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  • A Bíblia, a tradição e a sua adoração
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1964
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1964
w64 1/1 pp. 5-8

A Bíblia, a tradição e a sua adoração

Deve a Bíblia ser o seu único guia? Há lugar para a tradição em sua adoração?

AS TRADIÇÕES são tantas e tão variadas quanto os povos e os lugares. Pode ser dito verazmente que tradições no vestir, no comer, em arquitetura, em costumes sociais e em coisas semelhantes enriquecem a nossa vida com variedade e cor. Além disto, algumas tradições preservam em si mesmas o respeito por certos valores morais básicos, embora muitos destes venham sendo abandonados no declínio moral deste século vinte. Outras tradições são obviamente perniciosas e não há dúvida de que a idolatria de tradição tem sido a pedra de tropeço ao esclarecimento e ao progresso benéfico.

Também se encontram muitas tradições em todas as espécies de religiões, inclusive nas chamadas “cristãs”. Deveras, muitos até pensam que as tradições enriquecem e embelezam as suas religiões. Portanto, não são fora de propósito as perguntas: Há lugar para a tradição no verdadeiro cristianismo? O que diz a Bíblia referente às tradições dos homens? Podemos ir até ao ponto de dizer que há tradições fora da Bíblia que são de tanto valor quanto ela e igualmente essenciais para o cristão entender a Deus e aos seus propósitos para com a humanidade? Certa destacada religião responde a esta última pergunta com um decisivo Sim! No Concílio de Trento (1545-1564 E. C.), os líderes da Igreja Católica Romana declararam que, “segundo a crença da Igreja universal, esta revelação sobrenatural está encerrada nos livros escritos e nas tradições não-escritas que chegaram até nós”. Então, nas sessões de abertura do Segundo Concílio do Vaticano, quase duas semanas foram absorvidas na discussão desta proposição. Alguns argumentavam a favor desta posição estabelecida da igreja católica, que existem duas fontes distintas de revelação — as Escrituras e a tradição. Outros queriam considerar a tradição somente para esclarecer ou interpretar as Escrituras. E assim se apresentaram as perguntas: São tanto a Bíblia como a tradição fontes de revelação divinal? É a tradição um suplemento indispensável à verdadeira adoração?

Pode-se definir a tradição como informação, crença, opinião ou costume que são transmitidos pela palavra oral ou por exemplos. Considerando segundo este conceito, é possível que apareçam algumas tradições em religião, contra as quais não há objeção. Por exemplo, pode ser costume ou tradição reunir-se para adoração e para estudar a Bíblia em certas ocasiões ou em certos dias. Seguir a tais “tradições” contribui para a boa ordem e para a conveniência de outros, permitindo-lhes o desenvolvimento de hábitos regulares referentes à adoração. Mas isto não torna tais tradições indispensáveis à verdadeira adoração. A hora de tais reuniões pode ser mudada sem prejudicar a adoração que a pessoa presta a Deus.

TRADIÇÕES BENÉFICAS

Referente a alguns “costumes” tradicionais é interessante notar que Jesus, “segundo o seu costume”, pregou na sinagoga de Nazaré num dia de sábado. O apóstolo Paulo, provavelmente tendo presente este exemplo, tinha o mesmo “costume”. (Luc. 4:16; Atos 17:2) Também, considerando tradição no sentido básico de “informação transmitida pela palavra oral ou por exemplo”, as informações que Paulo recebera diretamente do Senhor Jesus Cristo podiam ser transmitidas às congregações como “tradições”. Note as seguintes expressões do apóstolo: “Apegais às tradições assim como as transmiti a vós.” ‘Pois eu recebi do Senhor o que também vos transmiti”, referindo-se à celebração do memorial da morte de Cristo. “Pois eu vos transmiti, entre as primeiras coisas, aquilo que também recebi, que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras.” “Mantende-vos apegados às tradições que se vos ensinaram, quer tenha sido por mensagem verbal, quer por uma carta nossa.” — 1 Cor. 11:2, 23; 15:3; 2 Tes. 2:15.

