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  • w62 15/2 pp. 101-104
  • A solicitação para uma boa consciência

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  • A solicitação para uma boa consciência
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1962
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  • O QUE A CONSCIÊNCIA NÃO PODE FAZER
  • COMO A CONSCIÊNCIA FUNCIONA
  • O TREINAMENTO É NECESSÁRIO PARA A FIDEDIGNIDADE
  • MANTENDO UMA BOA CONSCIÊNCIA
  • A CONSCIÊNCIA DOS OUTROS
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1962
w62 15/2 pp. 101-104

A solicitação para uma boa consciência

O que é a consciência? Como funciona? É ela um guia seguro?

A MAIORIA de nós estamos acostumados com dispositivos de segurança. Há um vibrador em alguns automóveis que vibra quando se excede o limite de velocidade; o cheiro de gás previne o perigo quando o gás do fogão da cozinha está escapando; uma febre no corpo humano notifica uma infecção e, há também a consciência.

A consciência também é um dispositivo de segurança. Ela é uma faculdade da mente que nos diz se estamos certos ou errados. Ela nos acusa ou nos exime de culpa. Ela julga. Ela decide a qualidade moral de nossos pensamentos e de nossos atos. Expõe-nos os motivos ocultos. Além de expressar julgamento, a consciência faz algo mais: dá prazer ou causa sofrimento pela boa ou pela má conduta. Assim, a consciência é um dispositivo de segurança moral.

O termo consciência não se encontra nas inspiradas Escrituras Hebraicas nem nas palavras de Jesus Cristo. Ele foi introduzido nos escritos gregos pelo apóstolo Paulo. A palavra aparece também no livro de Atos e na primeira epístola de Pedro. Paulo mostra a função da consciência, nestas palavras: “Quando, pois, os gentios que não têm lei, procedem por natureza de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. estes mostram a norma da lei, gravada nos seus corações, testemunhando-lhes também, a consciência, e os seus pensamentos mutuamente acusando-se ou defendendo-se.” — Rom. 2:14, 15, ALA.

Outros aspectos referentes à consciência são expressos pelos seguintes entendidos do mundo. O Dr. Mackenzie, no seu Manual de Éticas, em inglês, diz: “Eu preferiria dizer simplesmente que a consciência é um sentimento pesaroso resultado de nossa discrepância de princípio.” Shaftesbury, de acordo com The Catholic Encyclopedia (Enciclopédia Católica), considera a consciência como a percepção do que é errado, não do que é certo. Carlyle, no seu Essay on Characteristics (Ensaio Sobre Características) afirma que as pessoas não saberiam que têm uma consciência se nunca tivessem pecado ou ofendido alguém. Ele ensina que o seu uso é negativo, para prover salvaguarda contra o mal feito. Entretanto, Theophilus Parsons, em seu Deus Homo: Deus-Homem, declara: “Por consciência se quer dizer não apenas saber que há uma diferença entre o certo e o errado, mas uma preferência entre o certo e o errado e uma felicidade de se escolher, de se fazer, de se estar certo, e algo pesaroso de se escolher, de se fazer ou de se estar errado.”

O QUE A CONSCIÊNCIA NÃO PODE FAZER

O que a consciência não pode fazer e não faz é munir-nos de um padrão do que é certo e do que é errado. Ela não nos instrui infalivelmente quanto ao que é certo ou o que devemos fazer em cada caso. Não nos impede’ de errar. Visto que o julgamento do que é certo e do que é errado varia em lugares diferentes e está sujeito a mudanças e a conflitos, a consciência não pode ser considerada um guia infalível em cada caso. Deste modo, a menos que seja esclarecida e treinada por um seguro padrão de justiça, a consciência será apenas um auto-juízo dos atos da pessoa. Uma consciência sem esclarecimento ou mal orientada pode conduzir ao desastre. É por isso que nem sempre é sábio “deixar-se guiar pela consciência”. A Palavra de Deus declara: “Ha um caminho que ao homem parece direito, mas no fim guia para a morte.” — Pro. 14:12, VB.

Ninguém deve presumir que esteja agindo corretamente só porque a sua consciência não o acusa de malefícios. A sua consciência, se não estiver treinada, pode enganá-lo perfeitamente. Ela o pode desculpar por ter feito algo corruto. O apóstolo Paulo declarou: “Todas as cousas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque, tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas.” (Tito 1:15, ALA) Por exemplo, há pessoas no mundo que nunca pensariam em roubar a um amigo ou da loja da esquina, porque crêem que é errado e a consciência delas as perturbaria. Mas, estas mesmas pessoas acham que não é nada demais roubar a seus empregadores ou a companhia de seguro, ou falsificar a declaração de imposto. Não se pode depender de tais consciências não-treinadas nos princípios justos como sendo guias seguros, porque não o são.

