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  • “Moisés, o homem do verdadeiro Deus”
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1964
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1964
w64 15/3 pp. 169-172

“Moisés, o homem do verdadeiro Deus”

JÁ SE esforçou alguma vez para ver ou conhecer um homem de grandes realizações, fama ou fortuna? E sentiu-se grande porque falou com êle em pessoa? Mas já parou e considerou que quando quiser poderá conhecer as mais notáveis pessoas que já viveram simplesmente por ler a Bíblia?

É verdade que conhecer tais pessoas por intermédio de um livro não é tão estimulador dos sentidos nem agradável à vaidade, mas em tudo pode ser tão interessante e apreciável, e muito mais recompensador para o coração e para a mente. Recorrendo àquele Livro, aumentaremos o nosso amor e a nossa apreciação tanto por Jeová Deus como pelas excelentes pessoas que passamos a conhecer por meio de suas páginas. Ao mesmo tempo podemos ser instigados a seguir o exemplo delas e podemos aprender boas lições dos erros que cometeram, de modo a podermos evitá-los. — Rom. 15:4.

Tudo isto é particularmente veraz no caso de Moisés, “o homem do verdadeiro Deus”. Poderosa e extensivamente serviu êle a Deus e ao seu povo. Por quarenta anos Deus o usou como seu profeta, para libertar o seu povo, para mediar entre Deus e o homem, para transmitir suas leis aos israelitas, para julgá-los, para governá-los, para construir o santuário dêles e para orientar com êxito as suas campanhas militares. Mais do que isto, êle foi usado por Jeová Deus para iniciar a escrituração da Bíblia na qual êle nunca foi superado em beleza nem igualado em quantidade. — Esd. 3:2.

Repetidas vêzes êle é referido como “o homem do verdadeiro Deus” e, cêrca de quarenta vêzes, como servo de Deus. Êle é mencionado em cêrca da metade dos livros das Escrituras Hebraicas e Gregas, num total de oitocentas vêzes. Viveu até à madura idade de 120 anos numa era em que setenta ou oitenta anos eram a duração normal da vida, sendo que até por ocasião de sua morte “não se lhe escureceram os olhos, nem se lhe abateu o vigor”. — Deu. 34:7; Sal. 90:10, ALA.

Mereceu bem o epitáfio: “Nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, com quem o SENHOR [Jeová] houvesse tratado face a face, no tocante a todos os sinais e maravilhas, que, por mando do SENHOR [Jeová], fêz na terra do Egito, a Faraó, a todos os seus oficiais, e a tôda a sua terra e no tocante a tôdas as obras de sua poderosa mão, e aos grandes e terríveis feitos que operou Moisés à vista de todo o Israel.” — Deu. 34:10-12, ALA.

OITENTA ANOS DE PREPARAÇÃO

Há cêrca de um século se começou a desafiar a autenticidade dos escritos de Moisés, mas arqueologistas modernos da Palestina têm feito as teorias dos “altos críticos” parecerem tolice de modo a nem haver necessidade de se tomar tempo e espaço para refutá-las. Tampouco há necessidade de notar as histórias cheias de fantasias entremeadas por Josefo e outros numa tentativa de suplementarem e completarem o registro bíblico referente a Moisés, visto que estão em tão flagrante contraste com o sóbrio, razoável e positivo relato bíblico.

Aparentemente, Moisés nasceu em 1593 A. C., filho de pais tementes a Deus, Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Foi pelo tempo em que o decreto de genocídio de Faraó estava em vigor. “A todos os filhos que nascerem aos hebreus lançareis no Nilo.” Mas, pela fé que tinham em Jeová Deus, “Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais, durante três meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram amedrontados pelo decreto do rei”. — Êxo. 1:22; Heb. 11:23, ALA.

Quando não mais o podiam esconder, sua mãe o colocou num pequeno cêsto ou arca que ela fizera de papiro e betume, e o colocou entre os juncos do Nilo, dando ao mesmo tempo instrução a Miriã, irmã dêle, para que observasse o que lhe aconteceria. Providencialmente, a criança foi achada pela filha de Faraó, quando ela se banhava. Sendo uma criança muito formosa e estando chorando na ocasião, moveu-a tanto de compaixão que ela logo concordou com a sugestão da irmã da criança sobre achar uma mulher hebréia que a amamentasse para ela. Foi assim que Moisés veio a ser criado num lar em que se temia a Deus, sendo êste o dos seus próprios pais. Com certa idade êle foi levado à filha de Faraó, que o chamou de Moisés. “Porque das águas o tirei”, disse ela. — Êxo. 2:10, ALA.

Tão bem seus pais o criaram “na disciplina e no conselho de autoridade de Jeová” que, quando ‘ficou velho, êle não se desviou’, muito embora fôsse “instruído em tôda a sabedoria dos egípcios”. Quando Moisés tinha quarenta anos de idade, tinha atingido a plena maturidade de mente e corpo, sendo “poderoso nas suas palavras e ações”. — Efé. 6:4; Pro. 22:6; Atos 7:22.

