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TriboAjuda ao Entendimento da Bíblia
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TRIBOS DO ISRAEL ESPIRITUAL
Revelação 7:4-8 divide os 144.000 membros do Israel espiritual em doze ‘tribos’ de doze mil cada uma. (Veja ISRAEL DE DEUS.) A lista difere ligeiramente das listas dos filhos de Jacó (incluindo Levi), que eram os cabeças tribais do Israel natural. (Gên. 49:28) O seguinte pode ser o motivo para tal diferença:
Rubem, primogênito de Jacó, perdeu o direito de primogenitura por causa de sua conduta errada. (Gên. 49:3, 4; 1 Crô. 5:1, 2) José (o primogênito varão de Jacó, com sua segunda esposa, mas a favorita, Raquel) obteve os privilégios de primogênito, incluindo o direito de ter duas partes ou porções em Israel. (Gên. 48:21, 22) Efraim, filho mais moço de José, tornou-se mais destacado em Israel do que Manassés (Gên. 48:19, 20), e, assim, na lista de Revelação, “José” evidentemente equivale a Efraim. E Manassés representa a segunda porção de José no Israel espiritual. Sendo alistada a tribo de Levi, pelo visto nenhuma tribo de Dã é incluída em Revelação 7:4-8, a fim de deixar lugar para a segunda porção de José, conforme representada por Manassés. A inclusão de Levi também serviria para mostrar que não há nenhuma tribo sacerdotal especial no Israel espiritual, a inteira nação espiritual sendo um “sacerdócio real”. — 1 Ped. 2:9.
‘JULGAR AS DOZE TRIBOS DE ISRAEL’
Jesus disse aos apóstolos que, na “recriação”, eles ‘estariam sentados em doze tronos, julgando as doze tribos de Israel’. (Mat. 19:28) E expressou um pensamento similar ao fazer um pacto para um reino com seus fiéis apóstolos. (Luc. 22:28-30) Não é razoável que Jesus tivesse presente que eles julgariam as doze tribos do Israel espiritual, mais tarde mencionadas em Revelação (Apocalipse), pois os apóstolos deviam fazer parte de tal grupo. (Efé. 2:19-22; Rev. 3:21) Diz-se que os “chamados para ser santos” julgam, não a eles mesmos, mas “o mundo”. (1 Cor. 1:1, 2; 6:2) Os que reinam junto com Cristo formam um reino de sacerdotes. (1 Ped. 2:9; Rev. 5:10) Por conseguinte, as “doze tribos de Israel” mencionadas em Mateus 19:28 e em Lucas 22: 30 referem-se, evidentemente, ao “mundo” da humanidade, fora da classe régia e sacerdotal, e serão julgadas por aqueles que estão sentados em tronos celestes. — Rev. 20:4.
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TribulaçãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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TRIBULAÇÃO
O vocábulo grego thlípsis, geralmente traduzido “tribulação”, significa basicamente angústia, aflição ou sofrimento resultante das pressões causadas pelas circunstâncias. É empregado com referência à aflição relacionada ao parto (João 16:21), à perseguição (Mat. 24:9; Atos 11:19; 20:23; 2 Cor. 1:8; Heb. 10:33; Rev. 1:9), ao encarceramento (Rev. 2:10), à pobreza e a outras adversidades comuns aos órfãos e às viúvas (Tia. 1:27), à fome (Atos 7:11), e à punição pelo erro. (Rom. 2:9; Rev. 2:22) A “tribulação” mencionada em 2 Coríntios 2:4 refere-se, pelo visto, à angústia sofrida pelo apóstolo Paulo devido à má conduta dos cristãos em Corinto, e por ter de corrigi-los com severidade.
O CASAMENTO TRAZ TRIBULAÇÃO NA CARNE
Ao recomendar o estado de solteiro como o proceder melhor, o apóstolo Paulo observou: “Porém, mesmo se te casares, não cometes pecado. . . . No entanto, os que o fizerem, terão tribulação na sua carne.” (1 Cor. 7:28) O casamento é acompanhado de certas ansiedades e cuidados em relação ao marido, à esposa e aos filhos. (1 Cor. 7:32-35) A doença pode trazer cargas e stress sobre a família. Quanto aos cristãos, pode surgir a perseguição. Famílias podem ser expulsas de suas casas. Os pais podem verificar ser dificílimo prover as necessidades básicas da vida para suas famílias. Pais e filhos podem ver-se separados pela detenção, sofrer tortura às mãos de perseguidores, ou até mesmo perder a vida.
PERSEVERAR FIELMENTE DEBAIXO DE TRIBULAÇÃO
A tribulação, sob a forma de perseguição, pode ter um efeito debilitante sobre a fé dum indivíduo. Cristo Jesus, em sua ilustração do semeador, indicou que certas pessoas realmente tropeçariam por causa da tribulação ou perseguição. (Mat. 13:21; Mar. 4:17) Estando cônscio deste perigo, o apóstolo Paulo se mostrava preocupadíssimo com a recém-formada congregação de Tessalônica. Os associados com tal congregação tinham abraçado o cristianismo debaixo de muita tribulação (1 Tes. 1:6; compare com Atos 17:1, 5-10) e continuavam a enfrentá-la. Por conseguinte, o apóstolo enviou Timóteo para fortalecê-los e encorajá-los, “para que ninguém ficasse vacilante por causa destas tribulações”. (1 Tes. 3:1-3, 5) Quando Timóteo voltou com as notícias de que os tessalonicenses haviam permanecido fiéis na fé, Paulo ficou grandemente confortado. (1 Tes. 3:6, 7) Sem dúvida, os esforços do apóstolo em prepará-los para esperar a tribulação também ajudaram os tessalonicenses a continuar a ser fiéis servos de Deus. — 1 Tes. 3:4; compare com João 16:33; Atos 14:22.
Embora a tribulação seja desagradável, o cristão pode exultar enquanto a suporta, uma vez que sabe que Deus aprova a fidelidade e que esta levará por fim à realização de sua grandiosa esperança. (Rom. 5:3-5; 12:12) A própria tribulação é apenas momentânea e leve quando comparada com a glória eterna a ser obtida por se permanecer fiel. (2 Cor. 4:17, 18) O cristão também pode ficar tranquilo de que o amor leal de Deus jamais vacilará, seja qual for a tribulação que sobrevenha ao crente fiel. — Rom. 8:35-39.
As preciosas promessas de Deus, a ajuda de Seu espírito santo e Sua resposta às orações daqueles que sofrem tribulação constituem
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