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  • Tomando liberdades com a verdade
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1963
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1963
w63 1/10 pp. 581-583

Tomando Liberdades com a Verdade

“ACAUTELE-SE O COMPRADOR” APLICA-SE TANTO AS COISAS QUE COMPRA COMO AS QUE LÊ.

A VERDADE é importante aos homens. Ela pode representar a diferença entre a vida e a morte, entre a riqueza e pobreza, entre a saúde e a enfermidade, entre a desventura e a felicidade. É com boa razão que a Bíblia ordena: “Fale cada um a verdade com o seu próximo.” — Efé. 4:25, ALA.

Mas, estando decaído, e sendo imperfeito, fraco e egoísta, o homem muitas vezes toma liberdades com a verdade. Embora às vezes se possa atribuir este procedimento ao emocionalismo, ao zelo mal orientado ou à falta de fatos, não é infreqüente não se poder desculpá-lo assim, mas ser preciso atribuí-lo à desonestidade, à tentativa deliberada de enganar com o fim de fazer imperar um ponto de vista pessoal, uma causa ou de tirar proveito.

Pode-se dizer que a propensão de o homem tomar liberdades com a verdade é mais ou menos aceita naturalmente no mundo dos negócios. É tanto assim que caveat emptor, isto é, “acautele-se o comprador”, é reconhecido como sendo um princípio. No esforço de proteger o povo contra esta tendência humana de tomar liberdades com a verdade, alguns governos têm departamentos especiais que verificam a honestidade dos anúncios e dos rótulos dos produtos. Por isso, em princípios deste ano, o governo dos Estados Unidos decretou um regulamento, exigindo que os fabricantes de calçados declarem francamente nos anúncios e nas etiquetas, se é couro legítimo ou imitação, e se é couro de primeira ou não.

Mas o que geralmente não é levado em conta é que o princípio caveat emptor deve ser mantido em mente quando se compram idéias, isto é, quando se lêem artigos ou livros, que tentam “vender” um ponto de vista, uma filosofia ou uma idéia religiosa. Os escritores de tais artigos ou livros, por questões pessoais, podem também ser tentados a tomar liberdades com a verdade. Talvez o façam mui sutilmente, às vezes apenas desconsiderando certos fatos pertinentes ao discutirem certos assuntos.

Por exemplo, geralmente os teólogos modernistas não crêem que Moisés escreveu os cinco primeiros livros da Bíblia, comumente conhecidos como Pentateuco, e especialmente Deuteronômio, o quinto livro. Todavia, ao falarem sobre quem então poderia tê-lo escrito, não poucos deles ignoram de maneira estudada qualquer referência ao que o próprio Deuteronômio diz sobre quem o escreveu.

“Tendo Moisés acabado de escrever integralmente as palavras desta lei num livro, deu ordem aos levitas que levavam a arca da aliança do SENHOR [Jeová], dizendo: Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca da aliança do SENHOR [Jeová] vosso Deus, para que ali esteja por testemunho contra ti.” Ignorar tal flagrante declaração ao considerar quem escreveu o livro de Deuteronômio, como se a Bíblia o tivesse deixado no anonimato, é tomar liberdades com a verdade. — Deu. 31:24-26, ALA.

LEVIANDADES SECTARISTAS PARA COM A VERDADE

Separar algo do seu contexto é outro meio pelo qual alguns tomam liberdades com a verdade. Assim, de vez em quando, vem entre a correspondência dos editores desta revista algo que chamam de “Juramento dos Cavaleiros de Colombo”. Tal documento revela extremo fanatismo da organização fraternal católica romana que leva este nome. Junto com o suposto juramento há às vezes certas observações de que ele está no arquivo do Congresso dos Estados Unidos.

Que ele aparece naquele Registro é um fato; mas é boato que seja o juramento dos Cavaleiros de Colombo. Antes, deuse-lhe entrada no Registro Congressional como exemplo de até onde certas pessoas se rebaixam para atacar a um candidato político, por causa de sua religião. Certamente, apresentar tal juramento como genuíno só porque aparece no Registro Congressional é tomar liberdades com a verdade.

Também, a verdade pode ser apresentada de tal modo que induz a falsa conclusão, sendo esta outra maneira de se tomarem liberdades com a verdade. Assim, um tal de William J. Whalen, um “leigo” católico romano que se diz autoridade com relação às testemunhas de Jeová, e até se jacta de ser objetivista, isto é, de ser sincero e de estar livre de tendências emocionais ao falar sobre elas, declarou o seguinte num artigo de certa revista, referente a J. F. Rutherford, o antigo presidente da Sociedade Torre de Vigia: “Embora tenha criado o lema: ‘Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão’, o juiz morreu em 1942.”

