o fizestes a um dos mínimos destes meus irmãos, a mim o fizestes.”

Interpretam estas palavras como significando que os ‘mínimos dos irmãos de Jesus’ são todos os afligidos do mundo. E por isso, acham que o cristão tem a obrigação de dar-lhes comida, bebida, roupa, auxílio médico e assim por diante. Alguns acham que o melhor método de fazer isso seja por intermédio dum empenho político, por se prestar ajuda a países em desenvolvimento e coisa parecida. Dizem que Jesus deve ser identificado com cada pessoa necessitada que se possa encontrar, mesmo quando tal pessoa afligida está “inclinada a dizer e a fazer o que por qualquer norma bíblica é simplesmente mau”.b

Mas o que diz Jesus sobre quem são seus irmãos? Em Mateus 12:50 ele diz: “Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu, este é meu irmão.” Os “irmãos” de Jesus, inclusive até mesmo os “mínimos”, são naturalmente seus discípulos; por conseguinte, são a congregação cristã.

Agora, leia por si mesmo as palavras de Jesus em Mateus 25:31-46. Quem são os ajuntados diante do trono do rei, para serem separados em dois rebanhos, os “cabritos” e as “ovelhas”? Sim, quem são os julgados de acordo com a ajuda que prestaram aos irmãos de Cristo? Não a congregação cristã, mas as nações da terra, pessoas fora da congregação cristã, que são julgadas pelo modo como agem para com a congregação, constituída dos irmãos de Cristo.

Que este é o entendimento correto das palavras de Jesus é claramente demonstrado pelo que disse em outra ocasião, conforme relatado em Mateus 10:40-42: “Quem vos recebe, recebe também a mim, e quem me recebe, recebe também aquele que me enviou. . . . Aquele que der a um destes pequenos ainda que seja um copo de água fria a beber, porque ele é discípulo, deveras, eu vos digo, de nenhum modo perderá a sua recompensa.” Portanto, não se trata simplesmente de ajudar um pobre por ele ser pobre, mas de ajudar um discípulo cristão “porque ele é discípulo”. Portanto, a questão é a de reconhecer o discípulo pelo que é, aceitando a sua mensagem e tomando o seu lado por também tornar-se discípulo de Cristo.

Portanto, em vez de descrever os cristãos como “os ricos”, que devem ajudar os pobres do mundo em sentido material, as palavras de Jesus, em Mateus 25, ao contrário, mostram que são as pessoas do mundo que têm a oportunidade de ajudar os irmãos espirituais de Cristo quando em necessidade. Estes não-cristãos podem assim mostrar que estão do lado da verdadeira mensagem cristã.

Os que não são irmãos espirituais de Cristo, portanto, em outras palavras, podem ajudar estas testemunhas cristãs de modo bastante literal, com alimento, bebida, roupa e socorros médicos, e por visitá-las na prisão. Pois os verdadeiros cristãos estarão muitas vezes em situações em que tal ajuda é muito bem-vinda, especialmente nos países onde são perseguidos e encarcerados. As palavras de Jesus não podem ser usadas para provar que o ministério cristão deve ter por objetivo primário suprir as necessidades materiais dos pobres do mundo.

CONCEITO ERRÔNEO SOBRE A CONGREGAÇÃO CRISTÃ

Por que interpretam os teólogos incorretamente estas palavras de Jesus? Não é porque presumem que ‘a pequena minoria branca e ocidental’, constituída dos ricos do mundo, seja a verdadeira congregação cristã? Não cometem o erro de crer que as igrejas da cristandade e todos os seus membros sejam os verdadeiros cristãos? Alguns destes teólogos estão compreendendo que tem havido um desvio do verdadeiro cristianismo, mas evidentemente não encaram a plena conseqüência deste conhecimento.

Um deles, o metodista Colin Morris, compreende que tal desvio possivelmente ocorreu algum tempo atrás na história, quando “comunidades inteiras [podiam] ser batizadas em o nome de Jesus”. A Igreja tornou-se então “uma instituição poderosa, em vez de permanecer uma pequena minoria de testemunhas pessoais, nas quais as palavras e os atos se conjugassem perfeitamente”. Mas ele não aceita a conseqüência deste raciocínio, a saber: que as igrejas da cristandade não são o mesmo que a congregação cristã.

A tentativa destes teólogos, de renovar e despertar as igrejas da cristandade, baseia-se assim num alicerce errado. O grande grupo passivo dos leigos que procuram ativar não são verdadeiros cristãos. Portanto, não se trata apenas da questão de ativá-los. É preciso fazer deles verdadeiros cristãos.

