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  • Em que direção vai a moderna erudição católica?

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  • Em que direção vai a moderna erudição católica?
  • Despertai! — 1973
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Despertai! — 1973
g73 22/9 pp. 16-19

Em que direção vai a moderna erudição católica?

BEM que se tem dito: ‘Não existe paralisação. Ou as coisas vão adiante ou voltam atrás. Ou melhoram ou pioram. Assim, pode-se propor adequadamente a pergunta: Em que direção vai a erudição bíblica católico-romana — para a frente ou para trás?

Que a moderna erudição católica está mudando se evidencia a todos que são observadores. Com efeito, suas mudanças provocaram uma crise na Igreja Católica Romana. Por um lado, há aqueles que se opõem estrenuamente a tais mudanças, e, por outro lado há aqueles que são impacientes porque as mudanças não são maiores e não estão sendo feitas mais rapidamente. Em vista desta situação, não é de admirar que a publicação jesuíta America (9 de maio de 1970a) achasse necessário observar: “O(s) católico(s) que cresceu(ram) na Igreja de ontem agora respira(m) e ora(m) e se debate(m) numa situação caracterizada pela incerteza, dissenção e transtorno.”

Em especial, há uma tendência na erudição católico-romana de afastar-se da fé na inspiração e na autenticidade das Escrituras. E este, poder-se-ia acrescentar, é o aspecto mais grave da mudança moderna e deve causar preocupação a todos os católicos praticantes que ainda se apegam à inspiração da Bíblia.

Escreveu Moisés O Pentateuco?

Pelo termo “Pentateuco” se quer dizer os primeiros cinco livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Quem escreveu tais livros? Não só o próprio Pentateuco, como a tradição judaica por muitos e muitos séculos, atribuem tais livros a Moisés, mas também o fazem outros livros das Escrituras Hebraicas, bem como Jesus e seus apóstolos. Assim, em Êxodo 17:14, Números 33:2 e Deuteronômio 31:9, encontram-se declarações que falam de Moisés escrever ou receber a ordem de escrever. Entre outras partes das Escrituras Hebraicas que creditam a Moisés a transmissão da lei contida no Pentateuco se acham Josué 1:7, 8; Juízes 3:4 e 1 Reis 2:3. Que Jesus Cristo cria que Moisés escreveu tais livros da Bíblia é evidente de suas observações a seus oponentes judaicos: “Se acreditásseis em Moisés, teríeis acreditado em mim, porque este escreveu a meu respeito.” (João 5:46) E verificamos que o corpo governante cristão primitivo, que se reuniu em Jerusalém para considerar algumas questões, tais como a circuncisão, semelhantemente deu crédito a Moisés, pois declarou: “Desde os tempos antigos, Moisés tem tido em cidade após cidade os que o pregam, porque ele está sendo lido em voz alta nas sinagogas, cada sábado.” — Atos 15:21.

Houve tempo em que a erudição católica concordou com o acima. Assim, o New Catholic Dictionary (Novo Dicionário Católico; 1929) declarou: “Os primeiros cinco livros da Bíblia” foram “escritos por volta de 1400 A. C. . . . Uma tradição constante, tanto judaica como cristã, tem sempre asseverado a autoria mosaica de tais cinco Livros . . . Mas, é perfeitamente lícito admitir que Moisés fez uso de documentos previamente existentes, os quais inseriu em sua obra.” Outra que dava crédito a Moisés pelo Pentateuco era a Catholic Bible Encyclopedia, Old Testament (Enciclopédia Bíblica Católica, Velho Testamento) que prossegue dizendo: “O texto do Pentateuco . . . tem sido, em sua transmissão, preservado de erros em questões de fé e de moral pela providência divina.”

Mas, isso não se dá, afirma a moderna erudição católica. The Jerusalem Bible (1966), The Jerome Bible Commentary (Comentário Bíblico de Jerônimo; 1968), e a New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica; 1967), todos revelam ter sido influenciados por Wellhausen, perito alemão em línguas que não cria na inspiração da Bíblia e cujas teorias se provam cada vez mais sem base. Mas, como pode alguém produzir uma teoria sólida quando parte de uma premissa preconcebida? É isso que Wellhausen faz, afirmando que toda religião tem origem humana.

Assim, a moderna erudição católico-romana patentemente recuou em sua posição quanto a estes cinco livros como sendo escritos inspirados de Moisés. (Evidência adicional da inspiração do Pentateuco pode ser obtida na publicação Aid to Bible Understanding, páginas 1283, 1284.)

O Que Dizer do Livro de Jonas?

Não há dúvida de que o livro de Jonas conta eventos extraordinários. Mas, não contém nada que a fé esclarecida não possa aceitar. Argumentando a favor de sua autenticidade e historicidade, há os seguintes fatores:

(1) Os antigos hebreus aceitaram o livro como inspirado e histórico.

