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CegueiraAjuda ao Entendimento da Bíblia
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22) Quando Jesus estava perto de Jerico, curou o cego Bartimeu e seu companheiro. (Mat. 20: 29-34; Mar. 10:46-52; Luc. 18:35-43) Em outra ocasião, curou dois cegos ao mesmo tempo. (Mat. 9:27-31) Outrossim, curou um endemoninhado que era tanto cego como mudo. (Mat. 12:22; compare com Lucas 11:14.) A visão de certo homem foi gradualmente restaurada. Isto pode ter habilitado tal homem, tão acostumado a ficar na escuridão, a ajustar seus olhos ao brilho da luz solar. (Mar. 8:22-26) Outro homem, cego de nascença, ao ter restaurada sua visão, tornou-se crente em Jesus. (João 9:1, 35-38) Nos últimos dois casos, Jesus usou saliva ou saliva misturada com argila, mas esta suposta semelhança com remédios caseiros não diminui o aspecto milagroso das curas. No caso do cego de nascença, foi-lhe mandado que se lavasse no tanque de Siloé, antes de ele recuperar a visão. Isto era, sem dúvida, um teste de sua fé, assim como se exigiu de Naamã que se banhasse no rio Jordão antes de se ver livre de sua lepra. — 2 Reis 5:10-14.
CEGUEIRA ESPIRITUAL
A Bíblia atribui muito maior importância à visão espiritual do que à física. Jesus usou a ocasião da cura do cego de nascença para apontar como os fariseus eram repreensíveis, porque professavam ser aqueles que tinham visão espiritual e, deliberadamente, recusaram-se a sair de sua condição cega. Eram semelhantes aos que amavam as trevas ao invés de a luz. (João 9:39-41; 3:19, 20) O apóstolo Paulo falou à congregação de Éfeso sobre se iluminarem os olhos de seu coração. (Efé. 1:16, 18) Jesus indica que aqueles que professam ser cristãos, mas que não estão cônscios de sua necessidade espiritual, estão cegos e nus, não discernindo sua condição deplorável e tateante. (Rev. 3: 17) Assim como ficar nas trevas por longo período de tempo provocará a cegueira aos olhos naturais, o apóstolo João aponta que um cristão que odeia seu irmão está andando sem rumo numa escuridão cegadora ( 1 João 2:11), e Pedro avisa que a pessoa que não cultiva os frutos cristãos, o maior dos quais é o amor, está ‘cega, fechando os seus olhos à luz’. ( 2 Ped. 1:5-9) A fonte de tal escuridão e cegueira espiritual é Satanás, o Diabo, que, ao se transformar num anjo de luz, realmente é “o deus deste sistema de coisas” e o deus da escuridão que cegou a mente dos incrédulos, de modo que não discirnam as boas novas sobre o Cristo. — Luc. 22:53; 2 Cor. 4:4; 11:14, 15.
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Ceia Do SenhorAjuda ao Entendimento da Bíblia
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CEIA DO SENHOR
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Ceifeiro, Ceifar (Colheita)Ajuda ao Entendimento da Bíblia
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CEIFEIRO, CEIFAR (COLHEITA)
A colheita de cereal nos tempos antigos era feita por cortar o cereal com uma foice (Mar. 4:29), ou, às vezes, por desarraigá-lo. Neste último caso, a haste inteira era colhida por se arrancar as raízes do solo, o que era importante nas terras áridas, onde a palha era escassa e o cereal não crescia muito alto.
Cortar o cereal com uma foice era o método comum de fazer a colheita. (Deut. 16:9) A foice antiga era feita de madeira ou de osso, e tinha pedaços incrustados de pederneira que atuavam como fio de corte. Mais tarde, usava-se a lâmina curva de metal, mais conhecida. O ceifeiro agarrava as hastes com uma das mãos e as cortava com a outra. Talvez, no passado, como nos tempos mais recentes, às vezes se colocassem pedaços de bambu (cana) nos dedos do ceifeiro, para protegê-los do corte com a foice ou pelas farpas das hastes secas.
Mandou-se que os israelitas não ceifassem os cantos de seus campos. Ao invés, deviam deixar um pouco de cereal em pé “para o atribulado e para o residente forasteiro”. (Lev. 19:9, 10) Depois da colheita do cereal, este era ajuntado, amarrado em feixes, e empilhado, talvez na eira. — Gên. 37:6, 7; Rute 3:6, 7.
USO FIGURADO
A colheita é muitas vezes usada de modo figurado nas Escrituras a fim de ilustrar o resultado final das obras da pessoa, quer bom quer mau. O princípio divino é que “o que o homem semear, isso também ceifará”. Paulo mostrou que, ao passo que aquele que semeia visando a carne ceifa dela a corrupção, “aquele que semeia visando o espírito, ceifará do espírito vida eterna”, e assegurou aos cristãos gálatas que eles ceifariam algo, se não desfalecessem. (Gál. 6:7-9; Pro. 22:8; Osé. 8:1, 7) Ao encorajar os cristãos a mostrar generosidade para com os co-crentes necessitados na Judéia, o apóstolo disse aos coríntios: “Quem semear parcimoniosamente, ceifará também parcimoniosamente; e quem semear generosamente, ceifará também generosamente.” — 2 Cor. 9:5-7.
Jesus Cristo enviou seus discípulos para “ceifar”, dando a entender que deviam reunir os judeus receptivos como discípulos dele. (João 4:35-38) De acordo com a ilustração de Jesus sobre o “trigo” e o “joio” simbólicos, na “terminação do sistema de coisas”, o Filho do homem envia seus ceifeiros angélicos para ‘reunir dentre o seu reino todas as coisas que causam tropeço e os que fazem o que é contra a lei’. Este “joio” (“os filhos do iníquo”) é lançado numa fornalha ardente figurada, ao passo que o “trigo” (“os filhos do reino”) é preservado e ‘brilhará tão claramente como o sol, no reino de seu Pai’. — Mat. 13:24-30, 36-43.
Que o glorificado e entronizado Jesus Cristo dirige esta obra de colheita e de separação é demonstrado pela visão de João na Revelação, onde Cristo é representado como alguém “semelhante a um filho de homem, com uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão”. Em resposta ao brado angélico: “Mete a tua foice e ceifa, pois chegou a hora para ceifar, porque a colheita da terra está inteiramente
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