As obrigações adicionais do superintendente
“Pastoreai o rebanho de Deus que está aos vossos cuidados, . . . com anelo; . . . tornando-vos exemplos para o rebanho.” — 1 Ped. 5:2, 3.
1. (a) Para que obrigações adicionais tem Deus feito provisão? (b) O que faz com que alguns cristãos procurem estas obrigações adicionais?
NO ARTIGO prévio foi estabelecido que há obrigações que descansam sobre todos os cristãos. Todos têm uma obrigação para com Deus por motivo de sua dívida para com Deus, por motivo de seu voto de dedicação e por motivo das ordens ou leis de Deus no sistema cristão de coisas. Além das obrigações primárias que descansam sobre todos os cristãos, Deus tem feito provisão para que os cristãos procurem e assumam obrigações adicionais como superintendentes de congregação, de circuito ou de distrito, ministros pioneiros de tempo integral, missionários ou membros de um dos lares de Betel da Sociedade Torre de Vigia. O que é que faz com que alguns procurem obrigações adicionais? É o desejo de fazer mais. “Se algum homem procura alcançar o cargo de superintendente, está desejoso duma obra excelente.” (1 Tim. 3:1) Tal desejo é voluntário, mas procede dum sentimento de obrigação para com Deus. A profundeza do amor e da devoção da pessoa, o grau de apreciação e gratidão para com Deus, segundo a plena consciência da dívida da pessoa para com Deus, tudo isso a move a ver a que ponto está obrigado a utilizar seu tempo e suas habilidades ao máximo possível no serviço de Jeová. — Col. 1:9-11.
2, 3. (a) Que textos indicam que o cristão deveria desejar aumentar seu serviço? (b) Como foi que Jesus mostrou que outros deveriam assumir as obrigações de pastorear?
2 Nossa dedicação nos obriga a procurar a espécie correta de trabalho. A bondade imerecida de Deus obriga o cristão maduro a assumir mais obras boas. “Por esta benignidade imerecida é que fostes salvos por intermédio da fé; . . . é dádiva de Deus. . . . Pois nós somos produto de sua obra e, em união com Cristo Jesus, fomos criados para boas obras, que Deus preparou de antemão para andarmos nelas.” (Efé. 2:8-10; Col. 1:28, 29) E para que “sejais feitos poderosos” e para que fiqueis “cheios de toda a plenitude dada por Deus”, isso subentende crescer a maior capacidade e assumir maior responsabilidade. (Efé. 3:16, 19) Assim como as “dádivas em homens” eram para ajudar a congregação a se tornar ‘Tomem plenamente desenvolvido”, atingindo a medida do crescimento que pertence à plenitude do Cristo, assim, tais dádivas são para ajudar o cristão individual a aumentar sua capacidade para o serviço e para assumir, individualmente, mais obrigações. — Efé. 4:8, 11-13.
3 Cristo é o exemplo; era um bom pastor e jamais se esquivou de obrigações adicionais. Treinou seus apóstolos a assumir as obrigações como pastores e mostrou-lhes o que era requerido. “Quem quiser tornar-se grande entre vós, tem de ser o vosso ministro.” (Mat. 20:25, 26) Ordenou-lhes que fossem pastores: “Pastoreia minhas ovelhinhas.” (João 21:15-17) Não só os apóstolos, mas outros teriam de assumir as obrigações de pastores, se haviam de fazer discípulos de pessoas de todas as nações. (Mat. 28:19, 20; Atos 14:21-23; 20:18, 28) Por conseguinte, o cristão que tem as habilidades e as qualificações tem por obrigação procurar privilégios adicionais de serviço, e seu amor a Deus deve motivá-lo a assumir com disposição tais obrigações. — 1 Ped. 5:2.
4. (a) Que habilitações deve ter a pessoa para se tornar superintendente? (b) Quais são algumas das obrigações do superintendente, segundo as Escrituras?
