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  • Esteja cheio de discernimento espiritual
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w60 15/1 pp. 41-47

Esteja cheio de discernimento espiritual

“Que estejais cheios do conhecimento acurado da sua vontade, em tida a sabedoria e discernimento espiritual, para que andeis de maneira digna de Jeová, com o fim de agradar-lhe plenamente. — Col. 1:9, 10, NM.

1. Que espécie de decisões se exigem do cristão, e o que se requer para fazer as decisões corretas?

CADA dia exige do cristão dedicado fazer algumas decisões. Viver neste mundo apresenta muitos problemas, e surgem questões que exigem uma decisão da parte dele. O cristão precisa fazer decisões no lar, afetando a sua família; no seu lugar de trabalho, afetando a sua relação com os de fora da verdade; precisa tomar providências acerca de questões que afetam a sua relação aos seus irmãos e irmãs na sociedade do Novo Mundo, ou que afetam a sua relação a Jeová e Sua organização, e o serviço do Reino. Como fazer decisões certas, como adotar sempre o proceder correto, este é o problema. Isto exige discernimento espiritual.

2, 3. Como devemos considerar as coisas a fim de fazer as decisões corretas, e em que resulta isso?

2 Discernir as coisas em sentido espiritual significa considerar as coisas do modo em que Jeová as considera. Jeová, pela operação de seu espírito, tornou conhecido o seu ponto de vista sobre as diversas coisas, e isso na sua Palavra inspirada. Diz-nos como ele avalia as coisas, o que ele considera valioso e meritório, e o que considera sem valor e inútil, quais as obras e os pensamentos que são bons e virtuosos, e quais os que são maus e perversos. Visto que a carne humana está decaída, a tendência é considerar as coisas do ponto de vista da carne. Mas, se a pessoa se deixar influenciar pelas tendências da carne, tais como o egoísmo, o mêdo, o orgulho ou o ciúme, certamente fará decisões erradas.

3 A fim de fazer as decisões certas, o cristão precisa estar cheio de discernimento espiritual. Precisa discernir claramente o certo do errado. Precisa chegar a amar o que é certo e odiar o que é errado, conforme Paulo expressou em Romanos 12:9, dizendo: “Detestae o mal, apegae-vos ao bem.” Demonstrar discernimento espiritual pelas decisões certas é agradável a Jeová e resulta em que se ande dignamente diante dele. O mesmo apóstolo escreveu aos colossenses (1:9, 10, NM): “Nós . . . não cessamos de orar por vós e de pedir que estejais cheios do conhecimento acurado da sua vontade, em toda a sabedoria e discernimento espiritual, para que andeis de maneira digna de Jeová, com o fim de agradar-lhe plenamente, ao continuardes a dar fruto em toda boa obra e a crescer no conhecimento acurado de Deus.”

4. Que significa “discernir”, e que papel desempenha o conhecimento no discernimento espiritual?

4 Como podemos estar cheios de discernimento espiritual? Naquelas palavras que Paulo dirigiu à congregação de Colossos, ele indica o primeiro elemento essencial básico, a saber, ter um conhecimento acurado da vontade de Deus, estar cheio de tal conhecimento acurado. “Discernir” significa literalmente “ver” ou “distinguir com o olho mental”, isto é, distinguir ou diferenciar uma coisa da outra, quer certa, quer errada, importante ou não importante, valiosa ou inútil. O conhecimento é para o olho do discernimento aquilo que a luz é para o olho natural. Ilumina e destaca as coisas com clareza e nitidez quanto à sua relação entre si. Assim como a luz é essencial para se escolher o melhor caminho em terreno íngreme e traiçoeiro, assim o conhecimento acurado é necessário para se discernir o proceder certo e seguro no meio das condições traiçoeiras e perigosas deste velho sistema de coisas. Neste respeito, o conhecimento acurado da vontade de Deus, junto com o amor a Deus decorrente de tal conhecimento, age como poderosa força em prol da justiça na vida da pessoa, e é essencial para se tomarem as decisões certas, as que agradam a Jeová. — Efé. 4:23, 24.

