BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w72 15/9 pp. 549-552
  • Que espécie de arrependimento traz “épocas de refrigério”?

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Que espécie de arrependimento traz “épocas de refrigério”?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • O SIGNIFICADO DO ARREPENDIMENTO
  • RESPONSABILIDADE PERANTE O DADOR DA VIDA
  • QUE DIZER DE HOJE?
  • Arrependimento
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Arrependimento que vale perante Deus
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1960
  • Arrependimento
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
  • Jeová quer que todos se arrependam
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová (Estudo) — 2024
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
w72 15/9 pp. 549-552

Que espécie de arrependimento traz “épocas de refrigério”?

O APÓSTOLO Pedro clamou a uma multidão reunida na colunata de Salomão, no templo de Jerusalém: “Arrependei-vos, portanto, e dai meia-volta, a fim de que os vossos pecados sejam apagados, para que venham épocas de refrigério da parte da pessoa de Jeová.” — Atos 3:11-19.

O que significava para eles ‘arrepender-se e dar meia-volta’? Como podia isto levar a “épocas de refrigério”? E aplica-se isso a nós hoje?

O SIGNIFICADO DO ARREPENDIMENTO

Nos dias de Pedro, o povo judaico falava tanto hebreu como grego. Em ambas as línguas, as palavras que transmitem a idéia de “arrependimento” referem-se a uma mudança, mudança na mente, na atitude ou no objetivo da pessoa.

Por exemplo, o termo grego metanoéo é formado por duas palavras: metá, significando “depois de”, e noéo, relacionado com nous, que significa mente, disposição ou consciência moral. De modo que metanoéo significa literalmente reflexão posterior (em contraste com reflexão anterior ou prévia). É algo assim como o nosso termo reconsideração de um assunto, a qual produz uma mudança em nossa atitude. Muitas vezes, esta mudança é acompanhada ou impulsionada por um sentimento de pesar, remorso, dessatisfação ou mesmo repugnância quanto ao assunto que é ‘reconsiderado’.

Mas Pedro não falava sobre uma mudança comum de atitude. Havia antes mostrado aos seus ouvintes que eles participavam da culpa pela morte de Jesus Cristo, a quem Deus havia constituído “Agente Principal da vida”. Embora tivessem agido em ignorância, assim como seus governantes, ainda assim levavam culpa, por terem apoiado e acompanhado os que resistiam à verdade, inclusive às profecias das Escrituras Hebraicas, que prediziam a vinda do Messias.

Portanto, que espécie de “mudança” convocava-os Pedro a fazer? Apenas sentirem remorsos por causa da morte dum homem inocente e resolverem nunca mais participar na responsabilidade de tal crime? Era só isso? De modo algum ! A mudança devia ser tão penetrante, que faria com que dessem “meia-volta”, não apenas quanto a um só ato específico de erro, mas de todo um proceder de vida contrário ao propósito declarado de Deus. O arrependimento devia fazê-los desviar-se daquele proceder e adotar um rumo diferente na vida. Seu proceder os afastava de Deus. Mas, então, deviam voltar-se para Deus por intermédio de seu “Agente Principal da vida”. Pedro esclareceu ainda mais que deixar de escutar este Enviado de Deus significaria a destruição, ao passo que a obediência a sua mensagem traria bênçãos. Sim, pela fé nele, como Agente Principal da vida da parte de Deus, poderiam usufruir “épocas de refrigério”, porque Deus se esqueceria então de seu proceder errado, ‘apagando’ seus pecados, e eles ficariam livres do fardo duma consciência culpada. Obteriam o favor de Deus, voltando-se a Sua face para eles em aprovação, e Ele os abençoaria e os levaria à vida eterna. — Atos 3:19-26.

O que mostra isto, então, quanto ao verdadeiro objetivo do arrependimento! É o de se entrar numa relação correta com Deus — não apenas temporariamente, mas de modo permanente.

