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  • g75 22/9 pp. 16-20
  • Carta aberta aos sacerdotes católicos

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  • Carta aberta aos sacerdotes católicos
  • Despertai! — 1975
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  • Há Futuro no Sacerdócio Para o Leitor?
  • Por Que Surgiu tal Situação
  • Sacerdotes Compreendem que Algo Está Errado
  • Achar Uma Solução Verdadeiramente Satisfatória
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Despertai! — 1975
g75 22/9 pp. 16-20

Carta aberta aos sacerdotes católicos

“‘PARA que servimos?’ Por vários anos, muitos sacerdotes católicos se têm feito essa mesma pergunta, e, agora atormenta também muitos ministros protestantes.” — Le Monde, 3 de maio de 1973.

Crivam-no tais dúvidas sobre sua utilidade como sacerdote? Sente-se sem contato com o povo, seus problemas e suas necessidades? Sente o impulso de arranjar um emprego secular de tempo parcial, e ser um sacerdote só de tempo parcial, ou até mesmo obter um emprego de tempo integral, de modo a viver com o povo e como ele, tendo em vista evangelizá-lo “de dentro”? É cético quanto à necessidade do celibato sacerdotal?

Parece que muitos dos senhores são, pois centenas de sacerdotes abandonam cada ano o ministério. Ademais, não são todos sacerdotes jovens, recém-ordenados, que abandonam o sacerdócio para casar-se. Cada ano, bom número de sacerdotes s veteranos abandonam o ministério.

Exemplificando: Em 1971, dum a total de cerca de 200 sacerdotes que retornaram à vida civil em França, 50 por cento tinham sido ordenados por mais de dez anos. Não eram jovens, incapazes de manter seu voto de celibato. Eram homens maduros que tiveram muito tempo para refletir, antes de abandonarem sua vocação.

O que levou tais sacerdotes a fazer tal decisão drástica? Sente-se tentado a imitá-los?

Há Futuro no Sacerdócio Para o Leitor?

Tornou-se sacerdote, sem dúvida, pelo desejo sincero de servir a Deus e a seu próximo. Estava disposto a fazer grandes sacrifícios pessoais por este ideal. Tornou-se a vocação de sua vida. Mas, nos dias de hoje, ouve homens de destaque dentro de sua própria igreja expressar dúvidas sobre o futuro do sacerdócio e até mesmo da Igreja Católica Romana.

Num relatório bem documentado sobre o ministério sacerdotal, o Mons. François Frétellière, bispo auxiliar de Bordeaux, França, declarou: “Falamos dum beco sem saída. Admitamos que, no presente estado de coisas, a Igreja [Católica] não parece muito atraente. O número de homens e de mulheres jovens dispostos a devotar-se inteiramente a seu serviço diminui de ano em ano. . . . Para muitos de nossos contemporâneos, a Igreja, tal como vive no presente, não representa um raio de luz e esperança no mundo atual.”

Poderia essa ser uma das razões de sentir-se frustrado? Pode-se esperar que um sacerdote continue dia após dia, mês após mês, e ano após ano, numa igreja que não mais está segura de sua mensagem para a humanidade, que “não representa um raio de luz e esperança”? Será de admirar que tantos dos senhores cheguem à conclusão de que o sacerdócio não apresenta nenhum futuro no que tange a cumprir útil ministério cristão?

Que não se trata dum problema artificial é confirmado pelo bispo de Orleães França, que teceu as seguintes observações francas: “Temos de admitir que, para crescente número de sacerdotes, certo modo de viver o ministério não tem valor hoje. Temos de escutar estes sacerdotes quando nos dizem séria e sinceramente que seus deveres não mais têm qualquer significado para eles. . . . Sendo postos em dúvida seus deveres, com o fim de certo estado mental e com as dificuldades enormes encontradas em se tentar criar novos tipos de ministérios dentro do presente esquema pastoral, conseguimos entender melhor por que jovens sacerdotes abandonam o sacerdócio; é simplesmente porque acham que estão num beco sem saída.”

A julgar pelas mil ou mais cartas recebidas pelo bispo de Orleães depois de sua declaração sobre o sacerdócio se tornar público, grande número dos senhores, sacerdotes católicos, sentem-se extremamente desanimados. A maioria de tais cartas vieram de sacerdotes que aprovaram a análise do Bispo Riobé sobre o sacerdócio católico nos dias atuais. Muitos deles expressavam sua amargura e confusão ao labutarem, como um deles se expressou, “acorrentados aos cadáveres de suas paróquias”.

Pensa assim também? Indaga-se quanto à sua própria utilidade? Será que seus deveres como sacerdote ‘não mais têm qualquer significado para o Sr.’? Tem a sensação de estar “num beco sem saída”?