5, 6. (a) Que espécie de estudo se exige? (b) Qual é uma das maneiras de nos ‘certificarmos’ do que estudamos?

5 Gravar bem na mente o conhecimento acurado de Deus exige estudo. Isto é tão essencial, que não pode ser enfatizado demais. A espécie de estudo necessário é a que grava as idéias permanentemente na memória, e isto exige esforço e concentração. Temos de ‘trabalhar arduamente e nos empenhar’ no estudo da Bíblia. Sim, o estudo significa exatamente isso — estudar! Significa meditação. O alimento precisa ser bem mastigado se há de ser bem digerido. Quando mastigamos o alimento, nós o saboreamos também, sentindo o pleno gosto dele. Assim também é com o alimento espiritual; precisa ser mastigado, revirado na mente, para se sentir o pleno sabor. Para nos ajudar a ruminar mentalmente o alimento espiritual, podemos fazer perguntas a nós mesmos enquanto lemos (como quando estudamos esta revista), perguntas tais como: Por que é isso assim? Como se dá isso? Não, não com o espírito de crítica daquilo que se lê, mas para que examinemos os nossos próprios pensamentos, a fim de verificar que entendamos os pontos. Assim como o apóstolo admoestou: “Certificai-vos de todas as coisas; segurai firme o que é correto”, isto é, entenda o que lê e grave então os pontos na mente. — 1 Tim. 4:10; 1 Tes. 5:21, NM.

6 O discernimento espiritual não vem apenas de se aprenderem muitos fatos. Muitas pessoas têm conhecimento, têm a informação na mente, mas falta-lhes discernimento espiritual. Termos discernimento espiritual significa entendermos e digerirmos os fatos, examinando-os à luz de outro conhecimento já obtido, e estabelecendo a relação correta entre a nova informação e a anteriormente obtida, deixando que amplie ou corrija e emende nosso entendimento dos assuntos sobre que se lançou nova luz. Deste modo ‘podemos provar a nós mesmos a boa, aceitável e completa vontade de Deus’. — Rom. 12:2, NM.

7. Por que é o espírito de Jeová tão essencial para se estar cheio de discernimento espiritual? Portanto, o que se deve fazer na hora do estudo pessoal?

7 Outrossim, é necessário que a pessoa tenha a ajuda do espírito de Jeová, se há de ficar cheia de discernimento espiritual. É somente pelo espírito de Jeová, junto com estudo e meditação, que a pessoa pode obter conhecimento acurado e pleno entendimento. Nunca se deve esquecer o seguinte fato todo-importante: É impossível estar cheio de discernimento espiritual sem a ajuda do espírito de Deus. A própria Palavra de Deus declara: “Pois, quem dentre os homens conhece as coisas do homem, exceto o espírito do homem que nele está? Assim, também, ninguém chegou a conhecer as coisas de Deus, exceto o espírito de Deus. Ora, nós não recebemos o espírito do mundo, mas sim o espírito que é de Deus, a fim de que pudéssemos conhecer as coisas que nos foram dadas bondosamente por Deus. Estas coisas também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com as ensinadas pelo espírito, ao combinarmos assuntos espirituais com palavras espirituais.” Portanto, quando estuda, sim, em cada ocasião em que estuda particularmente, em casa, ore a Jeová pedindo que Seu espírito lhe ajude no estudo, para que lhe ajude a entender, para que lhe ajude a compreender o significado das coisas que lê, a fim de que aumente em discernimento espiritual. — 1 Cor. 2:11-13, NM.

8. Com que objetivo em mente devemos estudar, e o que devemos evitar com determinação?

8 Tais orações pedindo o espírito precisam estar acompanhadas do necessário esforço no estudo pessoal, com o objetivo de ampliar o entendimento e a apreciação da Palavra de Deus, a fim de que se cresça no discernimento espiritual. Tal estudo pode é deve ser deleitoso e alegre. O estudo casual, em preparação para as reuniões congregacionais, tais como o estudo da Sentinela, não conduz ao discernimento espiritual. Alguns talvez tenham o hábito de deixar a sua preparação para o estudo para a última hora, talvez uma ou duas horas antes do tempo marcado para o estudo na congregação. É provável que só tenham tempo para verificar as perguntas mais fáceis e buscar as respostas nos parágrafos, para que possam dar pelo menos um comentário no estudo da Sentinela, no Salão do Reino. Mas isto não significa estudar, não é verdade? A informação que se possa obter deste modo é rapidamente esquecida e provavelmente nem será lembrada um ou dois dias depois de se considerar esta matéria.

