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  • g77 22/2 pp. 27-28
  • São bíblicas as distinções entre clérigos e leigos?

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  • São bíblicas as distinções entre clérigos e leigos?
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g77 22/2 pp. 27-28

Qual É o Conceito da Bíblia

São bíblicas as distinções entre clérigos e leigos?

DISTINÇÕES entre clérigos e leigos já existem no sistema religioso da cristandade por muitos séculos. Poucas pessoas dão se ao trabalho de refletir se é bíblico que uma classe clerical profissional presida os restantes dos crentes. Todavia, poder-se-ia perguntar: Harmoniza-se com as Escrituras inspiradas a divisão dos crentes em clérigos e leigos?

Na congregação cristã do primeiro século, as distinções entre clérigos e leigos eram desconhecidas. Foram algo que surgiu depois. Afirma a Encyclopœdia Britannica: “O segundo século da igreja cristã testemunhou uma distinção entre clérigos e leigos (gr. laos, ‘povo’). Esta distinção obteve forma e reconhecimento pelos privilégios e imunidades concedidos aos clérigos por Constantino I [4.º século].”

Bem, será que o aparecimento duma classe clerical profissional resultou nos melhores interesses dos membros das igrejas? O mensário jesuíta Études declara que tal classe “mantém ‘os fiéis’ num estado de ignorância e irresponsabilidade”. Isto não é exagero. Como parte da classe leiga, as pessoas em geral tomam pouca iniciativa de verificar o que a Bíblia diz e de crescer em compreensão espiritual. Simplesmente deixam isso para seu clérigo, assim como confiam seus problemas de saúde ao seu médico.

Este, contudo, não era o arranjo que existia nos dias dos apóstolos do Senhor Jesus Cristo. Todos os homens na congregação eram incentivados a fazer progresso espiritual e a empenhar-se em se tornar instrutores habilitados da Palavra de Deus. Segundo a tradução da católica Bíblia de Jerusalém (em inglês), o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo: “Desejar ser um ancião presidente é desejar fazer um nobre trabalho.” A New American Bible, católica, reza: “Quem deseja ser bispo aspira uma nobre tarefa.” — 1 Tim. 3:1.

O cargo de “ancião presidente” ou “bispo” não estava além do alcance dos varões cristãos. No entanto, este cargo não era o que comumente se imagina hoje. Era um cargo de supervisão mantido, não por apenas um homem, mas por um conjunto de homens. Os designados a tal cargo eram chamados “superintendentes” ou “anciãos”. Reconhecendo que um conjunto de homens presidia uma congregação, uma nota marginal de Tito 1:5 da Bíblia de Jerusalém (em inglês) nos diz: “Nos dias primitivos, cada comunidade cristã era governada por um corpo de anciãos (‘presbíteros’, daí a palavra inglesa ‘sacerdotes’.)” (Veja também a nota marginal da edição em português, Edições Paulinas.)

Habilitar-se alguém como “ancião” ou “superintendente” não era questão de ascender por uma escada hierárquica, começando com o degrau mais baixo. O teólogo católico, Legrand, escreve: “O ministério ordenado não é um cursus honorum [corrida em busca de honras] a ser percorrido como a subida de degraus numa escada hierárquica. Com efeito, a palavra hierarquia não é encontrada na Bíblia. Seu uso mais antigo remonta ao início do 6.º século, quando Pseudo-Dionísio a usou, embora de forma hem diferente do significado que lhe foi dado na Idade Média, limitando-a aos ministros ordenados, ao passo que, para Dionísio ela [a hierarquia] incluía os leigos e até mesmo os catecúmenos [aprendizes].”

O fato de que ser superintendente ou ancião não se restringe a um número limitado, nem depende de educação num seminário, incentiva os varões cristãos a empenhar-se em satisfazer as habilitações esboçadas nas Escrituras Sagradas. Isto incentiva todos a crescer em conhecimento e desejar ser úteis aos concrentes. Diferente do arranjo de clérigos e leigos que contribui para as pessoas serem analfabetos bíblicos, e deixarem de assumir responsabilidades cristãs, o arranjo bíblico as incentiva a agirem de forma positiva em crescer em conhecimento cristão e em servir aos concrentes. Isto tem acontecido com as Testemunhas de Jeová, que se empenham arduamente em padronizar suas congregações segundo as orientações bíblicas.

Ademais, os que serviam quais anciãos na congregação do primeiro século tinham ordens de evitar assumir uma posição superior com relação a seus membros. Nenhum homem devia ser considerado como líder ou cabeça oficial da congregação. Eliminaram-se, para todos, os títulos de exaltação. Jesus Cristo declarou: “Vós, não sejais chamados Rabi, pois um só é o vosso instrutor, ao passo que todos vós sois irmãos. Além disso, não chameis a ninguém na terra de vosso pai, pois um só é o vosso Pai, o Celestial. Tampouco sejais chamados ‘líderes’, pois o vosso Líder é um só o Cristo. Mas o maior dentre vós tem de ser o vosso ministro [servo].” — Mat. 23:8-11.

A congregação cristã devia ser como uma família sob a chefia de Desus Cristo. Assim, os anciãos deviam tratar os membros da congregação em harmonia com tal fato e humildemente servi-los. Escreveu o apóstolo Paulo a Timóteo: “Não critiques severamente um [ancião]. Ao contrário, suplica-lhe como a um pai, os homens mais jovens, como a irmãos, as mulheres mais [idosas], como a mães, as mulheres mais jovens, como a irmãs, com toda a castidade.” — 1 Tim. 5:1, 2.

O inteiro espírito do conselho da Bíblia para os anciãos cristãos é contrário ao desenvolvimento da distinção entre clérigos e leigos. A ênfase é sempre dada ao serviço altruísta e a se evitar tudo que subentenda uma posição exaltada sobre os concrentes. O apóstolo Pedro, para exemplificar, admoestou os co-anciãos: “Pastoreai o rebanho de Deus, que está aos vossos cuidados, não sob compulsão, mas espontaneamente; nem por amor de ganho desonesto, mas com anelo; nem como que dominando sobre os que são a herança de Deus, mas tornando-vos exemplos para o rebanho.” — 1 Ped. 5:2, 3.

O objetivo dos anciãos cristãos que não eram apóstolos inspirados era evitar exercer domínio ou senhorio sobre o “rebanho de Deus”. Sua obrigação era ajudar os membros deste “rebanho” a apegar-se à fé que já possuíam e ajudá-los a mantê-la pura e, desta forma, resultar na alegria cristã de todos. Assim como o apóstolo Paulo, quando escrevia cartas corretivas de ajuda para a congregação coríntia, disse: “Foi em consideração a vós que não vim de forma alguma a Corinto. Não imagineis que estamos ditando os termos de vossa fé; vosso apego à fé é bastante seguro. Estamos trabalhando junto convosco para vossa própria felicidade.” — 2 Cor. 1:23, 24, New English Bible; veja também A Bíblia de Jerusalém.

Na verdade, os fatos estabelecem que as distinções entre clérigos e leigos da atualidade não se baseiam nas Escrituras Sagradas. Na realidade frearam o crescimento cristão, por desencorajar a iniciativa espiritual. Tais distinções que existem nas organizações religiosas da cristandade são cumprimento de profecias que indicam um desvio da verdadeira crença e prática. Por exemplo, o apóstolo Paulo disse ao corpo de anciãos ou superintendentes da congregação de Éfeso: “Dentre vós mesmos surgirão homens e falarão coisas deturpadas, para atrair a si os discípulos.” (Atos 20:30) Não é isto algo que merece séria consideração por parte dos que pertencem a organizações que aprovam as distinções entre clérigos e leigos?

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