BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • O Pastor excelente e ‘este seu aprisco’
    A Sentinela — 1984 | 15 de agosto
    • O Pastor excelente e ‘este seu aprisco’

      1, 2. (a) Como descreveu o Rei Davi a Jeová no Salmo 23:1? (b) Por que era apropriado assemelhar Jeová a um pastor e Israel a Suas ovelhas?

      “JEOVÁ é meu Pastor. Nada me faltará. Ele me faz deitar em pastagens relvosas; conduz-me junto a lugares de descanso bem regados.” Com estas palavras, o ex-pastorzinho e harpista, mas depois rei da nação de Israel, iniciou uma de suas muito estimadas melodias. — Salmo 23:1, 2.

      2 A nenhuma outra nação, senão ao antigo Israel, podia outro salmista escrever as palavras do Salmo 95:6, 7: “Ajoelhemo-nos diante de Jeová, Aquele que nos fez. Pois ele é nosso Deus, e nós somos o povo do seu pasto e as ovelhas da sua mão.” Embora seu rei humano pudesse ser comparado a um pastor, a nação de Israel podia ser comparada a ovelhas que tinham o mais elevado Pastor, Jeová Deus. Ele é o Pastor mais excelente que poderia ser imitado pelos homens que servem como pastores figurativos numa congregação do povo dedicado de Jeová.

      3. Em que sentido era apropriado referir-se a Jeová qual Pastor mesmo com referência a Jesus?

      3 O Rei Davi prefigurou a Jesus Cristo, só que este último é muitíssimo superior ao Davi da antigüidade, que foi seu antepassado régio. Jesus poderia bem apropriadamente citar e usar as palavras de Davi: “Jeová é meu Pastor.” Não encaminhou seu precursor, João, o Batizador, seus ouvintes espectadores a Jesus Cristo que se aproximava e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”? (João 1:29, 36) Ao referir-se a Jesus qual Cordeiro, da família das ovelhas, João talvez pensasse nas palavras de Isaías 53:7: “Foi trazido qual ovídeo ao abate.” E no último livro da Bíblia, a partir de Revelação 5:6, fala-se do glorificado Jesus 28 vezes como Cordeiro figurativo.

      4. Como se tornou Jesus semelhante a uma ovelha num aprisco, e o que era esse aprisco?

      4 Por meio de um nascimento milagroso, na terra, ele se havia tornado parte integrante da nação de Israel, no ano 2 AEC. Veio assim a estar sob o pacto da Lei que Jeová, o Pastor de Israel, fizera com este povo escolhido. Este pacto da Lei, com os Dez Mandamentos, fora mediado pelo profeta Moisés a favor da nação de Israel. (Gálatas 4:4, 5) E Jesus, como membro deste povo escolhido, nasceu como uma das ovelhas figurativas das quais Jeová era o Pastor Supremo. O próprio Jesus estava assim num aprisco figurativo, a relação favorecida com o Pastor Divino, protegido pelo pacto da Lei mosaica qual muro.

      5. Qual a razão de se adotar um conceito diferente sobre o aprisco de João 10:1?

      5 Será que identificamos aqui o “aprisco” do capítulo 10 de João, Jo 10 versículo 1, com o arranjo do pacto da Lei mosaica? Sim, identificamos! A explicação anterior de que o aprisco é o pacto abraâmico baseava-se no conceito de que João, capítulo 10, mencionava diretamente apenas um só aprisco e, se fosse assim, o seu significado lógico seria o pacto abraâmico. No entanto, um estudo adicional desse capítulo mostrou que Jesus realmente falou de mais de um aprisco. Assim, como veremos, mostrou-se apropriado um ajuste na explicação.

      6. Que você acha desses ajustes no entendimento de pontos bíblicos?

      6 Tais ajustes tornam-se de vez em quando necessários, porque Provérbios 4:18 nos diz que “a vereda dos justos é como a luz clara que clareia mais e mais até o dia estar firmemente estabelecido”. É verdade que opositores apóstatas da verdade ‘rangem os dentes’ diante de tais revelações progressivas, mas isso não nos perturba. (Atos 7:54) Antes, agradecemos a Jeová que “a própria luz brilhou para o justo e a alegria, até mesmo para os retos no coração”. (Salmo 97:11) Temos certeza de que se alegrará de saber o significado exato, para você e todas as outras hodiernas Testemunhas de Jeová, da ilustração de Jesus a respeito dos apriscos.

