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  • O que é a “primeira ressurreição”?

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  • O que é a “primeira ressurreição”?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1974
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1974
w74 1/7 pp. 406-409

O que é a “primeira ressurreição”?

CRÊ numa ressurreição? Quer dizer, que os mortos voltarão à vida? A Bíblia diz: “Há de haver uma ressurreição tanto de justos como de injustos.” (Atos 24:15) Parece-lhe forçada tal idéia?

Na realidade, não deveria parecer estranha. É verdade que todos nos sabemos que somos muito complexos na nossa constituição física e mental. Mas, na realidade, nossa constituição básica está toda representada nas células de nosso corpo, especialmente nos quarenta e seis cromossomos no núcleo de cada célula. Além disso, nosso ambiente e nossas experiências conjugam-se com nossa herança genética para produzir o que somos. Então, por que deveria ser considerado muito difícil de o Criador reconstituir este padrão — o arranjo químico e estrutural exato das células, junto com o padrão de memória? Seria mais fácil do que a projeção das células por ocasião da criação do homem, com o “mecanismo” original e o potencial de expressar nossas características individuais e a capacidade de transmitir as combinações genéticas aos filhos. O Criador fez isso no início. — Sal. 139:13-15; Gên. 5:3.

Mas, que dizer da “alma”? Ora, em primeiro lugar, temos de reconhecer o fato bíblico de que cada criatura vivente tem um organismo ou corpo, quer celestial, quer terrestre. (1 Cor. 15:40) Portanto não há tal coisa como um ‘espírito desencarnado’, tal como de que os médiuns espíritas falam. A “alma” é a pessoa, incluindo tanto a personalidade como o organismo. Em todas as Escrituras, mostra-se todos os atributos humanos, mentais, físicos e espirituais, manifestados pela alma vivente, a pessoa vivente. (Lev. 7:18, 20, 21; 23:30; Sal. 105:18) É o funcionamento do organismo ou corpo que expressa a personalidade. O corpo morto, sem “espírito” ou força de vida, ou sem o fôlego que sustenta a força de vida, não tem personalidade, não tem atividade. (Gên. 7:22; Tia. 2:26; Ecl. 9:5, 10) Portanto, não é mais uma alma vivente. A alma morreu, deixou de existir. — Eze. 18:4.

A “ALMA” É RESSUSCITADA

Por conseguinte, o que teria Deus de fazer para ressuscitar uma pessoa? Ele teria de fazer um corpo com as mesmas peculiaridades, restabelecendo-lhe também a memória, que forneceu à pessoa as características que adquiriu durante a sua vida. Assim se restabeleceria a alma inteira. A pessoa poderia assim identificar-se. Senão, seria como uma vítima de amnésia, incapaz de dizer quem é ou o que fez no passado.

O salmista escreveu, dirigindo-se a Jeová: “Teus olhos viram até mesmo meu embrião, e todas as suas partes estavam assentadas por escrito no teu livro, referente aos dias em que foram formadas, e ainda não havia nem sequer uma entre elas.” (Sal. 139:16) Se Jeová é capaz de ver e guardar um registro das peculiaridades duma criança assim que ocorrem a concepção e as combinações genéticas, por que não poderia ter um registro exato segundo o qual pudesse reconstituir a pessoa falecida? — Veja Gênesis 25:23; Romanos 9:11-13.

Que dizer do corpo da pessoa? Sabemos que os átomos que compõem o corpo humano são apenas blocos de construção. Não têm personalidade. Então, precisa o corpo ressuscitado ser o mesmíssimo, quer dizer, o mesmo corpo preservado ou composto dos mesmos átomos reunidos novamente? É evidente que não. Por exemplo, alguém talvez tenha falecido e os elementos atômicos de seu corpo em decomposição talvez tenham nutrido uma árvore frutífera perto de sua sepultura. Outras pessoas talvez tenham comido os frutos. Portanto, os corpos de muitas pessoas conteriam então estes átomos. Torna-se claro que, na ressurreição, nem todos os corpos poderiam ter os mesmos átomos de volta.

Alguns talvez objetem a isso, dizendo que, neste caso, a pessoa seria apenas uma “cópia”, mas não a própria pessoa. Seria como que a reprodução dum vídeotape, apenas uma “lembrança’, da memória de Deus, dizem eles. Mas, eles se esquecem de que, mesmo agora, a maior parte de nosso corpo constantemente se gasta e é substituída. É por isso que temos de comer. Em sete anos, mais ou menos, o organismo da pessoa é virtualmente um corpo diferente. Até mesmo tem uma aparência diferente. Contudo, não a consideramos ainda como sendo a mesma pessoa? Claro que sim. Quando a mãe vê um filho perdido há muito tempo, mesmo que sua aparência tenha mudado e que tenha adquirido novas peculiaridades, suas características básicas são as mesmas, e a mãe não demora em reconhecê-lo. E ela o aceita como seu filho.

