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AmuletoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Dos treze braceletes encontrados na múmia do faraó egípcio Tutancâmen, oito são amuletos, tendo o Olho de Hórus em cinco e o escaravelho (indicando a proteção de Ísis e Rá) em três deles. Amuletos de escaravelhos inscritos com o nome dum faraó ou dum deus, segundo se imaginava, traziam boa sorte ou proteção, e eram muito comuns. Os egípcios usavam certos amuletos para proteção contra o “mau olhado”, assim como o faziam os gregos e os romanos. O amuleto mais comum que os romanos usavam para este fim era, pelo que parece, o falo, pendurado ao redor do pescoço das crianças para protegê-las.
Jesus Cristo disse que os escribas e fariseus “ampliam as suas caixinhas com textos, que usam como proteção”. (Mat. 23:1, 2, 5) Cristo se referia assim às filacteras usadas na testa ou no braço, não só como demonstração ostentosa para granjear a estima entre o povo, mas, evidentemente, como amuletos que ‘guardariam’ o usuário das más influências e dos demônios.
A eficácia de muitos amuletos dos tempos antigos dependia, segundo se imaginava, de sua construção sob determinadas condições astronômicas, e um de seus usos principais era supostamente evitar o azar. No entanto, as Escrituras condenam a astrologia e não aprovam que se confie na sorte. — Isa. 65:11.
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Ana, IAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ANA, I
[favor, graciosidade].
Mãe do profeta Samuel. Ana vivia com Elcana, seu marido levita, juntamente com a outra esposa dele, Penina, em Ramataim-Zofim, na região montanhosa de Efraim. Apesar da longa esterilidade de Ana, contrastada com a fertilidade de Penina, que teve vários filhos, Ana ainda era a esposa mais amada de Elcana. Penina zombava de Ana por causa da esterilidade dela, principalmente quando Elcana levava sua família para seu comparecimento anual no tabernáculo em Silo. — 1 Sam. 1:1-8.
Em certa visita a Silo, Ana fez um voto a Jeová de que, caso tivesse um filho, ela o daria a Jeová, para Seu serviço. Observando os lábios dela se mexerem, enquanto ela orava inaudivelmente, Eli, o sumo sacerdote, de início suspeitou que ela tomara vinho demais e estava bêbeda. Mas ao ficar a par do sóbrio fervor e da sinceridade dela, expressou o desejo de que Jeová Deus lhe concedesse o seu pedido. Deveras, logo ela ficou grávida. Depois de dar à luz Samuel, não foi novamente a Silo senão depois de Samuel ser desmamado. Daí, ela o apresentou a Jeová, conforme prometera, levando uma oferta que consistia num touro de três anos, um efa de farinha e uma grande talha de vinho. (1 Sam. 1:9-28) Cada ano, depois disso, quando ela vinha a Silo, Ana trazia uma nova túnica sem mangas para seu filho. Eli de novo a abençoou, e Jeová novamente lhe abriu a madre, de modo que, com o tempo, ela deu à luz três filhos e duas filhas. — 1 Sam. 2:18-21.
Observam-se em Ana várias qualidades desejáveis. Ela orava constantemente e era humilde, e desejava agradar seu marido. A cada ano, ela o acompanhava na oferta de sacrifícios no tabernáculo. Ela mesma fez um grande sacrifício, desistindo da companhia de seu filho, mantendo sua palavra e mostrando apreço pela bondade de Jeová. Ela continuou mostrando sua afeição materna, como indicado por fazer cada ano uma nova túnica para Samuel. As idéias expressas em seu cântico de agradecimento, quando ela e Elcana apresentaram Samuel para o serviço do templo, são bem parecidas aos sentimentos expressos por Maria pouco depois de saber que viria a ser a mãe do Messias. — Luc. 1:46-55.
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Ana, IiAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ANA, II
[favor, encanto, graça].
Uma profetisa, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Seu nome é a forma grega de Hannah.
Ana se tornara viúva depois de apenas sete anos de vida conjugal e, por ocasião da apresentação do menino Jesus ao templo, tinha 84 anos. Todavia, era constante em sua presença no templo, evidentemente desde o serviço matutino até o serviço vespertino, e, como resultado, teve o privilégio de ver o menino Jesus e dar testemunho a respeito dele. Seus “jejuns e súplicas” indicam uma atitude de pranto e fervoroso anelo de sua parte. O período de sujeição judaica, que já durava séculos, junto com as condições religiosas agravantes desse período, que atingiam até mesmo o templo e seu sacerdócio, podiam explicar bem isto. De qualquer modo, embora fosse provável que não esperasse estar viva quando o menino crescesse, ela então jubilosamente testemunhou a outros sobre a libertação a ser feita mediante este vindouro Messias. — Luc. 2:36-38.
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AnaniasAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ANANIAS
[Forma grega do nome hebraico, Hananiah, Jeová tem demonstrado favor].
1. Membro da primitiva congregação cristã de Jerusalém. Depois de Pentecostes de 33 E.C., as necessidades físicas dos crentes que permaneceram em Jerusalém foram cuidadas por meio da ajuda mútua entre os cristãos. Estabeleceu-se um fundo comum para tal fim, mantido pelas contribuições que representavam o preço de campos e casas vendidos pelos membros da congregação, e então doados voluntariamente. (Atos 4:34-37) Ananias vendeu um campo e, com pleno conhecimento de sua esposa, apresentou parte do dinheiro obtido, enquanto aparentava entregar a soma total. A doação da soma total, sem dúvida, teria habilitado tanto ele como sua esposa a serem sustentados por este fundo comum, e lhe poderia, razoavelmente, granjear também certa medida de elogio e de estima na congregação. No entanto, por meio dum dom especial de conhecimento, através do espírito, Pedro discerniu o fingimento dele, expondo-o como ‘trapaceando o espírito santo e a Deus’, e Ananias caiu e expirou. Quando voltavam os homens que o enterraram, dentro de cerca de três horas, encontraram também morta a esposa
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