‘Esforce-se vigorosamente’!
“Esforçai-vos vigorosamente a entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos buscarão entrar, mas não poderão.” — Luc. 13:24.
1. Que conselho prático recebeu uma classe de graduados de Gilead?
O ORADOR que proferiu o discurso básico numa formatura realizada na Escola Bíblica de Gilead da Torre de Vigia, há poucos anos atrás, aconselhou os futuros missionários: “Cada dia de nossa vida devemos poder recolher-nos à noite com sentimento alegre e feliz por causa daquele dia de vida, porque devemos poder ver o bem que fizemos por causa de nosso trabalho árduo . . . Trabalhem arduamente, e assim se alegrarão por causa das coisas que fazem.” O conselho do presidente da Sociedade Torre de Vigia (dos E. U. A.) era tanto prático como bem fundado nas Escrituras. O trabalho árduo é essencial para a felicidade, especialmente quando se está empenhado na proclamação do vindouro novo sistema de coisas de Jeová.
2. Descreva a atitude para com o trabalho, prevalecente no mundo atual.
2 Se estiver empenhado assim, como considera seu trabalho no ministério cristão? Está disposto a empenhar-se nele com diligência? É ele o motivo principal de sua felicidade na vida? Encontra genuína satisfação na obra de pregação e de ensino que faz, esforçando-se a se tornar perito nela e compartilhando liberalmente os benefícios dele com outros? Isto é muito bom, pois, quem quer recair na atitude para com o trabalho hoje tão prevalecente no mundo? As pessoas, em toda a parte, parecem relutar em realmente empenhar-se em trabalho, e muitos dos que lhes dão emprego queixam-se de que elas se tornam cada vez mais morosas, negligentes e indiferentes. “Trabalhe mais devagar; o serviço que assim deixa sobrar pode resultar em ser seu próprio emprego”, é supostamente o lema de muitos agentes de sindicatos. Diz-se que as greves são a perdição da sociedade humana em muitos países, tornando-se o desassossego trabalhista cada vez mais dificultoso para os patrões. As atitudes mudadas para com o trabalho foram enfatizadas por certo jovem: “Não me diga como devo trabalhar. Eu sou duma geração diferente e nós simplesmente não trabalhamos tão duro assim.”
3. Qual é outro aspecto do problema de não se trabalhar?
3 Não só o trabalho árduo está ficando cada vez mais impopular, mas, aparentemente, muitos inventam meios de evitar todo o trabalho. Este aspecto do problema de não se trabalhar foi apresentado no número de 8 de fevereiro de 1971 da revista U. S. News S World Report, sob o título “Beneficência Social Fora de Controle”, lamentando a situação amplamente difundida que é tipificada pela existente na cidade de Nova Iorque, onde se diz que uma pessoa em cada seis vive de pensão social do governo, principalmente por causa do “abandono financeiro” por parte dos pais que se negam a trabalhar e que se esquivam da responsabilidade de sustentarem seus filhos e as mães destes filhos. Na sua mensagem sobre o Estado da Federação, em 22 de janeiro de 1971, o presidente dos Estados Unidos, propondo soluções para este problema sério, declarou: “Estabeleçamos também um incentivo eficiente para o trabalho e condições eficientes de trabalho.”
4. (a) Precisam os cristãos ser compelidos a trabalhar? (b) Por que deve o homem ter alegria no trabalho que faz?
4 Os verdadeiros cristãos não precisam ser compelidos a trabalhar. Tal preguiça é condenada pela Bíblia, que dá a seguinte instrução “Que tomeis por vosso alvo viver sossegadamente, e que cuideis de vossos próprios negócios e trabalheis com as vossas mãos, assim como vos ordenamos.” (1 Tes. 4:11) Deus fez o homem do modo que tivesse alegria no trabalho que faz, derivando assim profunda satisfação e contentamento. Tal provisão é realmente uma grandiosa dádiva e bênção da parte de Jeová. “Que todo homem coma e deveras beba, e veja o que é bom por todo o seu trabalho árduo. É uma dádiva de Deus. E eu vi que não há nada melhor do que o homem alegrar-se com o seu trabalho, porque este é seu quinhão.” — Ecl. 3:13, 22; 2:10, 24; 5:18.