9, 10. (a) De que proveito é a recapitulação em nosso estudo pessoal? (b) Por que há necessidade de um plano regular para o estudo pessoal?

9 Ao se planejar um tempo específico para o estudo pessoal e a preparação para o estudo da Sentinela e outras reuniões, deve-se conceder tempo suficiente para se meditar na matéria ao passo que se estuda, digerindo a informação, para que se grave firmemente na memória. A fim de se verificar se isso foi conseguido, é bom fazer uma recapitulação depois de cada período de estudo pessoal. Esta é a ocasião em que a informação ainda está viva na mente, e é o melhor tempo para se verificar quão profunda é a impressão que causou. Fazer um esforço para trazer à memória a informação logo após o período de estudo, treina a faculdade da memória e a habilidade de lembrar as coisas, e contribuirá muito para gravar os pontos bem na mente. A recapitulação final deve ser feita com a revista ou o livro fechado. Temos o título do artigo; então, quanto podemos lembrar dos pontos principais, dos argumentos principais? Lembramo-nos de alguns textos citados em prova? Podemos relacionar os pontos principais com um breve resumo do artigo? Do contrário, precisamos repassar o artigo, buscando conscienciosamente os pontos de destaque e os argumentos principais.

10 Alguém talvez diga agora: “Mas tudo isso levará tempo.” É verdade, mas este tempo é bem gasto, é tempo que precisamos tomar se quisermos gravar bem na mente o conhecimento acurado da vontade de Deus e colocar a base devida para estarmos cheios de discernimento espiritual. Não há caminho mais curto. O estudo, o estudo regular é essencial para se estar cheio de discernimento espiritual. Conforme Paulo escreveu a Timóteo: “Pense constantemente no que eu digo; o Senhor te dará realmente discernimento em todas as coisas.” — 2 Tim. 2:7, NM.

11. O que resultará de se crescer em entendimento e apreciação da verdade?

11 Ao adotar este proceder sábio, alegrar-se-á de crescer em entendimento e apreciação da verdade. Esta penetrará fundo na sua mente e coração, tornando-se parte de sua pessoa. Assim, deveras, estará ‘sempre preparado para fazer uma defesa perante todo aquele que lhe exigir a razão da esperança’ que tem. Sua mente e seu coração estarão fortes, maduros e sadios. Poderá ver claramente por onde anda. Não se desviará da vereda estreita da verdade e da doutrina salutar para o lamaçal dos ensinos falsos e das idéias sectárias; evitará ter conceitos extremistas e ficará protegido contra a queda no laço sutil de se estribar no seu próprio entendimento. Tendo a mente cheia de conhecimento acurado e o seu raciocínio orientado pelo espírito de Jeová, poderá discernir o caminho certo a tomar, o caminho que está cheio de luz, e ser liberto do caminho mau que leva à escuridão. “Quando a sabedoria entrar no teu coração e o próprio conhecimento se tornar agradável para a tua alma, então a própria faculdade de raciocínio te guardara, o próprio discernimento te protegerá, para te libertar do mau caminho, do homem que fala coisas perversas, dos que abandonam a vereda da justiça para andar nos caminhos da escuridão.” — 1 Ped. 3:15; Pro. 2:10-13, NM.

