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  • Limpemos a casa, falando-se religiosamente
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1965
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w65 1/1 pp. 8-11

Limpemos a casa, falando-se religiosamente

ORIGINANDO-SE da época da antiga Babilônia e do antigo Egito, o uso de artigos religiosos nas casas tem sido mui popular. Das ruínas de casas antigas, os arqueólogos desenterraram imagens religiosas de toda a sorte, estátuas, nichos, quadros e evidência de símbolos religiosos, tais como a cruz.

Isto talvez surpreenda o leitor, mas é inegável que artigos e símbolos religiosos usados na antiga e pagã Babilônia e no Egito estão em uso atualmente em muitos lares “cristãos”. É o tempo de os que desejam ser verdadeiros cristãos limparem a casa, falando-se religiosamente. — Atos 17:29-31.

Antes de examinarmos o que a Bíblia Sagrada tem a dizer a respeito de se limpar a casa, falando-se religiosamente, passemos os olhos por uma casa típica latino-americana, semelhante em alguns aspectos às casas da República Dominicana, de Cuba, de Porto Rico e em outras partes.

Ao nos aproximarmos da casa, notamos um nicho junto ao canto da calçada. A pequena cavidade na frente é para uma oferta à imagem. Ao entrarmos no jardim da frente, notamos outro nicho caseiro, com a imagem da devoção da família, usualmente a deusa ou santa nacional, que difere de país a país. Algumas são bem elaboradas e custosas. Próximo à porta, pode-se ver uma cruz. Ao bater, somos bem-recebidos na casa hospitaleira, com a expressão: “Adelante, tomen asiento”. (Entrem, sentem-se.) A moradora sente prazer em nos mostrar a sua casa. Observou aquela pequena prateleira ou consola sobre a sua cabeça, ao entrarmos? Um quadro religioso, com um copo de água ou algo de comer é colocado sobre ela. Com freqüência, tais pequenas prateleiras podem ser vistas em frente de um quadro de um membro falecido da família, com flores postas diante dele.

Numa casa humilde, com chão de terra, notamos de novo a cruz, pintada em cada porta. Em outras casas acha-se uma bem elaborada, de metal ou de madeira. Ao acompanharmos a dona de casa, notamos este mesmo símbolo religioso acima das camas, pendurado na parede, e sobre o altar caseiro, que, às vezes, ocupa o canto de um quarto ou até mesmo é possível que ocupe toda a parede. Acha-se usualmente enfeitado com papéis brilhantes, de muitas cores, junto com quadros religiosos, velas ou luzes elétricas coloridas e flores. Gravuras religiosas do “Sagrado Coração” e “A Ceia do Senhor” poderão também ser encontradas nos cômodos.

O que devemos pensar a respeito do uso destes muitos artigos e símbolos religiosos? Precisamos pensar o que Deus pensa.

IMAGENS RELIGIOSAS

Não devemos pensar que haja necessariamente algo de errado em todo o objeto de arte, imagem ou estátua. Assim, precisamos fazer distinção entre objetos que são simplesmente obras de arte e objetos de devoção religiosa, imagens usadas para representar algum santo ou alguma deidade. Se a pessoa assumir a atitude de adoração para com qualquer imagem, tornando-a objeto religioso, então, o possuidor de tal imagem deve refletir sobre o conceito de Deus quanto às imagens religiosas. Por exemplo, Deus ordenou aos israelitas da antiguidade que não tivessem nenhuma imagem para representar ao verdadeiro Deus. (Êxo. 20:4; Deu. 4:15-19) Nem deveriam trazer para casa as imagens ou os símbolos dos egípcios e dos cananeus pagãos. A declaração expressa de Deus foi:

“Queimareis as imagens esculpidas de seus deuses, mas não cobiçareis a prata nem o ouro de que são revestidas, nem delas tomareis nada, para que isto não te seja um laço, pois são uma abominação para o Senhor [Jeová]. Não introduzirás em tua casa coisa alguma abominável, porque serias, como ela, votado ao extermínio. Tê-las-ás em extremo horror e grande abominação, porque é votada ao extermínio.” — Deu. 7:25, 26, CBC.

Os verdadeiros cristãos avaliam este mesmo princípio de uma casa limpa, falando-se religiosamente, em especial, levando-se em conta os mandamentos semelhantes dados nas Escrituras Gregas Cristãs: “Não devemos imaginar que o Ser Divino seja . . . semelhante a algo esculpido pela arte e inventividade do homem.” “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.” (Atos 17:29; 1 João 5:21) Portanto, os primitivos cristãos mantiveram suas casas livres de imagens religiosas. Como foi, então, que as imagens de Cristo, por exemplo, se originaram? Por voltarmo-nos para os livros de história que tratam dos cristãos primitivos, aprendemos isto: “Os pagãos, que, semelhantes a [Imperador] Alexandre Severus, viram algo de Divino em Cristo, e as seitas, que misturaram o paganismo com o Cristianismo, foram as primeiras que fizeram uso de imagens de Cristo.”a Visto que os primitivos cristãos não usaram quaisquer imagens de Cristo, torna-se evidente que também não possuíam nenhuma imagem de Maria, mãe de Jesus.

