Usando a vida em harmonia com a vontade de Deus
1. (a) A vontade de quem deve governar o uso do sangue, e que práticas proíbe ele? (b) O que aconteceu nos dias de Caim e Abel que indica o uso correto de sangue derramado?
A ÚNICA maneira que o sangue vital de qualquer criatura pode ser usado apropriadamente é em harmonia com a vontade de Deus. É proibido como alimento. Não é autorizado por Deus administrá-lo em outra pessoa à guisa de tratamento médico para suster a vida. Além da função de sustentar a vida no corpo da pessoa dona dele, há somente um uso do sangue sancionado por Deus. Este foi esclarecido nos dias de Caim e Abel, filhos de Adão. “Abel tornou-se pastor de ovelhas, Caim, porém, tornou-se um cultivador do solo. E aconteceu que, ao cabo de algum tempo, Caim passou a trazer alguns frutos do solo como oferta a Jeová. Mas, quanto a Abel, ele também tomou algumas primícias do seu rebanho, até mesmo os pedaços gordurosos. Aí, enquanto Jeová olhava favoravelmente para Abel e para a sua oferta, ele não olhava com qualquer favor para Caim e para a sua oferta.” (Gên. 4:2-5) A oferta de Caim vinha da vegetação sem alma: O sacrifício de Abel representava uma vida, exigiu o derramamento de sangue. Pela sua aceitação do sacrifício de Abel, Jeová deu a primeira indicação de que o derramamento de sangue era exigido no sacrifício. Mas Caim não aceitou a orientação de Deus no caso; em vez disso, ele matou violentamente o seu irmão Abel, o único homem na terra que estava usando a vida, tanto a sua como a do seu rebanho, em harmonia com a vontade de Deus.
2. Qual foi o único uso de sangue derramado que Deus permitiu, a quem se revelou isto e como?
2 Os servos fiéis de Deus reconheceram que o derramamento do sangue vital dos animais em sacrifício a Jeová era a vontade de Deus e Noé, Abraão e outros são mencionados na Bíblia como tendo feito assim. (Gên. 8:20; 22:13) Quando os descendentes deles, os israelitas, estavam reunidos no sopé do monte Sinai onde foram organizados nacionalmente, Jeová Deus lhes disse em linguagem inconfundível, que só há um uso apropriado em que se pode .aplicar o derramamento de sangue de qualquer criatura. Disse ele: “Eu mesmo o tenho posto por vós sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas, porque é o sangue que faz expiação pela alma nele.” (Lev. 17:11) Visto que o sangue está tão ‘intimamente envolvido no processo da vida e visto que o pecado conduz à perda da vida, Deus exige como sacrifício em expiação de pecados, aquilo que representa a vida, a saber,, o sangue. “Sem derramamento de sangue não há remissão.” — Heb. 9:22, ARA.
3. Que sacrifício maior prefiguraram os sacrifícios de animais, e como beneficia o sangue deste a humanidade?
3 Todos estes sacrifícios de animais prefiguraram outro muito maior, um sacrifício capaz de remover eternamente o pecado e de abrir a oportunidade de vida, eterna, aos servos de Deus. Este sacrifício não foi selecionado dos rebanhos ou do gado de Israel; foi Jesus Cristo, o Filho de Deus, aquele que João Batista identificou quando exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29, ARA) Ele foi a provisão do próprio Jeová em benefício da humanidade; foi seu Cordeiro, seu Filho, cuja vida foi dada em sacrifício. Por meio deste arranjo amoroso se tornou possível que fosse aberto para homens e mulheres na terra os privilégios de serviço na corte celestial com Cristo, o Rei, porque foram “declarados justos pelo seu sangue”. (Rom. 5:9) Além deste “pequeno rebanho” de cento e quarenta e quatro mil membros, uma “grande multidão” de outros que servem a Deus, diante do trono, no escabelo de seus pés, a terra, têm-se aproveitado deste sacrifício remissor, lavando assuas vestes e as embranquecendo no sangue do Cordeiro e, como resultado, gozam do perdão de seus pecados e são pessoas justas aos olhos de Deus. — Apo. 7:14, 15.
