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  • Bastará a “revolução verde”,

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  • Bastará a “revolução verde”,
  • Despertai! — 1973
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Despertai! — 1973
g73 22/1 pp. 10-13

Bastará a “revolução verde”,

O PROBLEMA da fome já é bastante ruim hoje. Os peritos, porém, concordam que logo ficará pior.

Por quê? Porque há algo mais a considerar. E isso é tido como o maior problema de todos.

Georg Borgstrom, professor de ciência alimentar da Universidade Estadual de Michigan, indica qual é: “Quem pensa que a atual crise mundial de proteína irá explodir e cuidar de si mesma deve lembrar-se: os famintos do mundo se multiplicam duas vezes mais rápido do que os bem nutridos.

Com efeito, um recente relatório das Nações Unidas mostra que os povos famintos do mundo estão aumentando realmente duas vezes e meio mais rápido do que os bem nutridos. Assim, ao passo que é verdade que mais pessoas estão comendo melhor porque aumenta a população nos países ‘prósperos’, também é verdade que o número de pessoas nos países pobres que não comem o bastante cresce muito mais rápido. É isso o que mais preocupa as autoridades quando elas falam da “explosão demográfica”.

Assim, apesar da “revolução verde”, o problema da fome não está sendo solucionado. U. S. News & World Report, de 6 de março de 1972 declara: “O aumento rápido da população do mundo não mostra sinais de desaceleração, e talvez até mesmo se acelere nos anos vindouros. . . . A população cresce agora em 75 milhões a cada ano — bastante para criar novo Bangladesh em 12 meses. . . . Tão explosivo é o aumento que as autoridades demográficas temem que a fome se torne ampla em muitos países do mundo em desenvolvimento.”

A atual população da Índia, de cerca de 570 milhões de pessoas, aumenta cada ano em cerca de 14 milhões. A respeito disto, o Times de Nova Iorque diz: “A menos que a taxa seja significativamente reduzida, a Índia terá um bilhão de pessoas por volta do ano 2000, ultrapassando em muito qualquer aumento na produção de alimentos.”

Não obstante, outra fonte avisa que até mesmo se a Índia gradualmente alcançasse o “extraordinário feito de reduzir sua taxa de nascimentos pela metade” nos anos vindouros, isto ainda não seria o suficiente. Sua população excederia um bilhão por volta do ano 2000 de qualquer modo!

O caso não é que a terra não possa sustentar 31/2 ou 4 bilhões de pessoas, ou mais. Ela pode. Mas, a estrutura econômica, social e política do mundo está arranjada de tal modo que relega à angustiante pobreza e fome cada vez mais pessoas, todo ano.

Não Mais ‘Milagres’

O que também perturba algumas autoridades é a compreensão de que grandes aumentos futuros na produção de alimentos serão difíceis de se conseguir. A maior parte da melhor terra nos países mais pobres já se acha plantada com as novas sementes.

É por isso que reconhecida autoridade sobre a “revolução verde”, Lester R. Brown, do Conselho de Desenvolvimento Ultramarino, afirma: “Muito embora tenhamos, a curto prazo, algum espaço para respirar que se tornou possível graças à ‘revolução verde’, não podemos continuar expandindo a produção de alimentos para sempre. Há certos limites finitos sobre até que ponto podemos produzir culturas.” E o Professor Fraser afirma em The People Problem (O Problema do Povo):

“Receio que muitos considerem a melhora temporária da crise de alimentos como evidência de que a ciência sempre virá em nosso socorro. . . .

“Haverá ulterior melhora, mas não mais saltos quantum [grandes] de produção. Os genetistas . . . estão firmes em suas declarações de que futuros ‘milagres’ não devem ser esperados, ao posso que os presentes foram cabalmente predizíeis.”

Mesmo durante os anos recentes do maior êxito da “revolução verde”, a população mundial cresceu tão rápido que quase que anulou o aumento das colheitas. E, quando chegar o tempo, nos países pobres, em que não se poderá mais aumentar as colheitas por hectare, enquanto a população continuar “explodindo”, então, o que acontecerá?