      UM PRIMITIVO APRISCO, SOB A LEI

      7. Com respeito ao aprisco israelita, como assumiu Jesus um novo papel em 29 EC?

      7 Então, que dizer daquele aprisco do pacto da Lei mosaica? Depois de Jesus ser batizado por João, o Batizador, ser ungido com o espírito santo de Jeová e ter passado 40 dias de tentação no ermo da Judéia, Jesus Cristo veio como Pastor espiritual ao aprisco israelita, no ano 29 EC. Jesus Cristo disse que fora especificamente enviado “às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 10:6; 15:24) Até o seu batismo, ele era simplesmente um dos israelitas naturais que vivia dentro do aprisco do pacto da Lei mosaica. Mas então, depois de ungido e gerado pelo espírito de Jeová, Jesus Cristo podia ir àquele aprisco no seu novo papel de “pastor excelente”. — João 10:11.

      8. Quem era o porteiro figurativo de João 10:3, e em que sentido?

      8 João, o Batizador, foi o primeiro a reconhecer Jesus como o Verdadeiro Pastor designado pelo Pastor Supremo, Jeová Deus. Jesus não veio para saquear o aprisco, mas veio numa incumbência legítima. Podia apresentar-se honrosamente qual Pastor espiritual ao aprisco da nação de Israel. Em harmonia com a profecia de Malaquias 4:5 (compare isso com Mateus 11:12-14; Lucas 1:13-17), João havia sido designado pelo Pastor Supremo para ser o “porteiro” figurativo do aprisco israelita. (João 1:15, 17, 19-28; 10:3) João aceitou as credenciais de Jesus Cristo como Subpastor de Jeová Deus e estava pronto para deixá-lo entrar e identificá-lo qual predito Pastor messiânico que chamaria suas ovelhas por nome e as conduziria ao pasto.

      9, 10. De que modo Jesus se enquadrou na sua própria descrição de um pastor, e qual era o tratamento que os pastores israelitas dispensavam às suas ovelhas?

      9 Jesus condizia com a sua própria descrição do Pastor Verdadeiro e Excelente, conforme declarado nas seguintes palavras de João 10:1-5: “Digo-vos em toda a verdade: Quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas galga por outro lugar, esse é ladrão e saqueador. Mas, quem entra pela porta é pastor de ovelhas. Para este o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz, e ele chama por nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora. Tendo retirado todas as suas, vai na frente delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. De modo algum seguirão a um estranho, mas fugirão dele, porque não conhecem a voz de estranhos.”

      10 O antigo pastor israelita ficava conhecendo muito bem as suas ovelhas. Ele usava uma chamada geral, peculiar a ele, por meio da qual reunia todas as ovelhas, para receberem dele atenção individual. Além disso, dava nome a cada uma das suas ovelhas. Cada ovelha reagia obedientemente quando chamada por nome. As ovelhas conheciam a qualidade e o timbre da voz de seu próprio pastor, e por isso não atendiam à voz de estranhos.

      11. Pessoalmente, qual deve ser a nossa postura diante do papel de Jesus qual Pastor?

      11 Paralelo a isso, quanto consolo nos dá ter a garantia de que o nosso Pastor espiritual conhece a cada um de nós por nome e pode dar-nos seus cuidados e atenção pessoais! Não sejamos como muitos dos ouvintes nos dias de Jesus, que não entenderam o pleno sentido de sua significativa comparação. Como advertência para nós, está escrito em João 10:6: “Jesus falou-lhes [aos seus ouvintes judaicos] esta comparação; mas eles não sabiam o que significavam as coisas que lhes falava.”

      12. Quem eram os “estranhos” mencionados por Jesus, e em que sentido eram assim?

      12 Outros israelitas que vieram e afirmaram ser o prometido Messias ou Cristo foram classificados por Jesus como estranhos. Deixaram de ser introduzidos qual Pastor messiânico de Jeová pelo “porteiro” designado dele, que era João, aquele a quem o próprio Jesus se apresentou para ser batizado. Jesus não cometeu engano nisso. (Mateus 3:1-7; Marcos 1:1-7; Lucas 3:1-9) Para proteger as pessoas, Jesus achou bom então identificar-se como Aquele a quem Jeová lhes enviava como Pastor espiritual, e expor os pastores fraudulentos.

