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“Não tendo nada, e ainda assim possuindo todas as coisas”A Sentinela — 1976 | 15 de maio
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o conceito correto sobre as riquezas, lembrando-nos de que todo o dinheiro deste sistema de coisas está destinado a se tornar algo do passado e inútil. (Eze. 7:19; Luc. 16:9) Em breve, quando a “grande tribulação” acabar com todas as nações da terra, terá desaparecido o valor das riquezas deste mundo, tanto para os mortos como para os sobreviventes da “tribulação”. Acatemos o conselho de Jesus e usemos o que temos para glorificar a Deus. (João 15:8) Mostremos, não só pelas nossas palavras, mas por meio de nossas ações, que colocamos as riquezas espirituais em primeiro lugar, por aproveitarmos plenamente as muitas provisões feitas por Jeová. Compartilhemos com outros as boas novas do Reino, ajudando-os a obter riquezas espirituais e continuamente mantendo nossos bens materiais no seu devido lugar, estabelecendo bons antecedentes perante nosso Pai nos céus. Tenhamos a alegria e o privilégio de ser “como pobres, mas enriquecendo a muitos, como não tendo nada, e ainda assim possuindo todas as coisas”. — 2 Cor. 6:10.
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1976 | 15 de maio
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Perguntas dos Leitores
● Quando um cônjuge incrédulo se separa do cônjuge crente, há nisso motivo para se dissolver biblicamente o casamento, em vista de 1 Coríntios 7:15, onde Paulo diz: “ . . . o irmão ou a irmã não está em servidão em tais circunstâncias, mas Deus vos chamou à paz”?
Não, o apóstolo não está considerando ali o divórcio, mas apenas está tranqüilizando o cristão, de que ele ou ela não precisa sentir-se desaprovado se o incrédulo deliberadamente se afastar, apesar dos esforços conscienciosos do crente, de morar em paz com o cônjuge incrédulo.
Paulo acabava de animar o cônjuge crente a não partir, se o incrédulo “estiver disposto a morar com” o cristão ou a cristã. Por quê? “Pois o marido incrédulo esta santificado em relação à sua esposa, e a esposa incrédula está santificada em relação ao irmão; de outro modo, os vossos filhos seriam realmente impuros, mas agora são santos.” — 1 Cor. 7:12-14
Em vista disso, naturalmente surge a pergunta sobre qual seria a situação em que ficaria o crente, se o cônjuge incrédulo se afastasse apesar dos bons esforços do crente. Deve ele ou ela sentir-se então desaprovado por Deus ou achar que os filhos não são santos, por causa da separação forçada, sobre a qual o crente não tinha controle?
Não, porque o apóstolo responde: “Mas, se o incrédulo passar a afastar-se, deixa-o afastar-se; o irmão ou a irmã não está em servidão em tais circunstâncias, mas Deus vos chamou à paz.” Tendo feito tudo o que era razoavelmente possível para evitar a separação, o crente ou a crente não precisa sentir a responsabilidade de correr atrás do incrédulo ou da incrédula na tentativa de cumprir alguma “servidão” para com tal. Se o incrédulo tivesse permanecido e tivesse estado disposto a morar com a crente em paz, ou vice-versa, o crente estaria em servidão para cumprir com as responsabilidades maritais. Mas o apóstolo reconhece que a separação forçada torna isso impossível ao crente.
O cristão ou a cristã tem assim uma medida de paz, em que pode servir a Jeová, embora a separação normalmente cause alguns ajustes emocionais e físicos. Além disso, tentar forçar uma reconciliação provavelmente aumentaria a tensão das relações. Talvez, com o tempo, o incrédulo queira voltar. Isto seria desejável, visando viverem juntos em paz e com a esperança de que o incrédulo se torne concrente? Isso estaria em harmonia com as instruções gerais dadas anteriormente nos 1 Co 7 versículos 10 e 11, de que, no caso da separação, devem ‘permanecer sem se casar, ou, senão, reconciliar-se novamente’.
No ínterim, isto não impede que a esposa, se for crente, tome ação legal para sustentar a si mesma e a seus filhos, se achar isso aconselhável e necessário. As Escrituras, e muitas vezes a lei do país, lançam sobre o pai e marido a responsabilidade de sustentar a sua família.
Jesus não disse que estaria certo que o crente se casasse de novo, se o cônjuge incrédulo se afastasse do crente e obtivesse um divórcio legal. E o apóstolo Paulo não foi além do que Jesus disse, por dar ali o que as autoridades católicas chamam de ‘privilégio paulino”. Paulo argumenta fortemente a favor da preservação do vínculo marital, não do rompimento dele. A morte obviamente rompe o vínculo marital. Mas, enquanto ambos os cônjuges vivem, apenas a “fornicação” (em grego:
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