Assim é que, ao se tornar uma imagem objeto de devoção religiosa, é ocasião de o seu possuidor, se desejar ser verdadeiro cristão, limpar a casa, falando-se religiosamente — não importa o que a imagem represente ou quem a fez.

Será bom para todo o cristão lembrar-se do que ocorreu em relação com a figura da serpente de cobre feita por Moisés. Durante a peregrinação dos israelitas pelo deserto, Deus ordenou a Moisés, que conduzira a Israel para fora do Egito, que fizesse a figura de uma serpente de cobre, a qual era símbolo e tinha significado profético, mas não era para adoração religiosa. (Núm. 21:4-9; João 3:14, 15) Assim, a imagem da serpente de cobre não foi adorada ou usada para adoração nos dias de Moisés. Embora tal imagem fosse feita em circunstâncias adequadas, até mesmo sob a ordem de Deus, todavia, teve por fim de ser destruída. Como isso se deu? Porque, séculos depois dos dias de Moisés, os israelitas transformaram essa mesma imagem da serpente de cobre em objeto de devoção religiosa, até mesmo queimando-lhe incenso. (2 Reis 18:4) Portanto, quando o Rei Ezequias purgou a terra de Judá das imagens religiosas, fez que fosse reduzida a pedaços e completamente destruída a serpente de cobre feita por Moisés.

Tal destruição de imagens religiosas teve a bênção de Deus, visto que o verdadeiro Deus deseja ser adorado sem imagens, e não por meio de imagens, conforme o próprio Jesus Cristo declarou: “Deus é Espírito, e os que o adoram têm de adorá-lo com espírito e verdade.” — João 4:24; 2 Reis 18:1-7.

QUADROS RELIGIOSOS

Mas, que objeção se poderia fazer aos quadros? Afinal de contas, o cristão poderá ter devidamente ou expor uma fotografia, um desenho ou um quadro. Talvez seja de amigos ou de parentes, ou um cenário, ou de assuntos bíblicos. As testemunhas de Jeová, por exemplo, possuem um calendário, com ilustração diferente cada ano, de certo importante evento bíblico. Bem, então, o que determina se há objeção ao quadro? Isto: É o quadro objeto de reverência ou de adoração, talvez colocando-se comida diante dele? Tem o quadro símbolos pagãos? Será que o quadro representa mal a Bíblia?

Tome-se, por exemplo, um quadro que aparece em muitas interpretações, a chamada “A Última Ceia”. Jesus instituiu “A Refeição do Senhor”, ou, como certa tradução moderna a chama, “a refeição noturna do Senhor”, na data de 14 de Nisan de 33 E. C., depois das 18 horas, numa quinta-feira. (1 Cor. 11:20, 23, 24) Pouco antes da Refeição Noturna do Senhor, Jesus e seus doze apóstolos haviam comido o cordeiro pascoal. Mas, quantas travessas de peixe vê sobre a mesa em alguns quadros? Não se comeu peixe por parte de Jesus e seus apóstolos naquela noite de quinta-feira, mas, invés disso, carne de cordeiro. Quadros que mostrem peixe estão representando mal a Bíblia Sagrada.

A Bíblia mostra que, junto com o cordeiro assado, pães ázimos eram usados na páscoa. (Êxo. 12:8-15) Observará em alguns quadros que os pãezinhos, um para cada apóstolo, são fermentados ou levedados. O relato da Bíblia mostra, também, que os fiéis apóstolos comeram de um único pão ázimo; cada um não tinha o seu próprio pãozinho levedado. — Mat. 26:26.

A Bíblia também mostra que todos os fiéis apóstolos deveriam beber do mesmo cálice. (Mat. 26:27) Pelos quadros, somos levados a crer que, depois da refeição pascoal e durante a Ceia do Senhor, cada apóstolo tinha seu próprio copo, enquanto que Jesus apenas tinha um cálice especial de vinho. Realmente, partilharam o mesmo pedaço de pão e beberam do mesmo cálice.

Observará, também, que em muitos quadros todos estão sentados. O costume nos dias de Jesus era comer em posição inclinada, como se pode observar pela referência que se faça a um dicionário bíblico. A própria Bíblia mostra que João estava reclinado no seio de Jesus, algo que não poderia fazer se estivesse sentado enquanto comia. — João 13:23-25.

Quantos apóstolos conta? A Bíblia indica que Judas saiu “imediatamente” depois da celebração da páscoa e, por isso, antes de Jesus instituir a Refeição Noturna do Senhor com os onze apóstolos fiéis. (João 13:30) Quadros que mostrem doze apóstolos junto de Jesus não representam a verdade.