      UM NOVO APRISCO SOB O PASTOR EXCELENTE

      13. Que mudança fez Deus no tocante a seu aprisco?

      13 O importante, tanto naquele tempo como hoje, é que a pessoa entre no aprisco certo. Sugere isso que poderia haver uma mudança quanto a que aprisco seria aprovado por Jeová Deus? Sim. Tanto o que Jesus passou a dizer em João, capítulo 10, como o que os fatos históricos mostram, indicam que Deus substituiria o aprisco israelita sob a Lei por um aprisco novo. Observe isto, ao continuarmos a citar as palavras de Jesus.

      14, 15. Por que é evidente que em João 10:7-10 Jesus referiu-se a um novo aprisco?

      14 “Portanto, Jesus disse de novo”, em João 10:7-10: “‘Digo-vos em toda a verdade: Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram em meu lugar são ladrões e saqueadores; mas as ovelhas não os têm escutado. Eu sou a porta; todo aquele que entrar por mim será salvo, e entrará e sairá, e achará pastagem. O ladrão não vem a não ser para furtar, e matar, e destruir. Eu vim para que tivessem vida e a tivessem em abundância.’”

      15 Observe nesse texto que Jesus fala de si mesmo como sendo a porta do aprisco que ele mencionou então, a porta de acesso a esse aprisco do Pastor Supremo, Jeová Deus. Jesus não era a porta figurativa do aprisco do Israel natural, porque ele mesmo havia nascido nele por meio de seu nascimento da virgem judia Maria. Jesus não fora o mediador, como uma porta, do pacto da Lei, pacto pelo qual a nação de Israel havia sido introduzida numa relação exclusiva com Jeová Deus. Foi muito antes do nascimento terrestre de Jesus que Jeová Deus dissera à nação de Israel: “Somente a vós vos conheci dentre todas as famílias do solo.” (Amós 3:2) Era de entre os do simbólico aprisco judaico que o verdadeiro Subpastor de Jeová Deus devia chamar as primeiras ovelhas de seu rebanho e conduzi-las a uma pastagem espiritual especial. Por conseguinte, Jesus deve então ter começado a falar de um novo aprisco do qual ele, o Pastor Excelente, era em outro sentido a porta.

      16. (a) Que indicação anterior havia de que Jeová teria um novo aprisco? (b) Como mostrou Jesus que o novo aprisco estava em vias de existir?

      16 Os judeus que se negavam a se tornar discípulos comparáveis a ovelhas achavam que o seu aprisco era o único intencionado por Jeová Deus e que forçosamente continuaria a existir pelo futuro indefinido. Não levavam em conta o “novo pacto” que Jeová Deus havia prometido estabelecer segundo a profecia de Jeremias 31:31-34. Isto significava uma nova relação com Jeová Deus, e, portanto, um novo aprisco figurativo. Jesus Cristo não era a porta dum redil de ovelhas que ficaria obsoleto, não mais rodeado pelo muro de proteção de Jeová. (Hebreus 8:7-13) Na noite da celebração de sua última Páscoa com os seus discípulos judeus, Jesus proferiu algumas palavras significativas quando serviu o vinho da Páscoa Ele atribuiu um significado simbólico ao vinho, dizendo: “Este copo significa o novo pacto em virtude do meu sangue, que há de ser derramado em vosso benefício.” — Lucas 22:20; Mateus 26:27-29.

      17, 18. (a) O que era esse novo aprisco do qual Jesus era o Pastor Excelente? (b) Como podia ele também ser comparado à porta desse novo aprisco?

      17 Jesus Cristo havia de ser a porta dum redil duradouro, que suplantaria o anterior redil dos israelitas naturais que estavam sob o pacto da Lei mosaica. Quando Jesus deixou seus discípulos, na terra, e subiu para o céu, 40 dias após a sua ressurreição dentre os mortos, ele subiu ainda de posse do seu direito à vida humana perfeita, direito que não perdera por algum pecado na carne. (Isaías 53:3-12; Atos 8:30-35) Portanto, estava preparado para servir como mediador e aplicar este direito à vida, simbolizado pelo seu sangue, na selagem dum pacto novo e melhor a favor de seus discípulos na terra. Ele fez isso, o mais tardar no dia de Pentecostes de 33 EC, quando se derramou espírito santo sobre os seus obedientes discípulos judeus que esperavam em Jerusalém.