Foi então que Moisés fêz a importante decisão de sua vida: “Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter o usufruto temporário do pecado, porque estimava o vitupério do Cristo [o servo designado de Deus] como riqueza maior do que os tesouros do Egito.” Tendo interferido num caso e matado um egípcio que abusava dum israelita e descobrindo que seus esforços a favor do seu povo não eram apreciados, Moisés achou bom fugir. — Heb. 11:25, 26; Atos 7:25-29.

Fugindo para o oriente chegou à terra de Midiã, sendo bem recebido por um xeque sacerdotal chamado Jetro, porque êle tinha ajudado as suas filhas a dar água aos seus rebanhos. Moisés permaneceu ali e pastoreou os rebanhos de Jetro por quarenta anos. Sendo pastor durante todos aquêles anos, Moisés aprendeu paciência, humildade, mansidão bem como a esperar em Jeová. Em Midiã casou-se com uma das filhas de Jetro e tornou-se pai de dois filhos. Sem que Moisés soubesse, Deus o estava preparando para servir seu povo de modo mais notável. Quantas vêzes durante os quarenta anos os pensamentos de Moisés devem ter-se concentrado nos seus irmãos em escravidão no Egito! — Êxo. 2:15-52; Atos 7:30.

MOISÉS E O MIRACULOSO

Então, certo dia, Moisés recebeu a chamada de Jeová para fazer a mesma coisa que êle quisera fazer quarenta anos antes: libertar o seu povo. Não havia nada vago ou obscuro na sua chamada. Não foi Moisés quem a inventou, conforme se pode notar pelo fato de êle relutar muito em aceitar a incumbência transmitida pelo anjo de Jeová, que lhe apareceu numa sarça que ardia, mas não se consumia. Pela primeira vez nas Escrituras lemos sôbre um homem receber podêres para fazer milagres, o primeiro sendo o de mudar o bastão em serpente e depois virar bastão de nôvo, para que Moisés pudesse provar ao seu povo que Jeová realmente lhe tinha aparecido. — Êxo. 3:1-4:31.

E o poder miraculoso continuou com Moisés. Êle foi instrumental em trazer dez pragas sobrenaturais ao Egito. Estas não podem ser atribuídas a causas naturais, pois, por que vieram só quando Moisés disse que deviam vir e só cessaram a pedido seu ou quando êle disse que cessariam? Depois veio a grande libertação do seu povo no Mar Vermelho, marchando a sua nação através dêle a pé enxuto, mas afogando-se nêle os perseguidores egípcios. O poder miraculoso estava evidente através de tôda a jornada de quarenta anos pelo deserto, entre outras coisas estava evidente na provisão de alimento e bebida. Havia o maná que caía seis dias por semana e que era impossível ser conservado até o dia seguinte, exceto se aquêle dia fôsse sábado, no qual não caía maná algum. Durante todo aquêle tempo, os sapatos e a roupa dêles não se envelheceram! — Êxo. 7:19 a 16:36; Deu. 29:5.

Digno de nota também foi o espetáculo aterrorizante de tremor de terra, fogo, fumaça, relâmpagos, som de trombetas e uma poderosa voz, tudo acompanhando apropriadamente o ato de o próprio Jeová Deus dar a Lei. Depois disto, por duas vêzes Moisés passou quarenta dias na montanha sagrada, na presença de Deus e seus anjos, recebendo instruções referentes à adoração de Israel. Êle viu mais da glória de Deus do que qualquer homem na terra pode ver e viver, e quando desceu ao seu povo, sua face brilhava tanto que foi necessário que êle usasse um véu por algum tempo. Sem dúvida, até à vinda do Filho de Deus, nenhum outro homem foi usado tão poderosa e extensivamente em conexão com o miraculoso poder divino como o foi Moisés. — Êxo. 19:1-25; 33:20; 34:27-35.

O MAIS MANSO DOS HOMENS

A personalidade de Moisés era igualmente notável, pois era “Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sôbre a terra”. (Núm. 12:3, ALA) Alguns se admiram desta declaração, mas quando consideramos os fatos devemos ter presente que êles foram escritos sob inspiração divina.

Segundo empregada nas Escrituras, mansidão não implica fraqueza, mas justamente o contrário, uma implicação de fôrça. Significa ser paciente, perdoador, suportador de injúria sem ressentimento, que tem autodomínio, ser gentil, não ficar provocado nem irritado com facilidade, ser coerentemente manso ou brando de temperamento. Segue-se, pois, que a pessoa mansa também é suscetível de ensino.

Moisés demonstrou a sua mansidão por servir pacientemente qual juiz desde a manhã até à noite, por suportar vez após vez as murmurações do povo, desde o tempo em que ainda estavam no Egito até pouco antes da entrada na Terra Prometida. Sendo homem imperfeito como nós todos, às vêzes era quase demais para êle, mas êle continuou carregando seu fardo. Repetidas vêzes se defrontava com insubordinação, da parte do seu próprio irmão e de sua irmã, da parte dos príncipes da sua própria tribo e até mesmo de tôda a nação. Contudo, sòmente uma vez êles o provocaram tanto que “êle começou a falar duramente com seus lábios” e “isto foi mal para Moisés por causa dêles”. — Núm. 11:10-15; Sal. 106:33, 32.

