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  • A conduta cristã em face da violência

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  • A conduta cristã em face da violência
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1968
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1968
w68 1/3 pp. 133-136

A conduta cristã em face da violência

A violência aumenta rapidamente. Que proceder deveria seguir o leitor?

POR todo o mundo, aumenta a violência de todos os tipos. Em escala internacional, seu aumento moveu o Secretário-Geral das Nações Unidas, U Thant, a dizer que temia “estarmos testemunhando as fases iniciais da Terceira Guerra Mundial”.a

Em escala nacional, as violentas insurreições internas derrubaram muitos governos nos anos recentes. Em algumas terras, facções opostas ameaçam engolfar a nação inteira no derramamento de sangue.

Também, em quase toda nação da terra, a violência aumenta rapidamente na forma do crime e dos distúrbios. A respeito dos EUA, certo relatório declarava: “O crime aumenta quatro ou cinco vezes mais rápido que a nossa população total neste país. Se não houver mudança, isso inevitavelmente levará à anarquia.”b E um relatório posterior mostra que nos primeiros três meses de 1967, os crimes graves subiram vertiginosamente 20 por cento acima do mesmo período no ano prévio, mais de quinze vezes o índice do aumento de população!

Por que tanta violência através do mundo? Será que continuará a aumentar nos anos vindouros? Qual será o resultado final para tudo isso? E, em vista de tal violência, que proceder deve seguir o cristão?

POR QUE TANTA VIOLÊNCIA?

A causa básica da violência é que a humanidade em geral tem rejeitado a orientação de Deus. O homem não foi criado para, sem Deus, dirigir seus assuntos com êxito. Enquanto seguisse os padrões que Deus lhe deu, lhe estaria assegurada a paz e a felicidade. Mas, tristemente para todos, nossos primeiros pais rejeitaram a Deus como seu Guia. Antes, desejando independência, de Deus, rebelaram-se e seguiram seu próprio caminho. O Deus Onipotente concedeu aos homens amplo tempo para empreenderem seu proceder, de modo que, entre outras razões, o tempo demonstrasse que os modos de agir do homem, à parte do domínio de Deus, jamais poderiam trazer paz e felicidade. — Gên. 3:17-19.

A História prova que este é o caso. Os homens e as nações não governados por Deus têm adotado suas próprias formas de governo, ideologias e filosofias. Não sendo guiados pelas mesmas leis e princípios divinos, o conflito inevitavelmente grassou nas fileiras humanas. O que tem sido demonstrado vez após vez desde a rebelião do homem é a verdade destas palavras inspiradas de Jeremias: “Eu sei, ó Senhor [Jeová], que não é do homem o seu caminho nem do homem que caminha o dirigir os seus passos.” (Jer. 10:23, Al) Jeremias também escreveu: “Eis que rejeitaram a palavra do Senhor [Jeová]; que sabedoria pois teriam?” (Jer. 8:9, Al) Rejeitando a sabedoria de Deus e preferindo estribar-se na sua própria, a humanidade perdeu a paz.

Com o decorrer dos séculos, não houve melhora nas relações do homem com seu próximo. Por que não? Porque, quando os homens deixaram de ser submissos a Deus, só podiam ir em uma única direção — para baixo. Quanto mais tempo o homem permanecesse afastado de Deus, tanto pior se tornaria sua situação. Isto aconteceria de forma tão segura quanto uma pessoa poderia predizer a direção de uma pedra lançada dum penhasco — para baixo, em harmonia com a lei da gravidade. Afastando-se das leis de Deus somente poderia resultar na tendência degradante para o caos.

Além da piora consecutiva dos assuntos do homem ou do longo tempo em que tem estado longe da orientação de Deus, há outro fator que tem aumentado grandemente a violência nos nossos tempos. A Bíblia, em Revelação 12:12, declara: “Ai da terra e do mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo grande ira, sabendo que ele tem um curto período de tempo.”

Satanás, o Diabo, e seus demônios, criaturas espirituais que também se rebelaram contra Deus, são os principais instigadores da violência. Do domínio espiritual invisível, excitam os humanos dispostos na terra a trazer dor à humanidade. Qual é o escopo de sua influência? A Bíblia, em 1 João 5:19, afirma: “O mundo inteiro jaz no poder do iníquo.” Em nosso século, conforme comprovam os fatos físicos, comparados com as profecias bíblicas, Satanás e seus demônios foram expulsos do domínio espiritual para a vizinhança da terra. (Rev. 12:7-9) Estas forças invisíveis aumentam a degradação do homem por instigarem as pessoas a mais violência. Por quê? Sabem que o tempo de Deus para executar todos os iníquos, inclusive as forças espirituais iníquas, se aproxima. Sabendo que serão sem falta executados devido à sua crassa perversidade, fazem o máximo para destruir a humanidade. “Vosso adversário, o Diabo, anda em volta como leão que ruge, procurando a quem devorar.” — 1 Ped. 5:8.

