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  • w78 1/10 pp. 28-31
  • Dá valor a ficar a sós?

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  • Dá valor a ficar a sós?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1978
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  • É VOCÊ “PESSOA RETRAÍDA”?
  • DESENVOLVIMENTO ÍNTIMO
  • DESENVOLVIMENTO DA FACULDADE DE RACIOCÍNIO
  • RESOLVA O CONFLITO ENTRE O CORAÇÃO E A CABEÇA
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1978
w78 1/10 pp. 28-31

Dá valor a ficar a sós?

ELE era um homem jovem que dava valor a ficar a sós. Não era ermitão, nem recluso em algum mosteiro. Não, era uma figura pública. Ficava exposto, quase que diariamente, a multidões de pessoas. Era professor. O que sabemos dele é que era o maior instrutor que já existiu na terra. Vivia para dar constantemente de si mesmo. Contudo, ao mesmo tempo, conseguia, com cuidado, ter um pouco de tempo para si mesmo.

Sabia que a pessoa, para ter profundeza íntima e auto-suficiência pessoal, precisa ter tempo para si mesma — tempo para pensar, refletir, meditar e ponderar. Além disso, sendo homem intensamente religioso, conhecia e sentia a necessidade de orar. Afastar-se um pouco dos outros significava para ele uma oportunidade de esquadrinhar-se bem no íntimo, na presença de seu Deus, e achegar-se mais ao seu Pai celestial.

Seus profundos recursos íntimos, que incluíam seu perfeito conhecimento das Escrituras, lhe teriam possibilitado manter o equilíbrio e a auto-suficiência nas qualidades pessoais, mesmo que tivesse de sofrer longa prisão celular. Diversas traduçõesa dos registros sobre ele nos dizem que “ele retirava-se para os desertos”, que “se retirava aos lugares solitários para orar”. Outras narrativas dizem que, “levantando-se muito antes do amanhecer”, “saiu sozinho” a um lugar deserto e “ficou ali orando”. — Luc. 5:16; Mar. 1:35.

Este homem jovem era Jesus Cristo. Apesar da constante pressão das multidões e da íntima associação com seus companheiros chegados, Jesus conseguia de algum modo ficar um pouco a sós

É VOCÊ “PESSOA RETRAÍDA”?

Que dizer de você? Gosta de ter algum tempo para si mesmo? Quando se sente perturbado, procura ficar a sós? Será que ‘fala no seu coração, na sua cama, e fica quieto’? (Sal. 4:4) Uma jovem esposa e mãe, que passara por uma séria crise familiar, retraiu-se por algum tempo de suas amigas. Estas se magoaram com a atitude dela. Mas o marido explicou: “Maria é uma pessoa muito retraída. Dêem-lhe tempo. Ela controlará as suas emoções e seu modo de pensar.”

Era errado que Maria fosse assim “pessoa retraída”, que precisava de tempo a sós para ‘pôr as coisas no seu devido lugar’? Não, a menos que usasse seu tempo a sós para ficar acabronhada e nutrir ressentimentos para com os outros, ou para se isolar por muito tempo, a ponto de sua personalidade ficar deturpada e introvertida. “Quem se isola procurará o seu próprio desejo egoísta; estourará contra toda a sabedoria prática.” (Pro. 18:1) Mas, quando se fica por algum tempo a sós, e se deixa os pensamentos e sentimentos serem guiados por princípios sadios, isto pode ser um processo sadio, do qual emergem raciocínios claros e emoções equilibradas.

Até que ponto é você pessoa retraída? Gosta às vezes de isolar-se? Quando a sua consciência o incomoda, consegue você, a sós, encarar honestamente a questão e daí corrigir o assunto? Tira proveito da reflexão sobre novas coisas aprendidas? Fica absorto no empenho de ampliar seu entendimento de certos assuntos? Gosta de meditar em perguntas e problemas construtivos?