NÃO COM PÃO

Anteriormente, as igrejas da cristandade tornavam nações inteiras “cristãs” mediante meios políticos. Mas não faziam das pessoas verdadeiros cristãos, pois o verdadeiro conhecimento bíblico e o genuíno apreço do que o cristianismo realmente significa costumava faltar. Tais pessoas se tornavam cristãs apenas de nome. Muitos hoje são membros de igrejas porque foram batizados como bebês e não porque tomaram uma atitude pessoal a favor dos ensinos da Bíblia. São cristãos apenas de nome. Outros se tornaram membros de igrejas por causa das vantagens sociais relacionadas com isso. Estes também são cristãos apenas de nome.

Quando os esforços dos missionários da cristandade, consistiam em prover ajuda médica, distribuir alimentos e dar conselhos sobre a agricultura, seus conversos amiúde tornavam-se “cristãos por arroz”, quer dizer, pessoas que pretendiam interesse no cristianismo para poderem conseguir arroz ou outra ajuda. Um bem-conhecido semanário religioso, The Christian Century, escreveu em 1960: “Novas igrejas católico-romanas, edificadas em locais [em Formosa (Taiuã)] onde não há população católica, foram equipadas para depósito e distribuição de suprimentos de ajuda aos desamparados. . . . Os sacerdotes usaram os bens excedentes dos EUA, que tão pouco lhes custaram, como atrativos para converter pessoas e como meios de retê-las.”

O mesmo semanário religioso escreveu em 20 de fevereiro de 1960 que naquele tempo não havia mais “cristãos por arroz” na China continental. A julgar por esta informação, pode-se concluir que, visto que agora é Mao Tse-tung quem dá ao povo arroz, este crê agora nele. Os “cristãos por arroz” não são verdadeiros cristãos. Estes e outros métodos similares não produzem verdadeiros cristãos.

EXEMPLO DE JESUS

Apenas por seguirem o exemplo de Jesus podem os cristãos ajudar outros a se tornar verdadeiros cristãos. Jesus foi principalmente pregador e instrutor. Ele disse: “Para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade.” (João 18:37) Seus milagres, suas curas de doentes, alimentar ele os famintos e ressuscitar os mortos, devia servir de sinal de que ele era o Messias, o Enviado por Deus, cujas palavras o povo devia escutar. Os milagres foram ao mesmo tempo evidência do que ele fará no tempo devido como Rei no reino de Deus, para o bem eterno da humanidade.

Mas, além de ele oferecer sua vida em resgate, a parte mais importante do ministério de Jesus, há dezenove séculos atrás, era o que ele dizia, as palavras que falava. Proferia palavras vitalizadoras que havia ouvido de Deus, palavras que, se acatadas, podiam conduzir a pessoa não apenas a ter pão por uma ou duas refeições, mas ao maior de todos os objetivos — a vida eterna. Jesus disse a alguns, aos quais havia dado milagrosamente pão no dia anterior: “Trabalhai, não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna.” — João 6:27.

Quando Jesus enviava os seus discípulos, não os enviava com pão material, mas com alimento espiritual, com a palavra da vida. Ele disse: “As declarações que eu vos tenho feito são espírito e são vida.” (João 6:63) Tornar-se-ia conhecido que eles constituíam a verdadeira congregação cristã porque seguiam o exemplo de Jesus. A congregação dos verdadeiros discípulos de Jesus ainda existe e ainda constitui “uma minoria de testemunhas pessoais”. A tarefa deles, a sua designação, com respeito ao mundo da humanidade, é a seguinte: “Em todas as nações têm de ser pregadas primeiro as boas novas”, e “fazei discípulos de pessoas de todas as nações, . . . ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei”. — Mar. 13:10; Mat. 28:19, 20.

Somente esta congregação pode transformar as pessoas em cristãos genuínos, e somente ela pode ativá-las no verdadeiro ministério cristão. Somente em cooperação com esta congregação poderá a pessoa praticar atos corretos de amor, em harmonia com a vontade de Deus e para o bem eterno dos necessitados do mundo. A coisa mais importante para cada pessoa é achar a verdadeira congregação cristã, tomar uma atitude pessoal a favor do verdadeiro cristianismo e associar-se com esta congregação.

[Nota(s) de rodapé]

a Include Me Out!, Confissões dum Covarde Eclesiástico, de Colin Morris (Londres; 1968), págs. 57, 67, 89, 90.

b Include Me Out!, p. 81.

[Capa na página 33]

[Endereço da filial]

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