      18 Esses discípulos foram assim introduzidos no novo pacto, e um novo redil, o da relação com Jeová Deus a base do novo pacto selado pelo sangue de Jesus Cristo, veio à existência. As ovelhas simbólicas neste novo redil foram geradas pelo espírito de Jeová e ungidas com o Seu espírito. Jesus Cristo era a porta de acesso a este redil, bem como o Pastor Excelente designado por Jeová para as ovelhas dentro deste redil, ou aprisco.

      19. Em que sentido cumpriu-se a profecia de Zacarias 13:7?

      19 Durante as partes de três dias em que Jesus estava preso e morto na sepultura ele tivera de confiar o cuidado e a guarda de seus discípulos comparáveis a ovelhas inteiramente ao Pastor Supremo, Jeová Deus. Foi então que se cumpriu a pronunciação de Jeová em Zacarias 13:7, a saber: “Golpeia o pastor e sejam espalhadas as ovelhas do rebanho; e eu hei de fazer a minha mão voltar sobre os insignificantes.” A mão do Pastor Todo-Poderoso, Jeová, voltou sobre esses discípulos insignificantes, até serem novamente entregues ao Seu ressuscitado Subpastor, Jesus Cristo. — Mateus 26:31, 32.

      20. De que modo leva João 10:16 à expectativa de que ainda outro aprisco deve existir, e por que deve isso nos interessar?

      20 Com esse novo aprisco sob o Pastor Excelente em mente, observe que em João 10:16 Jesus disse: “Tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também tenho de trazer.” Não indica isso que ele teria outro, um segundo aprisco, para o qual serviria como Pastor Excelente? Se for assim, quando existiria e quem seriam as ovelhas nele? Estas são perguntas muito oportunas, e suas respostas podem influir diretamente na sua esperança e perspectivas eternas. Portanto, examinemos o assunto.

      Como Responderá?

      ◻ Em que sentido Jesus, pelo nascimento, entrou num aprisco, e quem era o Pastor deste aprisco?

      ◻ Que novo papel passou Jesus a desempenhar em 29 EC?

      ◻ João, o Batizador, serviu em que qualidade com respeito ao aprisco israelita?

      ◻ O que era o novo aprisco, do qual Jesus era o Pastor Excelente?

      ◻ O que indica que ainda outro aprisco viria a existir?

  • O recente redil para “outras ovelhas”
    A Sentinela — 1984 | 15 de agosto
    • O recente redil para “outras ovelhas”

      “Tenho Outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estes também tenho de trazer, e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um só pastor.” — JOÃO 10:16.

      1. Que adição com respeito ao aprisco do Israel espiritual ocorreu em 36 EC?

      COM a introdução do novo aprisco do Israel espiritual no dia de Pentecostes de 33 EC, o ex-aprisco dos judeus naturais, sob o pacto de Lei mosaica, deixou de ter serventia. Três anos e meio mais tarde veio a conversão, o batismo e a unção, com espírito, do centurião romano Cornélio, de sua família e de seus amigos crentes, em Cesaréia. Assim, gentios que não eram prosélitos nem circuncidados foram introduzidos no aprisco do qual Jesus Cristo é “a porta”. (Atos, capítulo 10) Este aprisco abriga “o Israel de Deus”, israelitas segundo o espírito ou israelitas espirituais. Podia-se dizer de quaisquer destes — judeus ou gentios — que eles “não são deste aprisco” — a grei reunida segundo o arranjo do “novo pacto”? Claro que não! — Gálatas 6:16; João 10:16.

      2. Em que sentido Jesus ainda serve qual Pastor Excelente dos que estão no novo pacto?

      2 Nesta data avançada, existe um restante deste “Israel de Deus” ainda na terra, que prova que Jesus Cristo, o Mediador do novo Pacto, tem sido um Pastor Fiel e Excelente. De modo que mesmo hoje, depois de mais de 19 séculos, o glorificado Jesus Cristo pode de direito dizer, sem se vangloriar, o que ele falou antes de sua morte e ressurreição, segundo lemos em João 10:14, 15: “Eu sou o pastor excelente, e conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim, assim como o Pai [o Pastor Supremo] me conhece e eu conheço o Pai; e entrego a minha alma em benefício das ovelhas.”