4. Da aceitação de que depende a nossa vida, e por quê?
4 O sacrifício perfeito de Jesus Cristo preencheu completamente a necessidade de um sacrifício a Deus, em favor da humanidade pecadora. Não necessita ser repetido. Não se requer mais sacrifícios de animais; de fato, agora são detestáveis a Deus porque mostram desrespeito para com o sacrifício que ele mesmo proveu. Portanto, o sacrifício resgatador de Jesus Cristo é absolutamente o único arranjo que Deus autorizou entre as suas testemunhas cristãs pelo qual o,sangue de uma criatura pode ser usado em favor de outrem para salvar a vida. “Por meio dele temos o livramento por resgate pelo sangue daquele um, sim, o perdão de nossos delitos, segundo as riquezas da sua benignidade imerecida. (Efé. 1:7) A nossa vida depende de nossa aceitação desta provisão, portanto, da aceitação do arranjo divino quanto ao uso correto do sangue. Os que desejam receber vida das mãos de Deus se refreiam sabiamente de usar o sangue de qualquer modo que não tenha sido autorizado por ele, como o Dador da vida.
AMANDO A DEUS DE TODA A ALMA
5. (a) Respondendo a um inquiridor, o que disse Jesus que se deve fazer para herdar a vida eterna? (b) O que implica amar a Deus de toda a alma e por quê?
5 Numa ocasião, certo homem versado na Lei, perguntou a Jesus: “Mestre, que farei para herdar a vida eterna” Em sua resposta Jesus estabeleceu um princípio orientador que nos ajuda a determinar o que fazer com a nossa vida presente a fim de ganhar a recompensa da vida eterna. Disse ele: “‘Tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de toda a tua força, e de toda a tua mente’, e, ‘ao teu próximo como a ti mesmo’.” (Luc.10:25-27) Agora, justamente o que está incluído neste caso de amar a Deus de toda a alma? Isto significa dar, a nossa vida a Deus em dedicação, sim, devotar a nossa vida na execução de qualquer obra que Deus nos dê, para fazer. Visto que demos a nossa vida em dedicação a Deus, devemos saber o que a Bíblia usa para representar a vida. É o sangue, que é a base da vida ou alma. Por isso, quando uma vida é tomada, se diz que foi derramado sangue. O sangue está tão fundamentalmente envolvido no processo da vida, que a Bíblia diz que a alma ou a vida da pessoa é o seu sangue. Deus, falando a Noé, usou paralelamente as expressões, alma ou vida e sangue, dizendo: “Somente a carne com sua alma — seu sangue — não deveis comer.” (Gên. 9:4) E aos israelitas ele disse simplesmente: “O sangue é a alma”, ou “o sangue é a vida”. (Deu. 12:23, margem, edição de 1953) Conseqüentemente, quando dedicamos a nossa vida a Deus devemos sem dúvida cuidar de usar aquilo que representa a vida, o nosso sangue, em harmonia com a lei divina.
6, 7. Tem o cristão liberdade de doar o seu sangue vital a outra pessoa, e é isto seguro do ponto de vista medicinal?
6 Este maior mandamento de todos, portanto, indica que o cristão não tem liberdade de doar seu sangue vital para o uso de outrem. A vida pertence a Deus e nós temos liberdade de dá-la apenas a ele, no seu serviço. Nem seria apropriado argumentar que o amor ao próximo requer que se lhe dê sangue. Não é amar ao próximo colaborar com ele na violação da lei de Deus. E visto que a Palavra de Deus indica que é errado tomar transfusão, é também errado dar alguém o sangue para transfusão.
7 Requer-se obediência dos servos de Deus, é também uma bênção para eles porque os protege contra malefícios. É interessante notar que, apesar da impressão geral dada pelas organizações que estão ansiosas para que lhes doe sangue ser que o método é perfeitamente seguro, as opiniões não são unânimes. Pois, no livro Physiology and Clinic of Blood Transfusiona (Fisiologia e Clínica de Transfusão), declara-se entre outras coisas: “Como mostram as mais recentes pesquisas, podem surgir desordens consideráveis na saúde por parte do doador de sangue.” Os cristãos fiéis estão livres de tais perigos que podem prejudicar o serviço deles a Deus.
EVITADO O PERIGO PELA OBEDIÊNCIA
8. Sabre o que baseiam as testemunhas de Jeová a sua atitude para com a transfusão de sangue, então por que considerar evidências médicas sobre o assunto?
8 A posição adotada pelas testemunhas de Jeová com referência à transfusão de sangue não se baseia na aprovação ou desaprovação que tal prática defronta nos círculos médicos. Não é a segurança ou o perigo que governa a decisão delas, mas a Palavra de Deus. Entretanto, algum conhecimento sobre os efeitos dos quais está-se protegido pela obediência à lei de Deus sobre o sangue, realça a apreciação pela justiça dos métodos de Jeová.
