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  • w71 15/10 pp. 620-627
  • ‘O restabelecimento de todas as coisas das quais Deus falou’

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  • ‘O restabelecimento de todas as coisas das quais Deus falou’
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1971
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w71 15/10 pp. 620-627

‘O restabelecimento de todas as coisas das quais Deus falou’

“Os tempos do restabelecimento de todas as coisas, das quais Deus falou por intermédio da boca dos seus santos profetas dos tempos antigos.” — Atos 3:21.

1. Quem falou das coisas que hão de ser restabelecidas, e por que nos podemos alegrar disso?

QUANTO nos podemos alegrar de que o restabelecimento prometido não será das coisas de que falaram políticos e filósofos humanos, mas das ‘coisas das quais Deus falou’! Estas coisas, portanto, serão boas para toda a humanidade. Seu restabelecimento será certo. Devemos querer que se restabeleçam estas coisas, pois nosso Criador, melhor do que qualquer outro, sabe o que precisa ser restabelecido para nós. Mas, queremos nós estas coisas?

2. Como devemos querer responder à esta pergunta, e, por isso, que outras perguntas nos vêm à mente?

2 Não vamos querer responder a esta pergunta de modo cego e ignorante. Somos dotados do direito de livre arbítrio. Queremos primeiro saber quais são as coisas envolvidas, para podermos fazer uma escolha inteligente e esclarecida. Quais são todas estas coisas? Como podemos saber se Deus falou de todas elas? Quem o ouviu falar? Quando falou delas? E como? Perguntas como estas vêm à nossa mente. Merecem ser respondidas com o apoio de uma autoridade fidedigna. Podem ser respondidas.

3. Quem levantou esta questão do restabelecimento de todas as coisas, quando, onde e por quê?

3 Um homem que teve desempenho destacado no primeiro século de nossa Era Comum levantou esta questão, e ele fez isso numa cidade cujo nome é hoje muito mencionado nas notícias atuais do mundo. Muitos lugares na terra foram chamados pelo nome deste homem. O nome do homem era Pedro, filho de João, duma cidade do controvertido Oriente Médio. O lugar onde falou era o templo da cidade de Jerusalém. Este templo, construído pelo famoso Rei Herodes, o Grande, não se ergue mais naquele lugar hoje em dia. Foi destruído no ano 70 do primeiro século, quando os exércitos romanos destruíram toda a cidade de Jerusalém. Naquele lugar existe agora um local de adoração duma crença religiosa diferente. Mas lá naquele tempo, quando Pedro, filho de João, falou, ainda haviam de passar trinta e sete anos antes dos eventos momentosos do ano 70 E. C. Havia uma grande multidão de adoradores reunida em volta de Pedro. O que havia acontecido por intermédio de Pedro suscitara perguntas na sua mente. Foi naquela ocasião que Pedro proferiu a frase significativa, “os tempos do restabelecimento de todas as coisas, das quais Deus falou por intermédio da boca dos seus santos profetas dos tempos antigos”. — Atos 3:21.

4, 5. (a) Por que não eram falsos profetas aqueles homens, e como foi preservado aquilo que falaram? (b) Por que quase não temos desculpa de não sabermos hoje o que aqueles homens falaram?

4 Aqui estão, pois, as respostas às nossas perguntas. Foi nos “tempos antigos”, mesmo antes do tempo de Pedro, que Deus havia falado. Havia falado destas coisas vitais por meio de “seus santos profetas”. Estes não eram profetas falsos, mas “santos profetas” de Deus. Ele lhes falara, e eles, por sua vez, usaram a boca para dizer a outros as coisas faladas por Deus. As vozes destes santos profetas cessaram há mais de vinte e três séculos. Suas vozes não foram preservadas em discos fonográficos ou em fitas gravadas. As mensagens que Deus enviou por intermédio da boca daqueles santos profetas foram registradas por escrito. Esta escrita, que levou mais de mil anos para completar, tem sido zelosamente preservada nos primeiros trinta e nove livros de nossa Bíblia Sagrada. Pedro, filho de João, leu estes livros. Foi por isso que ele sabia de que estava falando.

