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Os terraços eram locais de considerável atividade, seja em tempos pacíficos, seja em calamitosos. (Isa. 22:1; Jer. 48:38) Deles se podiam fazer anúncios, ou se podia avisar rapidamente o público sobre certas ações. (2 Sam. 16:22; Mat. 10:27) Secava-se o linho sobre os terraços (Jos. 2:6), e as pessoas ali podiam conversar (1 Sam. 9:25), andar na noite fresca (2 Sam. 11:2), empenhar-se na adoração verdadeira ou na falsa (Jer. 19:13; Sof. 1:5; Atos 10:9), ou até mesmo dormir ali. (1 Sam. 9:26) Na Festividade do Recolhimento, erigiam-se barracas ou cabanas sobre os terraços e nos pátios das casas. — Nee. 8:16.
Com freqüência se construía, no terraço, uma câmara ou quarto superior. Durante os meses quentes do verão setentrional, este era um dos aposentos mais agradáveis e mais frescos, e também servia como quarto de hóspede. (Juí. 3:20; 1 Reis 17:19; 2 Reis 1:2; 4:10) Naturalmente, algumas casas eram prédios de dois pavimentos, tendo um pavimento superior ou sobrado regular. Numa grande câmara ou sala superior, talvez uma câmara do terraço ou uma sala dum pavimento superior, Jesus celebrou a última Páscoa com seus discípulos e instituiu a comemoração da Refeição Noturna do Senhor. (Luc. 22:11, 12, 19, 20) E, no dia de Pentecostes de 33 E.C., cerca de 120 discípulos se achavam, pelo que parece, numa câmara superior duma casa em Jerusalém quando o espírito de Deus foi derramado sobre eles. — Atos 1:13-15; 2:1-4.
Geralmente escadarias externas ou, nas casas mais pobres, escadas do lado de fora, iam do pátio até o terraço. Assim, uma pessoa no terraço podia partir sem ter de entrar na própria casa. Visto que muitas casas eram construídas de modo contíguo, muitas vezes era possível passar-se andando de um terraço para o outro. Tais fatores talvez tivessem algo que ver com o significado do conselho de Jesus em Mateus 24:17 e em Marcos 13:15. Nas casas melhores, uma escada interior dava acesso ao pavimento superior.
LOCAL DE INSTRUÇÃO ESPIRITUAL
Desde os tempos mais antigos a casa funcionava como centro de instrução na adoração pura. A lei de Deus para Israel mandava especificamente que os pais ensinassem a seus filhos enquanto estivessem sentados em casa, bem como em outras ocasiões. (Deut. 6:6, 7; 1:19) Também, a lei de Deus devia ser escrita nas ombreiras das portas de suas casas (Deut. 6:9; 11:20), e o lar devia manter-se livre de todos os acessórios da idolatria. (Deut. 7:26) Tendo-se em vista que a casa era usada para tal propósito sagrado, as casas infetadas com “lepra maligna” deviam ser derrubadas. (Veja LEPRA) A lei a respeito das casas leprosas lembraria aos israelitas que eles somente podiam viver em casas que fossem limpas do ponto de vista de Deus. — Lev. 14:33-57.
Com o estabelecimento do cristianismo, a pregação e o ensino de casa em casa tornaram-se parte destacada da adoração verdadeira. (Atos 20:20) Os seguidores de Jesus valiam-se da hospitalidade que lhes era demonstrada pelos ‘merecedores’ ou ‘amigos da paz’ e ficavam nas casas de tais pessoas até terminarem seu ministério em determinada cidade. (Mat. 10:11; Luc. 10:6, 7) Com freqüência, grupos ou congregações de cristãos se reuniam regularmente nas casas para considerar a Palavra de Deus. (Rom. 16:5; 1 Cor. 16:19; Col. 4:15; Filêm. 2) Mas, qualquer pessoa que se desviasse do ensino de Cristo não era bem-vinda nas casas deles. — 2 João 10.
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Casa Da Floresta Do LíbanoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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CASA DA FLORESTA DO LÍBANO
Parte do conjunto de prédios governamentais erguidos pelo Rei Salomão durante seu programa de edificações de treze anos, depois de ter concluído o templo de Jerusalém (1027-1014 A.E.C.). Situava-se ao S do templo e do palácio, entre o cume da Colina do Templo e o baixo contraforte da Cidade de Davi. O prédio ganhou tal nome quer por ter sido construído de cedro-do-líbano, quer porque suas muitas grandes colunas de cedro faziam lembrar as florestas de lá.
A Casa da Floresta do Líbano tinha 100 côvados (c. 44 m) de comprimento, 50 côvados (c. 22 m) de largura e 30 côvados (c. 13 m) de altura. Parece ter tido paredes de pedra (1 Reis 7:9), tendo vigas de cedro cujas extremidades estavam inseridas nas paredes e que eram, adicionalmente, apoiadas por quatro fileiras de colunas (“quatro”, no texto hebraico; “três” na LXX). Acima das colunas havia, evidentemente, aposentos revestidos de cedro. Algumas reconstituições sugeridas desta casa apresentam três níveis, ou pavimentos com vários cômodos, acima das colunas, e estes dão para o pátio aberto no meio do prédio. Diz-se que os aposentos possuíam uma “abertura de iluminação defronte de outra abertura de iluminação”. Isto parece significar que, voltadas para o pátio, havia aberturas ou grandes janelas que davam para as janelas correspondentes nos aposentos do lado oposto do pátio. Ou, possivelmente significa que havia uma janela em cada aposento que dava para o pátio, e uma que dava para o lado externo. As entradas (provavelmente os vãos das portas que davam para os aposentos e talvez entre eles) “formavam retângulo com a guarnição”. Assim, não tinham forma de arco nem eram abobadadas. As janelas tinham formato similar. — 1 Reis 7:1-5.
Surge um problema quanto ao número de fileiras de colunas, conforme adrede mencionado. Pois o texto hebraico diz que havia quatro fileiras e, mais tarde, menciona 45 colunas, e então diz: “Eram quinze por fileira.” (1 Reis 7:2, 3) Alguns pensam que o texto se aplica neste caso aos aposentos em três níveis, 15 aposentos por fileira, e que pode ter havido um número maior de colunas colocadas nas quatro fileiras. Outros preferem a leitura da Septuaginta, de “três” fileiras de colunas. A
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