4 O que se requer dum superintendente? Que obrigações assume? Como é que se torna disponível para esta espécie correta de trabalho? A pessoa tem de ter as necessárias habilitações espirituais, bem com certas habilidades naturais. A pessoa tem de ter tido alguma experiência em servir a Jeová e a oportunidade de provar como Jeová trata com aqueles que aplicam a sua Palavra, e tem de ter desenvolvido certa confiança em Jeová. E a pessoa tem de ser disposta. Os superintendentes têm a obrigação de ‘pastorear o rebanho de Deus . . . tornando-se exemplos para o rebanho’. (1 Ped. 5:2, 3) Cada um tem de prestar atenção ao seu ensino. (1 Tim. 4:6, 11-16; Tito 1:9) Tem de ser um pregador da Palavra. (2 Tim. 4:2) E tem de treinar outros para ser pregadores. (2 Tim. 2:2) Como pastor, tem de poder alimentar espiritualmente e conduzir e dirigir. Além de promover obras corretas, tem a obrigação de inspecionar e corrigir as coisas. Como pastor, tem de proteger de dano as ovelhas, e isto envolve repreender os que cometem o erro, e expulsar os malfeitores quando necessário. (1 Tim. 5:20, 21) O folheto de instruções que é provido para todas as dedicadas testemunhas cristãs e que explica a função da congregação, declara neste respeito: “São numerosos os deveres do servo de congregação, mas podem ser resumidos por se dizer que ele tem a supervisão geral sobre a congregação e deve dar o exemplo correto em zelo e liderança.”
5, 6. (a) Esbocem as obrigações do superintendente na congregação, hoje em dia. (b) Como é possível o superintendente cuidar de todas elas?
5 Portanto, as suas obrigações poderiam ser esboçadas como segue: Ele tem primeiro de tudo de cumprir as obrigações primárias que cabem a todos os cristãos, conforme delineadas no artigo precedente. Tem de ser pregador das boas novas e tem de cuidar devidamente de sua esposa e família, de modo espiritual e material, e tem de conduzir-se em tudo de maneira reta, honesta e moralmente limpa. Além disso, tem de liderar o treinamento e o ensino de outros na obra de pregação; tem a obrigação de organizar e administrar as necessidades da congregação na pregação, em fazer arranjos para o treinamento de outros, em fazer arranjos para a correta cobertura do território pela pregação, em seguir todas as campanhas da obra de testemunho. Fará arranjos para as cinco reuniões diferentes e bem-preparadas para a instrução de toda a congregação no ensino bíblico e nos conselhos práticos para a pregação, certificando-se de que todos que participem em instruir estejam bem preparados e sejam habilitados para ensinar.
6 Sua obrigação como pastor significa cuidar das necessidades espirituais da congregação como um todo e como indivíduos, visitando as pessoas diferentes e dando ajuda e conselho, segundo as suas necessidades individuais. Estará alerta para ajudar as pessoas a evitar caírem na prática do erro, dando conselho admoestador no tempo apropriado. (Gál. 6:1) Tudo isto envolve muitos pormenores, manter a supervisão do trabalho de seus muitos ajudantes, verificar que seja mantido o devido registro da atividade dos membros da congregação, que haja, conforme a necessidade, suficientes suprimentos de publicações, de revistas e de materiais para se anunciar os discursos públicos, que sejam providenciados de antemão todos os oradores, que seja corretamente organizada a cobertura de território na pregação de casa em casa, e que o Salão do Reino seja mantido apresentável e adequado como lugar de instrução. O superintendente tem muitas obrigações e ele só pode cumpri-las devidamente se tiver a plena cooperação e o pleno apoio de todos na congregação.
7. Que obrigações se tornam ainda mais obrigatórias para o superintendente, e como foi que Jesus mostrou isto?
7 Estas obrigações são importantíssimas porque a vida de muitas pessoas pode estar envolvida em cuidar ele devidamente das necessidades espirituais delas. Mas, mesmo assim, importantes como sejam, desincumbir-se das mesmas não livra o superintendente da obrigação primária de pregar, de cuidar de suas obrigações familiares e de levar uma vida limpa. (Luc. 11:42) Ora, por causa de sua posição de superintendente, torna-se ainda mais obrigatório que cuide destas obrigações primárias, porque é o exemplo ou padrão que outros imitarão. “De todo aquele a quem muito foi dado, muito se reclamará dele; e a quem encarregaram de muito, deste reclamarão mais do que o usual.” — Luc. 12:48.