5 Nós também podemos saber as coisas que Deus falou pela boca de seus santos profetas por lermos estes mesmos livros. Dificilmente temos alguma desculpa válida para não as conhecermos, pois a Bíblia Sagrada é o livro mais amplamente distribuído no maior número de línguas na terra. Este Livro imperecível é nossa autoridade fidedigna para apoiar o que dizemos.

6. (a) Por que aceitou Pedro aqueles escritos assim como fez? (b) Onde encontramos o que Pedro escreveu e o que ele disse no templo?

6 Anos depois, Pedro escreveu uma carta a respeito destas Escrituras Sagradas, dirigindo-a aos leitores da Bíblia. Nela escreveu: “Sabeis primeiramente isto, que nenhuma profecia da Escritura procede de qualquer interpretação particular. Porque a profecia nunca foi produzida pela vontade do homem, mas os homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos por espírito santo.” (2 Ped. 1:20, 21) Sabendo isso, Pedro aceitou o que foi profetizado por aqueles homens movidos por espírito com sendo, não a palavra de homem, mas a palavra de Deus. Nós, embora sejamos deste século vinte, devemos aceitar aqueles escritos inspirados assim como Pedro fez, pois aqueles escritos ainda permanecem inalterados hoje em dia. O que Pedro escreveu ali e o que ele falou no templo de Jerusalém foi preservado para nós nos últimos vinte e sete livros da Bíblia Sagrada.

7. De que queria uma explicação a multidão reunida em volta de Pedro e de João?

7 Mas, por que se ajuntou aquela multidão de adoradores em volta de Pedro e de seu companheiro, João, filho de Zebedeu? Por extrema curiosidade! Um mendigo aleijado, no templo, havia esperado que Pedro lhe desse uma dádiva caridosa de dinheiro. Pedro lhe deu algo melhor. Ele disse: “Não possuo prata nem ouro, mas o que tenho é o que te dou: Em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda!” O mendigo, coxo de nascença, foi ajudado por Pedro a se por de pé e a andar. Não bastava isso para ajuntar uma multidão? Sim. Por isso, a multidão queria uma explicação de Pedro.

8. O que havia acontecido àquele a quem Pedro mencionou por nome, de modo que o uso deste nome por Pedro operou a favor do aleijado?

8 Devemos lembrar-nos de que no princípio da primavera daquele ano 33 E. C. havia ocorrido um assassinato em plena luz do dia, em público, logo fora das muralhas de Jerusalém. Foi o assassinato daquele a quem Pedro chamou de “Jesus Cristo, o nazareno”. Referia-se a Jesus, o Messias da cidade de Nazaré. Soldados romanos haviam sido usados para pregá-lo numa estaca, a fim de morrer como criminoso, mas seus amigos obtiveram permissão para o enterrarem num lugar próximo. Mas, no terceiro dia de seu enterro, o túmulo selado foi aberto por um anjo e encontrado vazio. Em prova de que Jesus Cristo não era criminoso culpado, o Deus Todo-poderoso o havia ressuscitado dentro os mortos, não mais para a vida na carne, mas em espírito. Pedro e João haviam visto o ressuscitado Jesus Cristo aparecer diversas vezes, depois disso, por ele se materializar em carne, em certas ocasiões, perante muitas testemunhas oculares, fidedignas, durante quarenta dias. No quadragésimo dia, Pedro, João e seus companheiros viram este Jesus Cristo ascender ao céu e desaparecer. Agora, o uso do nome de Jesus Cristo, o nazareno, por Pedro, operou a favor do aleijado.

