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Cronista (Escrivão), Tinteiro DeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Egito. O ‘estojo de escriba’ egípcio era uma peça longa e estreita, feita de madeira, e tendo uma divisão ou sulcos para penas de junco. Na sua face externa, perto da parte superior, tinha pelo menos um recesso para pequena massa de tinta seca. O escriba começava a escrever por enfiar a ponta umedecida de sua pena na tinta. As inscrições mostram que os escribas sírios utilizavam um similar ‘estojo de escriba’.
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CronologiaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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CRONOLOGIA
A palavra portuguesa “cronologia” provém do grego khronología (de khrónos, tempo, e légein, dizer ou contar), isto é, “o cômputo do tempo”. A cronologia torna possível situar os eventos na sua seqüência ou associação ordeira, e atribuir as datas corretas aos eventos específicos.
Jeová é o “Antigo de Dias”, e o Deus da Eternidade. (Dan. 7:9; Sal. 90:2; 93:2) É evidente que Ele é um Cronometrista exato, não só pela magnífica precisão manifesta nos movimentos dos corpos estelares, como também pelo registro divino de seus atos. No cumprimento de suas promessas ou de suas profecias, ele fez com que ocorressem eventos no tempo exato que fora predito, quer o tempo intermediário fosse de apenas um único dia (Êxo. 9:5, 6), quer um ano (Gên. 17:21; 18:14; 21:1, 2; 2 Reis 4:16, 17), quer décadas (Núm. 14:34; 2 Crô. 36:20-23; Dan. 9:2), quer séculos (Gên. 12:4, 7; 15:13-16; Êxo. 12:40, 41; Gál. 3:17), quer milênios (Luc. 21:24). Garante-se-nos que os Seus propósitos para o futuro terão execução segura, no tempo predeterminado, sendo precisos até no dia e na hora designados. — Hab. 2:3; Mat. 24:36.
Deus propôs que o homem, feito à imagem e semelhança de seu Criador (Gên. 1:26), medisse o passar do tempo. A Bíblia logo cedo declara que os “luzeiros na expansão dos céus” deviam servir para “fazerem separação entre o dia e a noite; e . . . para servir de sinais, e para épocas, e para dias, e para anos”. (Gên. 1:14, 15; Sal. 104:19) (A consideração da forma como tais divisões têm sido observadas desde o início da história do homem pode ser feita através dos verbetes CALENDÁRIO; DIA; LUA; SEMANA; ANO). A contagem e o registro humanos dos períodos de tempo têm continuado desde os dias de Adão até o tempo atual. — Gên. 5:1, 3-5.
ERAS
A cronologia exata exige que se fixe determinado ponto na corrente do tempo como marco a partir do qual se conte o tempo, quer para a frente, quer para trás, em unidades de tempo (tais como horas, dias, meses, anos). Esse ponto inicial poderia ser simplesmente o nascer do sol (para se medirem as horas dum dia), ou uma lua nova (para se medirem os dias dum mês), ou o início da primavera (para se medir o espaço dum ano). Para a contagem de períodos maiores, os homens têm recorrido à fixação de determinada “era”, usando algum evento notável como seu ponto inicial, a partir do qual se medem períodos de muitos anos. Assim, nas nações da cristandade, quando uma pessoa afirma: ‘Hoje é dia 1.° de outubro de 1981 E.C. (Era Comum)’, quer dizer que ‘hoje é o primeiro dia do décimo mês do ano mil, novecentos e oitenta e um, contando-se a partir do que alguns crêem ter sido a época do nascimento de Jesus’.
Tal utilização duma era, na história secular, é algo que se inventou um tanto recentemente. A era grega, supostamente o caso secular mais antigo de tal cômputo cronológico, pelo que parece não foi colocada em prática senão por volta do quarto século A.E.C. (Antes da Era Comum). Os gregos calculavam o tempo por meio de períodos de quatro anos chamados “Olimpíadas”, a partir da primeira Olimpíada, que se calcula teve início em 776 A.E.C. Em aditamento, muitas vezes identificavam anos específicos por se referirem ao período em que determinado oficial esteve no cargo. Os romanos, com o tempo, estabeleceram uma era, contando os anos a partir da data tradicional da fundação da cidade de Roma (753 A.E.C.). Também designavam certos anos específicos por se referirem aos nomes dos dois cônsules que detinham esse cargo naquele ano. Não foi senão no 6.° século E.C. que um monge chamado Dionísio Exíguo calculou o que é agora conhecido popularmente como “Era Cristã”, ou, mais corretamente, “Era Comum”. Entre os povos mulçumanos (islâmicos), os anos são contados a partir da Hégira (a fuga de Maomé de Meca, em 622 E.C.). Os antigos egípcios, assírios e babilônios, contudo, não fornecem evidência de terem mantido tal sistema de eras, de forma contínua, por qualquer período considerável de tempo.
Quanto ao registro bíblico, não delineia expressamente nenhum arranjo de eras como ponto inicial a partir do qual todos os outros eventos são datados. Isto, em si, não significa que não existia nenhuma “tabela cronológica” para situar os eventos passados em sua posição específica e correta, na corrente do tempo. Poderem os escritores bíblicos citar números precisos, envolvendo períodos de várias centúrias, ao relatarem determinados eventos, demonstra que entre o povo de Israel, ou seus ancestrais, não faltava o interesse pela cronologia. Assim, Moisés pôde escrever que “sucedeu, ao fim dos quatrocentos e trinta anos [a contar desde o tempo em que Abraão entrou na terra de Canaã e Deus fez um pacto com ele], sim, sucedeu neste mesmo dia que todos os exércitos de Jeová saíram da terra do Egito”. (Êxo. 12:41; veja ÊXODO; compare com Gálatas 3:16, 17.) Também, em 1 Reis 6:1, o registro declara que foi “no quadringentésimo octogésimo ano depois da saída dos filhos de Israel da terra do Egito”, que o Rei Salomão começou a construir o templo em Jerusalém. Ainda assim, nem o estabelecimento do pacto abraâmico
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