De modo que nosso exemplo revela a má representação da Bíblia com respeito ao cordeiro pascoal, ao pão ázimo, haver um só pão e um só cálice, à maneira de reclinarem-se e ao número de apóstolos. Quando um quadro representa mal a Santa Palavra de Deus, é tempo de nos livrar dele.

Daí, com respeito aos quadros de Jesus Cristo, já observou alguma auréola ou círculo de luz em volta de sua cabeça? Chama-se “nimbo”. Achará revelador dirigir-se a uma boa enciclopédia e achar a palavra “nimbo”, pois aprenderá que era usado pelos antigos pagãos egípcios, gregos e romanos em sua arte religiosa; tal símbolo é de origem babilônica, visto que aparece em representações artísticas das principais deidades de Babilônia. O círculo de luz era símbolo do deus-sol, e, portanto, é paganismo.

Nenhum quadro que cheire a paganismo babilônico tem lugar na parede de uma casa cristã.

A CRUZ

Um dos símbolos comumente visto nas casas é a cruz. Realmente, as Escrituras Sagradas mostram que Jesus Cristo foi pendurado num madeiro ou estaca, sem um braço entrecruzado. O apóstolo Pedro mencionou em pelo menos duas ocasiões que Jesus morreu num madeiro (xy’lon). (Atos 5:30; 1 Ped. 2:24) A outra palavra grega original usada na Bíblia é stauros’ e significa estaca, sem qualquer braço entrecruzado de qualquer espécie.

Mesmo que tivesse sido sobre uma cruz que Jesus fosse pendurado, será que isso seria um adequado símbolo religioso para os cristãos? Não, assim como a pessoa não adoraria nem veneraria uma bala ou facão que tivesse matado um ente queridíssimo! Não é de se admirar que os primitivos cristãos não tivessem cruzes em suas casas! “Não se usava o crucifixo”, diz certo historiador sobre os cristãos primitivos, “e nenhuma representação material da cruz”.b

Onde, então, se originou a cruz? Séculos antes de Cristo, a cruz era usada na Índia, na China, na Pérsia, no Egito, e, por certo, na Babilônia, pelos carolas pagãos. A cruz simples era o símbolo sagrado do deus babilônico, Tammuz. Era também o símbolo do deus-sol, Sol, na Roma antiga. Tal cruz era a forma original de sua letra “T”, a letra inicial do nome do deus Tammuz.

Ademais, as enciclopédias lhe dirão que o antigo Egito tinha uma cruz que era símbolo da adoração imoral do sexo. A cruz egípcia, a ankh (cruz ansada, ou cruz com asa), consistia de um “T” com um cabo oval no alto, representando os órgãos reprodutivos masculinos e femininos. Os israelitas não usavam este símbolo pagão da cruz fálica em suas casas.

Como o era no Egito antigo, entretanto, assim também o uso do símbolo fálico é comum na América Latina e em toda a parte. Alguns edifícios de igrejas são construídos sobre a sua planta em forma de “T”. Na catedral, em San Pedro Sula, em Honduras, o escudo sobre a porta usa a cruz e o oval. Assim como no Egito antigo, os túmulos e os sarcófagos continham muitas cruzes, assim também, atualmente, os lugares de enterro estão cheios de cruzes, algumas incluindo o oval.

LIMPEMOS A CASA

Qual, então, deve ser nossa atitude para com as imagens, os quadros e as cruzes? Quanto às imagens e os quadros, o perigo reside em as pessoas se curvarem ou orarem diante destes ídolos sem vida, em oferecerem alimento a eles, em considerá-los algo santo. Embora nada haja de errado em um quadro que corretamente represente um evento bíblico, todavia, se a pessoa prestar reverência e adoração ao quadro, isso está errado. Se for um quadro de ente querido morto, será que o possuidor lhe presta devoção religiosa? Então, por certo, isso está errado. E, se o quadro representar mal a palavra de Deus ou contiver simbolismos pagãos, tais como a auréola ou nimbo e a cruz, então, por que ter isso na casa?

Portanto, passe os olhos pela sua casa. Será que tem qualquer imagem religiosa? Será que tem quadros religiosos com a auréola pagã em volta da cabeça do representado? Será que tem representações da cruz? Será que tem quaisquer quadros para os quais volta uma atitude de adoração?

Se tiver, é tempo de limpar a casa. Tomar este passo positivo, sem temor do homem, no sentido da pura e imaculada adoração de Jeová Deus, significará obediência aos mandamentos de Deus. Significará o fim de todo o paganismo babilônico nas obras de arte que tem em casa. Mostrará seu desejo de adorar a Deus, como Jesus Cristo declarou: “Com espírito e verdade.” Portanto, limpemos a casa, falando-se religiosamente.

[Nota(s) de rodapé]

a The History of the Christian Religion and Church, During the Three First Centuries, (A História da Religião e da Igreja Cristãs, Durante os Três Primeiros Séculos), do Dr. Augustus Neander.

b History of the Christian Church, de J. F. Hurst, Vol. I, pág. 366.

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