Assim, devido ao longo afastamento de Deus, por parte do homem, e a influência das forças espirituais perversas, a família humana fica mais empedernida em seu comportamento. Quão exatamente a Bíblia predisse a própria condição que vemos hoje, quando disse: “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis de manejar. Pois os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, pretensiosos, soberbos, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, desleais, sem afeição natural, não dispostos a acordos, caluniadores, sem autodomínio, ferozes, sem amor à bondade, traidores, teimosos, enfunados de orgulho, mais amantes de prazeres do que amantes de Deus.” — 2 Tim. 3:1-4.

O QUE RESERVA O FUTURO?

Será que a violência que agora provamos irá diminuir ou aumentar nos dias adiante? A profecia bíblica garante: “Os homens iníquos . . . passarão de mal a pior.” (2 Tim. 3:13) Também, afirma: “A pronunciação inspirada diz definitivamente que nos períodos posteriores de tempo alguns se desviarão da fé, prestando atenção a desencaminhantes pronunciações inspiradas e a ensinos de demônios.” (1 Tim. 4:1) E Jesus Cristo predisse: “Por causa do aumento do que é contra a lei, o amor da maioria se esfriará.” — Mat. 24:12.

A violência continuará assim a aumentar por um pouco de tempo mais, até que se completem estes “últimos dias”. Então, Deus fará findar toda a violência, e os responsáveis por ela.

Sem dúvida, “o mundo está passando, e assim também o seu desejo”. (1 João 2:17) Em uma onda de violência após outra, corre velozmente para o seu próximo fim às próprias mãos de Deus. Todavia, a Palavra de Deus também promete que “aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. Assim, apresenta-se às pessoas de coração honesto de toda a parte, que fazem a vontade de Deus, a confortadora promessa de sobreviverem ao fim deste sistema cheio de violência.

CONDUTA CRISTÃ

Não obstante, qual é a vontade de Deus em relação com as muitas situações que surgem e que poderiam levar à violência? Deveria o cristão partilhar na derrubada violenta de governos opressivos? Deveria marchar até às prefeituras, participando em demonstrações a favor de vários direitos ou queixas? Se alguns forem duros com ele, ou o insultarem, deveria ele dar-lhes um gole de seu próprio remédio e mostrar-lhes que não podem safar-se com isso?

Declara a inspirada Palavra de Deus: “O escravo do Senhor não precisa lutar, porém, precisa ser meigo para com todos, qualificado para ensinar, restringindo-se sob o mal.” (2 Tim. 2:24) A sabedoria deste conselho pode ser vista em qualquer circunstância que uma pessoa o aplique.

Por exemplo, por aplicar este conselho, como cristão, não obraria para a derrubada violenta dum governo, mesmo se fosse opressivo. Muitos que têm feito isso amiúde descobrem que estão sob uma forma pior de governo do que aquela que derrubaram. E, no processo, talvez percam a vida por uma causa que Deus não sanciona. Jesus mandou que seus seguidores orassem pelo reino de Deus, e não que lutassem para derrubar os atuais governos. (Mat. 6:9, 10; João 18:36) Sabia que, no devido tempo, o próprio Deus acabaria de forma permanente com todos os governos opressivos. Assim, o cristão “não precisa lutar”, mas precisa esperar pacientemente que Jeová traga seu próprio remédio, o único satisfatório, que beneficiará toda a humanidade.

No seio de toda nação há preconceito e discriminação. Quando os recursos mediante os sistemas legais do país deixam de trazer justiça, deveria o leitor recorrer a tais coisas como fazer piquetes e criar distúrbios nas ruas? Se, como cristão, fizesse isso, então se tornaria anarquista. O Cristianismo é um arranjo de acatamento à lei, não licença para a anarquia. A anarquia nunca trará a justiça, mas, antes, traz mais opressão e discriminação. A sabedoria prática de Deus nos diz: “Deixa a ira e abandona o furor; não te mostres indignado ao ponto de fazeres o mal. Pois os próprios malfeitores serão exterminados.” (Sal. 37:8, 9) E o apóstolo Paulo escreveu: “Afastai de vós a todas elas, o furor, a ira, a maldade, a linguagem ultrajante.” (Col. 3:8) O cristão espera em Jeová para obter justiça, apreciando que, não é ele, mas sim Jeová, quem corrigirá os erros dum sistema perverso de coisas.

Quando motins ou demonstrações irrompem em uma comunidade, o cristão faz bem em exercer grande cuidado, não se expondo à violência. Sempre que possível, retira-se para um lugar seguro até que a violência acabe. Este proceder reflete a sabedoria piedosa: “O que, passando, se mete em questão alheia é como aquele que toma um cão pelas orelhas.” Assim o cristão não participa de motins ou demonstrações, nem tenta ficar perto deles nem mesmo por curiosidade. — Pro. 26:17, Al.