8. Que atitude sempre mostrará o superintendente em seus tratos com outros?
8 Todavia, apesar das muitas obrigações importantes que descansam sobre o superintendente, jamais se tornará obstinado ou orgulhoso. Terá presente que é apenas um escravo de Jeová, fazendo aquilo que devia fazer. (Luc. 17:10) Lembrar-se-á de que o rebanho ou a congregação não é seu, mas de Jeová, e está sob os cuidados do Pastor Excelente, Cristo Jesus. (1 Ped. 5:3, 4) Permanecerá humilde e modesto e aplicará os métodos que Jeová usa ao tratar com suas “ovelhas”: “Como pastor [Jeová] apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seu regaço: as que amamentam, ele guiará mansamente.” — Isa. 40:11, Al.
9. (a) Quais são outras obrigações que cabem a alguns na congregação? (b) Que principio tem de ter presente cada ajudante ministerial?
9 Quanto ao servo ajudante de congregação, o servo de estudos bíblicos e outros ajudantes ministeriais, todos estes têm as obrigações primárias mencionadas no artigo anterior. (1 Tim. 3:8-13) Além disso, têm de assumir a liderança em ensinar a outros de casa em casa, nas revisitas e nos estudos bíblicos. E, de acordo com a designação especial que cada um tem recebido, cuidará de todos os pormenores envolvidos, quer seja a organização e a supervisão da cobertura do território, a verificação de que haja em mãos suficiente suprimento de publicações e de revistas bíblicas, manter os registros devidos da atividade de serviço ou das contas, ou dirigir uma ou outra das reuniões de instrução. Cada servo será diligente de aprender bem sua tarefa e ser fiel em seu desempenho dela. “O que se procura nos mordomos é que o homem seja achado fiel.” — 1 Cor. 4:2.
10. Que obrigações têm assumido os superintendentes viajantes, e, todavia, o que têm de ter presente?
10 Daí, há os superintendentes viajantes de circuito e de distrito. Estes também têm todas as obrigações primárias dos cristãos, e precisam liderar em ensinar a outros em todas as fases do testemunho. Tais homens têm a responsabilidade de inspecionar as organizações congregacionais e de instruir a todos os que têm posições de responsabilidade, em todos os seus deveres. Além disso, têm obrigações em relação com a organização e o programa das assembléias de circuito semestrais e outras assembléias maiores que são organizadas. Todavia, importantes e de amplo alcance como sejam estas, não livram a tais superintendentes das obrigações primárias de pregar, de estudar, e, se casados, de cuidar de suas esposas, bem como de viverem vidas limpas e de boa moral.
11. (a) Que obrigações têm assumido os ministros de tempo integral e os missionários? (b) Que princípio bíblico têm estes de ter presente, e quem mais se deve orientar por eles?
11 Daí, há os ministros de tempo integral, pioneiros e pioneiros especiais e missionários. Estes também têm todas as obrigações primárias de pregar as boas novas e de levar vidas cristãs exemplares. Têm assumido também as obrigações adicionais de pregar certo número de horas cada mês. E se têm obrigado a ajustar sua vida e seus gostos pessoais em alguns respeitos às necessidades particulares do território; especialmente os missionários têm esta obrigação. O princípio bíblico aqui é: “Fiz-me escravo de todos, para ganhar o máximo [de pessoas]. . . . Tornei-me todas as coisas para pessoas de toda sorte, para de todos os modos salvar a alguns. Mas faço todas as coisas pela causa das boas novas, para tornar-me compartilhador delas com outros.” (1 Cor. 9:19-23) Sim, a maneira de viver das pessoas, seus hábitos e seu modo de pensar estabelecem obrigações definidas sobre os ministros que gostariam de ajudá-las; precisam adaptar-se a tais, ser pacientes e estar dispostos a suportar muitas inconveniências sem se queixarem, ao ajudarem estas pessoas a entrar no caminho da vida. Aqueles que servem onde há mais necessidade, bem como os que pensam em fazer isso, fariam bem de ter presente este princípio missionário de 1 Coríntios 9:19.