9. Com que palavras rejeitou Pedro qualquer mérito próprio pelo milagre e falou também do cumprimento das profecias?

9 Pedro negou qualquer mérito próprio neste milagre maravilhoso: Pedro disse à multidão indagadora: “O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos antepassados, glorificou o seu Servo, Jesus, a quem vós, da vossa parte, entregastes e repudiastes na face de Pilatos [o Governador], quando ele tinha decidido livrá-lo. Sim, vós repudiastes aquele santo e justo, e pedistes que um homem, um assassino, vos fosse concedido liberalmente, ao passo que matastes o Agente Principal da vida. Mas, Deus levantou-o dentre os mortos, fato de que somos testemunhas. Conseqüentemente, o seu nome, pela nossa fé no seu nome, tornou forte este homem que observais e conheceis, e a fé que é por intermédio dele tem dado ao homem esta saúde completa à vista de todos vós. E agora, irmãos sei que agistes em ignorância, assim como também fizeram vossos governantes. Mas, deste modo Deus tem cumprido as coisas que ele anunciou de antemão por intermédio da boca de todos os profetas, que o seu Cristo havia de sofrer.” — Atos 3:1-18.

10. Por que não era desculpável o assassinato de Jesus e sem conseqüências para aquela multidão de Judeus, embora fosse cometido em ignorância?

10 Embora isso tivesse sido feito em ignorância, no que se referia àquela multidão, cometera-se um crime. E o que era pior, fora cometido contra o próprio Messias ou Cristo de Deus. Ter Deus predito mediante seus profetas que seu Messias ou Cristo havia de sofrer não desculpava a multidão. Segundo a Lei de Deus, dada aos judeus mediante o profeta Moisés, até mesmo o homicídio cometido involuntariamente ou sem intenção tinha de ser compensado, para que a terra não fosse poluída por sangue inocente. (Núm. 35:9-34) Os que escutavam Pedro sabiam disso. Sabiam que recaía sobre eles a responsabilidade comunal pelo assassinato de Jesus Cristo, o Servo fiel de Deus. Que deviam fazer para escapar das conseqüências deste crime? Como podiam ser apagados seus pecados neste respeito? Provavelmente este milagroso Pedro saberia a resposta. E ele sabia. Por isso disse àquela multidão:

11. Como podiam aqueles judeus conseguir que se apagassem os seus pecados, e o que havia de seguir a isso no tempo devido?

11 “Arrependei-vos, portanto, e dai meia-volta, a fim de que os vossos pecados sejam apagados, para que venham épocas de refrigério da parte da pessoa de Jeová e para que ele envie o Cristo designado a vós, Jesus, a quem o céu, deveras, tem de reter até os tempos do restabelecimento de todas as coisas, das quais Deus falou por intermédio da boca dos seus santos profetas dos tempos antigos.” — Atos 3:19-21.

COMO SE APAGAM OS PECADOS

12. Que norma estabelece isso para nós hoje, para que se apaguem os nossos pecados, e por quê?

12 Aquelas palavras de Pedro estabelecem a norma para nós hoje. Todos nós temos pecados que precisam ser apagados segundo o arranjo amoroso de Deus, pois todos nós somos pecadores natos, devido à herança do pecado de nossos primeiros pais humanos, Adão e Eva. (Gên. 3:1-24; Rom. 5:12, 18, 19) Devemos lembrar-nos de que “o salário pago pelo pecado é a morte”. (Rom. 6:23) Se estivermos ansiosos de obter a vida eterna no favor de Deus, então é necessário que nos arrependamos, quer dizer, que lastimemos e lamentemos nossa pecaminosidade, nossa imperfeição e nossos pecados contra a lei de Deus. Se realmente lastimarmos isso e odiarmos a nós mesmos por sermos pecadores contra Deus, tentaremos sair desta condição pecadora e parar de pecar. Mas como?

13. O que era necessário da parte daqueles judeus, além do arrependimento, e que proceder precisavam os judeus adotar por isso?