5. Explique por que o povo de Deus precisa evitar as atitudes mundanas para com o trabalho.
5 Concordemente, o povo de Deus precisa evitar as atitudes mundanas para com o trabalho. É essencial que trabalhem para sustentar-se e para fazerem para seus entes queridos “provisão honesta, não somente à vista de Jeová, mas também à vista dos homens”. (2 Cor. 8:21; 2 Tes. 3:10; 1 Tim. 5:8) Estão bem apercebidos de que a preguiça levará à pobreza e à ruína, não só quanto ao sustento material, mas especialmente quanto às coisas espirituais. (Pro. 10:4; 24:33, 34; 21:25) Encarar tais questões como simplesmente fazendo parte da vida seria desastroso, especialmente quando a infeção da preguiça afeta as obras espirituais da pessoa e a sua espiritualidade. Deveras, “a preguiça causa profundo sono e a alma indolente passa fome”. — Pro. 19:15.
POR QUE AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ SE MANTÊM OCUPADAS
6. (a) Por que são as testemunhas de Jeová pessoas muito atarefadas? (b) De que modo provê proteção e felicidade manterem-se atarefadas?
6 Conforme é de se esperar, as testemunhas de Jeová são pessoas muito ocupadas, mas devem ser lastimadas por se entregarem ao trabalho árduo? Fazem muito estudo bíblico em particular, freqüentando cinco reuniões congregacionais por semana, e gastam muito tempo cada mês na pregação das boas novas do reino de Deus e em fazer discípulos de pessoas, além de proverem sustento para si mesmas e sua família. Ao se manterem ocupadas, têm a alegria e a satisfação de dar honra ao nome de Jeová e levar consolo aos que procuram a verdade, e elas têm a promessa da recompensa da vida eterna. Manterem-se ocupadas serve de proteção contra muitas das tentações e das armadilhas do mundo, da carne e do Diabo. Portanto, ao visitar uma congregação das testemunhas de Jeová, verificará que são um povo feliz, e provavelmente os mais felizes entre elas são os que têm o máximo a fazer na pregação e no ensino da Palavra de Deus a outros. — Sal. 144:15; Atos 20:35.
7. (a) Que outras necessidades exigem que os cristãos trabalhem arduamente? (b) Explique por que ser servo na congregação é um privilégio e como outros devem encarar o trabalho árduo dos servos.
7 Outra coisa que mantém ocupados os cristãos conscienciosos e diligentes é a necessidade de ajudaram seus irmãos cristãos, bem como de prepararem partes para diversos programas de reunião, e assim por diante. Os que são servos nas congregações têm ainda mais deveres para cuidar. Quanto privilégio é e quanta satisfação profunda traz ajudar a tais “ovelhas” humildes do rebanho de Jeová, cuja gratidão têm. (1 Tes. 5:14; Fil. 2:3, 4; 1 Cor. 10:24, 33; Rom. 15:1, 2) Tais superintendentes de congregação que trabalham arduamente são muito apreciados e estimados pelos seus irmãos. — 1 Tim. 5:17; Heb. 13:7.
8. Apresente outro motivo por que os cristãos devem trabalhar arduamente.
8 Outro motivo por que tais ministros têm tanto a fazer é que sobra muito pouco tempo a este sistema de coisas; de modo que precisam ser diligentes. “Não sejais indolentes nos vossos quefazeres. Sede fervorosos de espírito. Trabalhai como escravos para Jeová. Alegrai-vos na esperança.” A urgência de nossos tempos exige que ‘trabalhem nisso de toda a alma como para Jeová’. É um trabalho que salva vidas, e, conforme Jesus disse em certa ocasião: “Temos de fazer as obras daquele que me enviou enquanto é dia; vem a noite em que nenhum homem pode trabalhar.” — Rom. 12:11, 12; Col. 3:23, 24; João 9:4.
9. (a) Por que não é enfadonha esta obra ministerial, mas sim estimulante? (b) Que espécie de ocupação procura a juventude atual?
9 Quão estimulante e revigorante é o desafio representado por esta obra salvadora de vidas que nunca mais se repetirá! Não há nada monótono, rotineiro ou desinteressaste nesta ocupação, ao ponto de não oferecer aos jovens nenhuma perspectiva atraente procurada pelos jovens. O relatório a respeito da classe de bacharelandos de 1970 da Universidade de Harvard diz “que os estudantes estão cada vez mais indecisos quanto a que vão fazer depois da faculdade, e muitos deles aceitam e até mesmo têm satisfação em tomar empregos tais como de motoristas de táxi, estivadores, livreiros e profissionais dum ofício, por temerem que sua identidade submergisse e que suas energias fossem mal aplicadas nos trabalhos tradicionais”. — Times de Nova Iorque, 3 de março de 1971.
10. Que trabalho empreendeu Jesus enquanto jovem, e satisfazia-o este?
10 Trabalhar com as mãos é bom e satisfatório, porque dá ao trabalhador o prazer da realização, mas não é a ocupação mais significativa em que a pessoa se pode empenhar. O Criador do homem sabe muito bem que trabalho é necessário para satisfazer o homem e é muito interessante notar-se o trabalho que mandou seu Filho fazer. Veio o tempo quando Jesus pôs de lado sua ocupação secular como carpinteiro a favor de empenhos muito mais importantes e infinitamente mais significativos, nos quais tinha prazer. (João 5:17; Sal. 40:8; Heb. 10:7) Ele fez o trabalho que Jeová lhe designou e achou-o tão satisfatório e revigorante como o alimento. Em certa ocasião, quando seus discípulos instaram com ele para que comesse, respondeu: “Meu alimento é eu fazer a vontade daquele que me enviou e terminar a sua obra.” No fim do trabalho, estava reanimado pela alegria da realização e tinha genuína satisfação. — João 4:34.
TRABALHO ÁRDUO DÁ FELICIDADE
11. (a) Trabalhava Jesus arduamente e dava-lhe seu trabalho felicidade? (b) Qual é o ponto em questão na sua ilustração de Mateus 25:1-30?
11 “[Olhai] atentamente para o Agente Principal e Aperfeiçoador da nossa fé, Jesus. Pela alegria que se lhe apresentou, ele aturou” até mesmo uma morte vergonhosa numa estaca de tortura. (Heb. 12:2) Sua carreira exemplar era a do trabalho árduo no ministério, com felicidade” Lembre-se também de que ele condenou enfaticamente o escravo moroso e indolente que, na vinda do Senhor, mostrou que não fizera nada com os interesses deixados ao seu cargo, e que não lucrara nada. Mas a sua ilustração mostra que o trabalho tem a sua própria recompensa de alegria. O escravo que cuidou de cinco talentos, pela diligência multiplicou-os ao dobro, e aquele que cuidou de dois talentos os multiplicou ao dobro. Qual foi a sua recompensa? “Foste fiel em poucas coisas. Designar-te-ei sobre muitas coisas. Entra na alegria do teu amo.” Que aconteceu com o escravo preguiçoso que não queria trabalhar? O talento foi-lhe tirado, mas, em vez de alegria, passou a ter choro. (Mat. 25:14-30) De fato, para se ser feliz, é preciso trabalhar e cuidar de responsabilidades.
12. (a) Qual e a atitude dos jovens para com as ocupações tradicionais e o trabalho árduo? (b) Que trabalhos são em vão e que trabalhos dão contentamento e felicidade?
12 A juventude atual é cada vez mais céptica quanto a seguir ocupações tradicionais, observando que poucos dos que as seguem encontram prazer em tal empreendimento, e as ansiedades, neuroses e desordens mentais e físicas dos que fazem isso proclamam o fracasso de seu proceder. Um cínico expressou seu desencanto galhofeiramente: “Trabalhemos duro e economizemos nosso dinheiro, e depois, quando formos velhos, poderemos ter as coisas que só os jovens podem usufruir.” Há muito tempo atrás, Salomão, enquanto ainda era fiel a Deus, foi usado para escrever muito a respeito das frustrações e das vaidades dos trabalhos do homem, e pode-se dizer que aquilo que foi escrito no livro de Eclesiastes procura congregar o povo de Deus para afastá-lo dos trabalhos vãos e infrutíferos deste mundo e encaminhá-lo para os trabalhos meritórios de Deus, a quem são dedicados. Os empreendimentos materialistas mostrarão, no fim, ser vaidade e trazer desapontamento, mas Salomão aconselhou ao jovem, que deve lembrar-se de seu grandioso Criador enquanto ainda pode servi-lo com vigor. Isto não resultará em vaidade, mas em felicidade eterna. — Ecl. 12:1; Sal. 128:1, 2.
13. (a) O que salientou Jesus positivamente na sua ilustração (Mateus 25:1-30)? (b) Por que se deve acatar Lucas 13:23, 24?
13 Que felicidade maior poderia haver para os jovens ou os idosos do que agradar a Jeová para ‘serem salvos’? Ao passo que Jesus, na sua ilustração sobre “um homem, prestes a viajar para fora”, nos informa de que, quando este “homem” voltou, mandou lançar fora o escravo imprestável, ele salienta a lição positiva de sua ilustração, afirmando que os escravos diligentes podem entrar, na alegria de seu amo. (Mat. 25:14-30) Sua resposta foi também positiva e direta a certo homem que indagou: “Senhor, são poucos os que estão sendo salvos?” Jesus, pela sua resposta, excluiu tudo o que não fosse um empenho de todo o coração: “Esforçai-vos vigorosamente a entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos buscarão entrar, mas não poderão.” (Luc. 13:23, 24) Todos devem dar atenção às palavras dele, refletindo especialmente em como se aplicam a nós hoje e o que quer dizer esforçar-se vigorosamente, da parte dos cristãos.
14. O que nos diz Jesus ao advogar o esforço vigoroso?
14 Quando Jesus disse que devemos esforçar-nos vigorosamente para entrar pela porta estreita, ele não deu a entender que o mundo colocaria muitos obstáculos no nosso caminho para impedir a nossa entrada, mas, antes, que os próprios requisitos de Deus seriam tais que excluiriam os indignos. Jeová não quer os que não amam a justiça, que não empenham toda a alma na sua devoção. ‘Passei pelo campo do preguiçoso e pelo vinhedo do homem falto de coração. E eis que todo ele produzia ervas daninhas. Urtigas cobriam-lhe a própria superfície, e seu próprio muro de pedra tinha sido derrubado. De modo que eu mesmo passei a observar; comecei a tomá-lo ao coração; vi, aceitei a disciplina: Um pouco de sono, um pouco de cochilo, um pouco de cruzar as mãos para se deitar, e certamente chegará a tua pobreza como um salteador de estrada e a tua necessidade como um homem armado.” (Pro. 24:30-34) Quando alguém não for realmente trabalhador, será preservado vivo por Jeová para o Seu novo sistema de coisas?
15. Por que deve o cristão desejar ser diligente, e qual será o resultado disso?
15 Os cristãos têm todo o incentivo para serem genuinamente diligentes assim como Cristo foi, aquele perante quem esperam ser aprovados. Empenham-se diligentemente com o fim de agradar a ele e a seu Pai com a qualidade de seu trabalho. “Observaste um homem que é destro na sua obra? É perante reis que ele se postará; não se postará diante de homens comuns.” (Pro. 22:29) Tal homem progride além do seu desejo inicial de agradar a Jeová e além de seus primeiros esforços no ministério, por aumentar em conhecimento exato da Bíblia e continuar a fazer progresso espiritual, tendo o mesmo desejo dos apóstolos de Jesus, que disseram: “Dá-nos mais fé.” — Luc. 17:5; Pro. 27:11.
16. Explique por que a devoção e o trabalho de todo o coração são exigidos por Jeová.
16 Se é preciso fazer um esforço vigoroso para se ser salvo, quem se contentará com um empenho tíbio? Jesus salientou ao homem que indagou sobre ganhar a vida eterna que ele tinha de amar a Jeová de todo o coração, mente, alma e força. (Luc. 10:27) Que pode alguém conseguir sem muito empenho, entusiasmo ou ânimo? Nada do que é de valor vem de modo fácil. Meias medidas não produzem meios resultados, mas usualmente não produzem resultado nenhum. A única maneira de se obterem resultados duradouros é trabalhar de modo contínuo, diligente e árduo.
OS REQUISITOS DE JEOVÁ SÃO RAZOÁVEIS
17. É Jeová desarrazoado ou exige demais?
17 O que Jeová requer dos homens para serem salvos não é demais. Ele não é desarrazoado, mas sim generoso, bondoso, amoroso e atencioso. Ele não se agrada da morte dos iníquos e tem usado de muita paciência e indulgência, para que o homem se salvasse. Sua vontade é que os cristãos continuem “a levar uma vida calma e sossegada, com plena devoção piedosa e seriedade”. (1 Tim. 2:2-4; Eze. 33:10, 11) A vida é um prêmio, um tesouro de inestimável valor, que Jeová dá aos que o merecem. Os que provam seu merecimento são os que de todo o coração são seguidores de Cristo Jesus. Lembra-se do que Jesus disse ao jovem de muitos bens? “Eis que alguém, aproximando-se, disse-lhe: ‘Instrutor, que preciso fazer de bom, a fim de obter a vida eterna?’ Jesus disse-lhe: ‘Se queres ser perfeito, vai vender teus bens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu, e vem, sê meu seguidor.’” (Mat. 19:16, 21; Atos 4:12) Visto que a vida em plena saúde, com indizíveis bênçãos, para toda a eternidade, é uma coisa tão grande e maravilhosa, não é mais realístico e razoável avaliá-la assim como fez o homem em outra das ilustrações de Jesus? “O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que certo homem achou e escondeu; e, na sua alegria, vai e vende todas as coisas que tem e compra aquele campo.” — Mat. 13:44.
18. Por que são tais requisitos práticos e amorosos?
18 Por certo, o que Jeová pede de volta é razoável. (Tia. 3:17; Miq. 6:8) Além disso, é amoroso e prático, visto que são muitos os ouvintes apreciativos ainda a serem alcançados com as “boas novas do reino”. Os que as pregam são numerosos e aumentam rapidamente em número, mas os que “observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus” são comparativamente poucos, e ainda há muito a ser feito, enquanto o tempo que resta está diminuindo. — Mat. 24:14; Rev. 12:17.
19. Defina o esforço vigoroso e explique por que é necessário.
19 Participar no ministério é uma ocupação alegre, mas, por causa da magnitude da tarefa, devemos fazer mais do que apenas ter uma parte pequena nele, se pudermos fazer isso. Vigor é energia, força ou potência eficiente. Esforçar-se vigorosamente significa ser enérgico ou forte; é ação intensificada. O vigor é a antítese da fraqueza ou da lassidão. Não se esqueça de que os cristãos devem fazer discípulos e batizá-los. (Mat. 28:19, 20) Fazer verdadeiros discípulos não é coisa pequena; requer esforço persistente e intensificado durante meses ou talvez anos. Mas há grande alegria em ensinar outros e ver seu progresso. Assim como pais devotos e amorosos estão prontos para ajudar seu filho a progredir à madureza física, mental e emocional, assim as testemunhas cristãs de Jeová estão ansiosas de ajudar os estudantes da Bíblia a fazer progresso e sentem alegria extraordinária ao verem pessoas com quem estudam a Bíblia progredir em conhecimento e entendimento ao ponto de também se tornarem servos ativos de Deus.
20. Eram zelosos os primitivos cristãos, e com que resultado?
20 Visto que os primitivos cristãos seguiam seu Exemplo, eles eram trabalhadores enérgicos, evangelizadores realmente zelosos. A partir de Pentecostes de 33 E. C., quando Pedro “dava cabalmente testemunho e os exortava”, com o resultado de que 3.000 pessoas foram acrescentadas naquele dia, o cristianismo era uma força dinâmica impelida com vigor e destemor. Surgiram oposição e perseguição, mas os cristãos persistiram denodadamente. “Também os apóstolos continuavam com grande poder a dar testemunho a respeito da ressurreição do Senhor Jesus; e sobre todos eles havia benignidade imerecida em grande medida.” Os apóstolos, milagrosamente libertos da prisão e exortados pelo anjo de Jeová a continuar, foram acusados de terem enchido Jerusalém com seu ensino. Mesmo espancados e proibidos de fazer isso, persistiram sem cessar no seu ensino e na sua pregação, “alegrando-se porque tinham sido considerados dignos de serem desonrados a favor do nome dele. E cada dia, no templo e de casa em casa, continuavam sem cessar a ensinar e a declarar as boas novas a respeito do Cristo, Jesus”. (Atos 2:40; 4:33; 5:28, 41, 42) Quando os cristãos foram espalhados pela perseguição, eles “iam pelo país declarando as boas novas”, e, “deveras, a congregação através de toda a Judéia, e Galiléia, e Samaria, entrou então num período de paz, sendo edificada; e, como andava no temor de Jeová e no consolo do espírito santo, multiplicava-se”. (Atos 8:4; 9:31) Como eram atarefados e emocionantes, mas também alegres, aqueles tempos para os cristãos!
REVITALIZADOS OS CRISTÃOS MODERNOS
21. Que espírito caracteriza a atividade das testemunhas de Jeová nos tempos modernos?
21 Nos tempos modernos, restabeleceu-se e revitalizou-se o espírito de esforço vigoroso, característico dos primitivos cristãos. Como se cumpriria a antiga profecia: “Teu povo se oferecerá voluntariamente no dia da tua força militar”? (Sal. 110:2, 3) O Filho-Rei de Jeová já está entronizado em poder e tem estado ‘subjugando no meio dos seus inimigos’. Um historiador moderno, tomando um conceito amplo da atividade das testemunhas cristãs dos nossos dias, observou: “As Testemunhas de Jeová têm coberto literalmente a terra com o seu testemunho. . . . Pode-se dizer verdadeiramente que nenhum grupo religioso no mundo demonstrou mais zelo e persistência em procurar difundir as boas novas do Reino do que as Testemunhas de Jeová.” — These Also Believe, de C. S. Braden (Nova Iorque, 1950: The Macmillan Co.), p. 370.
22. O que se pode dizer sobre a recente expansão global da obra?
22 O povo de Jeová havia literalmente expandido sua pregação nos tempos modernos até os quatro cantos da terra, mas os esforços comentados pelo historiador Braden foram apenas o começo. Ainda havia de vir o que foi revelado no livro As Testemunhas de Jeová no Propósito Divino (Brooklyn, Nova Iorque, 1959: Watchtower Bible and Tract Society): “De modo que, especialmente a partir de 1945, realmente estava em progresso uma expansão global. Havia chegado o tempo para mais inúmeros dos da grande multidão se manifestarem, e estes continuaram a vir à associação com a sociedade do Novo Mundo literalmente aos milhares, para participarem na obra de pregação. A porta do serviço teocrático achava-se então bem aberta, pelo menos por alguns anos, e esta companhia unida de zelosos proclamadores das boas novas do reino de Deus passaram por ela em multidões para os campos férteis, prontos e esperando ser ceifados.” (P. 221, em inglês) Não havia ali nenhuma sonolência espiritual, e quão benditos e felizes foram os tempos para os que participaram plenamente na obra de expansão global!
23. Por que continuarão as testemunhas de Jeová a trabalhar arduamente com paciência?
23 Não há dúvida de que servir a Jeová com fidelidade e zelo envolve trabalho. Seus servos continuam a esforçar-se vigorosamente, sem cessar, e a bênção dele continua a ser derramada sobre eles. Levam uma vida atarefada e feliz, sem monotonia ou tédio, sentindo-se gratos pelos privilégios de serviço que têm e felizes de estarem ocupados. Dedicaram toda a sua vida a Jeová e estão decididos a se empenhar realmente de toda a alma no Seu serviço, sabendo que, por fazerem isso, obterão a vida. (Luc. 10:27, 28) Não são os bens materiais e o conforto ou sossego pessoal que ocupam o primeiro lugar na sua vida, com apenas o mínimo empenho no ministério cristão. Despertos aos desenvolvimentos destes “últimos dias”, adotam o proceder de trabalho árduo advogado por Tiago, assim como o lavrador aguarda a sua colheita com expectativa paciente. “Portanto, exercei paciência, irmãos, até a presença do Senhor. Eis que o lavrador fica esperando o precioso fruto da terra, exercendo paciência com ele, até que venha a chuva temporã e a chuva serôdia. Vós também exercei paciência; firmai os vossos corações, porque se tem aproximado a presença do Senhor.” — Tia. 5:7, 8.
24. Qual é o modo de se manter a alegria em Jeová, e qual será o resultado?
24‘ Esforce-se vigorosamente’, é a exortação de Jesus a todos os que querem ser salvos. ‘Não seja indolente nos seus quefazeres’, repete Paulo, lembrando aos cristãos a urgência. Este é o modo de se manter a alegria em Jeová, pegando e fazendo com sua força o que tem de ser feito, enquanto tem vida. Daí, quer continue a viver, não sentindo o aguilhão da morte antes de Jeová introduzir o seu glorioso novo sistema de coisas, quer adormeça na morte à espera da ressurreição, Jeová se lembrará de sua pessoa com um “salário perfeito”. “Conseqüentemente, meus amados irmãos, tornai-vos constantes, inabaláveis, tendo sempre bastante para fazer na obra do Senhor, sabendo que o vosso labor não é em vão em conexão com o Senhor.” — Rute 2:12; 1 Cor. 15:58; Ecl. 9:7, 10.
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Os verdadeiros cristãos não são preguiçosos; fazem trabalho honesto para sustentar sua família.
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Precisamos tomar a peito que o preguiçoso sai perdendo — não só materialmente, mas também quanto a ter a aprovação de Deus.
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Esforça-se vigorosamente em revisitar os interessados e em fazer discípulos?