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Céu, IAjuda ao Entendimento da Bíblia
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expressões de Jesus a seus discípulos (Mat. 19:21, 23-28; Luc. 12:32; João 14:2, 3) e foi plenamente compreendida por eles somente depois de Pentecostes de 33 E.C. — Atos 1:6-8; 2:1-4, 29-36; Rom. 8:16, 17.
As Escrituras mostram que Cristo Jesus foi o primeiro a ascender da terra para os céus da presença de Deus. (1 Cor. 15:20; Heb. 9:24) Por meio de tal ascensão, e por apresentar seu sacrifício de resgate ali, ele ‘abriu o caminho’ para aqueles que o seguiriam — os membros, gerados pelo espírito, de sua congregação. (João 14:2, 3; Heb. 6:19, 20; 10:19, 20) Em sua ressurreição, estes têm de apresentar “a imagem do celestial”, Cristo Jesus, a fim de ascender aos céus do plano espiritual, pois “carne e sangue” não podem herdar esse reino celeste. — 1 Cor. 15:42-50.
O apóstolo Paulo mostra que não é senão por ocasião da presença de Cristo Jesus que os membros de sua congregação são ressuscitados e ascendem ao céu, enquanto ‘os viventes, que sobreviverem, serão juntamente com eles arrebatados em nuvens, para encontrar o Senhor no ar’. — 1 Tes. 4:15-17.
É também verdade que mesmo quando é usada a expressão “lugares celestiais”, ela pode ter um significado diferente do literal. O contexto fornece a chave do entendimento. Assim, o apóstolo Paulo, em sua carta aos efésios, fala dos cristãos então vivos na terra como se já estivessem usufruindo tal posição celeste, sendo ressuscitados e ‘assentando junto nos lugares celestiais, em união com Cristo Jesus’. (Efé. 1:3; 2:6) O contexto mostra que os cristãos ungidos são assim encarados por Deus porque Ele os ‘designou herdeiros’, junto com seu Filho, da herança celeste. Enquanto ainda estão na terra, são exaltados ou ‘levantados’ por tal designação. (Efé. 1:11, 18-20; 2:4-7, 22) Estes pontos também elucidam a visão simbólica de Revelação 11:12. Semelhantemente, fornecem uma chave para o entendimento do quadro profético contido em Daniel 8:9-12, onde aquilo que anteriormente se mostrara representar uma potência política é mencionado como ‘tornando-se cada vez maior até atingir o exército dos céus’, e até mesmo fazendo com que alguns desse exército e das estrelas caiam até a terra. Em Daniel 12:3, os servos de Deus na terra, no predito tempo do fim, são mencionados como brilhando “como as estrelas por tempo indefinido”. Note, também, o uso simbólico de estrelas no livro de Revelação, capítulos um a três, onde o contexto mostra que tais “estrelas” se referem a pessoas que estão obviamente vivendo na terra e passando por experiências e tentações terrestres, tais “estrelas” sendo responsáveis por congregações sob seus cuidados.
O caminho para a vida celeste
O caminho para a vida celeste envolve mais do que apenas a fé no sacrifício de resgate de Cristo, e obras de fé, em obediência às instruções de Deus. Os escritos inspirados dos apóstolos e dos discípulos mostram que precisa haver também uma chamada e escolha de tal pessoa por parte de Deus, mediante seu Filho. (2 Tim. 1:9, 10; Mat. 22:14; 1 Ped. 2:9) Tal convite envolve vários passos ou medidas tomadas para habilitar tal pessoa para a herança celeste, muitos de tais passos sendo dados por Deus, outros pela pessoa chamada. Entre tais passos ou medidas acham-se o declarar justo o cristão chamado (Rom. 3:23, 24, 28; 8:33, 34); dá-lo à luz (“gerá-lo”) como filho espiritual (João 1:12, 13; 3:3-6; Tia. 1:18); ser batizado na morte de Cristo (Rom. 6:3, 4; Fil. 3:8-11); ungi-lo (2 Cor. 1:21; 1 João 2:20, 27); santificá-lo (João 17:17); o chamado precisa manter integridade até a morte (2 Tim. 2:11-13; Rev. 2:10); e, uma vez que o cristão se prove fiel à sua chamada e escolha (Rev. 17:14), ele é finalmente ressuscitado para a vida espiritual. — João 6:39, 40; Rom. 6:5; 1 Cor. 15:42-49.
TERCEIRO CÉU
Em 2 Coríntios 12:2-4 o apóstolo Paulo descreve alguém que foi “arrebatado . . . até o terceiro céu” e “para o paraíso”. Visto não haver menção alguma, nas Escrituras, de qualquer outra pessoa que tivesse tal experiência, parece provável que tenha sido uma experiência do próprio apóstolo. Ao passo que alguns se empenham em relacionar a referência de Paulo ao terceiro céu com o antigo conceito rabínico de que havia estágios no céu, até mesmo um total de “sete céus”, tal conceito não encontra respaldo nas Escrituras. Como vimos, não se menciona especificamente os céus como se estivessem divididos em plataformas ou estágios, mas, ao invés, é preciso depender do contexto para se determinar se a referência é feita aos céus situados nos limites da expansão atmosférica terrestre, aos céus do espaço sideral, ou aos céus espirituais. Por conseguinte, parece que a referência ao “terceiro céu” indica o grau superlativo de arrebatamento em que se teve esta visão. Observe o modo como as palavras e expressões são repetidas três vezes em Isaías 6:3; Ezequiel 21:27; João 21:15-17; Revelação 4:8, evidentemente com o intuito de expressar uma intensificação da qualidade ou da idéia.
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Céu, Ii (Céu Nublado)Ajuda ao Entendimento da Bíblia
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CÉU, II (CÉU NUBLADO)
[Heb., sháhhaq (aparentemente de uma raiz que significa “pulverizar, reduzir a pedaços ou a pó fino”), “pó”, como sendo pulverizado, “nuvem de pó”, “nuvem”. Shamáyim, “céus”, é ocasionalmente traduzida “céu” e “céu nublado” na NM. Gr., ouranós, “céu”].
“Céu [sháhhaq]”, conforme usado pelos escritores bíblicos, pode significar a expansão da atmosfera que cerca a terra, em que flutuam as nuvens (Isa. 45:8), ou a visível abóbada ou dossel sobre a terra, que é azul, no período diurno, e estrelado à noite. (Sal. 89:37) Na maioria dos casos, o escritor evidentemente
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