Poderíamos ilustrar isso ainda mais: Alguém morre. Talvez tenha sido terrivelmente mutilado num acidente, ou seus pulmões, fígado ou outros órgãos tenham sido parcialmente destruídos por alguma doença. É evidente que ele terá de voltar com um corpo renovado ou restabelecido, se há de continuar a viver após a sua ressurreição. Ele não é mera “cópia”, mas, antes, é a mesma pessoa, restabelecida, de modo que pode funcionar como “alma”. O corpo de Lázaro, por exemplo, sofreu grande decomposição, pois, conforme a irmã de Lázaro, Marta, disse a Jesus junto à sepultura: “Senhor, ele já deve estar cheirando, porque já faz quatro dias.” (João 11:39) No entanto, quando foi ressuscitado por Jesus, ele não era uma cópia, mas Lázaro, e foi reconhecido como Lázaro por Jesus Cristo, também por si mesmo e por sua família.

CONCEITO CERTO E ERRADO DA “PRIMEIRA RESSURREIÇÃO”

No entanto, o que se quer dizer com a expressão “primeira ressurreição”? “Primeiro” pode significar primeiro em tempo e/ou primeiro em qualidade. Esta ressurreição, portanto, deve destacar-se como algo especial. Quem recebe tal ressurreição?

Declarado resumidamente, a “primeira ressurreição aplica-se aos primeiros que voltam à plenitude da vida. Tal plenitude de vida não foi recebida pelas pessoas ressuscitadas pelos primitivos profetas, e mais tarde por Jesus Cristo e pelos apóstolos. Eles morreram novamente. Isto se deu porque Jesus Cristo ainda não havia entrado no poder do Reino para julgar as pessoas e para recompensar seus servos fiéis.

Considere agora a descrição bíblica da “primeira ressurreição” conforme dada numa visão ao apóstolo João. João relata:

“Eu vi tronos, e havia os que assentavam neles, e foi-lhes dado poder para julgar. Sim, vi as almas dos executados com o machado, pelo testemunho que deram de Jesus e por terem falado a respeito de Deus, e os que não tinham adorado nem a fera nem a imagem dela, e que não tinham recebido a marca na sua testa e na sua mão. E passaram a viver e reinaram com o Cristo por mil anos. (Os demais mortos não passaram a viver até terem terminado os mil anos.) Esta é a primeira ressurreição. Feliz e santo é todo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes a segunda morte não tem autoridade, mas serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele por mil anos.” — Rev. 20:6.

Embora “executados com o machado”, note que não foram vistos por João como “almas” sem cabeça. Antes, eram pessoas de capacidade mental para julgar. No entanto, a fim de ocuparem tronos nos céus, não podiam ter corpos humanos, mas sim corpos espirituais. Com respeito à ressurreição deles, o apóstolo Paulo escreveu: “Semeia-se [na morte] corpo físico, é levantado corpo espiritual.” — 1 Cor. 15:44.

Mas, alguém talvez pergunte: Não é esta “primeira ressurreição” o ‘renascimento espiritual’ que ocorre como um dos primeiros acontecimentos na carreira do cristão? Não é aquilo de que o apóstolo Paulo falou quando salientou para a congregação colossense que a circuncisão cristã não era literal, na carne? Ele escreveu: “É a circuncisão de Cristo . . . Sepultados com ele no batismo, ressuscitastes igualmente com ele por vossa fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. E a vós que estáveis mortos por vossos pecados e pela incircuncisão de vossa carne, Deus vos fez reviver com ele. Perdoou-nos todos os nossos pecados!” — Col. 2:11-13, Lincoln Ramos; veja Efésios 2:1-6.

A Nova Enciclopédia Católica (em inglês; direitos autorais de 1967) adota este conceito, dizendo, sob o verbete “Milenarismo”:

“. . . A ‘primeira ressurreição’ simboliza o Batismo, . . . pelo qual se compartilha da Ressurreição de Cristo. . . . Todos os fiéis, tanto os na terra como os no céu, compartilham do reinado de 1.000 anos de Jesus, símbolo de toda a duração da vida da Igreja, considerada no seu aspecto glorioso, desde a Ressurreição de Cristo até o Último Juízo.”

Harmoniza-se tal explicação com a primeira ressurreição” a que João se refere em Revelação 20:4-6 — único lugar na Bíblia onde se usa esta expressão? Não, porque João diz que “reinaram com o Cristo por mil anos”. A “duração da vida da Igreja” não mostrou ser apenas mil anos, mas quase dois milênios.

Além disso, será que qualquer membro da verdadeira congregação cristã, na terra, já ‘reinou’ como rei? Até mesmo Paulo, que era apóstolo, escreveu a certos membros ambiciosos da congregação de Corinto: “Será que já começastes a reinar SEM nós? E eu bem que queria que já tivésseis começado a reinar, para que nós também reinássemos convosco. Pois, parece-me que Deus tem posto a nós, os apóstolos, por último em exibição, como homens designados à morte, porque nos temos tornado um espetáculo teatral para o mundo. tanto para anjos como para homens.” (1 Cor. 4:8, 9) Ao seu companheiro missionário Timóteo, ele apresentou o assunto de reinar como acontecendo depois da morte física do cristão, dizendo: “Fiel é a palavra: Se morrermos juntos, certamente havemos também de viver juntos; se perseverarmos, havemos também de reinar juntos, se negarmos, ele também nos negará.” — 2 Tim. 2:11, 12.