Isto é esclarecido pelo que outro apóstolo, Paulo, declarou aos ouvintes em Atenas, não ouvintes judaicos, mas gregos, adoradores de muitos deuses e deusas.

RESPONSABILIDADE PERANTE O DADOR DA VIDA

No discurso pujante que Paulo proferiu no Areópago (ou Colina de Marte), ele indicou aos ouvintes politeístas o único Deus verdadeiro, o Criador do céu e da terra. Os gregos orgulhavam-se de sua lógica, e Paulo demonstrou-lhes quão ilógico era “imaginar que o Ser Divino seja semelhante a ouro, ou prata, ou pedra, semelhante a algo esculpido pela arte e inventividade do homem”. Ele declarou então que, embora Deus tivesse permitido tal conduta errada por algum tempo, “no entanto, agora ele está dizendo à humanidade que todos, em toda a parte, se arrependam”. — Atos 17:29, 30.

Então, bastaria que aqueles gregos se arrependessem de seu uso idólatra de estátuas e de sua adoração duma grande variedade de divindades! Poderiam então continuar a viver como antes, em outros sentidos? Não, não era isto o que Paulo dizia.

Ele fixara primeiro bem a verdade de que toda a humanidade deve a sua vida e a continuação da vida a Deus, à fonte de toda a vida. De modo que toda a humanidade está endividada para com Deus — tem responsabilidade perante ele. Deus, como Criador e Dador da vida, tem o direito de exigir de todas as suas criaturas que sirvam ao seu propósito, vivendo em harmonia com a Sua vontade suprema. Paulo salientou a necessidade de estes gregos considerarem seriamente esta responsabilidade, prosseguindo: “Porque ele [Deus] fixou um dia em que se propôs julgar em justiça a terra habitada, por meio dum homem [Cristo Jesus] a quem designou, e ele tem fornecido garantia a todos os homens, visto que o ressuscitou dentre os mortos.” — Atos 17:22-31.

Esta verdade cardeal a respeito da responsabilidade de todos os homens, perante o único Deus verdadeiro, pela vida que levam — este era um ensino novo para os gregos. Lançava nova luz sobre o arrependimento. O Dicionário Teológico do Novo Testamento (Vol. IV, p. 979, em inglês) salienta isso ao dizer que “arrependimento” (metánoia), entre os antigos gregos, “nunca sugeria uma alteração na atitude moral total, uma profunda mudança na direção da vida, uma conversão que afetasse a conduta inteira”.

Ora, aqueles gregos podiam “arrepender-se”(metanoéo) de certos atos, palavras, planos ou projetos, rejeitando-os como insatisfatórios ou lamentáveis. Podiam até mesmo comparecer perante a estátua de um de seus deuses e expressar remorso sobre o assunto. Mas o apóstolo Paulo mostrava-lhes então que deviam toda a sua vida a Deus. Eram responsáveis perante ele por todo o seu proceder na vida. Quão profunda mudança tal “arrependimento” podia significar em vista de tal ensino! Se começassem então a ‘buscar a Deus’, conforme Paulo lhes mostrava que podiam, obteriam conhecimento, e à luz deste conhecimento, quantas coisas não achariam que estavam fazendo contrárias à vontade e ao propósito do verdadeiro Deus, o Dador da vida!

QUE DIZER DE HOJE?

Não só aqueles gregos que ouviram Paulo, mas ‘toda’ a humanidade, “em toda a parte”, precisa de tal arrependimento. A maioria das pessoas hoje em dia, especialmente na cristandade, têm a idéia de que pelo simples nascimento já entram numa relação com Deus, como parte de sua família. As Escrituras mostram que tal conceito é completamente incorreto.