9. Qual é o parecer geral no mundo quanto á transfusão de sangue, mas é ela medicinalmente sadia?
9 O costume geral entre os doutores em medicina nos anos recentes tens sido dar sangue, crendo que possivelmente faça algum bem. Às vezes é dado por causa da insistência do paciente ou para satisfazer, os parentes que querem ter a certeza de que “se fez o possível”. Concernente a isto, o diretor do banco de sangue do Centro Médico da Universidade de Nova Iorque e Bellevue, disse: “As transfusões de sangue têm sido administradas sob a teoria de que nunca podem causar qualquer dano e que possivelmente beneficiem o paciente. Esta idéia está errada porque há perigos inerentes na transfusão de sangue.” O jornal da Academia Americana de Prática-Geral diz: “É pena que, tantos tenham perdido o fosse de transfusão e agora pedem uma transfusão tão folgazes como quem pede um vidro de salino.” Há mais de quatro mil anos atrás Jeová disse que o homem não devia receber sangue de outra criatura em seu corpo; a medicina moderna confirma que de fato a violação desta lei está cheia de perigos graves.
10, 11. (a) Quais são alguns dos perigos que confronta quem toma uma transfusão de sangue, e são os médicos capazes de eliminar estes perigos? (b) Em vista destes fatos, pode-se dizer que as transfusões de sangue salvam realmente a vida?
10 Um dos perigos imediatos que confronta a qualquer um a quem é dado uma transfusão de sangue é a possibilidade de hemólise, isto é, uma dissolução rápida dos glóbulos vermelhos que carregam o oxigênio. Isto pode resultar em violentas dores de cabeça, dores no peito e nas costas e retorno de venenos ao sistema devido ao mal funcionamento dos rins: A morte pode ocorrer dentro ,de poucas horas ou de poucos dias. O conhecimento médico não tem removido este perigo. “Tentar como podemos, somos capazes apenas de reduzir a incidência das reações. Não podemos eliminá-las e os pacientes continuarão a ser prejudicados devido a transfusões de sangue.” Assim diz W. H. Crosby, chefe do Departamento de Hematologia no Instituto de Pesquisa do hospital militar de Walter Reed. Mesmo quando tais reações hemolíticas não ocorram em resultado de anticorpos naturais existentes na corrente sanguínea do paciente, antígenos na transfusão podem estimular a produção de anticorpos de modo que ocorrerá uma severa reação em qualquer tempo que se der outra vez sangue que contenha estes fatures. Com as divulgadas possibilidades de combinações conhecidas de fatores de sangue que agora chegam a 15.000.000, a probabilidade de se dar sangue que combine com o próprio e não faça efeito adverso está remota à quase impossibilidade.
11 Há outros perigos. Visto que é difícil o médico saber exatamente quanto sangue tenha sido perdido, ele pode tentar dar mais sangue do que se pode conter, o que, conforme relatado no jornal Medical Science (julho de 1959), é muito freqüente e desastroso. Também, pode entrar ar na corrente sanguínea durante a transfusão com iguais efeitos mortais. Daí, também, o sangue retirado do corpo se contamina logo, e certas bactérias que se encontram mesmo no ar são de tal natureza que se reproduzem no sangue armazenado mesmo na temperatura do refrigerador, tornando mortífera até mesmo pequena quantidade dele para o que a receber. Como pode tal tratamento ser considerado verdadeiro salva-vidas?
12. Nomeie os perigos de doença que podem surgir de uma transfusão de sangue, e mostre em que estes podem resultar para o enfermo.
