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  • Qual é a verdade sobre Belém e o Natal?

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  • Qual é a verdade sobre Belém e o Natal?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1990
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1990
w90 15/12 pp. 4-7

Qual é a verdade sobre Belém e o Natal?

“QUANDO pensamos no Mistério de Belém, não podemos impedir que perguntas e dúvidas surjam em nossa mente.” — Bethlehem, de Maria Teresa Petrozzi.

‘Por que perguntas e dúvidas?’ talvez seja sua indagação. Afinal, as diversas crenças a respeito do Natal, e os lugares que se relacionam com essas crenças, fundam-se em fatos. Ou será que não?

Quando Foi que Ele Nasceu?

A respeito da data do nascimento de Jesus, Maria Teresa Petrozzi pergunta: “Exatamente quando nasceu o Redentor? Gostaríamos de saber, não apenas o ano, mas também o mês, o dia, a hora. Não se nos concede precisão matemática.” A New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica) apóia isto: “A data do nascimento de Jesus Cristo pode ser calculada apenas aproximadamente.” Sobre a data atribuída ao nascimento de Cristo, ela diz: “A data de 25 de dezembro não corresponde ao nascimento de Cristo, mas à festa do Natalis Solis Invicti, o festival romano do sol, no solstício.”

Portanto, talvez pergunte: ‘Se Jesus não nasceu em 25 de dezembro, quando nasceu?’ Entendemos, à base de Mateus, capítulos 26 e 27, que Jesus morreu na época da Páscoa judaica que começou em 1.º de abril de 33 EC. Ademais, Lucas 3:21-23 nos informa que Jesus tinha uns 30 anos de idade ao iniciar seu ministério. Visto que seu ministério terrestre durou três anos e meio, ele tinha cerca de 33 anos e meio por ocasião de sua morte. Assim, Cristo completaria 34 anos seis meses mais tarde, que seria por volta de 1.º de outubro. Se recuarmos para ver quando Jesus nasceu, chegaremos, não a 25 de dezembro ou a 6 de janeiro, mas a cerca de 1.º de outubro do ano 2 AEC.

É também digno de nota que, no mês de dezembro, Belém e redondezas ficam sujeitas ao tempo gélido do inverno, a chuvas que causam friagem e, às vezes, à neve. Não se encontram pastores com seus rebanhos ao ar livre, à noite, durante essa época. Este não é um fenômeno climático recente. As Escrituras relatam que o rei judeu Jeoiaquim estava sentado na casa de inverno, no nono mês [quisleu, que corresponde a novembro-dezembro], havendo um braseiro aceso diante dele”. (Jeremias 36:22) Ele precisava do calor para manter-se aquecido. Ademais, em Esdras 10:9, 13 encontramos evidência clara de que o mês de quisleu era “a época das chuvadas e não [era] possível ficar de pé do lado de fora”. Tudo isto indica que as condições climáticas em Belém, em dezembro, não se ajustam à descrição que a Bíblia faz dos eventos relacionados com o nascimento de Jesus Cristo. — Lucas 2:8-11.

Em Que Lugar?

Qual é a maneira correta de encarar o lugar que teve parte em inspirar a guerra da Criméia (1853-56), ‘luta sangrenta’ que ceifou a vida de mais de cem mil soldados franceses? É esse lugar realmente o local do nascimento de Jesus?

Para começar, a própria Bíblia não menciona o local exato do nascimento de Jesus. Mateus e Lucas confirmam que o nascimento de Jesus cumpriu a profecia messiânica em Miquéias 5:2, que predissera que “aquele que [havia] de tornar-se governante em Israel, cuja origem é desde os tempos primitivos”, sairia de Belém. (Mateus 2:1, 5; Lucas 2:4) Ambos os relatos evangélicos mencionam tão somente os elementos indispensáveis, a saber, que Jesus nasceu em Belém e que, segundo Lucas, o bebê foi enfaixado e deitado numa manjedoura. — Lucas 2:7.

