BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w60 1/9 pp. 533-538
  • Os apócrifos — são de Deus ou dos homens?

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Os apócrifos — são de Deus ou dos homens?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1960
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • A HISTÓRIA DOS APÓCRIFOS
  • EVIDÊNCIA EXTERNA CONTRÁRIA AOS APÓCRIFOS
  • 1 E 2 MACABEUS, BARUC
  • SABEDORIA (DE SALOMÃO) E ECLESIÁSTICO
  • TOBIAS, JUDITE E AS ADIÇÕES
  • Apócrifos
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Apócrifos
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
  • Perguntas dos Leitores
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1986
  • Uma Bíblia que eles aprovam
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1974
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1960
w60 1/9 pp. 533-538

Os apócrifos — são de Deus ou dos homens?

SÃO os Apócrifos de Deus ou dos homens? ‘Fazem eles parte de “toda a Escritura [que] é inspirada por Deus” e proveitosa para sermos ‘inteiramente idôneos, completamente equipados para toda boa obra’? Ou pertencem eles à “tradição dos homens”, às “coisas elementares do mundo”, contra as quais Paulo avisou os cristãos? Quais são os fatos? — 2 Tim. 3:16, 17; Col. 2:8, NM.

O significado original do termo “apócrifo” torna-se claro do uso que Jesus fez dele: “Nada há oculto, que não haja de manifestar-se, nem escondido, que não venha a ser conhecido.” Com o tempo, porém, o termo veio a ter o significado desfavorável de “escritos ou declarações de autoria ou autoridade duvidosa”. No sentido mais comum usado hoje em dia, “Os Apócrifos” se referem a onze escritos adicionais declarados canônicos pela Igreja Católica Romana no seu Concílio de Trento (1546), mas que são impugnados por outros. — Luc. 8:17, ARA.

Estes onze escritos adicionais são Tobias, Judite, Sabedoria (de Salomão), Eclesiástico, Baruc, 1 e 2 Macabeus, um suplemento para Ester e três adições a Daniel: O Cântico dos Três Jovens, Susana e os Dois Velhos, e A Destruição de Bel e do Dragão. Os escritores católicos chamam estes livros de deuterocanônicos, significando “do segundo (ou posterior) cânon”, em contraste com os protocanônicos.

A HISTÓRIA DOS APÓCRIFOS

Há pouca informação sobre quando e por quem foram escritos os diversos livros apócrifos. A evidência existente aponta para o segundo e o primeiro século A. C. A Versão dos Setenta (Septuaginta) grega foi produzida sem os Apócrifos, cujos escritos foram posteriormente acrescentados a ela. Tornaram-se parte da Bíblia católica porque Jerônimo usou a Versão dos Setenta como base para a sua tradução Vulgata latina.

Os escritos dos Apócrifos foram incluídos na Versão dos Setenta onde melhor pareciam caber e ali têm permanecido até o tempo da Reforma. Lutero, devido à influência do hábil erudito bíblico e reformador radical Karlstadt, ajuntou os Apócrifos num só lugar, entre as Escrituras Hebraicas e as Gregas Cristãs, anotando ao mesmo tempo que estes não tinham o mesmo peso da autoridade como o resto da Bíblia.

Mais de um século antes, o entusiasta bíblico Viclef deixou os Apócrifos inteiramente fora de sua tradução. Coverdale, porém, que em 1535 produziu a primeira Bíblia inglesa impressa, incluiu os Apócrifos novamente na Bíblia. A Versão Rei Jaime inglesa, de 1611, também continha os Apócrifos. De fato, o Arcebispo de Cantuária, George Abbott, decretou um ano de prisão para todo aquele que se atrevesse a publicar uma Bíblia sem os Apócrifos! Incidentalmente, deve-se mencionar que os Apócrifos destas Bíblias protestantes inglesas continham quatorze escritos, sendo que a Igreja Católica Romana, no seu Concílio de Trento, achou conveniente eliminar três dos encontrados na Vulgata. Estes três foram a Oração de Manassés, e 1 e 2 Esdras (também conhecidos por 3 e 4 Esdras na Versão dos Setenta, visto que naquela versão 1 e 2 Esdras se referem a Esdras [livro regular da Bíblia] e Neemias).