(2) O livro de Jonas, empregando um estilo similar ao de quatro outros dos profetas ‘menores’, inicia-se com a expressão: ‘E começou a vir a haver a palavra de Jeová . . .’ — Osé. 1:1; Joel 1:1; Miq. 1:1; Sof. 1:1.

(3) O testemunho mais forte, contudo, é o de Jesus Cristo. Repetidas vezes se referiu ao relato de Jonas, conforme se vê em Mateus 12:39-41, onde faz duas referências ao mesmo, e em Mateus 16:4. Disse ele: “Assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do enorme peixe, assim estará também o Filho do homem três dias e três noites no coração da terra.” E, longe de duvidar que Jonas pudesse induzir o povo de Nínive a arrepender-se, Jesus passou a dizer: “Homens de Nínive se levantarão no julgamento com esta geração e a condenarão; porque eles se arrependeram com o que Jonas pregou, mas, eis que algo maior do que Jonas está aqui.”

Os peritos católicos de há mais de meio século tinham a mesma mentalidade, pois The Catholic Encyclopedia (1910), Vol. 8, p. 498, declarou: “Os católicos sempre consideraram o Livro de Jonas como fato-narrativa. . . . Razões para a aceitação tradicional para a historicidade de Jonas: I. A Tradição Judaica. . . . II. A Autoridade de Nosso Senhor. — Esta razão é considerada pelos católicos como removendo toda dúvida quanto ao fato da história de Jonas. . . . Cristo não faz distinção alguma entre a história da Rainha de Sabá e a de Jonas (Veja Mat., xii, 42). Ele atribui o mesmo valor histórico ao livro de Jonas que ao Livro de [Primeiro dos] Reis. Este é o argumento mais forte que os católicos oferecem para a posição firme que tomam quanto à base do fato-narrativa da história de Jonas. III. A Autoridade dos Pais. — Nem um único Padre jamais foi citado em favor da opinião de que Jonas é um conto fantasioso e que não é narrativa de forma alguma.”

O ceticismo moderno, porém, prevalece nos eruditos católicos modernos quanto ao livro de Jonas. Dizem agora que o livro de Jonas é um “conto fantasioso” e não história autêntica. Menosprezam o livro, como o faz The Jerusalem Bible por chamá-lo de “aventura engraçada” sobre “uma sucessão de brincadeiras pesadas feitas por Deus com seu profeta . . . a história inteira é contada com indisfarçada ironia” e “visa divertir e instruir”. Mas Jesus não o considerou como piada; levou a sério o que o livro tinha a dizer? Assim, alguém pergunta: Têm estes críticos modernos qualquer prova para sua opinião? De jeito nenhum! Somente inventaram teorias para apoiar sua recusa de admitir que Deus fizesse milagres! É claro que a moderna erudição católica está indo para trás, e não para a frente, ao agir contrário às declarações explícitas de Jesus Cristo em favor do mérito histórico do livro de Jonas.

O Que Dizer do Cântico de Salomão?

Este livro bíblico, em seu versículo inicial, declara: “O cântico superlativo, que é de Salomão.” Em apoio desta declaração, a Introdução deste livro na Bíblia Hebraica de Soncino observa os seguintes pontos: O Rei Salomão deveras escreveu muitos cânticos. (1 Reis 4:32) O próprio livro contém várias referências ao rei. Ao passo que alguns afirmam que as peculiaridades de linguagem denotam uma data posterior, os fatos são que “tal conceito . . . não tem base sólida. A forma encurtada do pronome relativo [she ou sha, ao invés de ‘asher’], por exemplo, que ocorre amiúde neste Livro . . . também se acha nos primitivos Livros bíblicos”, tais como em Gênesis e Juízes. E outras objeções a Salomão ser o escritor do livro são “igualmente infundadas”.

Os peritos católicos de há mais de sessenta anos atrás também indicavam outras evidências de Salomão ser o escritor deste livro. Assim, The Catholic Encyclopedia, Vol. 3, p. 305, comentava: “O Cântico evidencia o amor de Salomão pela natureza [1 Reis 4:33] (contém vinte e um nomes de plantas e quinze de animais), pela beleza e pela arte, e pelo esplendor régio.” E a Catholic Biblical Encyclopedia observa que os muitos diferentes nomes de lugares no livro mostram que deve ter sido escrito antes da divisão do reino no tempo do filho de Salomão, Roboão.

Todavia, novamente neste caso, a moderna erudição católica prefere ignorar toda esta evidência e aceita as teorias dos céticos e críticos modernos que questionam que Salomão tenha escrito esse livro. Novamente, prefere tomar sua posição ao lado da sabedoria deste mundo — ‘que é tolice aos olhos de Deus’ — ao invés de ao lado da fé na inspiração e na preservação divina da Bíblia. — 1 Cor. 3:19.

Mais de um Escritor de Isaías?

