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  • Éfeso — a grande cidade da Ásia
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1964
w64 15/7 pp. 445-446

Éfeso — a Grande Cidade da Ásia

ÉFESO foi uma das mais notáveis cidades da Ásia, na antiguidade, movimentada por uma população de pelo menos um quarto de milhão de pessoas. Igualava em importância a Antioquia, na Síria, e Alexandria, no Egito. O comércio e a religião eram os principais fatôres que contribuíam à sua proeminência.

Dotada de ótimo pôrto e dando para a principal via comercial de Roma para o oriente, Éfeso efervescia constantemente com a atividade comercial. Partindo da cidade, duas grandes estradas se dirigiam ao oriente, uma delas passava pela Galácia, em direção ao nordeste, e a outra atravessava Icônio e as Montanhas Tauro para unir-se às estradas que iam para Antioquia síria e ao Rio Eufrates. Era também ligada por uma estrada da costa que se dirigia ao norte, para Esmirna e ao sul, para Mileto. A cidade se comunicava com Roma ao oeste pelo comércio marítimo, e por meio das estradas terrestres se comunicava com grande parte da Ásia e com a distante Mesopotâmia.

Estando situada a uns cinco quilômetros do Mar Ageu, à margem do Rio Caístro, seu ótimo pôrto a tornou o principal centro comercial da Ásia por muitos séculos. Mas, esta vitalidade comercial começou a diminuir gradualmente o passo, visto que o lôdo levado pelo rio começou a obstruir seu pôrto. Já no primeiro século isto se tornara um problema. Através dos séculos, os aluviões se acumularam tanto que, hoje em dia, Éfeso dista onze quilômetros do mar. A perda de seu comércio marítimo, por causa da obstrução do seu pôrto, contribuiu para torná-la uma cidade morta, um monturo.

A grande população de Éfeso, junto com o afluxo de viajantes que passavam por ela, a tornaram um ótimo lugar para a divulgação da religião dinâmica do cristianismo. Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, reconheceu isto e, por conseguinte, deu a esta cidade mais atenção pessoal do que a qualquer outra, em suas viagens missionárias. Por três anos permaneceu nela, pregando e ensinando as verdades vitalizadoras da Palavra de Deus. Ali pôde pregar a pessoas de muitas culturas, uma vez que, naquela cidade, que era para a Ásia o que Roma era para o Ocidente, os judeus, os gregos, os romanos e os orientais se misturavam.

Além de ser o principal centro comercial da Ásia, Éfeso era famoso centro religioso. Tão renomado era pelas suas artes mágicas que os escritores gregos e romanos se referiam às suas fórmulas mágicas e aos seus encantamentos como sendo, “escritos efésios”. O magnífico templo de Ártemis, ou Diana, localizado à beira de seu pôrto, era famoso em todo o mundo de outrora, sendo considerado pelos antigos uma das sete maravilhas do mundo. Éfeso era chamada de “Guardiã do Templo de Ártemis”, não só por causa dêste grande templo, mas também por causa do zêlo dos efésios em sua adoração. Êstes fatôres religiosos contribuíram para a importância da cidade e para sua atração aos viajantes de muitas partes do mundo antigo.

O templo de Ártemis era uma imponente estrutura de cedro, cipreste, mármore branco e ouro. Artesões peritos e pedreiros trabalharam nêle por 220 anos. Era tão sagrado que nêle podiam ser depositados tesouros sem nenhum perigo de roubo. O povo local, bem como pessoas de tôda parte, inclusive reis, usavam-no como uma espécie de banco para guardar seus valôres. As dádivas de estátuas da deusa, em ouro e em prata, aumentavam ainda mais a grande riqueza do templo.

Uma inscrição que os arqueólogos encontraram durante a escavação de Éfeso diz que um homem chamado Víbio Salutáris ofertou à deusa vinte e nove estátuas de ouro e de prata. O roteiro da procissão descrito na inscrição ajudou os arqueólogos na localização do templo. Quando se descobriu o altar, em princípios do século vinte, foi encontrada grande coleção de estátuas da deusa, feitas de bronze, ouro, prata e marfim. Em face de tais dádivas, podemos entender por que os artífices efésios ficaram tremendamente perturbados, quando viram o cristianismo prosperar em Éfeso. A respeito dos sentimentos dêles, Atos 19:24-28 diz:

“Pois um certo homem, de nome Demétrio, prateiro, fabricando santuários de prata para Ártemis, fornecia não pouco lucro aos artífices; e êle os ajuntou, bem como os que trabalhavam em tais coisas, e disse: ‘Homens, bem sabeis que a nossa prosperidade vem dêste negócio. Também observais e ouvis como não sòmente em Éfeso, mas em quase todo o distrito da Ásia, êste Paulo tem persuadido uma multidão considerável, voltando-os para outra opinião, dizendo que não são deuses os feitos por mãos. Ainda mais, não sòmente existe o perigo de que esta ocupação nossa venha a cair em descrédito, mas também que o templo da grande deusa Ártemis venha a ser estimado em nada, e que até mesmo a sua magnificência, que todo o distrito da Ásia e a terra habitada adora, esteja prestes a ser reduzida a nada: Ouvindo isso e ficando cheios de ira, os homens começaram a clamar, dizendo: ‘Grande é a Ártemis dos efésios!’”

Outra característica interessante do templo de Ártemis era asilar criminosos que se refugiassem nêle. Podiam ficar livres da prisão, estando na área que se estendia por uns 200 metros ao redor do templo. O costume de ter uma área de asilo para os criminosos ao redor de templos era comum em certos templos pagãos gregos.

Entendendo a importância comercial e religiosa de Éfeso, podemos compreender melhor por que o apóstolo Paulo passou ali tanto tempo. Uma forte congregação cristã ativa podia ser muito eficaz naquela encruzilhada do mundo antigo. A sua pregação zelosa faria o grande e contínuo número de viajantes que passavam por Éfeso entrar em contato com a verdade cristã e a levar para outras partes.

Hoje, Éfeso é um monturo, cidade morta há muito. O que resta de seu famoso templo, seu grande estádio, seu teatro e de sua praça pode ser visto pelos viajantes, mas é-lhes difícil concluírem do que vêem que esta cidade outrora foi, talvez, a maior metrópole da Ásia.

[Foto na página 445]

Templo da Diana dos Efésios

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