      3, 4. Por que se deve distinguir entre as “outras ovelhas” e o “pequeno rebanho”?

      3 Neste ponto, Jesus passou a fazer uma declaração notável, mas magnânima: “E tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco [ou: “redil”, versão de Antônio de Brito Cardoso]; a estas também tenho de trazer, e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um só pastor.” (João 10:16) A quem se referiu ele por “outras ovelhas”?

      4 Visto que estas “outras ovelhas” não eram “deste aprisco”, não haviam de ser incluídas entre o Israel de Deus, cujos membros têm uma herança espiritual ou celestial. No máximo, esses herdeiros do Reino constituiriam um “pequeno rebanho”, pois Jesus disse aos discípulos, que estavam para receber o derramamento do espírito santo, em Pentecostes: “Não temas, pequeno rebanho, porque aprouve a vosso Pai dar-vos o reino.” (Lucas 12:32) O pequeno rebanho de ovelhas, a quem se dá o Reino celestial e que hão de reinar com o Pastor Excelente, Jesus Cristo, neste Reino, ascende no máximo a 144.000 israelitas espirituais. — Revelação 7:1-8; 14:1-5.

      5. Como pode usar Revelação 14:4 para mostrar que as outras ovelhas logicamente têm esperança diferente da do pequeno rebanho?

      5 Revelação 14:4 diz: “Estes foram comprados dentre a humanidade como primícias para Deus e para o Cordeiro.” Como poderiam esses 144.000 israelitas espirituais ser simbólicas primícias dentre a humanidade se não houvesse outros frutos, frutos posteriores? Portanto, é inexorável que além dos 144.000 israelitas espirituais, que constituem o pequeno rebanho das ovelhas régias no aprisco do novo pacto, haja outras ovelhas a serem ajuntadas depois. E assim veio a ser, não é verdade?

      6, 7. Como se cumpre Revelação 22:17, e quem ali não está sendo convidado a ‘vir’?

      6 Predisse-se em Revelação 22:17 que “o espírito e a noiva estão dizendo: ‘Vem!’ E quem ouve diga: ‘Vem!’ E quem tem sede venha; quem quiser tome de graça a água da vida.” A noiva espiritual de Cristo não faz o convite: “Vem!” a si mesma, quer dizer, àqueles que Jeová Deus necessitaria para completar parte da classe da “noiva” para que tivesse 144.000. É durante esta “terminação do sistema de coisas”, que começou em 1914 EC, que ouvimos o convite feito pela “noiva”, em colaboração com o espírito santo do Pastor Supremo. — Mateus 24:3.

      7 Essas palavras de convite são dirigidas aos humanos, aqui na terra, que quiserem obter a vida humana perfeita à imagem e semelhança de Deus, no Paraíso que o Reino de Deus, por Cristo, restabelecerá na terra. Atualmente, durante esta terminação do sistema de coisas, os convidados são as “outras ovelhas” da profecia de longo alcance feita por Jesus em João 10:16. Elas não são “deste aprisco” que o Pastor Excelente, Jesus, mencionou ali. Mas recebem o convite por meio do restante das “ovelhas” que estão ‘neste aprisco’, e se têm associado ao restante espiritual em estender o convite a ainda outros, até o fim da terminação do sistema de coisas.

      8. Que conceito sobre as outras ovelhas adotou-se em 1905?

      8 Na edição de 15 de março de 1905 da Torre de Vigia de Sião, em inglês, publicou-se um artigo intitulado: “Verdadeiro Pastor, Verdadeiras Ovelhas, Verdadeiro Aprisco.” O artigo fez distinção entre as ovelhas “deste aprisco” e as chamadas outras ovelhas. Frisou que este aprisco’ diz respeito à congregação de cristãos que estão sendo recolhidos durante o que foi chamado de “esta era do Evangelho”. Sob os subtítulos “Outras Ovelhas de Outro Rebanho”, e “Co-herdeiros da Mesma Promessa” (páginas 89, 90), declarou-se:

      “O rebanho que o Senhor juntava a si mesmo na época desta parábola não era o Israel natural, mas sim o Israel espiritual. . . . Assim, o conceito que alguns adotaram, de que nós que somos dos gentios ou das ‘outras ovelhas’ mencionadas estamos agora sendo introduzidos no um só aprisco não é correto. . . . Evidentemente, essas ‘outras ovelhas’ mencionadas nessa parábola são as que se tornarão as ovelhas do Senhor depois que o atual ‘pequeno rebanho’ estiver completo.”

