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LegisladorAjuda ao Entendimento da Bíblia
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17:26; Rom. 13:1) Alguns destes governantes se tornam legisladores para sua nação, seu estado ou sua comunidade. Mas, suas leis e estatutos só são corretos se estiverem enquadrados no arcabouço da lei do Grande Legislador, Jeová Deus, e se harmonizarem com esta. O famoso jurista inglês, Sir William Blackstone, disse, com referência à lei de Deus que governa as coisas naturais: “Ela é válida em todo o globo, em todos os países, em todas as épocas: não há leis humanas que sejam de qualquer validez se forem contrárias a esta; e as que forem válidas derivam toda a sua força e toda a sua autoridade, indireta ou diretamente, deste original.” Também: “Destes dois alicerces, a lei da natureza e a lei da revelação [encontrada apenas nas Santas Escrituras], dependem todas as leis humanas, ou seja, não se deve tolerar que nenhuma lei humana contradiga estas.” — Cyclopedia of Law (Ciclopédia Jurídica) de Chadman, Vol. I, pp. 89-91; compare com Mateus 22:21; Atos 5:29.
Na congregação cristã
Tiago, meio-irmão de Jesus, escreveu a alguns cristãos que se tornavam orgulhosos e críticos de seus irmãos cristãos, dizendo: “Cessai de falar uns contra os outros, irmãos. Quem falar contra um irmão ou julgar seu irmão fala contra a lei e julga a lei. Ora, se julgas a lei, não és cumpridor da lei, mas juiz. Há um que é legislador e juiz, aquele que é capaz de salvar e de destruir. Mas tu, quem és tu para julgares o teu próximo?” Tiago prossegue falando dos que se jactavam do que iriam fazer no futuro, como se não dependessem das circunstâncias, em vez de dizerem: “Se Jeová quiser.” (Tia. 4:11-16) Tiago havia falado da “lei régia”: “Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.” (Tia. 2:8) Estes cristãos, por deixarem de demonstrar amor ao próximo, falando mal dele, em vez disso, estavam efetivamente se colocando como juízes da lei divina, como legisladores.
O apóstolo Paulo havia dado conselhos similares em sua carta aos romanos, a respeito de alguns que julgavam outros à base de coisas tais como aquilo que eles comiam e bebiam: “Quem és tu para julgares o servo doméstico de outro? Para o seu próprio amo está em pé ou cai. Deveras, far-se-á que ele fique em pé, pois Jeová pode fazê-lo ficar em pé.” — Rom. 14:4.
À luz do precedente, como, então, podem ser encaradas as instruções de Paulo no que tangia a um grave caso de fornicação na congregação de Corinto? Ele disse: “Eu, da minha parte, embora ausente em corpo, mas presente em espírito, certamente, como se estivesse presente, já tenho julgado o homem que agiu de tal modo. . . . Não julgais vós os de dentro, ao passo que Deus julga os de fora? ‘Removei o homem iníquo de entre vós.’ ” Ele então mencionou o julgar os assuntos desta vida, e os homens ‘na congregação, que colocais como juízes’. — 1 Cor. 5:1-3, 12, 13; 6:3, 4; compare com João 7:24.
Paulo, com a autoridade de que foi investido como um apóstolo de Jesus Cristo, tendo a responsabilidade de cuidar da pureza e do bem-estar das congregações (2 Cor. 1:1; 11:28), escreveu aos que tinham autoridade na congregação, por terem sido designados pelo Corpo Governante. (Atos 14:23; 16:4, 5; 1 Tim. 3:1-13; 5:22) Eram responsáveis por manter a congregação em boa condição, como pura aos olhos de Deus. Tais homens, ao se sentarem para julgar o caso mencionado — tratando-se duma violação clara e flagrante da lei de Deus — não se estariam constituindo em juízes da lei de Deus, nem estariam formulando leis de acordo com sua própria vontade. Não estariam indo além dos limites da lei fornecida por Deus. Estariam atuando em consonância com a lei fornecida pelo Grande Legislador, denunciando a fornicação como sendo impura. Os praticantes de tal impureza não entrariam no reino de Deus, segundo a Sua lei. (1 Cor. 6:9, 10) Não eram aptos a permanecer associados com a congregação de Cristo. Todavia, mesmo então, os homens responsáveis pela pureza da congregação, por expulsar os impuros, não estavam executando a pena que Deus, o próprio Legislador, executaria sobre aqueles que, de modo impenitente, continuavam a seguir tal proceder, a saber, a pena de morte. — Rom. 1:24-27, 32.
Paulo também traz à atenção dos cristãos que “os santos julgarão o mundo”, e que “havemos de julgar anjos”. Aqui, ele está falando, não da época atual, mas do futuro, quando aqueles que reinarem, junto com Cristo, no reino, se sentarão como juízes celestes, administrando a lei de Deus. — 1 Cor. 6:1-3; Rev. 20:6; compare com 1 Coríntios 4:8.
A bênção de Moisés sobre Gade
Quando Moisés abençoou as tribos de Israel, pouco antes de morrer, “quanto a Gade, ele disse: ‘Bendito é aquele que alarga as fronteiras de Gade. . . . E [Gade] selecionará para si a primeira parte, pois ali se reserva o lote dum legislador.”’ (Deut. 33:20, 21) Este emprego do termo “legislador” pode ter o seguinte significado: A maioria das tribos receberam, por consignação mediante sortes, a sua herança, sob a direção de Josué e de Eleazar, o sumo sacerdote. Mas a tribo de Gade, junto com a de Rubem, havia solicitado as terras a E do rio Jordão, pouco depois da derrota dos midianitas. Essa terra era admiravelmente apropriada para a criação de gado, gado este que tais tribos possuíam em grande número. Moisés acolheu favoravelmente o pedido delas, e lhes concedeu esta parte da terra. (Núm. 32:1-5, 20-22, 28) Assim sendo, seu quinhão era um “lote dum legislador”, Moisés, o legislador para Israel.
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LEI
A palavra “lei”, nas Escrituras Hebraicas, é principalmente uma tradução de tohráh, relacionada com o verbo hohráh, que significa
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