Mais um exemplo de como a moderna erudição católica está afastando-se da fé na inspiração, na autenticidade e na preservação divina dos vários livros da Bíblia é visto em dar o braço aos modernos altos críticos sem fé que sustentam que houve três ou mais “Isaías”. Segundo tais críticos, um “Isaías” escreveu os capítulos 1 a 39, outro escreveu os capítulos 40 a 55, e um terceiro escreveu os capítulos 56 a 66.

Mas, tal conceito não se pode harmonizar com a Bíblia. Ela mesma mostra que o livro, em sua inteireza, foi escrito por um único escritor cujo nome era Isaías. Exemplificando: Mateus 3:3 atribui Isaías 40:3 a: “Isaías, o profeta”, assim como Mateus 4:14-16 credita as palavras em Isaías 9:1, 2 ao mesmo Isaías. Similarmente, tanto Isaías 6:1, 10 e 53:1 são creditados a “Isaías, o profeta”, em João 12:38-41. O apóstolo Paulo em Romanos 10:16 semelhantemente credita ao profeta Isaías a escrita das palavras encontradas em Isaías 53:1. E, em Lucas 4:17, lemos que “o rolo do profeta Isaías” foi entregue a Jesus e ele leu as palavras encontradas em Isaías 61:1, 2, e as aplicou a si mesmo. Poder-se-iam dar outros exemplos que mostram que os escritores bíblicos creditaram as três supostas divisões de Isaías a apenas um profeta Isaías.

O Rolo do Mar Morto de Isaías “A” dá testemunho no mesmo sentido. Seu copista nada sabia da suposta divisão entre Isaías, capítulos 39 e 40, pois nele o que é conhecido agora como o capítulo 40 começa na última linha da coluna que contém o capítulo 39. Também é digno de nota que os versículos concludentes do capítulo 39 versículos 6-8, por falarem dum vindouro cativeiro a Babilônia, fornecem lógica transição para o que se segue. O capítulo 40 aponta para o tempo em que tal cativeiro terminaria.

Aqui de novo, no início deste século, a Comissão Bíblica Pontifícia, em 28 de junho de 1908, refutou os argumentos daqueles que sustentavam que a profecia de Isaías tinha autoria múltipla, e concluiu por afirmar: “Não existem sólidos argumentos em evidência, mesmo tomados cumulativamente, para provar que o livro de Isaías deva ser atribuído, não ao próprio Isaías, mas a dois ou, antes, a muitos autores.” E a Catholic Biblical Encyclopedia, Old Testament, observou corretamente: “A anonimidade dos chamados Deutero [Segundo] e Trito [Terceiro] Isaías permanece um obstáculo intransponível para a escola crítica. Não conseguem explicar como um dos livros mais importantes permaneceu com autoria desconhecida, ao passo que, ao mesmo tempo, os menores escritos proféticos”, a saber, Obadias e Ageu, “retiveram os nomes de seus autores”.

Poder-se-ia bem perguntar: Por que a moderna erudição católica prefere ignorar toda esta evidência quanto à unidade do livro de Isaías? Por quê? Por ter perdido a fé no poder e na sabedoria do Autor da Bíblia. Aqueles que adotam a teoria da autoria múltipla de Isaías fazem isso primariamente por se recusarem a crer que um profeta de Jeová pudesse predizer com exatidão os pormenores, como Isaías fez, da conquista de Babilônia por Ciro, e eventos similares. Mas, ao assim fazer, colidem com um dos próprios temas de Isaías, a saber, que o verdadeiro Deus pode predizer eventos e que os deuses falsos não podem. Assim, lemos: “Lembrai-vos das primeiras coisas de há muito tempo, que eu sou o Divino e não há outro Deus, nem alguém semelhante a mim; Aquele que desde o princípio conta o final e desde outrora as coisas que não se fizeram; Aquele que diz: ‘Meu próprio conselho ficará de pé e farei tudo o que for do meu agrado’ . . . Eu até mesmo o falei; também o introduzirei.” E, de novo: “Minha palavra que sai da minha boca . . . não voltará a mim sem resultados, mas certamente fará aquilo em que me agradei e terá êxito certo naquilo para que a enviei.” — Isa. 46:9-11; 55:11.

Sim, este Deus verdadeiro que pode predizer o futuro desafia os adoradores dos pretensos deuses: “Sejam reunidas todas as nações num só lugar e sejam ajuntados os grupos nacionais. Quem dentre eles pode contar isso? Ou podem fazer-nos ouvir mesmo as primeiras coisas? Forneçam as suas testemunhas para que sejam declarados justos, ou ouçam e digam: ‘É verdade!’” — Isa. 43:9.

O fato de que a moderna erudição católica está indo cada vez mais para longe da fé na Bíblia como sendo a inspirada e infalível Palavra do Criador, o Deus dos céus, cujo nome é Jeová, deve causar séria preocupação a todos os católicos que ainda têm fé em que a Providência Divina dirigiu a escrita e a preservação da Bíblia, como sendo a Palavra de Deus.

[Nota(s) de rodapé]

a Na contracapa.

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