      9, 10. (a) Por que não se pode dizer que a parábola das ovelhas e dos cabritos se aplicará durante o Milênio? (b) Quando seriam reunidas as outras ovelhas?

      9 Num parágrafo mais adiante naquele artigo as “outras ovelhas” são equiparadas às “ovelhas” mencionadas na parábola de Jesus sobre as ovelhas e os cabritos, relatada em Mateus 25:31-46. No ano de 1905 pensava-se que essa parábola se aplicaria durante o Reinado Milenar de Cristo, após “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-Poderoso”, no campo de batalha do Har-Magedon. (Revelação 16:14-16) No entanto, devemos ter em mente que a parábola das ovelhas e dos cabritos constituía a parte final da resposta de Jesus à pergunta de seus discípulos quanto a qual seria o sinal de sua “presença e da terminação do sistema de coisas”. (Mateus 24:3) De modo que o cumprimento dessa parábola deve ocorrer durante esta terminação do sistema de coisas, que começou no ano de 1914.

      10 Vê-se assim que o Pastor Excelente, Jesus Cristo, não iniciou o ajuntamento das “outras ovelhas” de João 10:16 lá no primeiro século, quando samaritanos circuncisos passaram a se converter ao cristianismo. Tampouco fez isso quando o centurião romano, o incircunciso gentio Cornélio, foi convertido por volta de 36 EC. Bem, então, quando é que o Pastor Excelente começou a reunir as suas outras ovelhas? Muitos séculos mais tarde, sim, neste século 20, segundo os fatos da questão. — Atos 8:4-17; 10:9-48.

      11. Em que se concentravam os israelitas espirituais até 1935?

      11 Notamos que até meados do primeiro semestre de 1935 o restante dos israelitas espirituais que pertencem a ‘este aprisco’ estava preocupado com o ajuntamento neste aprisco ou redil dos últimos necessários para preencher o número total de membros de 144.000 israelitas espirituais. Estes seriam os últimos a serem incluídos no novo pacto mediado pelo Pastor Excelente, que morreu como o Cordeiro de Deus para prover “o sangue dum pacto eterno”. (Hebreus 13:20; Salmo 50:5) O que, então, aconteceu em 1935?

      12. Que coisa incomum aconteceu em conexão com o congresso de 1935?

      12 Foi convocado um congresso geral das Testemunhas de Jeová, na capital dos Estados Unidos da América, Washington, D.C., ao qual foram especialmente convidados os Estudantes da Bíblia que temiam a Deus e que eram semelhantes ao Jonadabe não-israelita. No segundo dia do congresso, em 31 de maio, o então presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos EUA) emocionou os congressistas com o seu discurso sobre Revelação 7:9-17, a respeito da “grande multidão”. (Revelação 7:9) Ele explicou que esta predita “grande multidão” se comporia das “outras ovelhas”, dos prefigurados por Jonadabe, aquele homem não-israelita que acompanhou Jeú, o rei de Israel, numa demonstração de zelo por Jeová e contra os adoradores do deus falso, Baal. (2 Reis 10:15-28; Jeremias 35:6-19) Jeú mostrou assim que ‘não tolerava nenhuma rivalidade para com Jeová’, ou, segundo a versão Almeida, atualizada, mostrou “zelo para com o SENHOR”. — 2 Reis 10:16.

      13, 14 (a) Quem se tornou hodiernos jonadabes? (b) O que era apropriado que estes fizessem, e por quê?