Anos depois, quando o apóstolo João estava no exílio na ilha de Patmos, ele citou o ressuscitado Senhor Jesus Cristo como dizendo à congregação de Laodicéia: “Aquele que vencer, concederei assentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.” (Rev. 3:21) Todo este reinar, portanto, era futuro, após a morte dos discípulos fiéis de Cristo, não a partir do dia de seu batismo.

Paulo disse também a respeito de dois professos cristãos, Himeneu e Fileto, que eles “se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição já ocorreu”. (2 Tim. 2:17, 18) Portanto, ele não considerou o batismo do cristão como a ocasião de sua ressurreição.

Por conseguinte, a “primeira ressurreição”, de Revelação 20:4-6, é uma ressurreição real, literal, da morte física, do Seol, da sepultura comum da humanidade. O apóstolo Pedro falou sobre a herança celestial, não como já possuída, mas como “reservada nos céus” e como “salvação pronta para ser revelada no último período de tempo”. Falou também a respeito das ‘grandiosas promessas’ de Deus, de que os cristãos se haviam de ‘tornar parceiros na natureza divina’. (1 Ped. 1:4, 5; 2 Ped. 1:4) Para ganhar a “natureza divina”, teriam de abandonar a natureza humana, física, ‘o corrutível revestindo-se de incorrução’. Seus corpos físicos, certamente, não eram incorrutíveis, nem imortais. — 1 Cor. 15:50, 52-54.

IMUNES À “SEGUNDA MORTE”

Outro ponto em prova disso se vê em Revelação 20:6: ”Feliz e santo é todo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes a segunda morte não tem autoridade.” Esta segunda morte é simbolizada pelo “lago ardente que queima com enxofre”. (Rev. 19:20; 20:14) Dá-se isso com os que apenas foram batizados em água e que foram vivificados espiritualmente da morte em falhas e pecados, e que foram levantados juntos em espírito e ‘assentados nos lugares celestiais em união com Cristo Jesus’? (Efé. 2:1, 5, 6) Não; ainda é possível que se mostrem infiéis sob prova e sofram a penalidade da “segunda morte”, do aniquilamento total. Foi por isso que o apóstolo Paulo advertiu os cristãos batizados e ungidos: “Quem pensa estar de pé, acautele-se para que não caia.” Jesus também aconselhou: “Mostra-te fiel até a morte, e eu te darei a coroa da vida.” — 1 Cor. 10:12; Rev. 2:10.

Se os cristãos batizados e ungidos, que têm a esperança celestial, já tivessem usufruído a “primeira ressurreição” e estivessem além do poder da “segunda morte”, teria sido inútil que Paulo escrevesse assim como fez em Hebreus 6:4-8 e 10:26-31. Paulo adverte ali que aquele que se tornou participante do espírito santo e que depois se aparta não pode ser renovado ao arrependimento, visto que pendura novamente o Filho de Deus numa estaca, para si mesmo, e O expõe ao opróbrio público. Ele disse que tais pisavam o Filho de Deus, desrespeitando o sangue do pacto e ultrajando o espírito da benignidade imerecida. Deus executaria vingança em tais.

Visto que “sobre estes a segunda morte não tem autoridade”, podemos apreciar por que é chamada de “primeira ressurreição”. Trata-se da mesma espécie de ressurreição que Jesus Cristo teve no terceiro dia de sua morte, uma ressurreição à plenitude instantânea da vida. Jesus Cristo tornou-se então “o primogênito dentre os mortos”. (Rev. 1:5; Col. 1:18) A “primeira ressurreição” não é só primeira em tempo, mas é também “primeira” por ser a melhor ressurreição que os mortos possam ter. É uma ressurreição para a vida incorrutível, imortal, como filho espiritual de Deus nos próprios céus de Deus.

Esta é uma esperança maravilhosa. O apóstolo João escreveu a co-ungidos: “Amados, agora somos filhos de Deus, mas ainda não está manifesto o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele for manifestado, seremos semelhantes a ele, porque o veremos assim como ele é.” — 1 João 3:2.

Como pode Deus ter tanta confiança nestes, ao ponto de conceder-lhes a imortalidade e a incorrução — sim, tornando-os até mesmo reis associados de Jesus Cristo para governarem sobre a humanidade na terra, inclusive os que voltarão da morte, numa ressurreição terrestre?a Quantos receberão a “primeira ressurreição” como herdeiros celestiais? Como se habilitam a isso? Quanto tempo governarão e para que fim? Estas perguntas serão consideradas em números futuros da Sentinela.

[Nota(s) de rodapé]

a A expressão “primeira ressurreição” dá a entender a ressurreição de outros, conforme de fato é garantido na Bíblia. — Atos 17:31; 24:15.

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