Aquêle incidente, seja notado, ajuda a frisar o fato de que a mansidão de Moisés não era devida à fraqueza. Êle tinha uma personalidade notável, pois lemos que êle era poderoso em palavras e em ações, sem dúvida, um homem forte fi̇̀sicamente. Êle também era muito instruído, mais do que qualquer um do seu povo. Geralmente quanto maior a instrução menos humilde se torna o homem, mas tal não se deu com Moisés.

Era manso, contudo corajoso. Exigiu grande coragem aparecer repetidas vêzes perante Faraó, para conduzir seu povo para fora do Egito, através do Mar Vermelho e do deserto. Ao mesmo tempo êle tinha um forte senso de justa indignação. Êste o fêz matar um egípcio que ameaçava injustamente a um dos seus irmãos, o fêz interferir quando um dos seus irmãos ameaçava a outro injustamente e o fêz tomar o lado das filhas de Jetro contra os pastôres. Especialmente o quebrar êle as tábuas da Lei ao ver a idolatria do seu povo testifica a sua forte indignação justa. Esta característica também torna mais notável a sua mansidão. — Atos 7:23-28.

Tampouco isto é tudo. O que dizer de sua capacidade de organizar seu povo em um exército ordeiro e em nação, dirigindo-a à vitória sôbre as nações hostis que lhes saíram em batalha? Não foi êle usado de modo notável em fazer milagres? Quem foi inspirado a escrever uma grande porção da Palavra de Deus?a E quem mais teve o privilégio de passar oitenta dias na presença de Deus e seus anjos, falando com o Criador, por assim dizer, face a face? Todavia, manso em face disto tudo! “Mui manso, mais do que todos os homens que havia sôbre a terra”?

O que foi que possibilitou Moisés a ser manso? Uma coisa foi a fé. Por causa de sua grande fé, êle podia deixar a sua causa nas mãos de Deus, em vez de se preocupar em revidar e tentar vindicar-se. Jeová Deus lhe era real, como se pode ver nas suas freqüentes palestras com Deus. Outro fator poderoso era a humildade de Moisés. Típica foi a sua resposta quando Josué tentou impedir que certos israelitas profetizassem, como se Moisés devesse ter o monopólio disto: “Tens tu ciúmes por mim? Oxalá todo o povo do SENHOR [Jeová] fôsse profeta, que o SENHOR [Jeová] lhes desse o seu espírito!” — Núm. 11:29, ALA.

Certamente, sem o espírito de Jeová, Moisés não poderia ter sido manso, e, especialmente, sem aquele fruto do espírito, o amor. Êle amava a Jeová de todo o coração, mente, alma e fôrça vital, e tinha ciúmes pelo seu nome e adoração pura. O amor lhe tornou possível submeter-se a tudo que Deus permitisse.

Amor ao próximo, ao seu povo, também ajudou Moisés a ser manso, a suportar tanto do seu povo sem ressentimento. Quão ingrato era o seu povo! Embora quebrasse as tábuas da Lei em justa indignação por causa da idolatria dêles, a próxima coisa que êle fêz foi pedir por êles, assim como fêz logo depois que êles falaram em apedrejá-lo por causa do mau relatório dos espias. De modo especial o livro de Deuteronômio revela o amor de Moisés pelo seu povo. É uma amorosa carta a êles dirigida. Que afeição, que fervor, que preocupação pelo bem-estar dêles se revelam ali! Como êle lhes implora para que façam o que é correto, para que tudo possa ir bem para êles, ao passo que os relembra dos modos maravilhosos que Jeová os dirigiu!

Mui apropriadamente Moisés foi antitípico de Jesus Cristo. O que Moisés fêz em escala comparativamente pequena, Jesus fará em tôda a terra, sim, em escala universal, como vindicador do nome de Jeová e como libertador e mediador entre Deus e o homem. — Atos 3:22, 23.

Moisés serviu sem qualquer recompensa material. Êle tinha a satisfação de fazer a vontade de Deus e de ter a sua aprovação. Sem dúvida, êle olhava para frente, para uma recompensa no futuro, e, no tempo devido de Deus, êle a receberá na nova ordem de coisas de Deus.

Moisés foi um exemplo maravilhoso para todos os servos de Jeová, no que toca à sua fé, humildade, zêlo pela justiça, serviço persistente, mansidão e amor por Jeová e pelo seu povo. É verdade, êle não era perfeito, êle errou certa ocasião. Ao passo que nos empenhamos em evitar erros semelhantes, só podemos ficar admirados pelo que êle teve o privilégio de fazer e procurar imitar as suas excelentes qualidades.

[Nota(s) de rodapé]

a O Pentateuco, a saber, Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio; também Jó e pelo menos um salmo.

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