Mas, o que deve fazer se alguém lhe der um esbarrão, ou o insultar, ou o irritar? Deve pagar na mesma moeda? A Bíblia avisa: “A palavra dura suscita a ira.” (Pro. 15:1, Al) A paga na mesma moeda com muito maior probabilidade provocará mais ira, talvez enraivecendo o ofensor e o fazendo recorrer à violência física, em especial hoje em dia quando tantas pessoas são controladas pelos demônios ou estão sob a influência de drogas. Não, ao invés de agitar a situação, o cristão faz uma dentre várias coisas. “A resposta branda desvia o furor”, de modo que dá uma resposta branda. E, se isso não resolver a situação, então aconselha a Palavra de Deus: “Antes de irromper a briga, vá embora.” — Pro. 17:14.

O cristão também dá passos no sentido de evitar ser sobrepujado pela violência do elemento criminal. Nas áreas perigosas, toma a precaução de não andar sozinho nas ruas escuras sempre que o possa evitar. Até mesmo quando visita pessoas para falar com elas sobre os propósitos de Deus, o cristão fará bem em levar alguém em sua companhia nas localidades em que grassa o crime. Isto não quer dizer que o cristão procure escapar do dano a todo custo. Deveras, está disposto a sofrer perseguição, até mesmo a morte, quando estiver envolvida sua adoração a Deus. Mas, não porá em perigo sua vida por qualquer motivo que não esteja em harmonia com sua integridade para com Deus.

NEUTRALIDADE

O cristão não sonda um lado, ou o outro nas disputas nacionais e internacionais que levam à violência e derramamento de sangue. Como escravo de Deus, permanece neutro quanto aos conflitos deste mundo, assim evitando a culpa de sangue relacionada com eles. Jesus disse a respeito de seus seguidores: “Não fazem parte do mundo, assim como eu não faço parte do mundo.” (João 17:16) Assim, o cristão não participa nas contendas violentas do mundo. Sabe que, no devido tempo, Deus acabará com todo o erro e que, fará isso sem ferir as pessoas inocentes.

Por evitar os laços mundanos, o cristão hodierno faz exatamente o que fizeram os cristãos do primeiro século. Note o que escreveu no segundo século Justino, o Mártir: “Nós que estávamos cheios de guerra, e de matança mútua, e toda iniqüidade, transformamos cada um de nós em toda a terra as nossas armas guerreiras, — as nossas espadas em relhas de arado, e as nossas lanças em implementos de lavoura, — e cultivamos a piedade, a justiça, a filantropia, a fé, e a esperança, que temos da parte do próprio Pai mediante aquele que foi crucificado.” — The Ante-Nicene Fathers (Os Pais Antenicenos), Vol. 1, p. 254.

Ao passo que muitas autoridades entre as nações não apreciam o proceder neutro dos cristãos, há aquelas que o fazem.

Por exemplo, a contenda interna em certo país africano fez que a polícia e as forças armadas bloqueassem as estradas. A verificação em tais pontos era muito rigorosa e consumia tempo. Mas, em quase todo caso, os soldados e a polícia deixavam que as testemunhas de Jeová passassem com um mínimo de inspeção, depois de positiva identificação. Amiúde as autoridades comentavam: “Confiamos nos senhores.” Ou, podia-se ouvi-las dizer: “Não se incomodem, conhecemos as testemunhas de Jeová.” Quando alguns destes cristãos viajavam para uma assembléia de ministros, foi-lhes dito num destes pontos de verificação: “Algumas pessoas já foram para a assembléia podem ir!” Os agentes da lei, estando familiarizados com a posição neutra das testemunhas de Jeová, trataram-nas com respeito, sabendo que não eram responsáveis pelas desordens do país.

Entretanto, até mesmo quando as autoridades perseguem os cristãos, o cristão, individualmente, mantém sua posição neutra. Seu proceder reto tem sido delineado por Jeová Deus em Sua Palavra. O cristão não transige quanto a isso por nenhum motivo. Assim, evita a responsabilidade pela violência deste mundo e evita o julgamento adverso que Deus trará sobre o mundo.

Muito em breve, agora, Deus dará fim a este sistema de coisas assolado pela violência. Substitui-lo-á pelo seu novo sistema de coisas, em que “há de morar a justiça”. (2 Ped. 3:13) Os cristãos que mantiveram a conduta correta em face da violência colherão os maravilhosos benefícios então, benefícios de vida, saúde, paz e felicidade. Usufruirão para sempre a vida na nova ordem sem violência. “Mas, os próprios mansos possuirão a terra e acharão deveras requintado deleite na abundância de paz.” — Sal. 37:11.

[Nota(s) de rodapé]

a Times de Nova Iorque, 12 de maio de 1967, p. 1.

b U.S. News & World Report, 17 de outubro de 1966, p. 86.

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