13 Pedro disse que é preciso agir em harmonia com o arrependimento. Ele acrescentou: “E dai meia-volta, a fim de que os vossos pecados sejam apagados.” O mero arrependimento não apagará os nossos pecados. Temos de dar “meia-volta” e ir na direção oposta do proceder de pecado, fazendo esforço de desistir dele. Para os judeus daquele tempo, isto significava parar de resistir a Jesus Cristo, e, em vez disso, começar a andar nas pisadas dele, como o “Cristo [ou Messias] designado a vós, Jesus”. (Atos 3:19, 20) Aqueles judeus já eram dedicados a Jeová, como Deus, em razão de nascerem sob o pacto que Jeová fizera com os antepassados deles, mediante Moisés, Por isso tinham de aceitar então aquele que fora designado por Jeová como seu Messias ou Cristo e se apresentar a Jeová como crentes em Seu Messias e seguidores dele. Alguns dias antes, Pedro dissera a uns três mil judeus arrependidos que eles precisavam simbolizar seu arrependimento e sua conversão por serem batizados em água, em nome de Jesus, como sendo então seu Messias aceito, o Filho de Deus. — Atos 2:37-42.

14, 15. (a) Que bom resultado há para o perdoado quando se lhe apagam os pecados? (b) O que disse João sobre se o apagamento dos pecados resulta da água do batismo?

14 Qual, disse Pedro, seria o bom resultado de se dar tal meia-volta no caminho contrário ao propósito e à designação de Deus, seguindo-se o caminho de sua aprovação e vontade? O seguinte: “que venham épocas de refrigério da parte da pessoa de Jeová”.

15 Certamente seria um grande refrigério para eles que se lhes apagassem os pecados e que não mais estivessem sob a condenação do pecado, nem tivessem uma consciência culpada perante ele, especialmente depois de sua oposição ao Messias ou Cristo de Jeová. Apagarem-se os seus pecados não resultou da água em que foram batizados, mas do sangue derramado de Jesus Cristo, como sacrifício humano perfeito pelos pecados de toda a humanidade. É assim como escreveu o companheiro de Pedro, João, filho de Zebedeu, mais tarde, sobre andarmos com Deus, dizendo: “Se estivermos andando na luz, assim como ele mesmo está na luz, temos parceria um com o outro, e o sangue de Jesus, seu Filho, purifica-nos de todo o pecado.” (1 João 1:7) Assim, Deus não mais nos considera como pecadores, e a relação pacífica com Deus, resultante desta misericórdia da parte de Deus, nos dá deveras um enorme refrigério.

16. Que queria Pedro dizer quando falou que aquelas ‘épocas de refrigério’ vem ‘da parte da pessoa de Jeová’, e, neste respeito, o que mostra a história concernente aos judeus desde 70 E. C.?

16 Visto que se diz que estas “épocas de refrigério” vêm “da parte da pessoa de Jeová”, significa que a face dele se voltará para nós favoravelmente. Ele nos dá a sua atenção favorável. Mostra boa vontade para conosco, durante o “ano de boa vontade da parte de Jeová”. Tornamo-nos seus “homens de boa vontade”. (Isa. 61:1, 2; Luc. 2:14) Nos dias do apóstolo cristão Pedro era urgente que aqueles judeus obtivessem a boa vontade de Jeová, depois do assassinato de Seu Messias em Jerusalém, visto que se aproximava muito a destruição da cidade de Jerusalém e a dissolução da nação judaica na terra de Judá. A história triste do povo judaico após a destruição de Jerusalém pelos romanos, no ano 70 E. C., prova que o povo judaico disperso não usufruiu ‘épocas de refrigério da parte da pessoa de Jeová [literalmente: da face de Jeová]’.

17. Neste mesmo sentido, o que se precisa dizer da cristandade, e o que indicava para ela a destruição de Jerusalém em 70 E. C.?