Mas, os Apócrifos não haviam de permanecer nas Bíblias protestantes inglesas. Os puritanos fanáticos se opuseram tanto à sua presença, que foram acusados de “perseguir os Apócrifos”. O mesmo zelo foi demonstrado pelos protestantes escoceses, que tinham sentimentos tão fortes sobre este assunto, que deram um ultimato às Sociedades Bíblicas Britânicas: Ou se eliminam os Apócrifos ou nós retiraremos o nosso apoio financeiro!

Atualmente, os Apócrifos estão aumentando em popularidade. Os eruditos bíblicos e teólogos liberais e modernistas afirmam que os Apócrifos influenciaram a formação da religião cristã, e que, portanto, para se entendê-la plenamente, é preciso conhecer os Apócrifos. Afirmam que nenhuma Bíblia está completa sem eles, e que deviam ser mais divulgados e tomados mais a sério. Surge assim a pergunta: Que vantagem tem Eclesiastes sobre Sabedoria e Baruc? Por que deve Ester fazer parte do cânon bíblico, mas não Judite? Por que são 1 e 2 Crônicas parte da Bíblia, mas não 1 e 2 Macabeus?

Temos assim hoje duas opiniões contrárias quanto aos Apócrifos, com o mesmo resultado: Os liberais e modernistas, que não crêem na inspiração ou revelação divina, afirmam que os Apócrifos são tão bons como a Bíblia. Os teólogos católicos romanos, que consideram os Apócrifos como inspirados, afirmam que os Apócrifos são tão bons como a Bíblia, e, de fato, são parte dela. No entanto, os fatos mostrarão que ambos estão enganados.

EVIDÊNCIA EXTERNA CONTRÁRIA AOS APÓCRIFOS

Visto que a autenticidade da Bíblia tem sido repetidas vezes demonstrada nas colunas desta revista por evidências tais como o cumprimento de profecia, as descobertas arqueológicas, a, harmonia e o candor dos escritores, e assim por diante, trataremos o assunto aqui com as evidências externas e internas que mostram que os Apócrifos não podem ter sido inspirados. A principal evidência externa é o fato de que nenhum dos escritores bíblicos cristãos jamais citou os Apócrifos, embora sem dúvida usassem a Versão dos Setenta, a qual nos seus dias continha os Apócrifos. Embora se tenha de admitir que isto em si mesmo não é conclusivo, visto que estes escritores tampouco citaram certos livros canônicos, tais como Ester, Eclesiastes e O Cântico dos Cânticos, contudo, o fato de que não se citam nenhuma vez os quatorze escritos dos Apócrifos encontrados na Versão dos Setenta indica propósito deliberado.

Outro argumento contra a canonicidade dos Apócrifos é o fato de que nem a Grande Sinagoga dos judeus palestinianos, nem o historiador Josefo, nem Fílon, destacado apologista judeu do primeiro século, reconheceram nenhum dos livros dos Apócrifos como inspirado. Suas Escrituras Hebraicas compunham-se unicamente de vinte e quatro livros, que são os mesmos que os trinta e nove livros do geralmente aceito cânon das Escrituras Hebraicas. (Nas versões hebraicas, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias, são contados como quatro livros em vez de oito, e os doze profetas menores, de Oséias a Malaquias, como um único livro.)

É também bastante ponderoso o fato de que os principais eruditos bíblicos e os “padres da igreja” nos primeiros séculos da nossa Era Cristã atribuíram aos Apócrifos definitivamente uma posição inferior. É também evidente que quanto mais instruídos eram estes eruditos bíblicos, tanto mais se opunham aos Apócrifos. Assim foi que Agostinho, que estava inclinado a reconhecer os Apócrifos, não era nem de perto tão erudito quanto à Bíblia como Jerônimo, tradutor da Vulgata, e que certa vez escreveu a Laeta, uma senhora sua conhecida, sobre a educação da filha dela: “Todos os livros apócrifos devem ser evitados; . . . não são as obras dos autores cujos nomes levam, [pois] contêm muitos defeitos, e . . . é uma tarefa que requer grande prudência achar o ouro no meio do barro.” — Cyclopcedia de McClintoek e Strong, Vol. 1, Pág. 290.

