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RisoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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que uma pessoa morreu está afinado com a seriedade natural numa casa onde se perdeu alguém, e isso influencia o coração sábio a observar como a pessoa vive a sua vida, mas a atmosfera descuidada num lugar de festa atrai o coração tolo e faz com que a vida seja encarada com um espírito irresponsável e sem profundidade. Caso a pessoa se esteja desviando de veredas sábias, a censura de um sábio a colocará de novo na vereda da vida, por corrigi-la e habilitá-la a fazer para si mesma um bom nome. Mas, como pode ser de ajuda ouvir o canto ou o salmo dum tolo, ou vã lisonja que oculta as falhas e nos aprofunda nelas? Isso nos induziria a continuarmos fazendo um nome ruim, não nos corrigindo para as veredas que conduzem a um bom nome perante Jeová.
“Pois, igual ao ruído de espinhos sob a panela é o riso do estúpido; e também isto é vaidade.” (Ecl. 7:6) Os espinhos não constituem o melhor combustível. Inflamam-se rapidamente, mas com igual celeridade se transformam em cinzas. Talvez não durem o bastante para se terminar de cozinhar o que está na panela, em tal caso não realizando a tarefa para a qual se acendeu o fogo. Seu estrepitar ostentoso, barulhento e ardente resulta assim ser fútil e vão. Da mesma forma são as risadinhas e as tolices frívolas do tolo. Também, o próprio ruído da risada dum tolo irrita os ouvidos, sendo inapropriado para o momento ou a ocasião, e tende a desencorajar, em vez de incentivar. Não ajuda ninguém a prosseguir na tarefa séria de fazer um bom nome do qual Deus se lembre, e, desta forma, em assegurar que ‘o dia da morte seja melhor do que o dia do nascimento’.
O RISO TRANSFORMADO EM PRANTO
Em seu Sermão do Monte, Jesus Cristo disse: “Felizes sois vós os que agora chorais, porque haveis de rir”, e: “Ai, vós que agora rides, porque pranteareis e chorareis.” (Luc. 6:21, 25) Jesus evidentemente apontava que aqueles que estavam tristes devido às más condições religiosas então predominantes em Israel poderiam, por meio da fé Nele, ter o seu pranto transformado em riso, ao passo que aqueles que se deleitavam em rir e em levar uma vida despreocupada quanto ao futuro, verificariam que o seu riso se transformaria em pranto. (Compare com Lucas 16:19-31.) Ao escrever aos cristãos, Tiago, irmão unilateral de Jesus, instou com os cristãos de mentalidade mundanal: “Entregai-vos à mágoa, e pranteai e chorai. Transforme-se o vosso riso em pranto e a vossa alegria em abatimento. Humilhai-vos aos olhos de Jeová, e ele vos enaltecerá.” (Tia. 4:4, 9, 10) Tal exaltação traria genuína felicidade.
FAZER CAÇOADA
O riso também figura destacadamente nas Escrituras como expressão de caçoada. Até mesmo membros da criação animal são representados como rindo em zombaria. A fêmea do avestruz é representada como rindo diante do cavalo perseguidor e de seu cavaleiro (por causa da velocidade dela), e o cavalo como rindo do pavor quando entra em batalha (por causa de sua potência e de seu destemor). (Jó 39:13, 18, 19, 22) Diz-se que o leviatã (o crocodilo) se ri do retinir dum dardo, graças à sua pesada couraça. — Jó 41:1, 29.
A mesma coisa sucede com os servos de Deus. Quando confrontados com inimigos, podiam rir por confiarem em Jeová, pois “o nome de Jeová é uma torre forte”. — Pro. 18:10.
Estes servos de Deus também tiveram de agüentar muito riso caçoador contra eles. Disse Jó: “Torno-me alguém que é alvo de riso para o seu próximo.” (Jó 12:4; 30:1) Jeremias era o dia inteiro um objeto de riso entre seus contemporâneos. (Jer. 20:7) Do próprio Jesus Cristo se riu zombeteiramente antes de ele ressuscitar a filha de Jairo de entre os mortos. (Mat. 9:24; Mar. 5:40; Luc. 8:41-53) Tais pessoas eram felizes, contudo, porque conheciam a força e a sabedoria de Deus, e seguiam o proceder que Deus ordenara para elas. — Mat. 5:11, 12.
Jeová Deus é descrito como rindo em caçoada das nações, diante das palavras jactanciosas destas, que resultam em nada, e diante da confusão trazida pelo proceder tolo delas contra Ele. (Sal. 59:8) Ele conhece seu próprio poder e seus próprios propósitos, e se ri diante da oposição insignificante e fútil que erguem contra Ele e o seu povo. — Sal. 2:1-4.
Por conseguinte, a pessoa deseja evitar que Jeová se ria dela. Voltar as costas para a sabedoria de Deus resultaria em terrível calamidade. (Pro. 1:26) Ao passo que Jeová não tem prazer na morte do iníquo (Eze. 18:23, 32), ele não se preocupa com as tramas destes contra o Seu povo, e se ri por ver o dia da libertação dos justos, em que falharão os projetos dos iníquos e a iniqüidade terminará para sempre. — Sal. 37:12, 13, 20.
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RispaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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RISPA
[brasa incandescente] Uma concubina do Rei Saul; filha de Aiá. (2 Sam. 3:7; 21:11) Após a morte de Saul, o filho dele, Is-Bosete, alienou o general Abner por exigir deste uma satisfação por ter tido relações sexuais com Rispa, ato este que ele interpretou como subentendendo uma tomada do trono. Como conseqüência disso, Abner se bandeou para o lado de Davi. — 2 Sam. 3:7-21.
Rispa tinha dado à luz dois filhos a Saul, Armoni e Mefibosete. Muito tempo depois da morte de Saul, Davi tomou estes dois filhos de Rispa, junto com outros cinco descendentes de Saul, e os entregou aos gibeonitas para que os matassem, a fim de remover a culpa de sangue da terra. Os sete ficaram expostos num monte, onde Rispa guardou os cadáveres deles das aves e dos animais selvagens “desde o início da sega até que caiu água sobre eles desde os céus”. (2 Sam. 21:1-10) Este período indefinido de tempo pode ter sido de cinco ou seis meses, a menos que, como alguns sugerem, houvesse uma chuvarada excepcional, fora de época. Tal chuva pesada antes de outubro teria sido algo muitíssimo incomum. (1 Sam. 12:17, 18; Pro. 26:1) Davi finalmente ouviu falar do assunto e aliviou Rispa de sua vigília por mandar sepultar os cadáveres. — 2 Sam. 21:11-14.
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