      13 Centenas de pessoas que queriam ser semelhantes a Jonadabe e estar entre as “outras ovelhas” do Pastor Excelente aceitaram o convite publicado e assistiram ao congresso de Washington. Para poderem tornar-se hodiernos jonadabes antitípicos, era biblicamente necessário que fizessem uma plena dedicação de si mesmos a Jeová Deus, por meio do Pastor Excelente e simbolizassem esta dedicação pela imersão total em água, assim como tinham feito as ovelhas pertencentes a ‘este aprisco’. Aconteceu assim que, no sábado, 1.º de junho de 1935, 840 congressistas foram batizados em água, algo similar ao batismo em massa no dia de Pentecostes do ano 33 EC, em Jerusalém. Que maneira impressionante e histórica de o Pastor Excelente indicar que agora estava pronto para trazer sob o seu cuidado pastoral as outras ovelhas que haviam de escutar a sua voz como a de seu Pastor preferido! Quanta alegria isso lhe deve ter dado! Depois do congresso de Washington, de 1935, o discurso de destaque que explicou Revelação 7:9-17 foi publicado nas colunas da revista A Sentinela, nos seus números de 1.º e 15 de agosto de 1935 (em inglês), sob o título “A Grande Multidão” (Partes 1 e 2).

      14 Muitos milhares de leitores viram assim o privilégio de se tornarem realmente as outras ovelhas do Pastor Excelente e de serem designados ao respectivo aprisco ou redil. Para isso foram batizados na primeira oportunidade, em símbolo de sua dedicação inteligente ao Pastor Supremo, por meio de seu Subpastor, Jesus Cristo. Visto que reconheciam que o Subpastor de Jeová entregou a sua alma humana a favor de todas as ovelhas, eles, de fato, “lavaram as suas vestes compridas” de identificação no “sangue” deste “Cordeiro” de Deus e as “embranqueceram” para passarem na inspeção divina. — Revelação 7:14.

      15. Quão numerosas se tornaram as outras ovelhas, e o que confirma isto?

      15 A terminação do sistema de coisas, que começou no fim dos Tempos dos Gentios em 1914, não acabou em 1935, só porque o Pastor Excelente voltara sua atenção vitalizadora para as outras ovelhas. Não, mas continua mesmo neste ano de 1984, devendo o fim ainda ser atingido após o término da pregação final do Reino. Os que mostram estar no aprisco das outras ovelhas já ascendem a milhões nas celebrações da Refeição Noturna do Senhor, havendo inúmeros outros ainda em caminho para o aprisco. Eles já ultrapassam em muito o número predeterminado dos 144.000, algarismo limitado que foi estabelecido para os introduzidos ‘neste aprisco’ reservado para os israelitas espirituais, os coherdeiros do Pastor Excelente no seu Reino celestial. Isto prova adicionalmente que não estão ‘neste aprisco’ do “pequeno rebanho” do Pastor Excelente. — Lucas 12:32.

      16, 17. (a) Que relacionamento existe entre as outras ovelhas e o pequeno rebanho? (b) As palavras de Jesus sobre tornarem-se “um só rebanho” têm tido que cumprimento?

      16 Será que a diferença de esperança — a esperança celestial para as ovelhas ‘neste aprisco’ e a esperança terrestre das outras ovelhas, que pertencem ao recém-providenciado outro aprisco — os influenciou para se separarem, como se não tivessem nada em comum? Os acontecimentos desde o ano de 1935 respondem: Positivamente Não! Jesus, o Pastor Excelente, predisse que não seria assim, porque prosseguiu dizendo: “E se tornarão um só rebanho.” (João 10:16) Notamos que ele não disse: “Um só rebanho em um só aprisco.” Mas, embora houvesse apriscos separados, haveria apenas “um só pastor”, e este um mostra ser o Pastor-Rei, que já reina nos céus desde o fim dos Gentios em 1914. Em harmonia com isso, as “ovelhas” têm uma só tarefa em comum, ‘a pregação destas boas novas do Reino em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações’, antes do fim deste sistema de coisas do velho mundo. — Mateus 24:14.

      17 As outras ovelhas de modo algum acham que sofrem segregação do pequeno rebanho. Juntos constituem o um só rebanho de ovelhas do Pastor Excelente. As outras ovelhas alegram-se com a sua associação íntima com o pequeno rebanho, considerando ser um grande privilégio servir por um tempo com esses futuros reis e sacerdotes, cujos súditos se tornarão durante o Reinado Milenar.

      18. (a) O que reserva o futuro para o novo pacto e as ovelhas ungidas ‘neste aprisco’? (b) Que perspectiva têm as outras ovelhas?