12. Que obrigações têm aqueles que servem em um dos lares de Betel, escritórios ou gráficas da Sociedade?
12 Os que servem em uma das sucursais e lares de Betel da Sociedade, de onde são enviadas para as congregações as publicações e as revistas, também têm as obrigações cristãs primárias. Além disso, por fazerem petição e aceitarem servir no lar de Betel, tais pessoas assumiram a obrigação de cooperar com o inteiro arranjo no lar, de serem fidedignas e merecedoras de confiança, e de cuidarem devidamente do trabalho designado. Estas pessoas têm a obrigação de se esforçar em produzir trabalho de melhor qualidade e de aumentar a produção. O cuidado consciencioso do equipamento e dos materiais confiados a elas é uma obrigação. Os designados a cuidar da correspondência têm a obrigação de ser diligentes, solícitos e de dar bons conselhos baseados na Bíblia, e de fazer isto com o desejo urgente de ajudar, mostrando amor, bondade e prestimosidade.
HABILITAR-SE A CUMPRIR AS OBRIGAÇÕES DUM SUPERINTENDENTE
13. (a) Que habilitações bíblicas são necessárias para o superintendente? (b) Que principio bíblico se aplica em determinar se a pessoa deva ser recomendada, e como poderia alguém preparar-se para tal serviço?
13 Se alguém for superintendente, ou procurar o excelente trabalho de superintendente, é bom que saiba exatamente quais são as habilitações necessárias. Primariamente, há habilitações bíblicas, conforme delineadas em 1 Timóteo 3:1-10 e Tito 1:1-9. Ele tem de possuir os frutos do espírito. (Gál. 5:22, 23) Tem de ser cristão maduro, bem equilibrado, bem alicerçado nas Escrituras e na verdade presente. Tais habilitações tem de ter antes de ser designado superintendente. “Também, sejam estes primeiro examinados quanto à aptidão, e então sirvam como ministros, estando livres de acusação.” (1 Tim. 3:10; Êxo. 18:21) Há também certas habilitações ou aptidões naturais necessárias para se cuidar das obrigações, e estas podem ser aperfeiçoadas com esforço, estudo e treinamento. Por conhecer quais são, quem assume as obrigações de superintendente pode saber preparar-se, e saber de que modo deve esforçar-se de progredir.
14, 15. (a) Que perícias devem ser especialmente desenvolvidas pelo superintendente, de modo que possa cuidar devidamente de sua designação? (b) Por que são estas tão importantes?
14 Algumas destas habilitações poderiam se colocadas na categoria de perícias. Por exemplo, o superintendente precisa ser perito na arte de ensinar. (1 Tim. 3:2; 4:13, 16; 2 Tim. 2:2, 15, 24; 4:2; Tito 1:9) Tem de poder ensinar a sã doutrina proveniente da Bíblia, explicar claramente as profecias e dar conselhos quanto a se viver segundo os princípios bíblicos. Tem de poder ensinar de modo que seus ouvintes entendam e se encham do desejo de aplicar o conhecimento. O superintendente também tem de ser perito em ensinar outros a ensinar, perito em ensinar seus ajudantes quanto aos deveres deles, perito em planejar as reuniões de instrução, de modo que seja usada uma variedade de métodos eficazes de ensino, discursos, palestras, perguntas e respostas, e demonstrações, ou cenas vívidas. Por usar o livro Qualificados Para Ser Ministros, e observar os métodos de ensino usados nas publicações da Sociedade e nas assembléias, o superintendente terá muitas idéias para usar.
15 Ele precisa de perícia em compreender ou captar as idéias do que lê e ouve, entendendo os pontos principais e sua relação, de modo que possa explicar os mesmos a outros. Precisa de perícia em falar, de modo que possa formular suas idéias e expressá-las clara e coerentemente. (Efé. 3:18-21) Outra perícia é a arte de ouvir. É muito importante que o superintendente aprenda a ser bom ouvinte, a ouvir o que realmente se diz, não simplesmente o que ele acha que se diz. Só deste modo pode ajudar realmente as pessoas que necessitam de conselhos espirituais. Só por ser bom ouvinte pode realmente aplicar o conselho necessário dado a ele. Tem de aprender a lembrar-se com precisão de instruções orais. Precisa de certa perícia em escrever, podendo formular devidamente perguntas à Sociedade, e fazer relatórios sobre certas situações. Tem de aprender a escrever de modo completo, claro e compreensível, evitando a ambigüidade.