Ou é você mais como aqueles que parecem ter falta de capacidade de pensar, ou mesmo de sentir, por si sós? Tais pessoas talvez não gostassem, nem pudessem gostar, de ficar a sós. Parecem sentir-se impelidas a estar o mais possível na companhia de outros. Dá a parecer que, se não puderem falar com alguém, não poderão pensar sozinhas. Dizem indiscriminadamente toda e qualquer coisa que lhes passa pela mente e pelo coração. O que aconteceria a tal pessoa, se ficasse detida em prisão celular? O que aconteceria com você?

DESENVOLVIMENTO ÍNTIMO

Quando acorda altas horas da noite, em que pensa? Deixa-se levar pelo devaneio? O salmista Davi aprendeu o benefício das ocasiões de estar acordado: “Realmente, durante as noites me corrigiram os meus rins.” — Sal. 16:7.

Muitos acham que, se se esquadrinharem prolongada e profundamente, por fim descobrirão algum repositório de profunda verdade e significado. Pode ser verdade que o fundo e persistente “esquadrinhamento da alma” nos ajude a entender melhor nossos conceitos, tendências, atitudes, sentimentos, ambições, anseios e coisas assim. Mas, se nos estribarmos na Bíblia como guia, ela nos ensinará que muito daquilo que descobrimos no nosso íntimo precisa ser corrigido, até mesmo rejeitado, sim, substituído pelos ingredientes duma nova personalidade. Ela nos informa que, no íntimo, somos mais como vaso ou receptáculo — receptivo, mas em grande parte vazio e desprovido. Podemos receber, absorver, assimilar e usar conhecimento e sabedoria, e aumentar em discernimento. Mas todos estes materiais de construção do intelecto têm de provir de fora de nós mesmos. “Quando a sabedoria entrar no teu coração e o próprio conhecimento se tornar agradável à tua própria alma, guardar-te-ão próprio raciocínio, resguardar-te-á o próprio discernimento”, diz um dos provérbios inspirados. E outro indica a única Fonte segura e certa de conhecimento vindo de fora: “Confia em Jeová de todo o teu coração e não te estribes na tua própria compreensão. Nota-o em todos os teus caminhos, e ele mesmo endireitará as tuas veredas.” — Pro. 2:10, 11; 3:5, 6.

DESENVOLVIMENTO DA FACULDADE DE RACIOCÍNIO

A ocasião de ficar a sós pode ser um tempo para pensar, estudar, meditar e desenvolver a faculdade de raciocínio. Sim, talvez tenhamos nascido com a aptidão para a música ou para o atletismo. Mas, o que aconteceria se nunca exercitássemos tal aptidão? Seria como se nunca a tivéssemos possuído. O mesmo se dá com a faculdade de raciocínio. A faculdade de pensar desenvolve-se apenas ao ponto em que nos nutrimos de informações, experiências e treinamento.

Não é fácil desenvolver a faculdade de pensar. Requer verdadeiro trabalho mental. Suponhamos que queiramos desenvolver alguma capacidade especial de raciocinar, como, por exemplo, a de julgar tipos de pessoas com certo grau de certeza. Primeiro, pense numa pessoa, em alguém que conhece. Esta pessoa pode ser vista, ouvida, tocada e discernida com os sentidos físicos Mas, precisa-se de raciocínio para tal discernimento? Não.

Outrossim, ao começarmos a pensar na pessoa, não passam a interferir nossas reações emocionais para com ela? Antes de realmente chegarmos a pensar, não começamos a sentir algo a respeito da pessoa — registrando agrado, aversão, respeito, desrespeito, confiança ou desconfiança — reagindo emocionalmente, antes de iniciarmos uma avaliação intelectual?