Por Que Surgiu tal Situação

O conceito católico tradicional do ministério sacerdotal é, pelo menos parcialmente, responsável pela atual crise no sacerdócio. A crença clássica romana se baseia num sistema sacerdotal hierárquico, e na intransponível barreira entre clérigos e leigos que se torna ainda maior devido à exigência antibíblica do celibato sacerdotal.

No entanto, nos anos recentes, teólogos católicos expressaram dúvidas quanto à exatidão deste conceito tradicional do ministério cristão. O teólogo dominicano francês, Hervé-Marie Legrand escreve: “A palavra hierarquia não pode ser encontrada na Bíblia.” “A divisão dos ministérios entre clérigos e leigos . . . não se fundamenta em dogma.” “A relação entre o ministério e o celibato é peculiar à Igreja Latina, e não à Igreja Católica [Universal].” — Vocation, out. de 1973.

Um Memorando publicado na Alemanha à base dos relatórios dum grupo de renomados teólogos católicos, inclusive Hans Küng, desenvolve os seguintes pontos: “1. A Sucessão Apostólica não devia ser considerada indispensável a um ministério válido; 2. Atribuir natureza sacramental à ordenação é uma questão de fraseologia; 3. Os ministérios da Igreja podem ser exercidos quer por tempo integral quer por tempo parcial; 4. Podem ser exercidos em base temporária ou em permanente; 5. Podem ser exercidos quer por homens quer por mulheres, casados ou solteiros.” — La Croix (A Cruz), 8 de fevereiro de 1973.

Quer tais pontos sejam certos quer errados, o próprio fato de terem sido publicados por eruditos teólogos católicos prova que a doutrina romana sobre o ministério sacerdotal não é inquestionável nem deixou de ser questionada. Observa Vocation, publicação eclesiástica trimestral: “Não resta dúvida de que a presente incerteza doutrinal com relação ao ministério sacerdotal também se tornou uma das causas da crise, por causa de seus efeitos psicológicos, tanto individual como coletivamente.”

Se o próprio conceito do ministério que exerce é incerto e, admitidamente ‘não pode ser encontrado na Bíblia’, será de admirar que tantos dos senhores tenham dúvida quanto à sua vocação, e que tão poucos jovens sintam-se atraídos ao sacerdócio nestes dias?

Sacerdotes Compreendem que Algo Está Errado

Cada vez mais, tanto os sacerdotes como os prelados se conscientizam de que há algo errado no sacerdócio católico. Este problema foi um dos dois temas principais da Assembléia Plenária dos bispos franceses, em 1972, realizada em Lourdes. Todavia, o comentarista de assuntos religiosos, Henri Fesquet, sentiu-se obrigado a escrever: “O debute sobre o ministério sacerdotal fracassou redondamente . . . os bispos estavam tomados de medo de prejudicar a idéia do sacerdócio conforme definido [não pela Bíblia, mas] pelo concílio de Trento, o Segundo Concílio do Vaticano e o Sínodo de Roma, realizado em 1971.”

Sob a manchete “Fracasso do Debate Sobre o Sacerdócio do Futuro”, Fesquet também escreveu: “Pouco é de admirar que os seminários estejam ficando vazios, quando praticamente ninguém parece ser capaz de explicar exatamente o que é um sacerdote e que utilidade tem.” — Le Monde, 1.º de novembro de 1972; 29-30 de outubro de 1972.

No ano seguinte, a situação não melhorou; com efeito, cera de dois mil sacerdotes desistiram e voltaram à vida civil. Pouco antes da Assembléia Plenária dos bispos franceses de 1973, o mesmo comentarista religioso suscitou as perguntas:

“Será que a mentalidade dos bispos evoluiu desde a ano passado, . . . Estão os bispos dispostos a tirar as conclusões necessárias do inegável fracasso dás atuais instituições [da Igreja]? . . . Não se pode negar que, até que Roma decida ordenar homens casados . . . é difícil ver como a situação atual possa ser descongelada.” — Le Monde, 2 de novembro de 1973.

O Cardeal Marty, arcebispo de Paris declarou: “É agora, e não dentro de vinte anos, que temos de ter êxito em definir verazmente o ministério sacerdotal.”

Todavia, não surgiu nenhuma definição nova, e esta assembléia de bispos terminou com uma declaração oficial que foi classificada de forma variada como “enigmática”, “negativa”, “lamentável” e como “confissão de desorientação”. Não é de admirar que um mensário jesuíta admitisse que “muitos sacerdotes parecem sentir-se desanimados, desalentados” e que o Mons. Raymond Bouchex, bispo-auxiliar de Aix-en-Provence, chegasse a falar de “sacerdotes, vários dos quais não mais sabem que utilidade têm, imaginando se não são os últimos duma raça e se a Igreja [Católica] não se dirige a um beco sem saída”. — Études, janeiro de 1974.

Em sentido mais positivo, escreveu o teólogo Legrand: “Temos visto as sérias desvantagens do uso tolo do arranjo sacerdócio-laicado. Sendo assim, que grande desvantagem haveria em se abandonar este conceito teológico do ministério, e voltar ao conceito do Novo Testamento?”