16. Que conhecimento deve o superintendente esforçar-se de ter?
16 Outra categoria de habilitações poderia ser chamada de conhecimento, conhecimento dos ensinos bíblicos, das profecias e da história bíblica, bem com dos princípios bíblicos. Sim, o domínio desse conjunto inteiro de ensino que conhecemos como “a verdade”. “Apega-te ao modelo de palavras salutares que ouviste de mim.” (2 Tim. 1:13) Daí, há o conhecimento da organização das testemunhas de Jeová, de sua história e seu funcionamento, e de suas diretrizes operacionais. Além disso, há o conhecimento de natureza especial, referente à congregação, a manutenção de registros, contabilidade, e conhecimento das coisas práticas relacionadas com o cuidado do Salão do Reino. Todo este conhecimento pode ser adquirido.
17. (a) Que hábitos deve cultivar o superintendente? (b) Como podem os hábitos dele influenciar a outros?
17 Os hábitos também são um campo de habilitações em que o superintendente pode fazer progresso. Desejará cultivar hábitos úteis e edificantes. É bom examinar a si mesmo de vez em quando. Os hábitos que não são edificantes deveriam ser descontinuados, porque os hábitos podem transformar-se numa norma de pensamento. Evite associações que corrompam hábitos úteis. (1 Cor. 15:33) Cultive bons hábitos de estudar, o hábito de assistir regularmente às reuniões e de participar regularmente na pregação. Cultive o hábito útil de começar a preparar as suas designações em boa hora, quer sejam um curto discurso de estudante, uma designação da reunião de serviço ou um discurso de uma hora. Bons hábitos de linguagem na vida diária, de se vestir e de porte serão bons para o superintendente, visto que outros se inclinam a imitá-lo. E o mesmo se aplica a seu hábitos de comer, de beber e de divertir-se; que estes sejam moderados. — 1 Tim. 3:3; Tito 2:2.
18. Que atitudes devem ser desenvolvidas pelo superintendente, e o que é especialmente importante?
18 Um quarto campo de habilitações é a atitude. Esta deve ser positiva, a disposição de fazer com suas energias tudo o que possa fazer, e a atitude deve ser alegre. “Alegrai-vos sempre no Senhor. Mais uma vez direi: Alegrai-vos!” (Fil. 4:4; 1 Tes. 5:16) Faça tudo que puder para ser prestimoso e considerado para com os outros. Disponha-se a admitir seus próprios erros e a aprender deles. Mostre respeito pela organização visível de Deus, seja cooperador e pronto a obedecer às instruções teocráticas e disposto a aceitar conselhos.
19. (a) O que acham alguns de assumir obrigações adicionais como superintendentes? (b) Que ajuda tinha Paulo que se acha disponível a todos os cristãos?
19 Por estar a par destes campos de habilitações naturais para cumprir as obrigações dum superintendente, a pessoa pode entender melhor onde esforçar-se de melhorar. Mas, alguns se sentem incapazes de assumir mais responsabilidade do que já têm em cuidar de suas famílias e em pregar as boas novas. Outros que eram superintendentes têm desistido disso, sendo incapazes de suportar a responsabilidade. Por que será que isto acontece? Será porque as cargas são grandes demais? Será que apenas algumas pessoas muito capazes podem suportá-las! Não escreveu o apóstolo Paulo: “Para todas as coisas tenho força em virtude daquele que me confere poder”? (Fil. 4:13) Será limitada a mão de Jeová? De jeito nenhum.
20, 21. (a) Que coisas poderiam ser a causa de as cargas se tornarem grandes demais para o superintendente? (b) Que princípios bíblicos tem de aprender, se há de poder assumir estas obrigações?
