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Os historiadores “clássicos” — quão fidedignos são?A Sentinela — 1969 | 1.° de outubro
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tradutores: “Infelizmente, a parte perdida, contendo a história posterior e mais autêntica do povo romano, e mais especificamente do período de que o escritor era contemporâneo, é a que mais gostaríamos de ver.” Conforme era costume no seu tempo, Lívio introduziu na sua narrativa as tradições então existentes.
Precisamos lembrar-nos de que estes historiadores do primeiro século tiveram de depender de fontes anteriores quanto aos dados relacionados com o período das monarquias dos assírios, dos babilônios e dos persas. Algumas destas fontes, conforme já aprendemos foram prejudicadas pelo descuido e pelas inexatidões cronológicas. E, além disso, o processo de copiar registros antigos introduz incertezas adicionais.
Segue-se, portanto, que os historiadores “clássicos” posteriores não podem apresentar razões mais fortes contra a contagem de tempo pela Bíblia do que os seus predecessores do quinto século A. E. C. De fato, poucos daqueles escritores “clássicos”, anteriores ou posteriores, demonstram muita preocupação com a exatidão ao guardarem registro do tempo. Fornecem aos leitores modernos uma abundância de informação sobre eventos, costumes e filosofias dos seus tempos — informação valiosa de fundo histórico. Na maior parte, porém, parecem ter dado menos atenção à marcação exata das datas.
REFERÊNCIAS
1 The Encyclopaedia Britannica, 11.a edição, Volume 28, página 886.
2 Ibid., 9.a edição, Volume 24, página 721.
3 Ibid., 9.a edição, Volume 6, página 599.
4 Ibid., 11.a edição, Volume 26, página 894.
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1969 | 1.° de outubro
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Perguntas dos Leitores
O que queria Jesus dizer quando falou que seus seguidores fariam obras maiores do que ele havia feito? — V. W., E. U. A.
Jesus disse: “Digo-vos em toda a verdade: Quem exercer fé em mim, esse fará também as obras que eu faço; e ele fará obras maiores do que estas, porque eu vou embora para o Pai.” (João 14:12) Ele não quis dizer que as obras feitas por seus seguidores seriam maiores em poder milagroso e produziriam demonstrações mais espantosas deste poder. Os fatos subseqüentes mostram que não fizeram isso; por exemplo, não fizeram nenhum milagre que ultrapassasse a ressurreição, por Jesus, de Lázaro que já estava morto por quatro dias. (João 11:38-44) Jesus apresentou como razão para ele dizer que fariam obras maiores o fato de que ia ter com o Pai no céu. Isto poria fim à sua atividade pessoal como pregador na terra, acabando com ela, encerrando as obras maravilhosas que havia feito. Os seguidores, por outro lado, permaneceriam na terra por muito tempo, durante o qual poderiam fazer as obras que Jesus fizera e continuar nisso por mais tempo do que ele, talvez acumulando mais delas, e certamente estendendo a atividade sobre uma região muito maior. Jesus se havia restrito à Palestina, e, na maior parte, havia limitado suas atividades aos judeus; mas os seus seguidores trabalhariam em todas as nações.
Jesus, com a sua partida, tornou também possível o derramamento do espírito santo sobre os seus seguidores, e por esta razão podiam pregar em muitas línguas e difundir a obra, fazendo uso mais eficiente de outros dons do espírito na realização de obras maravilhosas. Conforme Jesus lhes dissera por ocasião de sua partida: “Recebereis poder e sereis testemunhas de mim tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até à parte mais distante da terra.” (Atos 1:8) Portanto, quando Jesus deixou a terra, terminou a sua obra como pregador na terra, e com a sua partida, veio sobre os seus seguidores o espírito santo, dando-lhes poder para fazer um serviço aumentado, incluindo todas as nações. Eles abrangeram uma área maior e serviram por mais tempo do que Jesus, e, neste sentido, fizeram obras maiores.
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