E agora, ambas as declarações são verdadeiras. Rutherford criou de fato aquele lema e ele morreu em 1942. Mas o que não é verdade é o que se dá a entender pela palavra “embora”, como se Rutherford esperasse ser um daqueles “milhões”. Como Whalen sabe muito bem, as testemunhas de Jeová ensinam que há uma só salvação para todos os que exercem fé em Jesus Cristo, mas que há dois destinos, um terrestre e outro celestial. O celestial, o de Jesus Cristo e dos membros de sua “noiva”, é só para 144.000, e para ganhá-lo é necessário que a pessoa morra. Rutherford tinha tal esperança e assim esperava morrer. O lema “Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão”, ele aplicou somente à “grande multidão” de “outras ovelhas”, mencionada nas Escrituras, em Apocalipse 7:9 e João 10:16, cujo destino é um paraíso terrestre. Portanto, é desonestidade palpável, um caso de tomar liberdades com a verdade, um homem que professa ser autoridade nos assuntos das testemunhas de Jeová, e que diz escrever objetivamente, torcer os fatos, como se Rutherford esperasse ser um dos ‘milhões que agora vivem e que jamais morrerão’.

No mesmo artigo da revista, que agora é publicado em forma de livreto, Whalen acusa as testemunhas de Jeová de ensinarem que “César é Satanás”. Mas é boato. Dizer que César é parte de um mundo cujo deus, conforme 2 Coríntios 4:4, é Satanás, é uma coisa, e dizer que César é o próprio Satanás, é coisa inteiramente diferente. As testemunhas de Jeová têm sempre sustentado que devem dar a “César o que é de César” e que se devem sujeitar a ele, conquanto não se requeira algo em conflito direto com a lei de Deus, sendo que então se aplicaria a norma: “Antes importa obedecer a Deus do que aos homens.” Mas, quanto a Satanás, o Diabo, elas têm sempre sustentado que devem resistir-lhe todo o tempo. Portanto, dizer que as testemunhas de Jeová crêem que César é Satanás, é criar preconceito contra elas nos governos e, obviamente, tomar liberdades com a verdade. É interessante notar que os líderes religiosos dos dias de Jesus tornaram similarmente liberdades com a verdade, para criarem preconceito nos governos, contra o Cristo. — Mar. 12:17; Atos 5:29; Luc. 23:2, ALA.

EM NOME DA CIÊNCIA

Toma-se também muita liberdade com a verdade em nome da ciência, especialmente da parte dos evolucionistas. Declaram indiscriminadas asserções infundadas como fatos referentes à origem do homem e o ascenso ou descenso dos animais inferiores. Um cientista que, com justa indignação, ataca esta questão de tomar liberdades com a verdade é Ivar Lissner, doutor em filosofia, cujos livros já foram publicados em quatorze idiomas. No seu último livro, publicado em 1961 e intitulado “Mas Deus Estava Lá”a, ele fala da “inefável estupidez de todos os atentados de reconstruir-se o homem de Neanderthal ou mesmo o de Pequim. As exageradamente hirsutas [peludas] figuras de gesso e fisionomia bestial nos olham selvagemente furiosas nos museus de todas as partes do mundo, suas feições são geralmente cor de chocolate, seus cabelos indômitos e desgrenhados, suas maxilas prognatas [salientes] e suas testas recuadas — e isto apesar de não termos a mínima idéia da cor da pele do homem paleolítico, de como crescia o seu cabelo nem da sua fisionomia” ou feições do seu rosto. “A autoridade americana, T. D. Stewart, indicou corretamente em 1948 a impossibilidade de se reconstruir o cabelo, os olhos, o nariz, os lábios ou as expressões faciais. ‘As probabilidades são que as expressões do homem primitivo não eram menos delicadas do que as nossas’, escreveu ele.

“Quando os museus apresentam modelos do homem de Pequim, de Neanderthal e do moderno homo sapiens [homem], uns ao lado dos outros, eles estimulam um conceito de desenvolvimento físico e intelectual, que não é segundo o conceito da ciência contemporânea. Os que fazem tais modelos tendem a soltar as rédeas da imaginação deles. . . . A exibição destas figuras metade humanas e metade animais é sintomática da arrogância moral de nossa era, disfarçadamente inspirada num sentimento fátuo de ‘veja até onde chegamos!”‘ Em seu livro, o cientista Lissner mostra que o homem sempre foi bem distinto da criação animal inferior e que sempre teve alguma forma de religião. Em um dos seus capítulos conclusivos ele então pergunta: “Por que nos aferramos tão obstinadamente a teorias antiquadas? Por que preferimos procurar a nossa origem nos animais antes que em Deus?” Obviamente porque não desejam reconhecer a tamanha gratidão que devem ao Criador nem a necessidade de se sujeitarem a ele. Recusam admitir a verdade de que Jeová “é Deus: foi ele quem nos fez e dele somos”. — Sal. 100:3, ALA.

Os exemplos acima, que podem ser multiplicados muitas vezes, certamente incriminam alguns de esticarem a verdade e isto com motivos suspeitos. Sendo assim, o princípio caveat emptor, “acautele-se o comprador”, deve ser mantido quando se lê ou se ouve alguma coisa que se diz ser verdade e sobre a qual se deve basear ações ou crenças. É conforme a Bíblia, a Palavra de Deus, diz: “Julgai todas as cousas, retende o que é bom.” — 1 Tes. 5:21, ALA.

[Nota(s) de rodapé]

a Tradução literal do alemão, que diz: “Aber Gott War Da.”

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