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PérolaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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a secreção duma substância calcária chamada “nácar”, que endurece, formando uma camada perlífera em volta do irritante material intruso. Sobrepõem-se camadas sucessivas desta substância como uma “casca” em torno da partícula estranha, que serve de núcleo. Se o núcleo permanece desligado da concha, devido às contrações do manto que reveste interiormente a concha, forma-se dentro de alguns anos uma linda pérola.
EMPREGO ILUSTRATIVO
A Bíblia às vezes faz alusão à preciosidade das pérolas, de modo ilustrativo. A respeito do valor transcendente da verdadeira sabedoria, Jó afirmou: “Uma bolsa cheia de sabedoria vale mais do que uma de pérolas.” (Jó 28:18) No Sermão do Monte, Jesus Cristo aconselhou: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis as vossas pérolas diante dos porcos, para que nunca as pisem debaixo de seus pés, e, voltando-se, vos dilacerem.” (Mat. 7:6) Evidentemente Jesus queria dizer que, se alguém demonstra ser semelhante a um cão ou a um porco, não tendo apreço por coisas espirituais, não se deveria fazer empenho adicional de partilhar pensamentos e ensinos espirituais com ele. Tais pessoas corruptas iriam apenas calcar sob os pés valiosas coisas espirituais, e maltratar ou causar danos a qualquer pessoa empenhada em partilhar tais coisas com elas. Jesus também ilustrou a preciosidade do reino dos céus por meio de “uma pérola” de tão grande valor que certo comerciante viajante, que andava à cata de pérolas excelentes, “vendeu prontamente todas as coisas que tinha e a comprou”. (Mat. 13:45, 46) Dessa maneira, Jesus mostrou que o indivíduo que sente apreço pelo verdadeiro valor de alcançar o reino dos céus estaria disposto a desfazer-se de tudo a fim de consegui-lo. — Compare com Mateus 11:12; Lucas 13:23-25: Filipenses 3:8-11.
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PerseguiçãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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PERSEGUIÇÃO
Esta palavra portuguesa se deriva do latim persequi, “ir ao encalço de”, sendo equivalente ao termo hebraico (radháph) e ao grego (dióko), verbos que significam “ir ao encalço de, caçar, perseguir”. Mais especificamente, a perseguição pode ser definida como fustigamento ou danos que são causados deliberadamente a pessoas em razão de sua condição social, de sua origem racial, ou de sua fé e crenças religiosas, visando, neste último caso, erradicar tais crenças e evitar sua propagação entre novos conversos.
A perseguição assume várias formas. Pode limitar-se a abusos verbais, a zombaria e a insultos (2 Crô. 36:16; Atos 19:9), ou pode incluir pressões econômicas (Rev. 13:16, 17), ferimentos físicos (Mat. 27:29, 30; Atos 5:40), encarceramento (Luc. 21:12; Atos 16:22-24), ódio, e até mesmo a morte. (Mat. 24:9; Atos 12:2) Pode ser instigada por autoridades religiosas (Mar. 3:6; Atos 24:1, 27), ou executada por pessoas desinformadas (Gên. 21:8, 9; Gál. 4:29) e ignorantes (1 Tim. 1:13), ou por turbas desarrazoadas e fanáticas. (Luc. 4:28, 29; Atos 14:19; 17:5) Com mais freqüência, porém, estes grupos são apenas os agentes de instigadores mais poderosos e sinistros — invisíveis forças espirituais iníquas. — Efé. 6:11, 12.
Na profecia original, Jeová Deus predisse a inimizade entre a “serpente” e a “mulher”, e entre seus respectivos ‘descendentes’. (Gên. 3:15) A Bíblia, como um todo, dá testemunho do cumprimento desta profecia. Jesus identificou claramente a serpente como sendo Satanás, o Diabo, e, ao mesmo tempo, àqueles que o perseguiam, ele disse que provinham ‘do pai deles, o Diabo’, sendo, por conseguinte, parte da ‘descendência’ dele. (João 8:37-59) O livro de Revelação (Apocalipse) mostra que tal perseguição continua até o tempo de Cristo ser investido do poder de reinar, e até mesmo por algum tempo depois disso, pois, quando Satanás e seus anjos são lançados para baixo, à terra, o dragão ‘persegue a mulher, travando guerra com os remanescentes de sua semente, que observam os mandamentos de Deus e que têm a obra de dar testemunho de Jesus’. — Rev. 12:7-17.
HISTÓRIA
A perseguição religiosa tem uma história que, segundo Jesus, remonta a Caim, filho de Adão. (Gên. 4:3-8; Mat. 23:34, 35) Caim assassinou seu irmão, Abel, porque fora motivado pelo “iníquo”, Satanás, o Diabo. (1 João 3:12) A questão envolvida na morte de Abel centralizava-se em torno da adoração fiel a Jeová. (Heb. 11:4) Jó, homem de Deus, cujo nome significa “objeto de hostilidade”, com o tempo tornou-se alvo de perseguição iníqua, instigada por Satanás. A esposa de Jó, e seus três amigos, foram apenas instrumentos utilizados, consciente ou inconscientemente, por esse arquiinimigo de Deus e do homem. — Jó 1:8 a 2:9; 19:22, 28.
De tempos a tempos, os governantes de Judá e de Israel infligiram muitos sofrimentos aos representantes especiais de Deus. Para exemplificar: O Rei Saul fez de Davi (‘homem agradável ao coração de Deus’ [Atos 13:22]) o alvo principal de seu ódio. (1 Sam. 20:31-33; 23:15, 26; Sal. 142:6) Durante o reinado de Acabe e Jezabel, muitos profetas de Jeová se viram obrigados a esconder-se quais fugitivos, ou foram mortos. (1 Reis 18:13, 14; 19:10) O Rei Manassés derramou sangue inocente “em quantidade muito grande”. (2 Reis 21:16) O Rei Jeoiaquim matou Urijá, “um homem que profetizava em nome de Jeová”. (Jer. 26:20-23) Jeremias sofreu muita perseguição às mãos dos oficiais do governo. (Jer. 15:15; 17:18; 20:11; 37:15, 16; 38:4-6) Devido à infidelidade de seu povo, Israel, Jeová permitiu, às vezes, que outras nações perseguissem
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