Mas, digamos que nos obrigamos simplesmente a PENSAR na pessoa Pensar nos conceitos, nas atitudes, no comportamento, nas habilidades, realizações e coisas assim da pessoa. Quão bem entendemos tais qualidades em outra pessoa? Poderíamos fazer predições lógicas sobre como ela reagiria em determinadas circunstâncias? A avaliação das qualidades mentais, emocionais e espirituais de alguém requer a faculdade de raciocínio Verificamos que ficamos enfronhados em coisas intangíveis, além de nosso discernimento, pelos meros sentidos físicos, tais como a visão, a audição e o tato. Ao mesmo tempo, temos de certificar-nos de que não se intrometeram sentimentos, sob a forma de pensamentos, desequilibrando nossos processos mentais.

RESOLVA O CONFLITO ENTRE O CORAÇÃO E A CABEÇA

O coração, ou sede das emoções, tende a sobrepor-se à cabeça, sede do intelecto. O atrativo sexual, por exemplo, pode deturpar completamente o bom senso, e até mesmo a consciência. A mente pode ser posta a trabalhar extra para planejar, tramar e conspirar, a fim de satisfazer um desejo sensual. Por isso é que a Bíblia aconselha: “Mais do que qualquer outra coisa a ser guardada, resguarda teu coração, pois dele procedem as fontes da vida.” (Pro. 4:23) O coração, mais do que qualquer outra coisa, precisa ser disciplinado e treinado para acatar a orientação bíblica. Precisa ser ensinado a apreciar qualidades espirituais. Essas qualidades emanam do próprio coração de Deus. O coração humano deve tornar-se acessível a elas, porque o homem foi feito à imagem de seu Criador. (Gên. 1:26) “Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio”: estes são alistados como os frutos do espírito de Deus, no texto de Gálatas 5:22, 23.

Pesquise nas Escrituras essas palavras — “amor”, “alegria”, “paz” — com a ajuda duma concordância ou “chave bíblica” Assim, passará a dar-se conta de quanto estudo e contemplação particular podem ser despendidos proveitosamente na busca de discernimento. Você está procurando entender as qualidades pessoais de seu Criador, com o objetivo de assimilar tais qualidades na sua própria personalidade. Precisa da Sua ajuda para imitá-lo. Este é o motivo pelo qual a oração, junto com o estudo, é uma parte indispensável do processo de obter discernimento espiritual. Tudo isso requer que se fique um tempo a sós,

A NECESSIDADE DE SE FICAR A SÓS

Quando se mandou a Josué que levasse a nação de Israel à Terra da Promessa, Jeová ordenou-lhe que se apegasse de perto ao “livro da lei”, transmitido por meio de Moisés. “Tu o tens de ler em voz baixa dia e noite.” (Jos. 1:8) Josué tinha de gastar tempo em estudo particular, com oração. Conforme isso é expresso por diversas traduções, “medita nele dia e noite”, “deves estudá-lo dia e noite”.

O salmista Asafe resolveu: “Vou preocupar-me com o meu coração, e meu espírito fará uma busca cuidadosa.” “Meditei em meu coração”, “de noite indago o meu íntimo”, “reflito no fundo do coração”, “o meu espírito perscruta”. — Salmo 77:6 (76:7), conforme vertido por diferentes traduções.

“Pondera estas coisas; absorve-te nelas”, enfatizou o apóstolo Paulo no conselho dado ao jovem Timóteo. (1 Tim. 4:15) Em outra ocasião, ele escreveu: “Penetra bem no sentido do que estou dizendo.” — 2 Tim. 2:7, Taizé.

Para fazermos essas coisas necessárias, iguais a Jesus, tiraremos proveito de criarmos razoavelmente tempo em nossa vida para ficar a sós; ficar sozinhos para pensar, estudar e meditar com oração.

[Nota(s) de rodapé]

a As traduções citadas neste artigo incluem a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas; a versão da Liga de Estudos Bíblicos; Matos Soares; O Novo Testamento Vivo; a versão Almeida atualizada, também a revista e corrigida, A Bíblia na Linguagem de Hoje a versão do Centro Bíblico Católico; A Bíblia em inglês Vivo.

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