1 E 2 MACABEUS, BARUC

Entre os livros apócrifos precisa-se dar destaque a 1 Macabeus, de autoria desconhecida e data incerta. É uma história patriótica dos judeus, cobrindo quarenta anos, desde o ano 175 A. C. até o ano 135 A. C. Seu “estilo é simples, conciso e restrito, e objetivo”; coisa que é notável, pois exalta a bravura e o zelo religioso de certo Matatias e seus quatro filhos, os fundadores e líderes dos macabeus. É boa história, mas é ela de Deus ou dos homens?

Decididamente dos homens. Neste respeito nos diz a Enciclopédia Judaica (em inglês) que “a história é escrita do ponto de vista humano”. Seu autor parece ter sido um saduceu, pois ele desconsidera os crimes cometidos pelos principais sacerdotes durante aquele período, traindo assim a sua falta de objetividade. Outra autoridade desculpa as “poucas inexatidões históricas e geográficas”, mas a história divina não erra assim. Acima de tudo faltam completamente os elementos proféticos, milagrosos e messiânicos, bem como qualquer referência à esperança da ressurreição. O escritor evita até cuidadosamente chamar o Criador, quer de “Deus” quer de “Jeová”. Quão superior, neste respeito, é o livro inspirado de 1 Crônicas!

Que se pode dizer de 2 Macabeus? Contrário ao que se poderia esperar, não segue cronologicamente a 1 Macabeus, assim como os livros de Crônicas vêm um após o outro. Foi escrito inteiramente separado de 1 Macabeus, e aparentemente por um fariseu que não estava averso a registrar os crimes dos principais sacerdotes. O livro abrange de quinze a vinte anos, de 180 A. C. a 160 A. C., sendo que as autoridades não concordam sobre estas datas. Começa mais cedo do que 1 Macabeus e abrange cerca da metade do seu período. Seu estilo é exatamente o contrário: é emocional, florido, sensacional e cheio de referências a anjos e ao milagroso.

Afirma que o profeta Jeremias, por ocasião da destruição de Jerusalém, tomou o tabernáculo (que 420 anos antes tinha sido substituído pelo templo) e a arca do pacto, levando-os ao monte do qual Moisés viu a terra de Canaã. Sua referência ao oferecimento de orações pelos mortos “não tem paralelo na literatura judaica”. (2 Mac. 12:43-45, So) É obviamente exagerado e está cheio de flagrantes erros históricos e cronológicos. Mas não há necessidade de apontá-los, pois o próprio escritor admite que a obra é de origem humana, dizendo:

“Porei aqui fim à minha narração. Se ela está bem, e como convém à história, isso é também o que eu desejo; mas se, pelo contrário, é menos digna, deve-se-me perdoar. Porque, assim como beber sempre vinho, ou sempre água é coisa prejudicial, ao passo que é agradável fazer uso alternativo destas bebidas, assim também, se o estilo fosse sempre uniforme, não agradaria. E com isto termino.” (2 Mac. 15:37-39, So) Podemos encontrar na Bíblia qualquer paralelo no sentido de que o escritor se desculpa pelos seus esforços e confessa querer produzir um efeito?

O Livro de Baruc prova igualmente ser de origem humana, por seus erros tipicamente apócrifos. Conta supostamente a história de como judeus cativos em Babilônia fazem uma coleta de dinheiro e o enviam aos sacerdotes em Jerusalém no quinto ano depois de Nabucodonosor ter arrasado a cidade, quando, de fato, naquele tempo não havia ali nem homem nem animal. Mostra Jeconias estando com outros judeus em Babilônia, quando na realidade estava em prisão. Diz aos judeus que ficariam em Babilônia por sete gerações, ao passo que os fatos são que estavam ali apenas setenta anos. Fala dos judeus como tendo “envelhecido em terra estranha”, embora tivessem estado ali apenas cinco anos. Não é de admirar-se que Jerônimo não achasse este livro digno de ser traduzido! — Baruc 1:2-7; 3:11; 6:3, So.