20 Aqueles que acham que as cargas do trabalho secular e da família são tão grandes que não têm o vigor espiritual para agüentarem mais, podem crescer espiritualmente. Talvez seja uma questão de atitude. Será que a pessoa aceita com disposição, com regozijo, as cargas adicionais, ou será com ressentimento? As cargas do ofício não serão grandes demais se a pessoa mantiver sua saúde espiritual e for feliz. Jeová concederá forças a tal superintendente. Mas, o ressentimento mina as forças da pessoa, esgotando-as. Talvez aconteça que alguém que desistiu tenha deixado de esforçar-se em progredir nas habilitações naturais necessárias, ou falhou nas habilitações espirituais. Talvez aconteça que o superintendente deixou de aprender a lançar sua ansiedade sobre Jeová. “Humilhai-vos, portanto, sob a mão poderosa de Deus, . . . ao passo que lançais sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (1 Ped. 5:6, 7) Já aprendeu a lançar a sua ansiedade sobre Jeová! Exige disposição de esperar em Jeová, antes de insistir que as coisas saiam do jeito que deseja. Mas, é a pessoa ter esperança em Jeová e esperar por ele que dá forças. (Isa. 40:31) A ansiedade pode tornar-se uma carga, se o superintendente for perfeccionista, exigindo demais dos outros, bem como de si próprio. O superintendente talvez se sinta desanimado porque acha que não tem bastantes ajudantes capazes, mas precisa aprender a trabalhar com aqueles disponíveis a ele, ajudando-os a crescer, assim como ele tem sido ajudado.
21 Naturalmente, a pressão pode vir da ansiedade a respeito de outras coisas, a dessatisfação com o trabalho secular da pessoa, a ansiedade quanto a coisas materiais, o desejo de coisas deste mundo que são desnecessárias. “Parai de estar ansiosos pelas vossas almas, quanto a que haveis de comer ou quanto a que haveis de beber ou pelos vossos corpos, quanto a que haveis de vestir.” (Mat. 6:25-33; 1 Tim. 6:1-10) Este é conselho bem saudável de alguém que teve de suportar muitas cargas. E, importantíssimo: “Não estejais ansiosos de coisa alguma, mas em tudo, por oração e súplica, junto com agradecimento, fazei conhecer as vossas petições a Deus; e a paz de Deus, que excede todo pensamento, guardará os vossos corações e as vossas faculdades mentais por meio de Cristo Jesus.” (Fil. 4:6, 7) Este é conselho vital para todo superintendente que desejar ter êxito em sua designação, e tem de acatá-lo bem.
22, 23. (a) Como é que a pessoa se torna disponível para as responsabilidades dum superintendente? (b) Que princípios bíblicos o ajudarão a ter êxito?
22 Como é que a pessoa se torna disponível para as responsabilidades de ser superintendente? Não por se lançar à frente, lisonjeando um superintendente ou falando de suas próprias qualidades superiores para a designação. Nem é por tentar criar o sentimento de apoio entre outros na congregação, por meio de criticar os atuais servos, segundo a maneira de Absalão. (2 Sam. 15:2-6) Não, é, antes, por primeiro desincumbir-se devidamente de todas as obrigações primárias dos cristãos, mencionadas no artigo precedente. Por progredir em aperfeiçoar os frutos do espírito. Então, por demonstrar zelo, diligência e regularidade em apoiar todas as reuniões congregacionais e atividades de serviço. Por tomar parte no programa de treinamento, mostrando disposição de ajudar a outros, e todas estas coisas. Estas são observáveis a outros. Foi assim que Timóteo se tornou disponível para responsabilidades adicionais. “Os irmãos . . . davam dele bom relato.” (Atos 16:2; 1 Tim. 4:12-16) É também vital ser fiel no desempenho de cada obrigação, não importa quão pequena ou insignificante talvez pareça ser. “Quem é fiel no mínimo, é também fiel no muito.” — Luc. 16:10.
23 Portanto, todos os leitores que puderem, procurem as obrigações adicionais, o excelente trabalho de ser superintendente. E aqueles que são superintendentes, assumam as suas obrigações adicionais. “Pastoreai o rebanho de Deus que está aos vossos cuidados, não sob compulsão, mas espontaneamente; nem por amor de ganho desonesto, mas com anelo; nem como que dominando sobre os que são a herança de Deus, mas tornando-vos exemplos para o rebanho.” — 1 Ped. 5:2, 3.