Além de transmitir os ensinos inspirados de Cristo Jesus; o próprio Paulo foi inspirado a transmitir muitos preceitos para a edificação da congregação, os quais, como tradições benéficas, foram mais tarde escritos por ele, tornando-se parte das Escrituras inspiradas. Por isso Paulo podia escrever à congregação de Tessalônica:“Ora, nós vos ordenamos, irmãos, no nome do Senhor Jesus Cristo, que vos retireis de todo irmão que andar desordeiramente e não segundo a tradição que recebestes de nós.” — 2 Tes. 3:6.

Neste texto e em outras partes das Escrituras Gregas Cristãs, a palavra grega traduzida por “tradição” é parádosis. Esta, encerra a idéia de algo transmitido e é empregada para referir-se tanto a tradições boas como a más. Notamos acima referências a boas tradições. Então, em que base podemos determinar se dada tradição não é benéfica e deve ser descartada?

Para estabelecer a perspectiva correta relativa à conexão das tradições com a Bíblia, considere o que o mesmo apóstolo, Paulo, escreveu em 2 Timóteo 3:15-17: “Desde a infância tens conhecido os escritos sagrados, que te podem fazer sábio para a salvação, por intermédio da fé em conexão com Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para disciplinar em justiça, a fim de que o homem de Deus seja plenamente competente, completamente equipado para toda boa obra.” Não há menção de uma tradição oral em adição às Escrituras como indispensável para a salvação, nem para a fé e nem para alguém ficar plenamente competente e completamente equipado qual cristão. O que, pois, devemos concluir quando vemos tradições humanas receberem valor igual à Palavra inspirada de Deus e quando, mesmo se forem contrárias à Bíblia, tais tradições são aceitas e seguidas em vez da Bíblia? Pode tal situação estar em harmonia com a verdadeira adoração?

A POSIÇÃO DE JESUS

Situação igualzinha surgiu nos dias de Jesus. Entre os últimos escritos das Escrituras Hebraicas no quinto século A. C. e a vinda de Jesus à terra, os líderes religiosos judeus tinham acrescentado à Palavra escrita uma grande quantidade de tradições humanas e verbais, que eles diziam ser indispensáveis à adoração de Deus e que, em muitos casos, estavam em conflito com as Escrituras.

Nos dois registros paralelos dos escritores de Evangelho, Mateus e Marcos, relata-se uma discussão que Jesus teve com os escribas e fariseus sobre esta mesma questão. No registro de Mateus, lemos: “Chegaram-se então a Jesus alguns fariseus e escribas, de Jerusalém, dizendo: ‘Por que infringem os teus discípulos a tradição dos homens dos tempos anteriores? Por exemplo, não lavam as mãos quando estão para tomar uma refeição: Em resposta, disse-lhes: ‘Por que é que vós infringis o mandamento de Deus por causa da vossa tradição? Por exemplo, Deus disse: “Honra a teu pai e a tua mãe”; e: “Quem injuriar pai ou mãe, acabe na morte.” Mas vós dizeis: “Quem disser ao seu pai ou à sua mãe: ‘Tudo o que eu tenho, que da minha parte te poderia ser de proveito, é uma dádiva dedicada a Deus’, este absolutamente não deve mais honrar a seu pai.’ E assim invalidastes a palavra de Deus por causa da vossa tradição.’ — Mat. 15:1-6; Mar. 7:1-13.

Como se pode notar, os escribas e fariseus tinham grande respeito por uma tradição relacionada a lavar as mãos para as refeições. Não se tratava de simplesmente lavar as mãos por motivo higiênico. Jesus não teria objetado a isto. Os fariseus se referiam à cerimônia de lavar as mãos com água especial antes, durante e depois das refeições. Deveras, este era um assunto tão sério que o Talmude, que incorporou esta tradição, diz: “Aquele que menosprezar o lavar das mãos perecerá da face da terra.”a

Contudo, considerou Jesus esta tradição como algo indispensável para a verdadeira adoração? Ao contrário, ele passou a ilustrar como um conceito podia ser mui pernicioso, dando exemplo de um caso em que a tradição realmente invalidava a Palavra de Deus. A honra devida ao pai e à mãe incluía sustento material quando fosse necessário, mas a tradição dos escribas e fariseus anulava isto, permitindo à pessoa fugir desta responsabilidade, fazendo dádivas ao templo. Visto que estavam interessados nesta espécie de “dádiva” e se beneficiavam por tal interpretação, não é difícil perceber o motivo deles neste sentido. Por conseguinte, como Jesus frisou bastante, a tradição tinha originado neles uma forma de adoração hipócrita, que procedia dos lábios e não do coração. — Mat. 15:7-9.