17 Também, ao examinarmos a história da organização religiosa da cristandade, desde o seu estabelecimento no quarto século, somos obrigados a admitir que a cristandade tampouco tem usufruído ‘épocas de refrigério da parte da pessoa de Jeová’, durante os seus mais de dezesseis séculos de existência até agora. Durante toda a sua história, ela tem sido dilacerada por disputas e guerras religiosas internas, por divisões e desunião sectárias, e pela confusão religiosa cada vez pior. A destruição de Jerusalém, lá no ano 70 E. C., era tipo que prefigurava a destruição da cristandade pelas mãos de inimigos mundanos, seculares, no futuro próximo. A face de favor de Jeová é desviada da cristandade, e ele não a protegerá contra a vindoura destruição, assim como tampouco protegeu Jerusalém no ano 70 E. C.

18. Portanto, que conselho devem agora todos seguir urgentemente, e quem já fez isso, e com que resultado?

18 Este é o motivo porque é agora urgente que tanto judeus como gentios façam o que o apóstolo Pedro aconselhou: “Arrependei-vos, portanto, e dai meia-volta, a fim de que os vossos pecados sejam apagados [ou: perdoados].” Isto é o que fizeram as testemunhas cristãs de Jeová, e toda a evidência prova que elas usufruem abundantemente, em sentido espiritual, as “épocas de refrigério da parte da pessoa de Jeová”. Por se apresentarem a Ele em plena dedicação, mediante seu Messias, Jesus, tornaram-se seus “homens de boa vontade”. Em recompensa disso, usufruem aquilo que os anjos disseram aos ouvidos dos pastores, por ocasião do nascimento de Jesus, em Belém, “na terra paz entre homens de boa vontade”. Não querem ser destruídos junto com a não pacífica cristandade, nem com todo o resto do império mundial da religião falsa, no futuro próximo. Sentem muito “refrigério” por serem aliviados da participação comunal nos pecados da cristandade e nos daquele império mundial, religioso, Babilônia, a Grande. — Rev. 18:2-5.

SEGUNDO ENVIO DO MESSIAS E O MOTIVO DISSO

19. Em que diferem a cristandade e os judeus naturais quanto à vinda do Messias, e para que esta resulte em “refrigério”, o que precisa fazer a cristandade?

19 A cristandade afirma estar esperando a volta de Jesus Cristo, e ela espera ter “épocas de refrigério” em resultado da volta dele. Mas, para isto acontecer, a cristandade teria de fazer o que Pedro disse aos judeus culpados de pecados: “Arrependei-vos, portanto, e dai meia-volta [ou: sede convertidos], a fim de que os vossos pecados sejam apagados.” Essas épocas de refrigério seguem a tal proceder, assim como Pedro passou a mostrar, dizendo: “Para que venham épocas de refrigério da parte da pessoa de Jeová e para que ele envie o Cristo designado a vós, Jesus, a quem o céu, deveras, tem de reter até os tempos do restabelecimento de todas as coisas, das quais Deus falou por intermédio da boca de seus santos profetas dos tempos antigos.” (Atos 3:19-21) Os judeus naturais, circuncisos, que não crêem que o Messias veio há dezenove séculos, aguardam a sua vinda pela primeira vez no futuro. Mas Pedro, João e os outros judeus cristianizados aguardavam a volta ou a vinda do Messias pela segunda vez e para uma finalidade diferente. Pedro e João o haviam visto ascender de volta ao céu.