12. O que precisa o cristão fazer quando surgem problemas na sua vida? O que precisa ele discernir ao fazer decisões?

12 O cristão precisa usar de discernimento espiritual no caminho em que anda, ‘para que ande de maneira digna de Jeová, com o fim de agradar-lhe plenamente’. Quando surgem questões que o afetem pessoalmente, a carne imperfeita está logo pronta para reagir, e, se não se exerce cuidado, isto pode levar a um proceder errado. É preciso refrear os impulsos e as paixões da carne, e deixar-se antes guiar pelo discernimento espiritual. Portanto, quando surgem questões, é preciso parar e pensar: O que dizem as Escrituras sobre isso? Como considerariam Jeová e Cristo Jesus este assunto? Muitas vezes há vários fatores envolvidos que talvez não sejam levados em conta quando se age apressadamente; tais fatores afetam diversos interesses — os interesses de nossas co-testemunhas e os da congregação cristã, os interesses divinos, e, talvez, os nossos próprios interesses na vida. Consideremos o seguinte conselho inspirado: “Que o vosso amor abunde cada vez mais no conhecimento acurado e no pleno discernimento, para vos poderdes certificar das coisas mais importantes, para que sejais sem defeito e não façais tropeçar a outros até o dia de Cristo, e para que estejais cheios de fruto justo, que é por meio de Jesus Cristo, para a glória e o louvor de Deus.” — Fil. 1:9-11, NM.

13, 14. (a) Como agirá aquele que tiver discernimento espiritual em face de alguma dificuldade na congregação? (b) O que lhe ajudará a ter o ponto de vista correto?

13 É possível que alguma coisa na congregação não seja resolvida de maneira certa, ou pelo menos assim se pensa. Mesmo que não tenha sido resolvida do modo como devia ser, não é razão para que alguém fique perturbado ao ponto de se exaltar, talvez até perdendo um pouco o domínio sobre si mesmo. Se isto acontecer, perderá certamente o seu senso de equilíbrio. Agir precipitadamente sob tais circunstâncias seria do ponto de vista da carne e não do maduro discernimento espiritual. Mesmo que desde o início esta pessoa tenha razão, nada adiantará agir precipitadamente, e tal atitude pode levar a pessoa ao proceder errado, e isso não endireitará nada. Precisamos às vezes cuidar que não corramos na frente de Jeová e da sua organização, tornando-nos impacientes e agindo de iniciativa própria. Pode haver ocasiões em que alguém procede de modo errado, e, talvez, porque ocupa certo cargo na congregação, a situação se torna um pouco difícil por um tempo; mas, estas são as ocasiões em que se deve demonstrar paciência cristã, e, se não pudermos fazer nada de modo teocrático para lidar com a situação, então temos de esperar que Jeová remedie o assunto. Isto é o que fará aquele que estiver cheio de discernimento espiritual.

14 A questão é de se ter a perspectiva correta, de se considerar as coisas na proporção certa. De vez em quando podem surgir dificuldades e problemas locais, por causa das imperfeições humanas, e talvez resultem em inconveniências e numa prova da paciência, tornando até um pouco tensas as afeições; mas se parássemos e meditássemos um pouco, estes problemas pareceriam logo insignificantes quando comparados com as outras coisas mais importantes.

15, 16. (a) Quais são algumas das coisas mais importantes em que devemos fixar a atenção? (b) Como incentiva Paulo esta atitude mental na sua carta aos filipenses?

15 Considere por um momento algumas destas coisas mais importantes. O fato de que vivemos nos últimos dias deste sistema de coisas; que está próximo o Armagedon, a batalha do grande dia do Deus Todo-poderoso, em que ele há de magnificar e vindicar a sua soberania universal; que Cristo Jesus governa agora no poder do Reino e dirige a grande obra da pregação destas “boas novas do reino” em toda a terra; que em resultado desta obra de pregação pessoas de boa vontade, de todos os países, línguas, raças e povos, estão sendo ajuntadas para a unida e harmoniosa sociedade do Novo Mundo. Ao se considerarem estas coisas, bem como o maravilhoso privilégio e a benignidade imerecida de conhecê-las e de participar nelas, o coração chega a transbordar de gratidão a Jeová. Quão mesquinhos e pequenos se parecem então os nossos problemas quando os comparamos com estas coisas muito mais importantes! Assim, ao surgirem pequenos problemas, ou mesmo problemas grandes do ponto de vista local, aquele que tiver discernimento espiritual não permitirá que tais problemas se tornem tão grandes na mente que obscureçam a visão. Manterá o seu equilíbrio e considerará as coisas sempre na sua relação às coisas mais importantes.