SABEDORIA (DE SALOMÃO) E ECLESIÁSTICO

Assim como o Livro de Baruc professa ter sido escrito pelo servo de Jeremias, Baruc, mas não o foi, assim Sabedoria professa falar por Salomão, mas foi escrito muitos séculos depois do tempo de Salomão. Não só cita de livros bíblicos escritos muito depois dos dias de Salomão, mas os cita da Versão dos Setenta. Um exemplo típico disso é Sabedoria 15:10 tirado de Isaías 44:20. Sua origem humana é ainda mais revelada pelo fato de que contradiz a Palavra de Deus quanto ao homem ter sido criado mortal e sujeito à morte, se desobedecer. Sabedoria diz: “Deus criou o homem imortal, e o fez à sua imagem e semelhança.” “Pareceu aos olhos dos insensatos que morriam; . . . a sua esperança está cheia de imortalidade.” Não só se atribui repetidas vezes imortalidade ao homem, mas o corpo do homem é representado como mero impedimento para a alma, que na morte é “recebida” em cima. — Sabedoria 2:23; 3:2, 4; 16:14, So.

Eclesiástico tem a distinção dupla de ser o maior dos livros apócrifos e de ter um autor definitivamente conhecido, certo Jesus, filho de Sirac. Contém uma mentira no seu primeiro Prólogo (escrito por outra pessoa), pois afirma que este Jesus “não foi menos famoso pela sabedoria e pela erudição” do que o Rei Salomão. O próprio autor, porém, no segundo Prólogo, desculpa-se: “Perdoai-nos onde parecemos ser deficientes quanto a algumas palavras que nos esforçamos a traduzir. Pois as mesmas coisas proferidas em hebraico e traduzidas para outra língua não têm a mesma força nelas.” Isto é em realidade uma auto-justificação apologética.

Quão obviamente este livro é dos homens em vez de ser de Deus torna-se ainda mais evidente pela sua sabedoria mundana, e, especialmente, pelo mau conceito que o escritor forma das mulheres. Em contraste com a Palavra de Deus, que culpa diretamente o homem Adão pelas nossas aflições, ele diz: “Da mulher nasceu o princípio do pecado, e por causa dela é que todos morremos.” “Toda a malícia [é suportável], não porém a malícia da mulher.” (Mas, quem quer suportar qualquer espécie de malícia?) “Toda a, malícia é leve comparada com a malícia da mulher.” Apesar disso há quem queira colocar estes dois livros no mesmo nível dos livros de “sabedoria” da Bíblia. — Eclesiástico 25:33, 19, 26, So.

TOBIAS, JUDITE E AS ADIÇÕES

O livro de Tobias quer nos fazer crer que um piedoso judeu idoso ficou cego por lhe cair estêrco de passarinho em ambos os olhos; que um anjo materializado homem tornou-se companheiro de viagem de seu filho, mandado pelo homem idoso para cobrar uma dívida; que, em caminho, este filho obteve o coração, o fígado e a bílis dum peixe; que, por queimar o coração e o fígado, ele produziu um mau cheiro que afugentou certo demônio, o qual, de ciúme, matara sete maridos de certa mulher; que esta viúva casou-se então com o filho deste homem, o qual, depois de cumprida a missão, voltou para casa e restaurou a vista de seu pai por colocar-lhe sobre os olhos a bílis do peixe. Pode haver coisa mais incrível à luz das Escrituras? Pode tal livro ser de Deus?

Mostrando também ser de origem humana, mas por razões diferentes, é o Livro de Judite. Este conta como uma bela mulher decapitou o general comandante dos inimigos dos judeus, resultando na libertação destes. Embora a própria história não seja implausível, os pormenores são tão contrários à história, que tornam impossível a sua localização na corrente do tempo. Por um lado professa falar da situação dos judeus depois da volta do cativeiro, contudo menciona Nínive, os exércitos assírios e o Rei Nabucodonosor, os quais haviam perecido todos muito antes da volta dos judeus à Palestina, e transforma até Nabucodonosor em rei dos assírios. Os entendidos dizem que “as inexatidões geográficas são igualmente embaraçosas”, e a sua crítica, de que os livros apócrifos “demonstram que toda a consciência histórica verdadeira tinha abandonado o povo”, aplica-se principalmente ao Livro de Judite. Em vista de tudo isso, qual é a dúvida que resta quanto à sua origem?