20. Por que era necessária a volta do Messias, e por que fora enviado por Deus naquela primeira vez?

20 Pedro e João se lembravam das palavras de Jesus aos judeus: “Que seria, portanto, se observásseis o Filho do homem ascender para onde estava antes?” No dia de sua ressurreição, ele apareceu a Maria, da cidade de Magdala, e disse: “Ainda não ascendi para junto do Pai. Mas, vai aos meus irmãos e dize-lhes: ‘Eu ascendo para junto de meu Pai e vosso Pai, e para meu Deus e vosso Deus.’” (João 6:62; 20:17) Ele ascendeu de volta ao céu no quadragésimo dia após a sua ressurreição dentre os mortos. Mas para cumprir todas as profecias a respeito do Messias, ele tinha de vir outra vez. Por isso, depois de o apóstolo Pedro falar de “épocas de refrigério” da parte da pessoa de Jeová, ele prosseguiu: “E para que ele envie o Cristo designado a vós, Jesus.” A primeira vez que Jeová havia enviado seu Filho à terra foi para que morresse como sacrifício de resgate a favor de toda a humanidade. Por isso, Pedro disse à multidão de judeus em volta dele: “Deste modo Deus tem cumprido as coisas que ele anunciou de antemão por intermédio da boca de todos os profetas, que o seu Cristo havia de sofrer.” — Atos 3:18.

21. Que outras coisas predisseram os profetas de Jeová sobre o Messias, conforme indicado por Pedro na sua carta, e por que o envia Jeová pela segunda vez?

21 Outras coisas anunciadas de antemão pela boca de todos os profetas de Jeová falavam de sua vindoura glória no reino messiânico. Na sua primeira carta aos crentes cristãos, o apóstolo Pedro escreveu sobre aqueles profetas, dizendo: “Eles investigaram que época específica ou que sorte de época o espírito neles indicava a respeito de Cristo, quando de antemão dava testemunho dos sofrimentos por Cristo e das glórias que os seguiriam.” (1 Ped. 1:10, 11) Pedro lembrava-se das palavras de Jesus Cristo na sua profecia a respeito da destruição de Jerusalém, dizendo: “Quando o Filho do homem chegar na sua glória, e com ele todos os anjos, então se assentará no seu trono glorioso.” (Mat. 25:31) Seus sofrimentos na carne, na terra, que lhe foram preditos mediante os profetas, teriam então passado para sempre. Quando Jeová o envia pela segunda vez à terra, é para ele reinar em glória celestial, a fim de cumprir todas as outras profecias a respeito do reino do Messias.

22. O que indicam o Salmo 110:1, 2 e Hebreus 10:12, 13 a respeito de quando se daria o cumprimento destas profecias do Reino?

22 Quando é que seria isso? O Rei Davi, de Jerusalém, que era antepassado régio de Jesus Cristo, disse profeticamente a respeito de sua ascensão ao céu: “A pronunciação de Jeová a meu Senhor é: ‘Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés.’ Jeová enviará de Sião o bastão da tua força, dizendo: ‘Subjuga no meio dos teus inimigos.’” (Sal. 110:1, 2) Comentando este salmo profético, Hebreus 10:12, 13, diz referente a Jesus Cristo e seu perfeito sacrifício humano: ‘Este homem ofereceu um só sacrifício pelos pecados, perpetuamente, e se assentou à direita de Deus, daí em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo dos seus pés.” Esta profecia significava que o glorificado Jesus Cristo, no céu, à direita de Deus, seria vitorioso sobre todos na terra que se oporiam ao seu reinado sobre toda a humanidade, como Messias de Jeová.

23. Portanto, que pergunta vital é bom que cada um faça a si mesmo, e por quê?

23 Cada um de nós fará bem, portanto, em se fazer a pergunta vital: ‘Sou eu inimigo do reino messiânico de Jeová por Jesus Cristo?’ A cristandade é! Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa também é! O mesmo se dá com as nações políticas que compõem a organização mundial em prol de paz e segurança internacionais, as Nações Unidas. Todos estes inimigos devem ser subjugados e esmagados! Segundo a profecia bíblica e as condições do mundo, isto já está próximo!