      18 No tempo devido de Deus, quando o restante dos israelitas espirituais terminar sua carreira terrestre e desaparecer do cenário para tomar posse de sua recompensa celestial, o novo pacto baseado no sangue do Mediador, o Pastor Excelente, Jesus Cristo, deixará de se aplicar, tendo atingido sua finalidade com bom êxito. Cessará então a celebração anual da Refeição Noturna do Senhor no dia da Páscoa. Também deixará de existir então ‘este aprisco’ do rebanho dos israelitas espirituais. As outras ovelhas dedicadas e batizadas permanecerão na terra, para usufruírem as bênçãos que o Reino, composto do Pastor Excelente, Jesus Cristo, e seus 144.000 sacerdotes e reis associados, derramará sobre elas. O rebanho que sobrar na terra purificada compor-se-á apenas das unidas outras ovelhas. Estas continuarão a escutar a voz de seu Pastor-Rei, e isso resultará em obterem elas a vida eterna em perfeição humana na terra paradísica.

      Sabe Explicar

      ◻ O que indica que as outras ovelhas são diferentes das ovelhas do pequeno rebanho?

      ◻ Como se cumpre hoje Revelação 22:17?

      ◻ Quando e onde vieram a se manifestar as outras ovelhas?

      ◻ Visto que as outras ovelhas estão num redil diferente do dos ungidos, como é que constituem um só rebanho?

      [Foto na página 17]

      O artigo “A Grande Multidão”, publicado em 1935, ajudou a identificar as “outras ovelhas”.

      [Foto na página 19]

      À medida que a chamada do “pequeno rebanho” chegava ao fim, Jesus reuniu uma multidão de “outras ovelhas”.

  • Particularidade especial das assembléias de 1985
    A Sentinela — 1984 | 15 de agosto
    • Particularidade especial das assembléias de 1985

      EM DIVERSAS partes da terra haverá uma particularidade singular e adicional com relação às assembléias de distrito de 1985. Dar-se-á particular atenção à realização de assembléias especiais em certas partes do mundo onde for conveniente dar um maior testemunho.

      Delegações selecionadas serão convidadas a assistir a assembléias em diversas cidades da Europa, das regiões do Caribe e do Mediterrâneo, da África, da América do Sul, do Extremo Oriente e do Pacífico Sul. Em algumas de tais regiões haverá dois ou três locais de assembléias aos quais essas delegações serão encaminhadas. Serão selecionadas cidades adequadas que possam acomodar um número limitado de visitantes. Pedir-se-á que certas filiais recomendem os que talvez possam ser convidados a assistir a assembléias em locais específicos, de modo que não será prático estender um convite abrangente a todos. Não obstante, será muitíssimo proveitoso ter na assistência uma delegação limitada que represente países diferentes. O anúncio com respeito a este arranjo está sendo feito desde já para que todos os do povo de Jeová saibam que haverá oportunidade para alguns visitarem outros países.

      Os membros das delegações que posteriormente serão selecionados terão de ser Testemunhas dedicadas e batizadas que darão bom exemplo aos irmãos locais e serão fonte de encorajamento por sua conduta e sua presença nas assembléias às quais forem convidados. Portanto, espera-se que tais encarem sua visita primariamente como oportunidade de promover os interesses do Reino, e não meramente como férias para turismo.

      Há vários aspectos deste arranjo que ainda terão de ser elaborados. Assim, a Sociedade gostaria de solicitar que por ora não escrevam nem façam perguntas sobre este assunto. Posteriormente, as filiais da Sociedade que forem convidadas a enviar delegações a um ou mais países específicos fornecerão maiores detalhes sobre este arranjo.

      Na maioria dos países, far-se-ão arranjos do modo costumeiro para a realização das assembléias de distrito de 1985. Isto proporcionará a todos a oportunidade de desfrutar as bênçãos de se reunir teocraticamente em assembléia. As assembléias salientarão nossas responsabilidades com respeito ao serviço do Reino neste tempo do fim. Agora que a maioria de nós já assistiu às Assembléias “Aumento do Reino” do corrente ano, esperamos que as ricas bênçãos de Jeová estejam sobre a grande obra de ajuntamento agora em progresso.

Publicações em Português (1950-2025)
Sair
Login
  • Português (Brasil)
  • Compartilhar
  • Preferências
  • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade
  • Configurações de Privacidade
  • JW.ORG
  • Login
Compartilhar