O que faz que um governo lhe seja real?
HÁ AGORA 151 países como membros das Nações Unidas. É provável que more num destes países, visto que mais de 4.000.000.000 de pessoas moram neles — praticamente a população inteira do mundo! Cada um destes países tem alguma forma de governo. Sabe que espécie de governo é a mais comum?
São as repúblicas. O Brasil, os Estados Unidos, o Egito, a União Soviética e a China estão entre as mais de 100 nações das Nações Unidas que são repúblicas. Segundo o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, uma república é uma “forma de governo em que o povo exerce a soberania por intermédio dos seus delegados e representantes por tempo fixo”, usualmente por um presidente, não por um monarca. Contrário ao que alguns possam pensar, nenhuma nação é hoje uma verdadeira democracia, que é um “governo do povo, sistema em que cada cidadão participa do governo”.
Será que esses governos — essas repúblicas — lhe são reais? Talvez responda: ‘Claro que sim.’ Mas, por que lhe são reais? Em primeiro lugar, não é porque os líderes dessas nações são pessoas reais? Homens tais como o Presidente Carter, o Presidente Sadat e o Presidente Brejnev têm ficado bem conhecidos. Também, os lugares onde esses homens governam são reais: Washington, Cairo e Moscou. Os efeitos de suas decisões são sentidos, não só pelos seus próprios cidadãos, mas pelo povo em toda a terra.
REINOS DO MUNDO
Os reinos são outra forma comum de governo. Segundo um Almanaque Mundial, cerca de 15 nações das Nações Unidas são reinos. O reino é um governo regido por um rei. Entre os reinos das Nações Unidas estão Lesoto, Nepal, Dinamarca, Suécia, Noruega, Jordânia, Arábia Saudita e Marrocos.
É verdade que muitos reis e rainhas da atualidade são apenas chefes nominais, como, por exemplo, na Dinamarca, na Suécia e na Noruega. Os monarcas em tais lugares exercem pouco ou quase nenhum poder real. Mas isto não se dá em outros países. Considere a Jordânia, o Marrocos e a Arábia Saudita. Os governantes destes países são o Rei Hussein, o Rei Hassan e o Rei Khaled. Exercem autoridade real, embora, recentemente, as atividades do Rei Khaled tenham ficado limitadas, por causa duma séria doença.
Será que os reinos pertencentes às Nações Unidas lhe são reais? Talvez diga que sim. O que os torna reais? Não é só porque os reis são pessoas reais, mas também por terem súditos reais: jordânianos, marroquinos e sauditas. Estes súditos são governados por uma série de leis, conforme observa a World Book Encyclopedia: “Cada grupo de pessoas — desde a família até a nação — possui regras de conduta que governam a vida de seus membros.” Essas leis, bem como a língua, os costumes e a cultura da nação amiúde diferenciam o povo de um governo daquele de outro.
OUTRO REINO
Os reinos pertencentes às Nações Unidas não são os únicos. O reino mais significativo de todos não faz parte daquele organismo mundial de nações. O que torna este reino tão importante?
Não é o número de seus súditos, embora sejam bastantes. Em comparação com as 151 nações das Nações Unidas, este reino possui agora mais gente do que 42 nações individuais daquela organização mundial. Sim, há mais de 2.100.000 súditos leais! No entanto, num ano recente, esses súditos, junto com seus amigos, no total de 5.095.831, reuniram-se certo dia, mundialmente, para recapitular o que seu rei tem feito por eles. E tal número é significativo! Apenas 77 nações das Nações Unidas — cerca da metade delas — têm individualmente uma população maior.
Muitos governos do mundo têm um excelente sistema educativo. Mas, este reino tem um superior. Seu principal compêndio tem uma distribuição maior, em mais idiomas, do que qualquer outro livro no mundo. E diversos dos livros que imprime para ajudar as pessoas a entender a Bíblia estão entre os 10 livros mais amplamente distribuídos do mundo. Além disso, cada ano, seus súditos imprimem e distribuem centenas de milhões de tais livros, folhetos e revistas educativos. Realizam cinco aulas por semana, em mais de 40.000 grupos, em todo o mundo, onde estudam as leis desse governo e se estimulam mutuamente à lealdade a ele.