Outro exemplo é Adolf Eichmann, o homem acusado de matar seis milhões de judeus. Sua consciência não foi perturbada pelos seus atos pérfidos. Ele se desculpa dos seus crimes por dizer meramente que recebia ordens de seus superiores. Entretanto, todos os homens devem ter uma consciência, até mesmo os soldados.

Quando os oficiais de Israel e os agentes da polícia da fronteira mataram quarenta e três aldeões árabes ao obrigarem a estes a atender ao toque de recolher, os acusados alegaram que a ordem de atirar nos violadores do toque de recolher tinha vindo de escalões superiores e que eles não tinham agido segundo a sua própria vontade. Mas o Juiz Moshe Landau, que sentenciou os oito oficiais e os homens, declarou: “Um soldado também deve ter uma consciência.” O Juiz Landau explicou que a ordem òbviamente impiedosa devia ter despertado a consciência de cada homem até o último soldado raso, mesmo sob tais circunstâncias especiais como as que existiam, naquele tempo. A consciência deles os deveria impedir de matar pessoas inocentes. Não puderam livrar-se da culpa.

Um homem sem consciência é como um animal. Ele estabelece as suas próprias regras. Afirma geralmente que o fim justifica os meios. Não demonstra estar arrependido ou triste por causa de suas ações. Portanto, um homem sem consciência é um homem perigoso.

COMO A CONSCIÊNCIA FUNCIONA

Como funciona a consciência? Ela tem sido comparada a uma febre. Quando a, temperatura sobe, é sinal que algo está fisicamente ruim na pessoa. Quando a consciência reage, é uma boa indicação de que algo pode estar errado na conduta moral da pessoa. A consciência também pode ser comparada ao vibrador de aviso rio automóvel ou à reação do olfato quando cheira gás. O vibrador avisa o motorista que ele excedeu a velocidade máxima, mas não o faz parar de correr. O próprio motorista deve fazê-lo. Ele pode continuar desconsiderando o vibrador ou até mesmo desligá-lo pelo seu barulho aborrecedor. Ao primeiro cheiro de gás, o olfato avisa o corpo do perigo. Mas, se não se tomar ação imediata, o órgão do olfato se torna insensível e deixa de soar o aviso. A consciência funciona semelhantemente. A pessoa pode dar ouvido aos sinais de aviso de sua consciência ou pode desconsiderá-los ou imunizá-los. Se recusar atendê-los, injuriará a consciência. Ela se tornará insensível e cauterizada.

A consciência cauterizada tem soado tantos avisos desatendidos, que se esgotou de fazer o bem. Ela não soa mais aviso e, se o fizer, será muito fraco e ineficaz. Simplesmente, ficará cansada de não ser atendida. Desconsiderar os sinais de aviso é endurecer o coração no que diz respeito ao que é certo, assim como fez Faraó. É trocar a luz pelas trevas e as trevas pela luz, como fizeram os israelitas da antiguidade — uma atitude facilmente adotada atualmente.

O TREINAMENTO É NECESSÁRIO PARA A FIDEDIGNIDADE

A consciência não é automática; não é infalível. Deve ser treinada. O valor de, nona consciência depende muito da espécie de informação que introduzimos na mente. Por exemplo, uma consciência treinada num ambiente criminal, poligâmico ou poliândrico aceita estas práticas sem sentir. Outra consciência educada numa roda de baixa moral, onde o casamento consensual, o adultério e a fornicação sejam práticas comuns, aceitará tais coisas erradas como normais. Ainda outra consciência educada numa atmosfera de métodos comerciais astutos, entre mentirosos, trapaceiros e subornadores, justifica silenciosamente tais erros na base de que todo o mundo os faz, e de que estes são métodos aceitos. Uma consciência mal-orientada, de fato, pode desculpar o erro do malfeitor; porém, isto não desculpa o homem perante Deus. Paulo disse: “Porque de nada me argúi a consciência; contudo, nem por isso me dou por justificado, pois quem me julga é o Senhor.” — 1 Cor. 4:4, ARA.

A consciência é digna de confiança somente quando é treinada segundo a vontade de Deus. É uma consciência divinamente educada que, pelas suas dores e pontadas, ajuda os cristãos a se conduzirem com segurança no caminho da vida. Ela os ajuda a aplicar os princípios justos na vida diária, tornando desnecessária uma lei de conduta escrita detalhadamente.

O conhecimento acurado da Palavra de Deus, a Bíblia, é necessário para treinar a consciência na justiça de Deus. Porque a Palavra de Deus é viva “e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”. A Palavra de Deus tem o poder de disciplinar a consciência na justiça. A consciência fraca se deve á falta de conhecimento acurado. O estudo da Palavra de Deus e a fé nesta Palavra edificam a consciência. A obediência aos mandamentos de Deus ajudará os cristãos a cumprir a exortação: “Mantende uma boa consciência.” — Heb. 4:12, ALA; 1 Ped. 3:16; 1 Cor. 8:7.

MANTENDO UMA BOA CONSCIÊNCIA

Para se manter uma boa consciência é preciso adquirir continuamente o conhecimento acurado. Então se podem fazer decisões e comportar-se em harmonia com os princípios da Palavra de Deus. É preciso ser capaz de dizer como Paulo disse: “Por isso também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens.” — Atos 24:16, ALA.

É muito fácil contaminar a consciência. Se nós afrouxarmos a vigilância e adotarmos as normas mundanas de moralidade em vez de as normas bíblicas, a nossa consciência cessará de trabalhar para nós. Devemos estar alertas aos nossos erros e aprender de nossas faltas. Quando cometemos um erro, devemos buscar o perdão de Jeová e de nossos irmãos. A fé no sangue de Jesus Cristo torna possível solicitarmos uma consciência limpa a Deus. (1 Ped. 3:21; Heb. 9:14; 10:22) Assim, não alimente erros nem se atormente com uma contínua auto-condenação, mas aceite o perdão de Deus e erija barreiras por meio de oração e estudo, contra mais transgressões.

A boa consciência não é a certeza de reconciliação, mas o espelho de nossa condição moral. Portanto, a sua principal característica é a sinceridade. A hipocrisia acusa a consciência. Para a consciência permanecer como dispositivo prático que é, precisamos usá-la corretamente e ter o cuidado necessário para dar ouvido aos seus avisos e desenvolver os seus poderes. — Rom. 9:1; 2 Cor. 1:12.

O servo diligente examinará e corrigirá continuamente a sua própria consciência. A consciência devidamente cuidada tem poder de fazer o servo de Deus responder mais prontamente à chamada do dever e a conduzi-lo à maior virtude. Enquanto que o servo negligente, e mais ainda, o servo mau, pode tornar-se indiferente aos apelos de sua consciência.

Inspira temor a contemplação da execução do juízo de Deus contra todos os malfeitores. (Mal. 3:5) Mas não é só por causa do fosse que devemos evitar o mal e fazer o bem. A força motivadora deve ser um amor consciencioso pela justiça. Portanto, Paulo diz: “É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência.” Logo, por causa da consciência, devemos querer submeter-nos a Deus e fazer o que é justo. — Rom. 13:5, ALA.

A CONSCIÊNCIA DOS OUTROS

Os cristãos devem mostrar consideração não somente para com a sua própria consciência, mas também para com a consciência dos outros. Desconsiderar a própria consciência a obrigará a calejar se e a se cicatrizar para sua própria cura e proteção. Desconsiderar a consciência de outros é ofendê-los e fazê-los tropeçar no caminho da vida. Paulo estava ciente deste fato. Ele disse que preferiria renunciar à sua liberdade, se, por usá-la, trouxesse dificuldade ao seu irmão de consciência mais fraca. — 1 Cor. 8:7-13; 10:27-29.

Por outro lado, Paulo não transigiria com sua consciência só para satisfazer a consciência mal-instruída dos religiosos falsos. Era dever deles reeducar á sua própria consciência. Embora se deva mostrar consideração para com as consciências mais fracas, em nenhuma circunstância deve á consciência contaminada e sem fé de pessoas mundanas servir de guia para os cristãos.

Se todo o mundo tivesse a verdadeira consciência cristã, os homens sentiriam uma obrigação uns para com os outros, irmão para com irmão. Seriam movidos a amar não somente a si mesmos, mas também aos seus próximos e aos seus inimigos. Onde houver a consciência cristã não haverá o desejo de matar, nem o desejo de destruir as economias e o produto da labuta de outrem, nem o desejo de ameaçar a unidade de milhões de lares através do mundo. Haverá apenas o desejo de viver e deixamos outros viverem em paz, de acordo com os princípios de Deus. Portanto, todos os homens devem buscar uma boa consciência. Peça a Deus uma boa consciência e aja em harmonia com a sua solicitação. — Mat. 5:43, 48.

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