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Víbora-cornudaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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que se mantém alerta e dá o bote com grande rapidez, ataca cavalos; assim, a comparação feita em Gênesis 49:17 da tribo de Dã com a “cobra cornuda” é muitíssimo apropriada. Ali Jacó assemelhou Dã a uma serpente, uma cobra-cornuda “que morde os talões do cavalo, de modo que o seu cavaleiro cai para trás”. Isto não visava degradar Dã, como se fosse uma cobra vil no mato, que só servia para ser pisada sob o calcanhar. Antes, na posição duma cobra, Dã cumpriria grandioso propósito nacional. Por ficar à espreita, como uma víbora-cornuda, ele podia, efetivamente, morder os calcanhares ou talões do cavalo que portava o guerreiro inimigo e fazer com que empinasse e jogasse assim o cavaleiro para trás. De modo que, embora pequena, a tribo de Dã seria tão perigosa como uma víbora-cornuda para os que perturbassem Israel.
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VidaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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VIDA
O princípio de vida ou de existência; a vida é definida como existência animada, ou termo da existência animada dum indivíduo. Quanto à vida terrestre, física, as coisas que possuem vida revelam três manifestações distintivas: o crescimento através do metabolismo, a reprodução e o poder de adaptação ao ambiente, através de mudanças de origem interna. O vocábulo hebraico utilizado nas Escrituras é hhayyáh, e a palavra grega é zoé. A palavra hebraica néphesh e o termo grego psykhé, ambos significando “alma”, também são utilizados para referir-se à vida, não no sentido abstrato, mas à vida como pessoa ou animal. (Compare as palavras “alma” e “vida”, segundo empregadas em Jó 10:1; Salmo 66:9; Provérbios 3:22.) A vegetação possui vida, o princípio de vida operando nela, mas não a vida como alma.
JEOVÁ DEUS, A FONTE
A vida sempre existiu, porque Jeová Deus é o Deus vivente, a Fonte da vida, e ele não tem principio nem fim de existência. (Jer. 10:10; Dan. 6:20, 26; João 6:57; 2 Cor. 3:3; 6:16; 1 Tes. 1:9; 1 Tim. 1:17; Sal. 36:9; Jer. 17:13) A primeira de suas criações recebeu a vida, a saber, seu Filho unigênito, a Palavra. (João 1:1-3; Col. 1:15) Por meio deste Filho foram criados outros filhos angélicos viventes de Deus. (Jó 38:4-7; Col. 1:16, 17) Mais tarde, o universo físico veio à existência (Gên. 1:1, 2), e, no terceiro dos “dias” criativos da terra, as primeiras formas de vida física: grama, vegetação e árvores frutíferas. No quinto “dia” foram criados as almas viventes terrestres, os animais marinhos e as criaturas voadoras e aladas, e, no sexto “dia”, os animais terrestres e, por fim, o homem. — Gên. 1:11-13, 20-23, 24-31; Atos 17:25.
Nenhuma evolução
Por conseguinte, a vida na terra não teve de esperar a ocorrência de alguma combinação casual de substâncias químicas, sob determinadas condições exatas. Jamais se observou tal coisa, e, efetivamente, ela é impossível. A vida na terra surgiu como resultado duma ordem direta de Jeová Deus, a Fonte da vida, e pela ação direta de seu Filho, na execução de tal ordem. Somente a vida gera a vida. O relato da Bíblia nos conta que, em cada caso, uma coisa criada produziu descendência à sua semelhança, ou “segundo a sua espécie”. (Gên. 1:12, 21, 25; 5:3) Os cientistas verificaram que existe deveras a descontinuidade entre as diferentes ‘espécies’ e, excetuando-se a questão de origem, este tem sido o principal obstáculo para sua teoria da evolução.
A força de vida e o fôlego
Nas criaturas terrestres ou “almas” existem tanto a força de vida ativa ou “espírito” que as anima, como o fôlego que sustenta tal força de vida. Não só o espírito (força de vida) mas também o fôlego são provisões de Deus, e ele pode destruir a vida por remover a qualquer dos dois. (Sal. 104:29; Isa. 42:5) Na época do Dilúvio, tanto os animais como os humanos se afogaram, seu fôlego foi cortado e a força de vida se extinguiu. Ela pereceu. “Morreu tudo em que o fôlego da força da vida estava ativo nas suas narinas [literalmente, “em que o fôlego do espírito (ou, força ativa) de vida estava”], a saber, todos os que estavam em solo seco.” — Gên. 7:22; NM, nota da ed. 1953, em inglês; veja ESPÍRITO.
Organismo
Todas as coisas que possuem vida, quer espiritual quer carnal, têm um organismo ou corpo. A própria vida é impessoal, incorpórea, sendo meramente o principio de vida. Ao considerar o tipo de corpo com o qual retornarão os ressuscitados, o apóstolo Paulo explica que os criados para diferentes meios ambientes possuem corpos diferentes. Quanto àqueles que têm vida na terra, afirma ele: “Nem toda a carne é a mesma carne, mas uma é a da humanidade, e outra é a carne do gado, e outra é a carne de aves, e outra a de peixes.” Afirma também que “há corpos celestes e corpos terrestres; mas a glória dos corpos celestes é de uma sorte e a dos corpos terrestres é de sorte diferente”. — 1 Cor. 15:39, 40.
A respeito da diferença na carne de vários corpos terrestres, a Encyclopædia Britannica afirma: “Outra característica é a individualidade química manifesta em toda a parte, pois cada tipo distintivo de organismo parece possuir alguma proteína característica, e certa taxa ou ritmo característico de metabolismo. Assim, debaixo da qualidade geral de persistência, no meio do incessante metabolismo, existe uma tríade de fatos: (1) a produção que compensa o desgaste de proteínas, (2) a ocorrência de tais proteínas num estado coloidal, e (3) sua especificidade, que varia dum tipo para o outro.” [O grifo é nosso.] — Ed. 1942, Vol. 14, p. 42.
A TRANSMISSÃO DA FORÇA DE VIDA
A força de vida das criaturas, tendo sido
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