Que governo régio é este?
A Bíblia diz, numa antiga profecia a respeito de quem seria o governante dele: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz. Do aumento do seu governo e da paz não haverá fim.” — Isa. 9:6, 7, Imprensa Bíblica Brasileira.
Talvez reconheça esta profecia como referindo-se a Jesus Cristo. Antes de seu nascimento, o anjo Gabriel disse à sua mãe, Maria: “Jeová Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e ele reinará . . . e não haverá fim do seu reino.” (Luc. 1:32, 33) Quando Jesus se tornou homem, devotou sua vida aos interesses desse governo.
Em certa ocasião, Jesus explicou: “Tenho de declarar as boas novas do reino de Deus também a outras cidades, porque fui enviado para isso.” (Luc. 4:43) Jesus até mesmo ensinou aos seus seguidores a orarem por este governo: “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” — Mat. 6:9, 10, IBB.
Será que este reino de Deus lhe é um governo real?
Jesus Cristo falou dele como governo que havia de ter súditos leais. Quando o governador romano, Pôncio Pilatos, lhe perguntou se era rei, Jesus respondeu: “Meu reino não faz parte deste mundo. Se o meu reino fizesse parte deste mundo, meus assistentes teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, assim como é, o meu reino não é desta fonte.” — João 18:36.
Pouco antes de sua morte, Jesus disse aos líderes religiosos, judaicos: “Doravante vereis o Filho do homem sentado à destra de poder e vindo nas nuvens do céu.” (Mat. 26:64) O que queria Jesus dizer com isso?
Referia-se à profecia bíblica de Daniel, sobre o prometido “filho de homem”, que foi levado perante o “Antigo de Dias”, Jeová Deus. “E foi-lhe dado domínio, e dignidade, e um reino”, diz a profecia, “para que todos os povos, grupos nacionais e línguas o servissem”. (Dan. 7:13, 14) Isto mostra que o ressuscitado Jesus Cristo governaria no céu, e que a terra inteira seria o território sobre o qual exerceria autoridade qual rei.
Mas, visto que o reino de Deus é celestial — seu governante, Jesus Cristo, sendo agora invisível — muitos não acham que seja um governo real. Contudo, conforme vimos, há motivos válidos para se crer que é.
CARACTERÍSTICAS DUM GOVERNO REAL
Como já mencionado, uma evidência notável dum governo real é que tem súditos. “Na multidão do povo está o adorno do rei”, diz a Bíblia. (Pro. 14:28) Também tem leis vigentes, bem como alguma espécie de sistema educativo. Possui o reino de Deus tais caraterísticas dum governo real?
Sim, já vimos que as possui. Toda uma sociedade de mais de dois milhões de pessoas, no mundo, adotou as leis da Bíblia como sua constituição, como regras para governar sua vida. Essas pessoas adotaram o nome do Grande Legislador, chamando-se Testemunhas de Jeová. (Isa. 33:22; 43:12) Nas congregações cristãs das Testemunhas de Jeová, em toda a terra, obedece-se realmente às leis do reino de Deus.
Embora vivam em muitos países do mundo, falando idiomas diferentes e tendo formação cultural diferente, esses súditos do Reino estão maravilhosamente unidos. Falam a unificadora “língua pura” da verdade bíblica. (Sof. 3:9) Em obediência às instruções de seu Rei, não tomam parte nos assuntos políticos ou nos conflitos das nações do mundo. (João 17:16; 18:36) Nisto aderem também à ordem do Rei, de ‘se amarem uns aos outros’, e assim são identificados como seus discípulos. — João 13:34, 35; 1 João 4:20, 21.
Considerando os fatores que constituem um governo real, é evidente que o reino de Deus tem todas as caraterísticas de tal governo. É vital que não somente reconheçamos isso, mas também nos tornemos apoiadores ativos deste governo celestial.