Achar Uma Solução Verdadeiramente Satisfatória

Esta sugestão talvez o faça lembrar que o decreto Presbyterorum Ordinis, promulgado pelo Segundo Concílio do Vaticano, declara que os sacerdotes deviam, acima de tudo, “ensinar . . . o Verbo [a Palavra] de Deus”, e que é essencial que todos os sacerdotes “sempre colaborem no trabalho da verdade”. Talvez também saiba que o filósofo católico francês, Jean Guitton, certa vez declarou: “Devemos estar totalmente dispostos a abandonar nossa religião se resultar ser qualquer coisa que não a verdade.”

Assim, se assumiu o sacerdócio por desejo sincero de servir a Deus e ao homem, e se, na atualidade, sente-se frustrado e num beco sem saída, por que não examina a doutrina católica sobre o sacerdócio e sobre muitos outros pontos, à luz da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada? A fim de “voltar ao conceito do Novo Testamento” quanto ao ministério cristão, precisa primeiro estudar imparcialmente as Escrituras Gregas Cristãs, observando como os cristãos primitivos estavam organizados, e executavam seu ministério.

Similarmente, para ser verdadeiro “ministro da Palavra de Deus”, precisa ensinar apenas doutrinas em harmonia com a inspirada “Palavra”, conforme registradas na Bíblia toda. Faça um estudo honesto do que as Escrituras Sagradas ensinam sobre assuntos tais como “A Alma Humana”, “Purgatório”, “Inferno”, “A Trindade”, “Adoração de Maria”, “Celibato Sacerdotal”, e outros. Depois de tal exame de mente aberta, caso descubra que a doutrina católica sobre tais pontos ‘resulte ser qualquer coisa que não a verdade’, será que estará totalmente disposto a abandonar sua religião’ e, deveras, todas as formas de religião falsa, coletivamente simbolizadas na Bíblia como “Babilônia, a Grande”? — Rev. 18:1-8.

Se assim for, assemelhar-se-á aos numerosos sacerdotes judaicos que, depois de Pentecostes de 33 E. C., compreendendo que o judaísmo caminhava para um beco sem saída, deixaram-no e se tornaram cristãos. Relata a Bíblia: “A palavra de Deus se difundia e o número dos discípulos aumentava rapidamente em Jerusalém. Também, grande número de sacerdotes obedeciam à fé.” — Atos 6:7, Com. Taizé, Edições Loyola.

Isto exigiu grande humildade de sua parte. Sem dúvida eram homens muito bem instruídos, altamente treinados nas tradições dos judeus. Todavia, tinham de ser suficientemente humildes para aprender as verdades do cristianismo de pessoas que seus superiores hierárquicos consideravam “leigos incultos”. — Atos 4:13, Jerusalem Bible.

O senhor também gastou muitos anos estudando línguas antigas, filosofia, história eclesiástica, patrologia, liturgia e, até certo ponto, as Escrituras Sagradas. Esta educação superior talvez lhe tenha dado uma sensação. de superioridade intelectual, uma sensação que se tornou muito caraterística do clero, tanto protestante como católico. Assim, a grande questão para o senhor é: Será suficientemente humilde para permitir que cristãos treinados na Bíblia, considerados pelos prelados eclesiásticos “leigos incultos” o ajudem a encontrar nas Escrituras as verdades do verdadeiro cristianismo? (Tia. 4:4-10) Estará disposto a seguir o exemplo do “grande número de sacerdotes” que, nos dias dos apóstolos, “obedeciam à fé”?

Talvez se sinta tentado a abandonar por completo o ministério e obter satisfação por assumir alguma forma de emprego secular. Mas, será que isso realmente resolveria seu problema? Depois de ter devotado tantos anos em esforçar-se a servir a Deus como sacerdote, será que um emprego secular realmente irá preencher tal lacuna?

Por conseguinte, por que não aprende como pode tornar-se verdadeiro ministro cristão, quer seja casado quer solteiro? Fazendo isso, não mais nutrirá quaisquer dúvidas sobre sua utilidade. Longe de sentir-se fora de contato com o povo, seus problemas e suas necessidades, estará em contato direto com ele, ao aprender a pregar as bons novas do reino de Deus, segundo os métodos de Cristo e seus apóstolos, atestados pelo tempo. (Mat. 9:35-38; 10:7-14; Atos 5:42) Isto lhe trará verdadeira satisfação, e cumprirá um desejo de coração que tinha quando escolheu o sacerdócio, desejo este que era de servir fielmente a Deus e ao homem.

No sincero desejo de ajudá-lo, gostaríamos de sugerir que telefone ou visite o Salão do Reino das Testemunhas de Jeová da localidade, ou escreva aos editores de Despertai!

Sinceramente a seu dispor,

Testemunhas de Jeová

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