O engenheiro químico Norbert Olsen disse em princípios de 1972: “Eu poderia trabalhar 24 horas por dia criando fertilizantes e novos meios de ajudar a produzir alimentos, e, ainda assim, isso não satisfaria a necessidade.” E Chemical Week (Semana Química), de 15 de março de 1972, relata: “Uma equipe de quatro homens do Instituto de Tecnologia de Massachusetts [concluiu que] . . . apenas por se estabilizar a população e a produção industrial pode o homem sobreviver além dos próximos 100 anos.”

Em certas áreas, a crescente população já resultou no constante desmatamento. Diz-se que a devastação florestal e a pastagem excessiva nos prados da Índia ocidental já criaram áreas sujeitas a secas prolongadas, com tempestades de pó. E muitos pedaços de terra têm sido divididos e subdivididos nos grupos familiares com tanta freqüência que não podem ser mais divididos e ainda assim ser cultivados economicamente.

Afirma o Bulletin da Austrália: “Em menos de um século, dobrou a extensão dos ermos do mundo resultando do ‘cultivo a seco, sujeito a tempestades de pó’ (e a destruição continua), ao passo que em cada continente os lavradores (e a indústria) exploram as reservas capitais e vitais da água do subsolo para alimentar suas culturas, às vezes numa taxa perigosa.”

Estava Certo Malthus?

Conclui The Bulletin: “Aquele tenebroso e velho pessimista do século 18, Thomas Malthus, tem-se provado certo, no fim das contas. Desde que ele escreveu, grandes áreas foram abertas e a ciência aumentou espetacularmente as colheitas; todavia, o resultado líquido é mais pessoas famintas e inanes do que nunca antes.”

O livro The Environmental Crisis (A Crise Ambiental) também declara: “Há agora mais pessoas famintas e debilitadas neste planeta do que o número de seres humanos em 1850.” Em 1850, havia um bilhão de pessoas na terra!

Quantas pessoas, neste instante, morrem realmente dos resultados da fome? Paul Ehrlich, da Universidade de Stanford, diz: “Se tomarmos a única definição inteligente de inanição — que uma pessoa morre de fome se uma dieta adequada lhe teria assegurado a sobrevivência — então os níveis de mortes devido à inanição no mundo hodierno são deveras colossais, situando-se entre 5 milhões e 20 milhões de pessoas por ano.” Isso é quase 55.000 pessoas que morrem por dia de fome!

Naturalmente, algumas autoridades objetariam a tal interpretação da situação. Mas, é preciso lembrar que poucas autoridades governamentais gostam de admitir que haja pessoas em seus países que morrem de fome. Entrementes, um número cada vez maior de pessoas, que são alistadas como morrendo devido a alguma doença, realmente morrem como resultado indireto da fome. Se dispusessem de uma dieta adequada, não morreriam prematuramente.

Mas, o que dizer da “revolução verde”? Será que observadores preocupados, tais como Ehrlich, ignoram os progressos já feitos até agora? Responde ele:

“Temos produzido uma geração de peritos agrícolas que podem cultivar lowa [estado dos EUA] maravilhosamente; podem apresentar textos maravilhosos para a imprensa; mas não podem contar e não compreendem qual é a situação mundial. . .

“Levantam-se em reuniões e dizem: ‘Mas, os senhores sabem que podemos alcançar alta produção disto, e uma alta produção daquilo.’ Minha réplica é: ‘Quando puderem alimentar os 3,5 bilhões de pessoas que vivem hoje voltem de novo, e falaremos sobre chegarmos aos 7 bilhões. Até então, sentem-se e calem a boca, porque não estão fazendo nada de bom.’”

Isto nos faz lembrar a predição feita há alguns anos atrás por dois agrônomos, William e Paul Paddock. Em seu livro Famine — 1975! (Fome — 1975!) declararam que era inevitável a fome mundial em meados da década de 1970. Mas, então, a “revolução verde” começou, com seu otimismo inicial, e muitos menosprezaram tais predições de fome.

