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Traje (Vestido)Ajuda ao Entendimento da Bíblia
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Tecem-se muitas outras referências simbólicas à vestimenta. Assim como um uniforme ou uma roupa especial identifica alguém que pertence a certa organização, ou que apóia determinado movimento, assim também a roupa, segundo utilizada de forma simbólica na Bíblia, revela a identificação duma pessoa pela posição que ela assume, e por suas atividades em harmonia com esta, como no caso da ilustração de Jesus sobre a roupa de casamento. — Mat. 22:11, 12.
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TranseAjuda ao Entendimento da Bíblia
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TRANSE
Veja VISÃO.
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TransfiguraçãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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TRANSFIGURAÇÃO
Miraculoso evento na vida terrestre de Jesus Cristo, testemunhado por Pedro, Tiago e João. (Mat. 17:1-9; Mar. 9:2-10; Luc. 9:28-36) Mateus e Marcos afirmam que, nesta ocasião, o “rosto [de Jesus] brilhava como o sol, e a sua roupagem exterior tornou-se brilhante como a luz”, tornando-se “muito mais branca do que qualquer lavadeiro na terra poderia alvejar”, e Lucas declara que “a aparência do seu rosto tornou-se diferente”. A transfiguração ocorreu num monte, pouco depois da Páscoa de 32 EC, bem antes da ida final de Jesus a Jerusalém. Provavelmente se deu à noite, pois os apóstolos “estavam premidos de sono”. (Luc. 9:32) À noite, o evento se tornaria mais vivido, e eles passaram a noite no monte, pois não foi senão no dia seguinte que desceram de lá. (Luc. 9:37) Exatamente por quanto tempo durou a transfiguração, contudo, a Bíblia não diz.
Antes de subirem ao monte, Cristo perguntara a todos os seus discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?”, no que Pedro replicou: “Tu és o Cristo.” Nisso, Jesus lhes contou que morreria e seria ressuscitado (Mar. 8:27-31), embora também prometesse que alguns de seus discípulos ‘não provariam absolutamente a morte’, até que primeiro vissem “o Filho do homem vir no seu reino”, ou “o reino de Deus já vindo em poder”. (Mat. 16:28; Mar. 9:1) Esta promessa se cumpriu “seis dias depois” (ou “oito”, de acordo com Lucas, que pelo visto incluiu o dia da promessa e o dia do cumprimento dela), quando Pedro, Tiago e João acompanharam Jesus a um “alto monte” (Mat. 17:1; Mar. 9:2; Luc. 9:28) onde, enquanto orava, Jesus se transfigurou diante deles.
LOCAL DA TRANSFIGURAÇÃO
Pouco antes da transfiguração, Jesus e seus discípulos se achavam na região de Cesaréia de Filipe, o atual vilarejo de Bânias. (Mar. 8:27) É improvável que Cristo e os apóstolos tenham saido destas redondezas ou desta região ao se dirigirem para o “alto monte”. (Mar. 9:2) Assim sendo, é possível que a transfiguração tenha ocorrido num contraforte do vizinho monte Hermom.
O SIGNIFICADO DO EVENTO
Durante a transfiguração de Jesus, também apareceram, “com glória”, Moisés e Elias. (Luc. 9:30, 31) Tinha sido predito que Jeová suscitaria um profeta semelhante a Moisés, e tal promessa foi cumprida em Cristo. (Deut. 18:15-19; Atos 3:19-23) Entre Moisés e Jesus havia similaridades, como as seguintes: criancinhas foram mortas quando ambos nasceram, embora eles mesmos tivessem sido poupados (Êxo. 1:20 a 2:10; Mat. 2:7-23); ambos jejuaram por 40 dias (Êxo. 24:18; 34:28; Deut. 9:18, 25; Mat. 4:1, 2); ambos foram suscitados por Deus, nos interesses da adoração verdadeira e para realizar a libertação (Êxo. 3:1-10; Atos 7:30-37; 3:19-23); cada um teve o privilégio, recebido de Deus, de mediar um pacto com Seu povo (Êxo. 24:3-8; Heb. 8:3-6; 9:15); ambos foram utilizados por Jeová para magnificar o Seu nome. — Êxo. 9:13-16; João 12:28-30; 17:5, 6, 25, 26.
Também foi predito que Jeová enviaria Elias, o profeta, entre cujas obras achava-se a de fazer as pessoas de Israel se voltarem para o verdadeiro arrependimento. Enquanto Jesus estava na terra, João, o Batizador, fez uma obra desse tipo, e serviu como precursor do Messias, cumprindo Malaquias 4:5, 6. (Mat. 11:11-15; Luc. 1:11-17) Mas, uma vez que a transfiguração se deu após a morte de João, o Batizador, o aparecimento de Elias nela indica que uma obra de restauração estaria vinculada ao estabelecimento do reino de Deus, às mãos de Cristo.
Durante a transfiguração, Jesus, Moisés e Elias falaram a respeito da “partida” [uma forma da palavra grega êxodos] de Cristo, “que ele estava destinado a cumprir em Jerusalém”. (Luc. 9:31) Este êxodos, um êxodo ou “partida”, envolvia, evidentemente, tanto a morte de Cristo como sua subsequente ressurreição para a vida espiritual.
Alguns críticos se têm empenhado em classificar a transfiguração como um simples sonho. No entanto, como é óbvio, Pedro, Tiago e João não teriam todos exatamente o mesmo sonho. O próprio Jesus chamou de “visão” (Mat. 17:9) e não de mera ilusão, aquilo que havia ocorrido. Cristo estava realmente ali, embora Moisés e Elias — que estavam mortos — não estivessem presentes de modo literal. Eles estavam representados na visão. A palavra grega empregada para “visão”, em Mateus 17:9, é hórama, que significa “a coisa vista — uma visão; um espetáculo; uma vista”. Não subentende a irrealidade, como se os observadores fossem vítimas duma delusão. Nem ficaram insensíveis ao que ocorrera, pois estavam plenamente cônscios quando testemunharam a transfiguração. Com seus olhos e ouvidos literais, eles realmente viram e ouviram o que ocorreu naquela oportunidade. — Luc. 9:32.
À medida que Moisés e Elias estavam sendo separados de Jesus, Pedro, “não se dando conta do que estava dizendo”, sugeriu que se armassem três tendas, para Jesus, Moisés e Elias, uma para cada um. (Luc. 9:33) Mas, à
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