24. Até que “tempos” devia o céu reter o Messias Jesus, e, por isso, qual é a pergunta-chave para nós?

24 Por que estamos convencidos de que este desastre mundial está próximo? Pelo motivo de que o apóstolo Pedro profetizou que a este Jesus Cristo, que ascendeu, “o céu, deveras, tem de reter até os tempos do restabelecimento de todas as coisas,a das quais Deus falou por intermédio da boca dos seus santos profetas dos tempos antigos”. (Atos 3:21) Aqui a pergunta-chave é: Quais são estas “todas as coisas” até o tempo do restabelecimento das quais o céu tem de reter em si o Messias Jesus, que ascendeu, ficando sentado à direita de Deus à espera de que seus inimigos fossem feitos escabelo para os seus pés?

25. Resumidamente, quais são “todas as coisas”, e que perguntas suscita esta breve resposta?

25 Estas “todas as coisas” são o reino messiânico e seus interesses na terra. É esta uma resposta surpreendente à pergunta? Está algum de nós inclinado a perguntar: Como pode ser isso, quando lá nos dias do apóstolo Pedro este reino messiânico de Jeová ainda havia de vir? Visto que este reino messiânico não havia sido estabelecido e depois desaparecido como podia ser restabelecido?

26. A respeito do restabelecimento de que haviam Pedro e outros apóstolos perguntado a Jesus antes de sua ascensão, e qual foi a resposta dele?

26 Mas o apóstolo Pedro sabia de que estava falando. Sabia como seria restabelecido este reino. Havia sido um dos apóstolos que perguntaram ao ressuscitado Messias Jesus, pouco antes de ele ascender ao céu: “Senhor, é neste tempo que restabeleces o reino a Israel?” A esta pergunta respondeu o ressuscitado Messias Jesus: “Não vos cabe obter conhecimento dos tempos ou das épocas que o Pai tem colocado sob a sua própria jurisdição; mas, ao chegar sobre vós o espírito santo, recebereis poder e sereis testemunhas de mim tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até à parte mais distante da terra.” Depois de dizer isso, e enquanto os abençoava, foi tirado dos seus discípulos, no Monte das Oliveiras e levado para o céu. — Atos 1:6-11; Luc. 24:5-53.

[Nota(s) de rodapé]

a Jesus Cristo usou uma expressão similar, em Mateus 17:11, quando disse: “Elias, de fato, vem e restabelecerá todas as coisas.” Esta declaração tem referência a Malaquias 4:5, 6. Mas, daí Jesus passou a aplicar a João Batista esta profecia a respeito de Elias. (Mat. 17:12, 13) João Batista serviu também como precursor de Jesus Cristo, e por isso proclamava: “O reino dos céus se tem aproximado.” (Mat. 3:1, 2) Mas com respeito aos tempos modernos, depois da Primeira Guerra Mundial e desde o ano de 1919, as testemunhas cristãs de Jeová têm realizado uma obra similar à de Elias. Elas têm dado testemunho do reino messiânico de Jeová, desde aquele tempo e até agora, tal como nunca antes na história humana se deu em todo o mundo. — Mat. 24:14; Mar. 13:10.

Desde 1919 E. C., estas testemunhas cristãs de Jeová discernem para com si mesmas um cumprimento espiritual das palavras de Isaías 1:25-27: “Vou fazer minha mão retornar sobre ti e depurar-te-ei da tua escória como que com barrela, e vou remover todo o teu refugo. E vou novamente trazer de volta juízes para ti, como no princípio, e conselheiros para ti, como no início. Depois serás chamada Cidade de Justiça, Vila Fiel. A própria Sião será remida com juízo, e os seus que retornam, com justiça.”

[Foto na página 622]

Quando Pedro curou um homem coxo de nascença, preparou-se o cenário para ele falar sobre o “restabelecimento de todas as coisas, das quais Deus falou”.

[Foto na página 625]

Cada um de nós devia perguntar-se: Sou realmente apoiador leal do reino messiânico de Deus, por Jesus Cristo? Neste caso, como o provo?

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