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Da condição morta para uma nova vidaA Sentinela — 1970 | 1.° de setembro
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como ministro, “pioneira”, foram anos felizes, cheios de trabalho árduo, mas dando profunda satisfação. Quão maravilhoso é para mim que Jeová me tirou da condição morta e me concedeu nova oportunidade de vida! Mesmo agora, quando minha força física diminuiu, ele sempre mantém o caminho aberto para eu poder servir de um modo pequeno nos grandiosos interesses do seu reino. Ele ‘não me lança fora no tempo da velhice’, nem ‘me deixa quando meu poder me falha’. (Sal. 71:9) Ele sempre me sustenta com os seus braços eternos! Eu, da minha parte, estou decidida a permanecer ‘constante, inabalável, tendo sempre bastante para fazer na obra do Senhor’. — 1 Cor. 15:58.
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1970 | 1.° de setembro
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Perguntas dos Leitores
● De que modo ‘se juntam brasas sobre a cabeça duma pessoa’ por se ser bondoso com alguém que nos odeia, conforme é declarado em Provérbios 25:21, 22? — E. U. A.
Provérbios 25:21, 22 reza: “Se aquele que te odeia tiver fome, dá-lhe pão para comer; e se ele tiver sede, dá-lhe água para beber. Porque juntarás brasas [“brasas ardentes”, CBC] sobre a sua cabeça, e o próprio Jeová te compensará.”
Este conselho de fazermos o bem aos nossos inimigos encontra muitos paralelos nas Escrituras. Neste sentido, a lei de Moisés exigia o seguinte: “Se encontrares o touro do teu inimigo ou seu jumento andando perdido, sem falta lhe deves restituir. Se vires o jumento de alguém que te odeia deitado sob a sua carga, então tens de refrear-te de abandoná-lo. Sem falta deves conseguir soltá-lo junto com ele.” — Êxo. 23:4, 5.
Jesus Cristo admoesta-nos no mesmo sentido: “Continuai a amar os vossos inimigos e a orar pelos: que vos perseguem, para que mostreis ser filhos de vosso Pai que está nos céus.” No mesmo sentido escreveu o apóstolo Paulo: “Persisti em abençoar os que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis.” — Mat. 5:44, 45; Rom. 12:14.
Mas não parecem as palavras de Provérbios 25:22: “juntarás brasas sobre a sua cabeça”, contradizer o espírito expresso no Pro. 25 versículo 21? Não, não devemos concluir isto, pois estas palavras não só foram escritas por um homem sábio, mas ele também as escreveu sob o poder da inspiração divina, com a ajuda e a orientação do espírito santo de Jeová. Por isso devem ter sentido.
É provável que a metáfora ou a expressão figurada usada ali se derive dos métodos de se fundirem metais nos tempos antigos. No forno não havia apenas uma camada de brasas acesas sobre as quais se colocava o minério, mas por cima do minério se colocava também uma camada de brasas acesas. Colocarem-se brasas por cima do minério ajudava a amolecê-lo e assim a separar o metal da escória. Portanto, quando se faz um ato bondoso a um inimigo em necessidade, quando é mais provável que o reconheça como tal, pode-se esperar amolecer o inimigo, fazendo-o sentir-se arrependido e envergonhado, e pode ser até mesmo que evidencie as boas qualidades dele.
Que amontoaram-se assim brasas sobre a cabeça dum inimigo não se destinava a ter mau efeito, mas antes um bom, é evidente daquilo que o apóstolo Paulo diz logo depois de citar este provérbio. Suas palavras seguintes são: “Não te deixes vencer pelo mal, porém, persiste em vencer o mal com o bem.” — Rom. 12:20, 21.
Mas, suponhamos que estas brasas figuradas não amoleçam o coração do inimigo; que se faz então? Então se tem o consolo e a satisfação das palavras concludentes de Provérbios 25:22: “E o próprio Jeová te compensará.” Esta promessa, em si mesma, mostra que as “brasas ardentes” não se destinam a prejudicar o inimigo, nem indicam que a pessoa exultaria com o mal-estar do inimigo. Se fizermos o que é nobre e direito, então quer os outros apreciem isto, quer não, e quer tiremos proveito pessoal disso, quer não, direta ou imediatamente, podemos ter a certeza de que Jeová Deus observa isso e nos recompensará no seu tempo devido. E não é a Ele que servimos e que tentamos agradar?
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