Agora, contudo, as autoridades não tendem mais a zombar. Uma autoridade da Organização das Nações Unidas Para a Alimentação e Agricultura fornece a seguinte avaliação realista: “Ainda não sabemos ao certo. . . . Talvez ainda venhamos a descobrir que os Paddocks não estavam errados — simplesmente foram prematuros em suas datas”

Muitos pensam do mesmo modo que Ehrlich, que afirma: “Penso que a data real é um sofisma. . . . Francamente tendo para o tremendo pessimismo. As pessoas me dizem: ‘Quais acha que são nossas possibilidades [de evitar a fome mundial]?’ Eu respondo que nossas possibilidades de êxito talvez sejam agora de 2 por cento, e que, se nos esforçarmos realmente, talvez possamos aumentá-las para 3 por cento.”

O que é significativo é o fato de que tais ominosas predições estão sendo expressas agora, no meio da “revolução verde”. Também, nos últimos anos, houve colheitas relativamente favoráveis, com boas chuvas. Mas, o padrão natural não continua a ser favorável. Há secas periódicas, tais como a que a Índia experimentou em 1965 e 1966. Tendo crescido tanto a população mundial, em especial os pobres, desde então, secas similares poderiam trazer imensas catástrofes no futuro.

Qual É a Solução?

Não, a “revolução verde” não é a solução para os problemas de fome no mundo. E não são apenas os peritos agrícolas que reconhecem isto. Uma fonte bem mais elevada, o Criador do homem, Jeová Deus, afirma que ela não é a solução.

A própria Palavra de Deus, as Escrituras Sagradas, contém muitas profecias que nos dizem o que nos reserva o futuro. A profecia bíblica chama os nossos dias de “últimos dias”. (2 Tim. 3:1) Fornece muitas evidências que assinalam este tempo significativo na história humana. Uma das evidências preditas foi que “haverá escassez de víveres . . . num lugar após outro”. — Mat. 24:7.

Por isso, não importa que êxito os novos tipos de cereais talvez tenham, será por pouco tempo. O atual sistema de regência entre as nações não poderá impedir por muito tempo que haja escassez de alimentos.

A escassez de alimentos, porém, acabará, e isso muito em breve! Jeová Deus garante ‵em sua Palavra que ele solucionará de forma permanente os problemas do gênero humano, inclusive o da fome.

Primeiro de tudo, o que é necessário é uma nova administração para governar esta terra e seus povos. O divisivo nacionalismo, o egoísta comercialismo e as desperdiçadoras guerras precisam ser eliminados, de modo que os recursos da terra possam ser corretamente usados.

Como é que Deus fará isso? Por tomar ação direta nos assunto humanos. Sua Palavra promete que Ele removerá violentamente todos os arranjos governamentais e econômicos do atual sistema de coisas. Isto pavimentará o caminho para uma ordem inteiramente nova aqui na terra. Essa nova ordem será regida pelo governo celeste que Jesus Cristo ensinou a seus seguidores a pedir em oração, o reino de Deus. Com efeito, esse reino celeste é o que Deus usará para ‘esmiuçar e pôr termo a todos estes reinos’ que existem hoje. — Dan. 2:44; Mat. 6:9, 10.

Sob a regência do Reino de Deus, os povos que então viverem têm a promessa de “um banquete de pratos bem azeitados” numa era em que “não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra”. Este governo celeste de Deus garante a distribuição correta das riquezas da terra. — Isa. 25:6; 2:4.

Por conseguinte, não se deixe enganar pelas sugestões de que os humanos solucionarão o gigantesco problema de alimentos da atualidade. Não solucionarão, não. Não são os cientistas e sua “revolução verde”, mas é “Aquele que fez o céu e a terra” que satisfará as necessidades de toda a humanidade. (Sal. 146:6, 7) Quando? Sua Palavra promete: em breve! Deveras, nesta mesma geração, o reino de Deus regerá sem rival, para a bênção eterna de todos que adoram o verdadeiro Deus. — Mat. 24:34.

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