Por que os escritores dos Evangelhos não acrescentaram mais detalhes? Maria Teresa Petrozzi comenta: “Os evangelistas omitiram esses detalhes evidentemente porque os consideravam insignificantes.” De fato, é evidente que o próprio Jesus não considerou os detalhes de seu nascimento como especialmente significativos, pois nem uma vez sequer ele é citado como mencionando a data de seu nascimento ou o local exato onde nasceu. Embora tenha nascido em Belém, Jesus não considerava esse lugar como o seu lugar de origem, mas a região da Galiléia era chamada de “seu próprio território”. — Marcos 6:1, 3, 4; Mateus 2:4, 5; 13:54.

Uma leitura de João 7:40-42 mostra que as pessoas em geral não sabiam qual era a terra natal de Jesus, achando que havia nascido na Galiléia: “Alguns estavam dizendo: ‘Será que o Cristo vem realmente da Galiléia?’” Com base no que foi registrado em João 7:41, o livro The Church of the Nativity, Bethlehem conclui: “O fato de surgirem tais discussões, em si mesmo, não refuta que Cristo tenha nascido em Belém; mas pelo menos mostra que muitos de Seus associados ignoravam isso.”

É evidente que durante sua própria vida terrestre, Jesus não divulgava os detalhes acerca de seu nascimento. Não se deu nenhuma ênfase ao local em que nasceu. Então, qual é a base para a crença de que a Gruta da Natividade é o local ao qual José levou Maria para ela dar à luz?

Petrozzi admite candidamente: “Não é possível saber com certeza se a gruta era uma das inúmeras cavernas naturais na vizinhança de Belém ou se era uma caverna usada qual estábulo numa estalagem. Contudo, a tradição, que data da primeira metade do 2.º séc., é explícita; trata-se duma gruta-estábulo.” — O grifo é nosso.

Mera Tradição

Tanto Maria Teresa Petrozzi quanto R. W. Hamilton, além de vários outros estudiosos da história de Belém, indicam que Justino, o Mártir, do segundo século EC, foi o primeiro a afirmar que Jesus nasceu numa gruta, sem especificar qual. Hamilton chega à seguinte conclusão a respeito da declaração de Justino, o Mártir: “Esta é uma referência de passagem, e presumir que São Justino tinha em mente uma caverna específica, ainda mais que se referia à atual Caverna da Natividade, seria forçar demais o testemunho de uma única palavra.”

Numa nota ao pé da página, Hamilton escreve: “Um relato sobre a Natividade, que ocorre no apócrifo ‘Livro de Tiago’ ou ‘Proto-evangelho’, escrito por volta do mesmo período, também fala de uma caverna, mas a descreve como estando a meio caminho de Belém. Quanto a algum valor histórico, esse relato sugere que a tradição ainda não estava relacionada com nenhum lugar específico, certamente não com a Caverna da Natividade.”

Orígenes e Eusébio, escritores religiosos do terceiro século, vinculam a tradição como era então conhecida a um lugar específico. Hamilton arrazoa: “Uma vez que a história ficou associada com uma caverna específica, era improvável que mudasse; e é seguro inferir que a caverna que se mostrava a visitantes pouco depois do ano 200 AD era idêntica à atual Caverna da Natividade.”

W. H. Bartlett, no livro Walks About the City and Environs of Jerusalem (Uma Excursão a Pé em Jerusalém e Cercanias [1842]), fez a seguinte suposição a respeito da gruta: “Apesar de a tradição de que este é o local do nascimento de nosso Salvador ser de respeitável antiguidade, tendo sido mencionada por São Jerônimo, que viveu e morreu numa cela próxima, o local não se ajusta às probabilidades; embora possa acontecer vez por outra que cavernas sejam usadas como estábulos na Palestina, esta fica mais fundo do que seria conveniente para tal propósito; e quando consideramos, além disso, a tendência dos monges de estabelecerem o cenário de notáveis eventos bíblicos em grutas, talvez devido ao caráter impressionante de tais lugares, a suspeita contra o local parece quase conclusiva.”