12 Assustador como seja o quadro, ele não representa toda a extensão dos perigos a que está sujeito o paciente quando se lhe dá transfusão de sangue. O médico, que dá a transfusão de sangue talvez nunca saiba quanto final causou porque as doenças transmitidas pela transfusão podem não atacar imediatamente. Mas, todas as autoridades médicas reconhecem que sífilis, malária e hepatite podem ser transmitidas pela transfusão de sangue. Não só podem ser transmitidas; relatam-se regularmente casos em que foram transmitidas. Com a crescente imoralidade através do mundo e a doença venérea resultante, aumenta o perigo da sífilis — uma doença que pode resultar em nascimento prematuro, cegueira, surdez, paralisia, doença do coração, insanidade e morte. Os testes usados para se determinar a sífilis no sangue não revelam o perigo nos primeiros estágios e o paciente é quem sofre. Em fevereiro de 1961, o Times do Japão relatou um caso em que uma mulher tinha ganho uma demanda contra o hospital universitário do governo em Tóquio na base de que ela tinha recebido transfusão com sangue sifilítico, resultando na perda da vista e no divórcio do marido. A compensação financeira decretada pelo tribunal deu pouco consolo pelo dano cometido. O que dizer quanto ao risco de se contrair malária? Os portadores de malária nem sempre sabem que a têm; os testes de sangue raramente a revelam, mas qualquer que receber o sangue pode ser a vítima. O perigo não está decrescendo, ao contrário, qualquer um que tenha morado numa área malariosa ou a visitado; é um possível portador e as viagens internacionais fazem o número crescer de dia em dia. A hepatite do soro não é o mínimo perigo em absoluto, mas requer atenção por causa de sua freqüência. É tão real o perigo da hepatite invalidar ou matar que o Dr. Alvarez, emérito consulente na medicina na Clínica Mayo, disse que jamais permitiria a alguém dar-lhe uma transfusão de sangue a me; nos que ele achasse, ser absolutamente necessário.
13. Qual é o tributo adicional quanto aos filhos pode pagar uma mulher a quem se dá sangue?
13 Como se o dano no paciente não fosse suficiente; ele não pára nisso. No caso das mulheres, o dano pode envolver até mesmo os seus filhos por nascer. Devido a alguns fatores conhecidos e outros desconhecidos, uma mulher a quem se dê uma transfusão incompatível de sangue pode descobrir que a sua oportunidade de dar à luz filhos normais, sadios, lhe foi tirada.
14. Como protege Deusa seu povo contra tais calamidades?
14 Quão melhor é ouvir a Palavra de Deus; quando ela nos diz para mantermos livres do sangue! Quão mais felizes seremos se, como os filhos ouvem a seus pais, ouvirmos o conselho de Deus e vivermos em harmonia com ele! “Filho meu, atenta, para as minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina o teu ouvido. Não os deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-os no mais intimo do teu coração. Porque são vida para quem os acha, e saúde para o seu corpo.” — Pro. 4:20-22, ALA.
PERSONALIDADE INFLUENCIADA
15. Como alguns homens sábios através do mundo arrazoam sobre os perigos da transfusão; mas que fatos quanto à origem do sangue suscitam sérias questões?
15 Os que estão mais inclinados a depositar confiança no conhecimento dos homens do que na sabedoria de Deus podem achar que o cuidado exercido na seleção dos doadores do sangue torne possível se evitar todos estes perigos. Mas, considere os fatos. Talvez lhe choque saber que sangue de mortos tem sido usado nos pacientes hospitalizados, mas relatos da Rússia e da Espanha revelam que isto é exatamente o que se tem feito ali e até mesmo nos Estados Unidos da América do Norte se tem feito experiências com transfusão de sangue de cadáveres!b Naturalmente, isto pode não ser o costume em sua comunidade. Mas a revista Times, de 26 de maio de 1961, relatou um caso de uma senhora de 49 anos de idade a quem se administrou, no Hospital Geral de Pontiac, mais de um litro de sangue do cadáver de um rapazinho de 12 anos que se afogou num lago próximo e estava morto de duas e meia a três horas. Também que, há tanto tempo atrás como em 1935, um médico num subúrbio de Chicago tinha usado uma técnica semelhante a esta dos russos e que este médico americano é responsabilizado por cerca de trinta e cinco transfusões de cadáveres em dois anos. Talvez o doador seja um de seus parentes vivos, uma pessoa reputadamente sadia. Garante isto segurança? Não, isto não removerá o perigo devido à incompatibilidade nem garante que a pessoa não seja portadora de alguma doença, talvez desconhecida a ela mesma. Em muitos casos, entretanto, o que recebe sangue não tem a mínima idéia de quem seja o doador. Algum pode vir de pessoas sadias; algum de alcoólicos e degenerados. Dá-se aos criminosos em prisão a oportunidade de doar sangue. Por exemplo, o Times de Nova Iorque de 6 de abril de 1961, relatou: “Os Reclusos da Prisão de Sing Sing em Ossining doarão sangue à Cruz Vermelha hoje.” Um ato elogiável! Talvez nem tanto benéfico aos seus semelhantes como se faz crer na comunidade.