16 Felizmente, não é sempre que surgem problemas e dificuldades na sociedade do Novo Mundo; deveras, são poucos e raros, em comparação com as alegrias sempre presentes: as experiências no campo, achar e alimentar as ovelhas, a associação feliz com os irmãos no Salão do Reino. Estas são as coisas a ter em mente. “Todas as coisas que forem justas, . . . todas as coisas que forem amáveis, todas as coisas de que se fale bem, toda a virtude que houver e tudo o que houver digno de louvor, continuai a considerar estas coisas.” Deixe que tais coisas encham a sua mente, e manterá sempre o seu senso das proporções. Poderá assim dïscernir espiritualmente. — Fil. 4:8, NM.

17. Como chegaram alguns a tropeçar sobre coisas pequenas, ao ponto de abandonarem a verdade?

17 Aquele que é crítico demais, sempre olhando para os outros do ponto de vista das imperfeições da carne, perde de vista as coisas mais importantes. É possível que se torne queixoso infeliz. Alguns, de fato, permitiram que coisas insignificantes os tirassem da verdade. Como? Permitiram que uma coisa pequena se tornasse grande nas suas vidas, tão grande que relegou ao segundo plano tudo o mais. Perderam seu discernimento espiritual. Em vez de pararem para meditar nas coisas do ponto de vista da Palavra de Deus, permitiram que alguma paixão carnal, tal como o orgulho, o medo ou o ciúme, os motivasse. Deixaram-se levar pelo seu próprio entendimento a um proceder que termina no desastre espiritual.

18. Como nos podemos precaver contra tal proceder de tropeçar?

18 Certamente, todos nós queremos precaver-nos contra tal proceder. Faremos isso, se tivermos aumentado e continuarmos a aumentar nosso conhecimento acurado da vontade divina quanto a nós, se fixarmos a mente e o coração nas coisas mais importantes, e, quando surgirem questões, se tomarmos em conta como Jeová considera as coisas, conforme especificado na sua Palavra, e não nos tornarmos sábios aos nossos próprios olhos. Neste respeito, note o conselho oportuno que Jeová nos dá em Provérbios 3:1-7: “Filho meu, não te esqueças da minha instrucção, mas guarde o teu coração os meus mandamentos; pois elles te darão longura de dias, annos de vida e paz. Não te abandonem a benignidade e a verdade; ata-as á roda do teu pescoço, escreve-as na taboa do teu coração; assim acharás graça e verdadeira prudencia, á vista de Deus e dos homens. Confia, de todo o teu coração, em Jehovah, e não te estribes no teu proprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e elle endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus proprios olhos; teme a Jehóvah, e aparta-te do mal.”

19. Como mostramos que confiamos em Jeová de todo o nosso coração?

19 Mesmo quando alguém pensa que tem razão em certo assunto, precisa precaver-se para não ser excessivamente justo, sábio aos seus próprios olhos, e assim ser arrebatado pela sua auto-justiça. O cristão precisa manter o equilíbrio, precisa controlar o seu espírito, não oferecer a Satanás qualquer oportunidade para vencê-lo e para desencaminhá-lo. Precisa-se tomar tempo para meditar no assunto, usando discernimento espiritual e recorrendo à Palavra de Deus para obter o pensamento de Deus sobre o assunto. Dificilmente haverá problema na vida do cristão sobre o qual não haja conselho e orientação na Palavra de Jeová. Ele mostrará que confia de todo o coração em Jeová se buscar o Seu conselho, seguindo depois sempre a este, deixando que o acordo com o conhecimento acurado da vontade de Deus seja a ‘força que ativa a sua mente’, revestindo-se assim da “nova personalidade que foi criada, segundo a vontade de Deus, em verdadeira justiça e benignidade”. — Efé. 4:23, 24, NM.

20. (a) Como nos protege o discernimento espiritual contra ficarmos irados ou contrariados? (b) Que proceder certo aconselhou Jesus nos tratos com aquele que ofende?

20 O discernimento espiritual conduz à relação certa com os irmãos e irmãs na sociedade do Novo Mundo. Por exemplo, se algum irmão acha que é vítima duma injustiça, ele não age precipitadamente em ira, ficando contrariado por causa daquilo que seu irmão lhe possa ter feito, ou possa ter dito sobre ele. O que faz que a pessoa fique transtornada e irada em tais circunstâncias? Não é porque pensa apenas em si mesma, ficando talvez contrariada porque o seu bom nome foi difamado? Mas, não há algo mais importante envolvido? Se alguém na congregação procedeu de modo errado, o cristão de discernimento espiritual vê que o proceder errado de seu irmão é evidência de alguma fraqueza espiritual da sua parte e que, portanto, sua vida espiritual está em perigo, e isso, certamente, é algo que o deve preocupar muito mais do que qualquer mal real ou imaginado que seu irmão lhe possa ter feito. Em vez de ‘guardar lembrança da injúria’, o cristão maduro é movido a se dirigir ao seu irmão que errou, não em ira, não para tirar alguma satisfação pelo mal que se lhe possa ter causado, mas em amor por ele, para ajudar-lhe a levantar-se de sua queda, se possível, antes que seja tarde demais. Não é isso o que Jesus aconselhou: “Além disso, se teu irmão cometer um pecado, vai e expõe-lhe a falta entre ti e êle só. Se te ouvir, ganhaste a teu irmão”? — 1 Cor. 13:4, 5; Mat. 18:15, NM.

21. Que conceito forma de si mesmo o servo maduro de Jeová?

21 Por terem discernimento espiritual, os servos fiéis de Deus vêem-se assim como são, apenas vasos de barro, de pouco valor intrínseco, contendo todavia, pela benignidade imerecida de Jeová, tesouros valiosos de conhecimento a serem usados no Seu serviço. Isto os mantém humildes, sempre reconhecendo que aquilo que possuem de valor foi recebido de Jeová e não é causa para se vangloriarem de si mesmos. Em 1 Coríntios 4:6, 7 (NTR), o apóstolo escreveu: “[Aprendei] a não ir além do que está escrito, de modo que nenhum de vós se ensoberbeça a favor, de um confira outro. Pois, quem te diferença? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?” Adotarmos este conceito bíblico fará que nos guardemos contra ficar orgulhosos e egocêntricos, melindrosos ou ressentidos, tornando-nos difíceis nos tratos. Estaremos cheios de apreciação da bondade de Jeová e do privilégio de conhecermos tanto a ele como ao seu Filho, Cristo Jesus, e esqueceremos a nós mesmos, interessando-nos apenas em partilhar com outros as boas coisas que temos.

22. Embora permaneçamos humildes, que extremos devemos evitar? Como?

22 No entanto, ao passo que permanecemos humildes, há necessidade de nos prevenirmos contra o outro extremo, o de termos complexo de inferioridade; de sermos apologéticos, sentindo-nos dessatisfeitos com nós mesmos, ao ponto de ficarmos desanimados. Reconhecendo o poder do espírito de Jeová, discerniremos, com juízo são que, com a ajuda de Jeová, poderemos fazer a vontade divina quanto a nós e assim cumprir com fé qualquer designação de serviço. Conforme lemos em Romanos 12:3 (NM): “Pois, por meio da benignidade imerecida que me foi dada, digo a cada um ali entre vós que não pense mais de si mesmo do que é necessário pensar; mas, que pense do modo que tenha mente sã, cada um conforme Deus lhe distribuiu uma medida de fé.”

23. Como contribui o discernimento espiritual para a união entre os irmãos?

23 Este conceito humilde, mas realístico, de si mesmo, habilita o cristão a ter uma atitude honesta, franca e realística para com seus ‘irmãos, o que resulta num companheirismo agradável e em boa harmonia. O discernimento espiritual habilita-nos a trabalhar juntos em união, reconhecendo que nos necessitamos mutuamente e fazendo que expressemos pràticamente a qualidade do amor. Portanto, esteja cheio de discernimento espiritual, fazendo as decisões certas, ‘para que ande de maneira digna de Jeová, com o fim de agradar-lhe plenamente, ao continuar a dar fruto em toda boa obra e a crescer no conhecimento acurado de Deus’.

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