Que se pode dizer do suplemento ao livro de Ester, 10:4 a 16:24, que aparece nos Apócrifos? Não está em melhores condições à luz do criticismo objetivo. Quer fazer-nos crer que Mardoqueu era “varão grande, e dos primeiros da corte do rei” (So) no segundo ano de Artaxerxes, 150 anos depois de ter sido levado cativo quando Nabucodonosor veio pela primeira vez contra Jerusalém. E a afirmação de que Mardoqueu ocupou esta posição tão cedo no reinado do rei não só contradiz a parte canônica de Ester, mas também a sua própria referência posterior quanto à sua promoção. Cheio de referências a Deus e de atos de piedade, foi òbviamente acrescentado para dar ao livro de Ester um tom religioso. Mas, as referências a Deus, em si mesmas, não provam a origem divina, do mesmo modo como a sua ausência não prova a origem humana.

O Cântico dos Três Jovens reza como se um deles primeiro tivesse oferecido uma oração, no teor das de Esdras e de Neemias, e que depois o anjo do ‘Senhor “desviou da fornalha a chama. de fogo”. Segue-se depois o cântico, que é bem similar ao Salmo 148. O cântico, porém, faz referência ao templo de Jeová, aos sacerdotes e aos querubins, o que não se harmoniza absolutamente com a condição desolada de Jerusalém naquele tempo. Consiste em sessenta e oito versículos que foram intercalados entre os versículos 23 e 24 de Daniel 3.

Susana e os Dois Velhos, o capítulo 13 de Daniel, fala de dois velhos que incriminam falsamente uma mulher virtuosa porque ela recusou ter relações com eles, fazendo-a ser sentenciada à morte. O jovem Daniel expõe a falsidade deles por interrogá-los separadamente. Os velhos morrem, Susana é liberta e Daniel fica famoso. Se isso tivesse realmente acontecido com o jovem Daniel, por que aparece então como apêndice e por que foi primeiro escrito em grego, assim como também as outras duas adições a Daniel, quando o próprio livro foi escrito em hebraico e em aramaico?

O último escrito apócrifo a ser considerado é a Destruição de Bel e do Dragão. Na primeira metade dele, Daniel expõe uma fraude praticada pelos sacerdotes de Bel que comiam os alimentos apresentados a Bel supostamente consumidos pelo ídolo. Ordenado a adorar um dragão vivo, ele o faz explodir por alimentá-lo com uma mistura de pez, gordura e pelos. Em vista disso, os veneradores do dragão mandam lançar Daniel na cova dos leões. Enquanto estava ali, um anjo pega pelo cabelo o profeta Habacuc, que naquela ocasião estava muito longe, e o leva à cova para dar a Daniel uma vasilha de mingau. Daniel é liberto depois de sete dias e seus inimigos são lançados aos leões. Recomenda-se tal conto a nós como sendo a Palavra de Deus?

É conforme certa autoridade resumiu o caso contra os escritos apócrifos: “Não tiveram a sanção dos judeus nem da primitiva Igreja Cristã; . . . falta-lhes inteiramente o espírito profético . . . ; não só não reivindicam a inspiração, mas lamentam até a falta dela; caracterizam-se em muitas passagens pela aparência de romance e de mitologia, alheios à grandiosidade simples da Bíblia; contradizem tanto a si próprios como alguns fatos bem conhecidos da história secular; ensinam doutrinas não contidas na Bíblia . . .; e parecem nunca ter sido citados como autoridade pelo Senhor ou por seus apóstolos.” — Dictionary of Religious Knowledge, Abbott, págs. 50, 51.

Deveras, os Apócrifos não são de Deus, mas sim dos homens. Que falta de entendimento e de apreciação é colocar os seus escritos no mesmo nível dos da Palavra de Deus, a Bíblia! Pode ser bem aplicado aos Apócrifos o aviso de Paulo contra a aceitação de fábulas judaicas. — Tito 1:14.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar