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  • O respeito pelos mortos — como é demonstrado?

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  • O respeito pelos mortos — como é demonstrado?
  • Despertai! — 1977
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Despertai! — 1977
g77 22/10 pp. 5-9

O respeito pelos mortos — como é demonstrado?

MARCOS e Paulina, tendo seus vinte e poucos anos, tinham assistido a vários enterros em França, sua terra natal. Assim, conheciam a tristeza ligada aos enterros, e alguns costumes fúnebres que as pessoas observavam.

Daí, quando estudavam em Nova Iorque, em 1975, foram ao enterro dum conhecido, que era de uma das ilhas do Caribe. Esperavam que alguns dos costumes fossem um tanto diferentes. Mas, estavam totalmente despreparados para aquilo que viram. Durante o enterro, alguns dos parentes do falecido subitamente irromperam em terrível pranto. E alguns dos ilhéus tentaram jogar-se sobre o caixão; até mesmo tentaram remover sua tampa para beijar o cadáver, como era costumeiro no seu local de origem.

Sim, ao passo que isso era um tanto chocante para o casal francês, era comum nos enterros nessa outra parte do mundo. Isto apenas ilustra que há diferentes costumes fúnebres em vários países. Alguns costumes parecem resultar das condições locais, tais como a necessidade de sepultar de imediato o corpo, nos trópicos, ou de cremá-lo, onde a terra é escassa. Outros costumes surgiram das crenças religiosas ou supersticiosas. E ainda outros costumes talvez sejam apenas tradições peculiares de origem desconhecida ou de significado passado.

São Ruins Todos os Costumes Fúnebres?

Quando vêm a aprender as leis e os princípios da Bíblia, alguns se inclinam a evitar todos os costumes fúnebres. Por que isso se dá?

Talvez fiquem cônscios de que Deus proibiu especificamente aos israelitas de participar em certas práticas fúnebres ou de lamentação das nações circunvizinhas. Deus disse: “Não devem fazer calva nas suas cabeças e não devem rapar a extremidade da sua barba, e não devem fazer incisão na sua carne.” (Lev. 21:5; 19:27, 28) O povo de Deus devia ser diferente, em sentido religioso. Não devia imitar os costumes pranteadores dos pagãos circunvizinhos. Quando os judeus, em épocas posteriores, deveras adotaram esses costumes religiosos pagãos, isso não se deu com a aprovação de Deus.

Significa isso, contudo, que o cristão hodierno tem de rejeitar categoricamente todos os costumes fúnebres locais? Não necessariamente.

As Escrituras indicam que alguns costumes fúnebres talvez não sejam objetáveis. À guisa de exemplo, a Bíblia diz que, depois de os discípulos de Cristo removerem seu corpo da estaca, “tomaram assim o corpo de Jesus e o envolveram com faixas, junto com os aromas, do modo como os judeus costumavam preparar para o enterro”. — João 19:40.

Os judeus talvez desenvolveram parcialmente este costume de modo a retardar a decomposição. Mas, visto que os aromas eram aplicados apenas externamente, o corpo ainda começaria logo a decompor-se. (João 11:39) Por isso, o respeito pelo ente querido falecido talvez estivesse por trás deste costume fúnebre judaico. Mas, uma vez estabelecida a congregação cristã, o que seria feito? É de interesse que parece que os cristãos primitivos continuaram a seguir muitos dos costumes fúnebres judaicos, tais como o de fazer prontamente o enterro, ao invés de um enterro ou cremação posterior.

Indicando ainda que alguns costumes fúnebres locais talvez não sejam objetáveis é o que lemos sobre Jacó. Quando ele morreu no Egito, seu filho, José, mandou que os médicos locais embalsamassem o corpo. O relato diz: “Levaram com [Jacó] quarenta dias inteiros, pois levam costumeiramente tantos dias para o embalsamamento.” (Gên. 50:1-3) Por seguir este processo fúnebre local, José pôde levar os restos de Jacó para fora do Egito, a fim de sepultá-lo em Canaã, junto com seus antepassados. — Gên. 49:29-32; 50:12-14.

Fatores a Considerar

Havendo uma variedade de costumes fúnebres por todo o mundo, que orientações poderia alguém usar para determinar se deve seguir certo costume fúnebre local?

A pessoa que respeite os mortos, mas, acima de tudo, respeite a Deus, deve considerar se certo costume colide com os ensinos da Bíblia.

Por exemplo, entre alguns coreanos, era costumeiro espalhar arroz no telhado ou na parte eterna da porta da casa do falecido. E um parente varão subia no telhado, onde agitava uma roupa do falecido e bradava seu nome. Isto era conhecido como a cerimônia do Cho-Hon, ou “Convite Para a Alma”. Supunha-se convidar a alma para deixar a casa. As pessoas em alguns outros países crêem que a pessoa morta passa para outra vida, e, assim, seguem o costume de colocar dinheiro em sua boca ou no caixão. Isto é feito para que ele tenha dinheiro para usar na próxima vida, tal como para “pagar ao barqueiro a passagem para a eternidade”.

Tais costumes procedem da crença, ou são seguidos por causa da crença, de que toda pessoa possui uma alma imortal que sobrevive à morte do corpo. A Bíblia, porém, ensina que cada humano é uma alma, e que, quando morre, está completamente morto e inconsciente, e que sua esperança para o futuro reside na habilidade de Deus de ressuscitá-lo. (Gên. 2:7; Ecl. 9:5, 10; João 5:28, 29; 11:24-26) Por conseguinte, como poderia alguém que conhece a verdade bíblica sobre a condição dos mortos participar em costumes fúnebres que envolvam o ensino antibíblico da imortalidade da alma? Por certo, não evidenciaria respeito aos mortos ligar o falecido a uma falsidade.

Outro fator a considerar é como determinado costume é seguido ou entendido localmente.

Tome-se, para exemplificar, o que é chamado de “velório”. Em muitas localidades, é conhecido por tal nome porque é costumeiro que a família ou os amigos permaneçam acordados, perto do corpo, por uma noite ou mais. Mas as razões disso variam. Alguns povos seguiam tal costume porque criam que um demônio tentaria apoderar-se do corpo. Outros criam que a alma do falecido permanecia na casa durante a primeira noite e podia fazer com que alguém que dormisse ficasse doente. Também, The Encyclopedia Americana relata: “Os velórios às vezes são acompanhados de cenas de desordem e de embriaguez” que mostram pouco “respeito sincero pelos mortos”.

Que fazer se, em sua localidade, uma parte do enterro for chamado de “velório”? Seria sábio pensar no que é entendido como seu objetivo e como é feito. Talvez seja agora apenas o termo aplicado ao costume de visitar a família enlutada durante o dia, na sua casa, ou na capela fúnebre, de modo a confortá-la e apresentar condolências. O simples fato de isto ser chamado de “velório” certamente não faz com que seja errado ‘consolar os que pranteiam’. (Jó 29:25; Mat. 2:18; 2 Cor. 1:3, 4) Mas seria apropriado, em sentido bíblico, participar dum “velório” se, em sua localidade isto for atualmente ligado a um ensino falso e a alguma superstição infundada? Semelhantemente, manifestaria respeito pelos mortos tomar parte em “cenas de desordem e de embriaguez”? — Rom. 13:12-14; Efé. 5:18.

Se confrontar outras práticas nas quais as pessoas esperam que participe por ‘respeito pelos mortos’, considere o que significam na localidade onde mora.

Por exemplo, talvez seja costumeiro enviar ou trazer flores para o enterro. O que se entende que isto agora significa? Em alguns lugares, especialmente no passado, tais flores eram consideradas como parte dum sacrifício aos deuses. Similarmente, nos enterros budistas no Japão, na atualidade, espera-se que as pessoas que comparecem queimem uma pitada de incenso aos deuses. É claro que não poderia seguir tais costumes se crê que “é a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado”. (Mat. 4:10) No entanto, em outras localidades, não se fornecem flores, na atualidade, como ato de adoração, nem se entende que significa isso. Podem ser enviadas simplesmente como expressão de condolência ou para aumentar a beleza pacífica dum enterro.

Os sentimentos locais também podem ser considerados com respeito aos costumes de vestir-se para um enterro. E isto varia de um lugar para outro. Em certas partes do Oriente Médio e do Extremo Oriente, espera-se que os homens e as mulheres se vistam com roupas de algodão cru e calcem sandálias de palha branca. Mas, no Japão e em muitos países católicos é costumeiro usar roupa toda preta ou ter um fumo no braço para o enterro. É preciso seguir isso estritamente a fim de se mostrar respeito pelos mortos?

Naturalmente, o morto não irá notar o que os vivos vestem. Mas outros vivos notarão. Assim, o que lhes sugerirá o fato de seguir esse costume? Bem, é o costume amplamente reputado como prática arraigada, ligada aos crentes na imortalidade da alma e no inferno de fogo, ou a membros de certa igreja? Se assim for, então, se seguir rigidamente o costume talvez sugira que partilha da crença local sobre a alma ou que é parte dessa igreja. Por outro lado, há a questão do bom gosto, visto que não deseja ofender desnecessariamente a outros. Talvez conclua que a roupa que não tem cores vivas, nem é ostentosa, está de acordo com a sobriedade da “casa de luto”, ao invés das roupas de cores brilhantes normalmente associadas com a “casa de banquete”. — Ecl. 7:1-4.

Não é o caso de ser errado outras pessoas poderem notar que o cristão estava entristecido ou chorava. Embora não chegando a extremos, como o de retalhar-se, os antigos judeus realmente choravam a morte dum ente querido. E que tais pessoas choravam sob várias circunstâncias pode ser notado por sua aparência pessoal. — 2 Sam. 13:18, 19; 19:4; compare com Jó 1:20; 2:11, 12.

Há certo aspecto equilibrador. Jesus estava familiarizado com o pranto relacionado à morte. (Mar. 5:38, 39) No entanto, embora chorasse e soluçasse em espírito a respeito de seu amigo morto, Lázaro, não há evidência de que o pranto de Jesus fosse além disso. (João 11:33, 35) Similarmente, entre os seguidores de Jesus, o pesar ligado ao luto, inclusive sua extensão e como é manifestado, é temperado pela fortalecedora alegria e esperança da ressurreição. Escreveu o apóstolo Paulo: “Irmãos, não queremos que sejais ignorantes no que se refere aos que estão dormindo na morte, para que não estejais pesarosos como os demais que não têm esperança.” — 1 Tes. 4:13.

Compreensivelmente, este ponto de vista cristão equilibrado se manifestaria também com relação aos costumes fúnebres.

Sentimentos Pessoais

A respeito dos costumes fúnebres, um fator que pode ser importantíssimo é o dos sentimentos pessoais ou conscienciosos da pessoa.

Exemplificando: em alguns países é costumeiro que os membros da família, ou até mesmo os visitantes, ajoelhem-se e orem diante do caixão. Certamente não existe nenhuma objeção bíblica a que se ore a Jeová Deus, quer no enterro quer em outra hora. Jesus orou junto ao túmulo de Lázaro. (João 11:41, 42) Mas os verdadeiros cristãos não oram aos parentes falecidos, nem querem sugerir que crêem que suas orações sejam de ajuda para alguém sair do purgatório ou para apressar a ida de alguém para o céu. Também, nos enterros, muitos cristãos preferem abster-se pessoalmente de orações ostentosas que poderiam parecer mero formalismo. — Mat. 6:1, 5, 6.

Outro sentimento pessoal que influi nas reações diante dos costumes fúnebres é o desejo de manter simples o enterro, livre de rituais.

Isto poderia envolver, por exemplo, alguns costumes seguidos junto ao túmulo. Em certas localidades, espera-se que os que carregam o caixão ou membros da família coloquem uma flor no caixão ou lancem uma flor na cova, antes de ela ser enchida de terra. Para muitos, isto é reputado como sinal final de respeito ou último tributo ao falecido. Mas, naturalmente, o cristão verdadeiro sabe que o morto não está cônscio da flor. E, se o morto foi um cristão verdadeiro, ele também teria concordado com o conselho dado em Romanos 1:25, oposto a se dar indevida honra, como que de adoração, a uma criatura. Por isso, os sentimentos pessoais de algumas pessoas as levaram a omitir esse costume.

Outro costume junto à cova é o de lançar pequena quantidade de terra na cova. O clérigo ou pessoa que dirige um ofício fúnebre talvez faça isso costumeiramente, enquanto cita Gênesis 3:19, onde se diz que Adão veio do pó e ao pó retornaria. Esse comentário bíblico, porém, era uma declaração de fatos — Deus ali predisse o que aconteceu a Adão centenas de anos depois. Não é uma fórmula ritualística que precisa ser repetida em cada enterro.

Assim, num sepultamento, não há nada de mal em usar algumas palavras da Bíblia, até mesmo as palavras de Gênesis 3:19. No entanto, especialmente reconfortante em tal ocasião são as palavras da Bíblia a respeito da esperança de ressurreição. Estas têm benefícios duradouros, mais do que as ações simbólicas que alguns acham que depreciam a ocasião.

Havendo tão ampla gama de costumes fúnebres que são seguidos através da terra, quem é que pode conhecer a todos ou ficar a par de como e por que surgiram? Mas ao decidir seguir certo costume em sua própria localidade, o cristã será ajudado se refletir sobre o assunto. É sua origem ou significado atual amplamente conhecido como colidindo com os ensinos da Palavra de Deus? Será que a forma em que tal costume é seguido diverge da real esperança que o cristão obtém das Escrituras? Será que participar em algum costume, ou deixar de fazê-lo, ofenderá ou desnecessariamente fará tropeçar a outros? O que observou nos enterros simples de outros cristãos nessa localidade? E, o que recomendam seus próprios sentimentos pessoais e sua própria consciência?

Considerar tais fatores pode ajudar o cristão a agir dum modo harmônico com suas crenças, com seu senso do que é apropriado e com seu devido respeito pelos mortos.

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