-
FilipeAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
tanto cautelosa, reflete-se na resposta de Filipe à pergunta de Jesus sobre alimentar a multidão, e até mesmo em sua solicitação (feita depois das perguntas um tanto abruptas de Pedro e de Tomé), para que Jesus lhes mostrasse o Pai, “e isso chega para nós”. (João 6:5-7; 13:36, 37; 14:5-9) Seus modos jeitosos se contrastam com o modo direto e abrupto de Pedro, e, assim, os relatos breves que envolvem Filipe revelam algo quanto à variedade de personalidades entre os apóstolos escolhidos de Jesus.
Em virtude de sua íntima associação com Natanael (Bartolomeu), e com os filhos de Zebedeu, Filipe talvez fosse um dos dois discípulos não-identificados que estavam às margens do mar da Galiléia quando apareceu o ressuscitado Jesus. — João 21:2.
2. Um evangelista e missionário do primeiro século. Junto com Estêvão, Filipe achava-se entre os sete “homens acreditados, cheios de espirito e de sabedoria”, escolhidos para a distribuição diária, imparcial, de alimento entre os cristãos de língua grega e hebraica em Jerusalém. (Atos 6:1-6) O relato da atividade de Filipe (como também o de Estêvão), depois deste serviço especial, confirma a elevada qualidade espiritual dos homens que formavam este corpo administrativo escolhido, pois Filipe fez um serviço similar ao posteriormente executado pelo apóstolo Paulo, embora de âmbito mais limitado.
Quando a perseguição espalhou a todos, exceto aos apóstolos, que permaneceram em Jerusalém, Filipe se dirigiu a Samaria, e declarou ali as boas novas do Reino, e, graças ao poder miraculoso do espírito santo, expulsou demônios e curou os paralíticos e os coxos. Transbordando de alegria, multidões aceitaram a mensagem e foram batizadas, incluindo certo Simão, que tinha praticado artes mágicas. (Atos 8:4-13) Assim, quando os apóstolos “ouviram que Samaria havia aceito a palavra de Deus, mandaram-lhes Pedro e João”, para que esses crentes batizados pudessem receber o dom gratuito do espírito santo. — Atos 8:14-17.
Filipe foi então conduzido pelo espírito de Jeová a encontrar-se com o eunuco etíope, no caminho de Gaza, e ali, num tempo curto, este “homem de poder sob Candace, rainha dos etíopes”, teve fé em Jesus e solicitou que Filipe o batizasse. (Atos 8:26-38) Dali, dirigiu-se para Asdode e prosseguiu para Cesaréia, e “declarava as boas novas a todas as cidades” pelo caminho. (Atos 8:39, 40) Estes breves relatos ilustram a obra dum “evangelizador”. — Atos 21:8.
Foi nessa interseção internacional de Cesaréia, cerca de vinte anos depois, que Filipe ainda se encontrava ativo no ministério, e ainda era conhecido como tendo sido “um dos sete homens” escolhidos pelos apóstolos. Conforme relatado por Lucas, quando ele e Paulo ficaram na casa de Filipe, por certo tempo, por volta do ano 56 E.C., “este homem [Filipe] tinha quatro filhas, virgens, que profetizavam”. (Atos 21:8-10) Terem as quatro filhas idade suficiente para se empenhar em proferimentos proféticos pode significar que Filipe já era casado por ocasião de sua atividade inicial.
3. Marido de Herodias e pai de Salomé. Ele morava em Roma na ocasião em que sua esposa o deixou, de forma adúltera, para tornar- se esposa de seu meio-irmão, Herodes Ântipas. (Mat. 14:3, 4; Mar. 6:17, 18; Luc. 3:19, 20) Filipe era filho de Herodes, o-Grande, e de sua terceira esposa, Mariamne II, filha do sumo sacerdote, Simão. Por conseguinte, era meio-judeu e meio-idumeu.
4. O regente distrital de Ituréia e de Traconítis, na ocasião em que João, o Batizador, começou seu ministério, no “décimo quinto ano do remado de Tibério César”, em 29 E.C. (Luc. 3:1-3) Filipe era filho de Herodes, o Grande, e de sua quinta esposa, Cleópatra, de Jerusalém, e, por conseguinte, era meio-irmão de Herodes Ântipas, de Arquelau e do Filipe N.° 3, acima.
-
-
Filipenses, Carta AosAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
FILIPENSES, CARTA AOS
Um livro das Escrituras Gregas Cristãs, escrito pelo apóstolo Paulo à congregação na cidade de Filipos, na província da Macedônia, congregação que Paulo formara por volta de 50 E.C., no decorrer de sua segunda viagem missionária.
QUANDO E ONDE FOI ESCRITA
A evidência interna dessa carta indica que foi escrita durante o primeiro encarceramento de Paulo em Roma. Nela, ele fala de “toda a Guarda Pretoriana” como estando a par da razão de ele ser posto em cadeias, e envia cumprimentos dos ‘da casa de César”. (Fil. 1:13; 4:22) Considera-se geralmente que o primeiro encarceramento de Paulo em Roma ocorreu por volta de 59-61 E.C. Ocorreram vários eventos entre a chegada de Paulo em Roma e sua decisão de escrever aos filipenses. Epafrodito fizera a viagem desde Filipos, tinha trabalhado para ajudar Paulo e ficara muitíssimo doente. Os filipenses, a cerca de 1.000 km de distância, tinham recebido notícias de sua doença. Daí, Epafrodito se recuperou e Paulo o estava fazendo regressar com tal carta. De modo que a carta foi escrita por volta de 60 ou 61 E.C.
FUNDO HISTÓRICO E RAZOES PARA ESCREVÊ-LA
A congregação filipense demonstrara grande amor e consideração para com Paulo. Pouco depois de sua visita a eles, a congregação lhe enviara generosamente provisões materiais, durante sua permanência de três semanas na vizinha Tessalônica. (Fil. 4:15, 16) Mais tarde, quando os irmãos em Jerusalém atravessaram um período de intensa perseguição e precisavam de ajuda material, os cristãos em Filipos, embora eles mesmos fossem paupérrimos e sofressem uma grande prova aflitiva, tinham ainda assim demonstrado prontidão em contribuir, mesmo além de suas possibilidades. Paulo apreciara tanto a excelente atitude deles que os citou como exemplo para as demais congregações.
-