Nenhuma vez citou Jesus no seu ministério a tradição oral para apoiar os seus ensinos, mas sempre o seu apelo era à Palavra escrita de Deus, empregando expressões tais como: “Está escrito”, “nunca lestes esta escritura”? e “o que está escrito na Lei?” (Mat. 4:4-10; Mar. 12:10; Luc. 10:26) João, apóstolo de Jesus, realmente disse que houve coisas que Jesus fez e não estão registradas, mas também indicou que as coisas vitais para a vida eterna tinham sido escritas. (João 20:30, 31) Não, Jeová Deus não deixou a preservação da “palavra da vida” nas mãos inseguras da tradição oral, mas, pelo espírito santo, ele fez que fossem “escritas para a nossa instrução”, para que “por intermédio do consolo das Escrituras tivéssemos esperança”. — Fil. 2:16; Rom. 15:4.

A SUPERIORIDADE DE COMUNICAÇÕES ESCRITAS

As tradições ou preceitos que no princípio foram transmitidos oralmente por Jesus e seus apóstolos e que eram considerados parte da revelação da verdade por Deus para as gerações que se seguiriam, foram depois escritas sob a orientação do espírito santo, de modo que antes da morte de João, o último dos doze apóstolos, o cânon das Escrituras já estava completo. Apropriadamente João escreveu o seguinte pouco antes de sua morte: “Se alguém fizer um acréscimo a essas coisas, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste rolo.” — Apo. 22:18.

O Criador fez sabiamente com que a verdade fosse escrita para livrá-la de erros e de enganos da imperfeita memória humana. Até mesmo pormenores de coisas que acontecem são logo esquecidos e modificados com o passar do tempo, se forem transmitidos oralmente. Embora se encontrem tradições referentes a um dilúvio global em todas as antigas civilizações, os pormenores sobre elas são contraditórios e, muitas vezes, fantásticos. Mas a Bíblia preservou um registro acurado de testemunhas oculares pela “história dos filhos de Noé, Sem, Cam e Jafet”. (Gên. 10:1) Havendo o perigo de inexatidão na transmissão oral de acontecimentos físicos, visíveis, quanto mais quando se trata da transmissão de idéias puramente espirituais pertencentes a coisas invisíveis ao homem. É particularmente em relação a este campo que se encontram muitas tradições nas religiões da cristandade, sendo estas não somente contrárias à Palavra escrita de Deus, mas, sim, realmente de origem pagã. Pode haver idéias e crenças há muito aceitas como verdades bíblicas e que realmente não se encontrem na Bíblia? O que dizer da doutrina de uma trindade de três deuses em um, da imortalidade da alma humana, do purgatório, de um inferno de tormento dos iníquos? São estas doutrinas bíblicas ou tradições humanas?

É um dever do leitor e de sua família poderem responder a estas perguntas com confiança e certeza. A Palavra de Deus dá o seguinte aviso oportuno: “Acautelai-vos: talvez haja alguém que vos leve embora como presa sua, por intermédio de filosofia e de vão engano, segundo a tradição de homens, segundo as coisas elementares do mundo e não segundo Cristo.” (Col. 2:8) Para evitar que isto lhe aconteça, examine a sua Bíblia, o guia escrito e inspirado de Deus para a verdadeira adoração. Êle lhe ajudará a determinar prontamente se certas idéias ou práticas tradicionais e em desarmonia com a verdade estão associadas com a sua adoração. E tenha a certeza de que qualquer uma das testemunhas de Jeová terá prazer em ajudá-lo a fazer uma pesquisa bíblica no interesse da verdadeira adoração.

Que bênção é que Jeová Deus nos tenha provido o conhecimento acurado em forma escrita! Na luz da evidência considerada acima, torna-se claro que a Bíblia é o único guia seguro. Ela é completa e não precisa de adições. Adquira o seu conhecimento inestimável, estudando regularmente as suas páginas. Isto significa vida!

[Nota(s) de rodapé]

a The Jewish Encyclopedia, Vol. I, páginas 68, 69; Code of Jewish Law, 1927, Rabino S. Ganzfried, páginas 125-129.

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