É verdade que todos entram na vida na relação de devedores para com Deus, por terem recebido a vida dele, mas não como membros aprovados de sua família universal. Conforme o apóstolo Paulo mostrou claramente, todos os descendentes de Adão, por meio do pecado dele, foram vendidos à escravidão e passaram a estar sujeitos ao ‘Rei’ Pecado e à ‘Rainha’ Morte. (Rom. 5:12-14, 21; 7:14) A humanidade, como um todo, alienou-se de Deus e precisa de reconciliação com Ele. Era por isso que o apóstolo podia dizer a respeito das nações gentias, que não estavam no pacto de Deus com Israel, que elas então ‘não tinham esperança e estavam sem Deus no mundo’. (Efé. 2:11, 12) Deus, por meio do sacrifício de seu Filho Cristo Jesus, proveu o meio de reconciliação com ele mesmo por parte de todos os que tivessem fé neste sacrifício. (Col. 1:19-23) Por isso, os apóstolos, como embaixadores de Cristo, instavam: “Sede reconciliados com Deus.” — 2 Cor. 5:20.

Portanto, um motivo básico do arrependimento da parte de todos é que todos são inerentemente pecaminosos. O segundo é que, se tivermos acompanhado o mundo da humanidade no proceder dele, então seguimos um rumo contrário a Deus — pelo simples motivo de que a humanidade, como um todo, desconsiderou a vontade e os propósitos de Deus e até mesmo lutou contra eles. Este é o motivo por que a história humana basicamente é um relato deprimente de repetidos atos de derramamento de sangue, de opressão, de injustiça e de imoralidade. Negar-se a ver, a reconhecer e a admitir a própria responsabilidade em tudo isso, como membro voluntário da comunidade mundial, seria uma tentativa fraca de justificar-se. Conforme o expressou o apóstolo João: “Se fizermos a declaração: ‘Não temos cometido pecado’, fazemo-lo [a Deus] mentiroso e a sua palavra não está em nós.” — 1 João 1:10.

Em vez de alguém sincero tentar esquivar-se da responsabilidade ou tentar justificar-se, ao compreender a sua situação real, sentir-se-á genuinamente triste e procurará a reconciliação com Deus. Rejeitará definitivamente seu proceder passado de conformidade voluntária com um mundo que está em inimizade com Deus e terá ódio de coração àquele proceder errado e a todo o que é contrário às normas justas de Deus. (Tia. 4:4; Sal. 119:104; Rom. 12:9) Estando realmente arrependido, dará “meia-volta” e demonstrará esta conversão por “obras próprias de arrependimento”. (Atos 26:20; Mat. 3:8) Revestir-se-á da “nova personalidade, que foi criada segundo a vontade de Deus, em verdadeira justiça e lealdade”. — Efé. 4:17-24.

Atualmente, como nos tempos apostólicos, o arrependimento e a conversão levam a outro passo: o batismo. O batismo, segundo os escritos inspirados do apóstolo Pedro, simboliza da parte da pessoa “a solicitação de uma boa consciência, feita a Deus”. (1 Ped. 3:21) Sim, por meio dele pede-se formalmente a Deus ter a permissão de entrar em boas relações com Ele e usufruir os benefícios de uma boa consciência para com Ele. Tal pessoa, depois de ter sentido os maus efeitos da escravidão ao ‘Rei’ Pecado com a perspectiva da morte, roga então a Deus que o compre como Seu próprio escravo, por meio do preço de resgate amorosamente pago pelo Filho de Deus. — Rom. 6:16-18; 1 Cor. 7:22, 23.

Já fez esta mudança vital! Reconhece a sua responsabilidade para com o Dador da vida, de levar a sua vida em harmonia com a sua vontade? Sente-se impelido a fazer isso por amor a ele e à justiça?

Isto exige um estudo de sua Palavra. Terá de ‘abrir os olhos e os ouvidos’ receptivamente para com a verdade bíblica, para que ‘entenda com o coração’. Jeová diz a respeito daqueles que fazem isso: ‘Eu os sararei.’ (Isa. 6:9, 10; Mat. 13:13-15) Ao fazer isso, sentirá “épocas de refrigério” e será levado a “caminhos aprazíveis” e a ‘sendas de paz’, ao passo que usufrui uma boa consciência para com Deus. — Pro. 3:17; 1 Ped. 3:21.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar