-
Faça mais do que dizer: “mantende-vos aquecidos e bem alimentados”A Sentinela — 1986 | 15 de outubro
-
-
2. Por que estamos interessados em “obras excelentes”?
2 Cristo Jesus “se entregou por nós, a fim de . . . purificar para si mesmo um povo peculiarmente seu, zeloso de obras excelentes”. (Tito 2:14) Estas obras dizem respeito à pregação vitalizadora do Reino. (Marcos 13:10; Revelação 7:9, 10) Contudo, as cristãs “obras excelentes” incluem mais do que a pregação vital, pois o meio-irmão de Jesus, Tiago, explicou: “A forma de adoração que é pura e imaculada do ponto de vista de nosso Deus e Pai é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas na sua tribulação, e manter-se sem mancha do mundo.” — Tiago 1:27.
3, 4. O que podemos aprender de 1 Timóteo, capítulos 3 a 5, a respeito de “obras excelentes”, levando a que perguntas?
3 As congregações no primeiro século se empenhavam em ambos os tipos de “obras excelentes”. Em 1 Timóteo, capítulo 3, depois de delinear as qualificações de superintendentes e de servos ministeriais, o apóstolo Paulo escreveu que “a congregação do Deus vivente, [e] coluna e amparo da verdade”. (1 Timóteo 3:1-15) Ele mostrou que os cristãos que permanecem nesses ensinos verdadeiros podem salvar a si mesmos e aos que os escutam. (1 Timóteo 4:16) Em seguida, Paulo aborda a ‘obra excelente’ de prover as necessidades materiais às viúvas fiéis “sem recursos”. — 1 Timóteo 5:3-5.
4 Por conseguinte, em adição à nossa evangelização, devemos dar atenção a “obras excelentes” tais como “cuidar dos órfãos e das viúvas na sua tribulação”. Na qualidade dos “que tomam a dianteira”, o que podem fazer neste sentido os anciãos e os servos ministeriais? (Hebreus 13:17) Como podemos ajudá-los nisso? E o que podemos fazer pessoalmente em matéria de “obras excelentes” dessa espécie?
Anciãos Que Lideram Bem
5. Que medidas tomou Paulo para sanar uma necessidade especial, e com que paralelos modernos?
5 Quando surgiu uma necessidade especial na Judéia, Paulo, um ancião, tomou a dianteira em providenciar um serviço de assistência. Tal liderança minimizou qualquer possível confusão; as coisas podiam ser distribuídas eqüitativamente, segundo a necessidade. (1 Coríntios 16:1-3; Atos 6:1, 2) Da mesma forma, anciãos atuais têm liderado prestações de socorro depois de desastrosas inundações, deslizamentos de terra, maremotos, furacões ou terremotos, deste modo ‘visando interesse pessoal nos outros’. — Filipenses 2:3, 4.
6. Quando ocorreu um desastre na Califórnia, EUA, que medidas tomaram os anciãos?
6 A revista Despertai! de 8 de outubro de 1986 publicou um excelente exemplo de tal cristianismo em ação. Os anciãos se mobilizaram quando o rompimento de uma barragem causou inundações na Califórnia, EUA. Esses pastores espirituais imediatamente checaram seu rebanho para ver quem poderia estar faltando ou necessitando de assistência médica, alimentos ou acomodação. Os anciãos coordenaram seus empenhos em conjunto com a matriz das Testemunhas de Jeová (nos EUA). Foi constituída uma comissão de assistência, e à medida que co-Testemunhas se apresentavam para ajudar, elas eram organizadas em equipes para limpar e reparar casas danificadas. Os anciãos também supervisionaram a compra e a distribuição de suprimentos. Isto ilustra que, surgindo tais necessidades especiais, ‘todo discípulo pode resolver segundo o que pode dar’, ou fazer, mas, seria sábio consultar os superintendentes locais e obter orientações deles. — Veja Atos 11:27-30.
7. A que necessidades mais comuns devemos também atender?
7 Embora você (quer seja ancião, quer não) talvez possa ocasionalmente atender a uma grande necessidade após um desastre, há necessidades mais comuns que podem ser igualmente vitais — aquelas ali mesmo em sua congregação. Visto que tais necessidades talvez não sejam tão sensacionais como as decorrentes dum grande desastre, elas podem ser facilmente despercebidas ou receber pouquíssima atenção. No entanto, as necessidades locais realmente são as do tipo mencionado em Tiago 2:15-17. Sim, a sua congregação pode representar o maior desafio quanto a se a sua ‘fé tem obras, ou se está morta em si mesma’.
8 Como podem os superintendentes mostrar sabedoria ao lidarem com necessidades na congregação?
8 Ao liderarem, os anciãos devem esforçar-se para agir com ‘sabedoria e entendimento’. (Tiago 3:13) Com sabedoria eles podem proteger o rebanho contra impostores que vão de irmão em irmão (ou de congregação em congregação) tomando dinheiro emprestado ou inventando histórias para conseguir “ajuda”. Os superintendentes sabiamente não aprovam a preguiça, pois a regra bíblica é: “Se alguém não quiser trabalhar, tampouco coma.” (2 Tessalonicenses 3:10-15) Ainda assim, não querem ‘fechar as portas das suas ternas compaixões’, tampouco induzir os irmãos a fazerem isso. (1 João 3:17) Outra razão porque precisam mostrar sabedoria é que a Bíblia não nos fornece infindáveis regras sobre como cuidar dos necessitados e dos atribulados. As situações diferem de era em era, e de lugar em lugar.
9. (a) No primeiro século, que cuidados recebiam as viúvas cristãs merecedoras? (b) De que tipo de ajuda poderão estas atualmente se beneficiar?
9 Por exemplo Em 1 Timóteo 5:3-10 Paulo falou sobre viúvas merecedoras que haviam ficado “sem recursos”. A seus parentes crentes cabia em especial a responsabilidade de ajudá-las; negligenciar esse dever prejudicaria a posição desses parentes perante Deus. No entanto, se uma viúva necessitada e merecedora não pudesse obter ajuda desse modo, era possível que os anciãos providenciassem alguma ajuda material da parte da congregação. Em tempos recentes, também, algumas congregações têm ajudado especialmente os necessitados em seu meio. Não obstante, a maioria dos países hoje tem programas governamentais para os idosos, os doentes, ou para os que querem trabalhar mas não acham serviço. Mesmo assim, os anciãos cristãos talvez queiram ajudar de ainda outro modo. Alguns genuinamente necessitados e plenamente habilitados para receber benefícios públicos não os recebem porque não sabem como requerê-los ou são tímidos demais para solicitá-los. Assim, os anciãos podem consultar órgãos governamentais ou contatar Testemunhas experientes nesses assuntos. Daí, poderão providenciar que um irmão ou uma irmã capaz ajude o necessitado a receber os benefícios disponíveis. — Romanos 13:1, 4.
Organizar-se Para Dar Ajuda Prática
10. Ao pastorearem o rebanho, os anciãos devem dar atenção a quê?
10 Superintendentes alertas em geral são a chave para que se cuide que os atribulados e necessitados recebam ajuda de irmãos e irmãs amorosos. Os anciãos devem estar alertas às necessidades espirituais e materiais, ao apascentarem todos no rebanho. Compreensivelmente, os anciãos dão ênfase “à oração e ao ministério da palavra”. (Atos 6:4) Assim, tentarão providenciar que os membros acamados ou hospitalizados da congregação sejam espiritualmente alimentados. Os anciãos talvez providenciem a gravação das reuniões para os que não podem assistir a elas. Anciãos e servos ministeriais que têm participado na entrega de fitas gravadas verificaram que as suas visitas os habilitam a conferir outros dons espirituais. (Romanos 1:11, 12) Ao mesmo tempo, podem verificar o que o necessitado precisa no momento.
11. Ilustre como se pode prestar ajuda a uma irmã necessitada.
11 Talvez constatem que uma irmã deficiente física ou idosa poderia vez por outra ir ao Salão do Reino ou participar brevemente no ministério de campo, se alguma irmã a ajudasse a banhar-se ou vestir-se. (Veja Salmo 23:1, 2, 5.) Os superintendentes poderiam até mesmo designar um dentre eles para providenciar isso. Também, podem pedir na congregação a apresentação de voluntários para acompanhar os necessitados ou prover-lhes condução. Ter uma tabela nesse sentido tornaria as coisas ainda mais ordeiras.
12. Como podem outros cooperar com os superintendentes em ajudar os doentes e os idosos?
12 Os anciãos podem observar outros assuntos em que se poderia prestar ajuda ou fazer arranjos amorosos. Por exemplo, uma irmã idosa ou doente não mais pode cuidar de sua casa como antes. Poderia um servo ministerial ou outros dar-lhe uma mão? Apararem a grama ou os arbustos talvez até mesmo a faça sentir-se melhor, sabendo que a casa não mais é motivo de vitupério na vizinhança. Será que o jardim precisa ser limpo ou regado? Poderia uma irmã, ao ir comprar alimentos, verificar com ela quais são as necessidades e então comprar concordemente? Lembre-se, os apóstolos se interessavam nesses aspectos práticos, e eles organizaram pessoas capazes na congregação para ajudar. — Atos 6:1-6.
13. O que resultou da ajuda que os anciãos prestaram ao irmão nigeriano mencionado anteriormente?
13 Tal desvelo cristão foi mostrado pelos anciãos mencionados anteriormente, os quais, numa visita de pastoreio, encontraram Lebechi Okwaraocha e sua esposa num estado lastimável. Rapidamente o corpo de anciãos cuidou do assunto e informou à congregação o que pretendia — reconstruir a casa. Vários irmãos e irmãs doaram materiais e voluntariamente participaram no empreendimento. Numa semana eles construíram uma pequena casa segura, com cobertura metálica. O relatório da Nigéria diz: “Os aldeões ficaram surpresos e espontaneamente trouxeram alimentos e bebidas para os irmãos e as irmãs que trabalhavam arduamente por longas horas para terminar a tarefa antes do próximo temporal. Muitos aldeões se queixaram de outros grupos religiosos que, segundo disseram, exploram as pessoas em vez de ajudar os pobres. Este incidente foi assunto de conversa na comunidade. Os aldeões se tornaram mui receptivos e muitos estudos bíblicos foram iniciados.”
Sua Participação Nestas “Obras Excelentes”
14. Que conceito devemos ter quanto a fazer “obras excelentes” em favor de nossos irmãos?
14 É claro que, em muitos casos, podemos pessoal e diretamente atender às necessidades de idosos, enfermos, hospitalizados ou de outros atribulados em nosso meio. Se divisarmos um modo de mostrar verdadeiro cristianismo, por que não ir em frente e tentar ajudar? (Atos 9:36-39) A nossa motivação não é a pressão de outros, mas sim o amor cristão. O primeiro ingrediente para qualquer ajuda prática é termos genuíno interesse e compaixão. Naturalmente, nenhum de nós pode fazer retroceder o tempo para os idosos, curar doenças por meio de milagres ou nivelar a situação econômica de todos na congregação. Mas, definitivamente, devemos ter o espírito de preocupação e de dar. Se o tivermos, e se agirmos concordemente, isto fortalecerá o vínculo de amor entre nós e os ajudados. Foi isto o que aconteceu entre Paulo e Onésimo, este um cristão relativamente novo que ‘ministrava a Paulo’ na prisão. — Filêmon 10-13; Colossenses 3:12-14; 4:10, 11.
15. Como podemos ajudar a alguns merecedores, genuinamente necessitados?
15 Às vezes podemos suprir uma necessidade material por meio de uma dádiva bondosa, quer anônima, quer em particular. Será que algum irmão perdeu o emprego e não tem conseguido arranjar outro? Será que alguma irmã enfrenta despesas médicas inesperadas, sofreu um acidente ou foi assaltada? Situações assim podem surgir em nosso meio. Ao darmos “dádivas de misericórdia”, nosso Pai, que vê em secreto, observará e aprovará. (Mateus 6:1-4) Ou, em vez de darmos dinheiro, talvez possamos, como Jó, prover roupas para os pobres, mantimentos ou alguma comida pronta para as viúvas ou órfãos. — Jó 6:14; 29:12-16; 31:16-22.
16. Em certos casos, de que outra maneira prática é possível ajudar? Ilustre.
16 A sua experiência ou seus conhecimentos podem ser de ajuda prática. Certo irmão pediu um empréstimo ao irmão W——. Em resposta, ele bondosamente perguntou: ‘Por que você acha que eu teria algum dinheiro extra para emprestar?’ A resposta foi: ‘Porque o irmão sabe administrar melhor o seu dinheiro.’ Com discernimento, o irmão W——, que muitas vezes havia emprestado dinheiro a necessitados, sugeriu: ‘Talvez o que você realmente precisa seja alguma ajuda em aprender como administrar o seu dinheiro, e eu terei prazer em ajudar, se o irmão desejar a minha ajuda.’ Tal ajuda é apreciada em especial por irmãos que precisam ajustar seu padrão de vida a novas circunstâncias, ou que estejam dispostos a trabalhar arduamente mesmo num tipo de serviço menos conceituado. Naturalmente, se um empréstimo for mesmo necessário, será bom fazer um documento assinado, para evitar problemas futuros. Todavia, muitos irmãos que hesitam em tomar dinheiro emprestado apreciariam muito alguma ajuda pessoal em forma de conselhos ou de partilha de experiência. (Romanos 13:8) Um caso real da África Ocidental, envolvendo Emanuel, ilustra isso. Embora Emanuel fosse barbeiro profissional, os fregueses eram poucos, e ele se sentia triste devido à sua incapacidade de ganhar a vida. Daí, um ancião alerta na congregação perguntou a Emanuel se ele estaria disposto a fazer outro tipo de trabalho. A resposta foi positiva, pois ele não permitiria que o orgulho profissional atrapalhasse. O ancião falou com conhecidos e conseguiu para Emanuel um emprego de atendente num hospital. Ele se tem saído bem nesse serviço e tem podido ajudar outros na congregação.
17. Como poderá ajudar um irmão hospitalizado? (Salmo 41:1-3)
17 Quando um concristão está internado num hospital ou num asilo, há oportunidades especiais para ajudar. Também neste caso, o interesse e a preocupação sinceros são fundamentais. Poderá mostrar isso por estar disposto a ler para o doente publicações cristãs edificantes, ou contar experiências animadoras. Não obstante, haveria alguma necessidade física em que poderia ajudar? Em certos lugares, as instalações hospitalares são tão precárias que o paciente não é banhado ou alimentado a menos que um visitante o faça. Assim, se os médicos concordarem, poderá levar-lhe uma refeição nutritiva ou ajudá-lo a lavar a cabeça ou a banhar-se. Será que um roupão ou um par de chinelos quentinhos seriam apreciados? (2 Timóteo 4:13) Ou, poderia oferecer-se a cuidar de algo que preocupa o doente? Talvez a preocupação dele seja como descontar seu cheque de pagamento e pagar as contas mensais. Você poderá ser útil por fazer até mesmo coisas simples por ele, tais como cuidar que a correspondência não se acumule na casa dele, que as plantas sejam regadas ou que o gás esteja desligado.
18. O que está você determinado a fazer com relação a irmãos necessitados?
18 Sem dúvida, todos nós podemos achar maneiras de melhorar quanto a fazer mais do que simplesmente dizer: “Mantende-vos aquecidos e bem alimentados.” (Tiago 2:16) Pense nos irmãos e nas irmãs de sua congregação. Há entre eles alguns merecedores genuinamente necessitados materialmente, doentes, incapacitados ou acamados? O que poderá fazer de maneira prática para ajudar a esses amados membros da congregação pelos quais Cristo morreu? Ter esta atitude o ajudará a estar melhor preparado para reagir prontamente, caso surjam dificuldades.
19. (a) Por que é tão importante o equilíbrio nesse assunto? (b) Qual é o maior bem que podemos fazer por outros, e por que isso se dá? (Salmo 72:4, 16)
19 Empenhando-nos pessoalmente em ajudar os nossos irmãos, provaremos que a nossa fé não é morta. Esta mesma fé nos move a trabalharmos arduamente na pregação cristã. Temos de manter equilíbrio entre ajudar outros materialmente e participar regularmente na evangelização cristã. (Veja Mateus 15:3-9; 23:23.) O conselho de Jesus a Marta e Maria reflete esse equilíbrio. Ele disse que se a pessoa comparar os suprimentos materiais em relação com o alimento espiritual, este último será “a boa porção” que não será tirada. (Lucas 10:39-42) No atual sistema sempre haverá pobres e doentes. Podemos, e devemos, fazer boas coisas por eles. (Marcos 14:7) Ainda assim, o melhor e mais duradouro bem que podemos fazer é ensinar outros sobre o Reino de Deus. Foi nisto que Jesus se concentrou. (Lucas 4:16-19) É a maneira de os pobres, os doentes e os atribulados receberem alívio permanente. Que alegria é ajudar nossos irmãos e outros a depositarem sua esperança em Deus e a ‘se apegarem firmemente à verdadeira vida’. — 1 Timóteo 6:17-19.
Lembra-se?
◻ Quais são as mais importantes “obras excelentes” a serem realizadas pela congregação cristã?
◻ Como podem os anciãos locais dar atenção equilibrada a “obras excelentes” relacionadas com as circunstâncias materiais de seus irmãos?
◻ Que medidas práticas podem ser tomadas pelos anciãos?
◻ Cite exemplos de coisas práticas que você poderá fazer para ajudar irmãos necessitados.
-
-
Louvando a Jeová com músicaA Sentinela — 1986 | 15 de outubro
-
-
Louvando a Jeová com música
MUITAS são as maneiras pelas quais os servos de Jeová podem louvá-lo. Sem dúvida, entre as mais belas e as que alegram grandemente Seu coração está a de ‘cantar-lhe e entoar-lhe melodias’. (Salmo 105:2) Tem-se dito apropriadamente que a música é um dos “distintivos da natureza humana do homem”.
A música também tem sido classificada de “dádiva humana sem igual, tanto criativa como deleitosa”. Os animais, selvagens ou domésticos, não têm habilidade musical. É bem verdade que certos pássaros têm belos cantos, mas isso é tudo por instinto. Não avaliam a música, assim como os papagaios também não entendem quaisquer palavras que talvez sejam treinados a falar. Mas, com bela música conseguimos tocar o coração de outros, assim como conseguimos comunicar-nos com o intelecto de outros mediante palavras.
Sim, a música é uma dádiva do Criador para a humanidade, e que dádiva maravilhosa! Pesquisas recentes indicam que os bebês,
-