O que podemos concluir da evidência histórica em mãos e, mais importante ainda, do fato bíblico de que nem Jesus nem seus discípulos atribuíram importância ao local do nascimento dele? É evidente que quando a Rainha Helena, mãe de Constantino, o Grande, determinou o local da Igreja da Natividade, no ano 326 EC, ela o fez à base do que Hamilton cita como ‘associação por longa tradição’. Não foi à base de provas históricas ou bíblicas.

Isto leva à conclusão adicional de que o local exato do nascimento de Cristo é desconhecido. É lógico, portanto, que os fiéis façam peregrinações a lugares como a Gruta da Natividade e os venerem? Se tais coisas fossem realmente exigidas dos cristãos, não teria o próprio Jesus informado seus discípulos dessa obrigação ou até expressado o desejo de que se fizesse isso? Não estaria isso registrado na Palavra de Deus, a Bíblia, para que o mundo da humanidade lesse? Visto que tais evidências estão notadamente ausentes nas Escrituras Sagradas, fazemos bem em investigar o que Jesus realmente considerava digno de ser comemorado.

Por mais que pesquisemos, a única ocasião que encontraremos que devia ser comemorada pelos discípulos de Jesus através das gerações é Sua morte sacrificial. Ele morreu na primavera (hemisfério norte), pouco depois de celebrar sua última ceia pascoal com seus discípulos. Nessa ocasião, ele orientou seus discípulos fiéis a realizar uma ceia simbólica usando pão não-fermentado, como o matzo, e vinho tinto. Com respeito a essa cerimônia simples, que ocorreu pela primeira vez em 1.º de abril de 33 EC, ele ordenou: “Persisti em fazer isso em memória de mim.” — Lucas 22:19, 20.

Em obediência a essa ordem bíblica do próprio Jesus, as Testemunhas de Jeová em todo o mundo celebram anualmente a Comemoração da morte sacrificial de Cristo. Elas não realizam essa reunião cristã em algum local especial, numa sala de sobrado em Jerusalém, pois Jesus não ordenou isso. Mas, em toda a terra, elas se reúnem em seus Salões do Reino e em outros locais de reunião apropriados na localidade. A próxima celebração ocorrerá em 30 de março de 1991, após o pôr-do-sol. Convidamo-lo a comparecer ao Salão do Reino das Testemunhas de Jeová mais próximo de sua casa.

Para assistir a essa importante celebração em obediência a ordem de Jesus, não é preciso viajar a Jerusalém ou a Belém. Nem Jesus nem seus discípulos atribuíram importância a determinados lugares como pontos focais de adoração cristã. Ao contrário, Jesus disse a uma samaritana que centralizava sua adoração em Gerizim, um monte em Samaria, ao norte de Jerusalém: “Acredita-me, mulher: Vem a hora em que nem neste monte, nem em Jerusalém, adorareis o Pai. Não obstante, vem a hora, e agora é, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai com espírito e verdade, pois, deveras, o Pai está procurando a tais para o adorarem.” — João 4:21, 23.

Quem adora o Pai com espírito e verdade não depende de locais especiais, tais como Belém, ou de objetos, tais como imagens, em sua adoração. O apóstolo Paulo disse: “Enquanto tivermos o nosso lar no corpo, estamos ausentes do Senhor, pois estamos andando pela fé, não pela vista.” — 2 Coríntios 5:6, 7.

Contudo, talvez ainda indague: Como se pode adorar a Deus de maneira aceitável a ele? A próxima vez que as Testemunhas de Jeová o visitarem, faça-lhes essa pergunta.

[Foto na página 5]

No inverno, a neve pode cobrir o solo perto de Belém. Será que os pastores dormiriam ao ar livre com as ovelhas?

[Crédito da foto]

Pictorial Archive (Near Eastern History) Est.

[Fotos na página 7]

Igreja da Natividade, em Belém, e a gruta subterrânea.

[Crédito da foto]

Pictorial Archive (Near Eastern History) Est.

[Crédito da foto]

Garo Nalbandian

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