16. (a) Que observação interessante sobre o sangue é feita numa nota marginal bíblica sobre Deuteronômio 12:15? (b) O que dizem os médicos modernos sobre este mesmo assunto, e por que é isto de interesse para os cristãos?
16 Quando os israelitas se preparavam para entrar na terra prometida, Jeová moveu Moisés a repetir-lhes a lei proibindo o consumo de sangue. Como registrado em Deuteronômio 12:25, ele disse: “Não o deves comer, a fim de que te vá bem a ti e a teus filhos depois de ti, porque farás o que é correto aos olhos de Jeová.” Uma edição do Pentateuco publicado por J. H. Hertz contém a nota marginal sobre esta expressão, “afim de que te vá bem”, que diz: “Ibn Esdras sugeriu que o uso do sangue teria um efeito desmoralizador sobre a natureza moral e física e passaria hereditariamente a infetar as gerações futuras.” O ponto é interessante e que pode aplicar-se no caso de transfusão de sangue é testificado por doutores em medicina. Por exemplo, em seu livro Who Is Your Doctor and Why? (Quem É o Seu Médico e Por Quê?), o Doutor Alonzo Jay Shadman; diz: “O sangue em qualquer pessoa é, na realidade, a própria pessoa. Ele contém todas as peculiaridades da pessoa de quem veio. Isto inclui infecções hereditárias, suscetibilidades a doenças, venenos devidos a modos pessoais de vida, hábitos de comer e de beber. . . . As peçonhas que produzem os impulsos de se suicidar, de matar ou roubar, estão no sangue.” E o Dr. Américo Valério, médico e cirurgião brasileiro por mais de quarenta anos, concorda: “Loucura moral, perversões sexuais, recalques, complexos de inferioridade, delitos frívolos — eis muitas vezes, o cortejo das transfusões de sangue”,c diz ele. Apesar disso, é reconhecido através da imprensa pública que as organizações cujos suprimentos de sangue são considerados de confiança, obtêm o sangue para transfusão de criminosos que se sabe, possuem tais características. Certamente, ninguém que está tentando abandonar as obras da carne e usar a sua vida do modo que Deus dirige mediante a Sua Palavra, se entregará abertamente a tal futuro ruinoso. — Rom. 12:2; Efé. 4:22-24.
DEMONSTRANDO FÉ NO DADOR DA VIDA
17. (a) Objetam as testemunhas de Jeová em base religiosa a todos os tratamentos médicos? (b) Há alguma coisa que pode ser feita para um cristão que sofra uma grande perda de sangue?
17 O que significam estes fatos no caso de um cristão que tenha sofrido severa perda de sangue e estiver necessitando de tratamento? Não há nada que se possa fazer? Deve simplesmente esperar a morte? Absolutamente não! As testemunhas de Jeová não têm objeção religiosa contra nenhum tratamento que não entra em conflito com, a lei de Deus e o fato é que outros tratamentos estão disponíveis. Os médicos que reconhecem que o homem é uma criação de Deus em vez de um produto da evolução estão usualmente mais inclinados a reconhecer que o corpo humano foi dotado por Deus com poderes maravilhosos de recuperação e eles cooperam com estes em vez de acharem que a proibição do uso do sangue seja uma barreira à recuperação. O nosso próprio corpo está equipado maravilhosamente para enfrentar emergências, até mesmo as ocasionadas pela perda de sangue. (Sal. 139:14) De acordo com a The Encyclopedia Britannica: “Além do sangue que realmente circula nas artérias, nas veias e nos vasos capilares, o corpo possui reservas que podem ser mobilizadas. Sabe-se que uma delas está localizada no baço. Ao iniciar a hemorragia o baço se enruga, espremendo sangue como uma esponja, em circulação.”d Em vista disto, muitos médicos reconhecem que é mais seguro cooperar com o sistema manufaturador de sangue do corpo do que tentar tomar o lugar dele por transfundir sangue alheio. Até mesmo a mui respeitada publicação médica The Surgical Clinics of North America (fevereiro de 1959) disse: Não se deve esquecer que, não a transfusão, mas a “ferro-terapia é o tratamento a ser escolhido para anemia por perda de sangue”. Em casos de emergência, quando a perda do fluido do corpo tenha sido excessiva, há “plasmas expandidores de volume” que podem ser usados sem violar a proibição de Deus quanto ao sangue e de acordo com o testemunho de muitos médicos, estes têm-se provado muito mais seguros do que transfusões de sangue. Embora não possam fazer pelo corpo o que o próprio sangue faz, entretanto, ajudam a manter o restante dos glóbulos vermelhos em circulação para que o oxigênio alcance os vários órgãos durante o tempo necessário para ó corpo restituir a perda de sangue. Assim, os cristãos enfermos, em vez de serem apressados em aceitar sangue sob a alegação de ser a única esperança, buscam um médico que seja habilidoso, paciente e respeitador da .consciência religiosa, disposto a tratá-los sem sangue.
18. Por que é tolice tentar salvar a vida por violar a lei de Deus?
18 Os esforços de se salvar por meios antibíblicos nunca podem produzir bons resultados duradouros. Quão tolo é pensar que alguém pode salvar a vida por violar as leis do Dador da vida! Embora isto possa produzir resultados aparentemente benéficos por algum tempo, pode no fim cobrar o seu tributo em doenças, em filhos natimortos, como resultado direto de tal curso imprudente. Mesmo que não resulte em dano físico ao enfermo ou à descendência dele, a violação da lei de Deus põe em sério perigo a oportunidade de ganhar a vida eterna no novo mundo de Deus.
19. (a) Quem argumentou que o homem faria tudo, até mesmo voltar-se contra Deus, para salvar a sua vida presente? (b) Como podemos beneficiar-nos da repreensão que Jesus passou em Pedro sobre este assunto? (c) Qual é a recompensa que Deus dará aos que lhe obedecem mesmo em tempo de tribulação?
19 No caso de Jó, Satanás contendeu que o homem faria tudo, até mesmo voltar-se contra o seu Deus para salvar a presente vida. “Tudo o que o homem tem ele dará pela sua alma”, argumentou ele. (Jó 2:4, margem, edição de 1957) Mas Cristo, notavelmente, fez isto. Certa ocasião Jesus estava falando sobre seguir um curso de ação que significaria a sua morte no serviço de Deus. “Em vista disso, Pedro tomou-o a parte e começou a levantar-lhe fortes objeções.” Mas, Jesus o repreendeu. “‘Para trás de mim Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não tens os pensamentos de Deus, mas, sim, os dos homens.’ Então disse Jesus aos seus discípulos: ‘Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo e tome a sua estaca de tortura e siga-me continuamente. Pois todo aquele que quiser salvar a sua alma, perdê-la-á; mas, todo aquele que perder a sua alma por minha causa, acha-la-á.’” (Mat. 16:21-25; Mar. 8:31-35) Que nenhum de nós jamais nos tornemos como Satanás para com nossos irmãos cristãos, instando com eles para abandonarem a confiança em Deus em favor da sabedoria do mundo! Há somente um modo de se ganhar, a vida, este é viver em harmonia com a vontade de Deus. A confiança em Deus nunca é mal colocada. Como Médico Divino, ele pode fazer o que nenhum médico humano jamais pode: ele pode estender vida aos seus servos, não apenas por uns poucos anos dificultosos, más para toda a eternidade — se for necessário, pela ressurreição dos mortos — no seu glorioso novo mundo, agora tão perto, às portas. — Sal. 23:4; Atos 24:15.
20. O que faremos agora para usar a nossa vida em harmonia com a vontade de Deus?
20 Com tais perspectivas maravilhosas diante de nós; sejamos cuidadosos em viver em harmonia com á vontade de Deus. Não tornemos cada vez mais negligentes, como o mundo, em nossa atitude para com o sangue de nosso semelhante. Agora é o tempo de mostrarmos maior interesse no seu sangue vital por instar com eles para que exerçam fé no sangue de Jesus Cristo, o único sangue que tem valor real aos olhos de Deus quanto a salvar vida. Indiquem-lhes o reino, ajudem-nos a ficar conhecendo as suas leis, encorajem-nos pacientemente ao se porem a caminhar pelo caminho da vida. Faça disso a sua determinação, ser capaz de dizer como Paulo: “Estou limpo do sangue de todos os homens, porque não me refreei de vos dizer todo o conselho de Deus.” — Atos 20:26, 27.
[Nota(s) de rodapé]
a Publicado em Jena, Alemanha, 1960.
b Bulletin de Associação Americana de Bancos de Sangue, junho de 1960.
c Ciência Médica, ANO XX, “As taras morais e as transfusões de sangue”.
d Edição de 1946, Vol. 3, pág. 743.