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A maneira em que Jesus morreuA Sentinela — 1960 | 15 de maio
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Ali, em Getsêmani, Jesus estava em grande agonia. “Estando em agonia, orou com mais instancia; o seu suor tornou-se em gotas de sangue a cair sobre a terra.” (Luc. 22:44) Jeová permitiu isso, e por esta razão pode-se dizer que foi ele quem fez Jesus enfermar. Tão severa foi a agonia de Jesus, resultando em suor de sangue que pingava no chão, que ele poderia ter morrido se isso não tivesse sido remediado. No entanto, foi sugerido que esta enfermidade por que passou foi tal que amorteceu a sensibilidade dos seus nervos, tornando suportáveis as experiências pelas quais havia de passar ainda. Vemos aqui a misericórdia de Jeová ao permitir que Jesus enfermasse antes de ser pregado na estaca de tortura.
Depois de Jesus ter sido preso e submetido a um julgamento fictício, ele foi açoitado e, às instâncias da multidão chefiada pelos clérigos, foi entregue para ser pregado numa estaca. Terrível como foi esta experiência, a dor ficou certamente menor, até certo grau, por causa do que já padecera e que lhe embotou os nervos. Em vez de permitir que Jesus sofresse por muito tempo na estaca de tortura ou que fosse morto pelos soldados por lhe quebrarem os ossos, “foi do agrado de Jehovah esmagá-lo”, o que ele fez por permitir que, expirasse poucas horas depois de ser pregado na estaca. Jesus, ao reconhecer o que estava acontecendo, clamou: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” E, vencido de tristeza, “Jesus, dando um grande brado, expirou”. (Mar. 15:34, 37) Ao explicar o que tinha acontecido, o Dr. William Stroud, M. D., no livro inglês intitulado A Causa Física da Morte de Cristo, refere-se às observações de Grüner, que disse: “É comum que pessoas, cujo coração fica oprimido pela congestão excessiva de sangue, com ansiedade e palpitação, e que estão ameaçadas de sufocação, gritem com alta voz.” Aparentemente, seu coração se rompera ou uma das artérias maiores se rompera, fazendo-o expirar.
Isto tornou possível o cumprimento de outra parte importante do propósito de Jeová. “Sem derramamento de sangue não há remissão.” (Heb. 9:22) E, a respeito da morte de Jesus está escrito: “Derramou a sua alma até a morte.” (Isa. 53:12) Sua morte tinha de ser numa estaca para tornar possível que os judeus crentes ficassem livres da maldição da Lei, mas a morte na estaca não causaria derramamento de sangue, e era isto o que se exigia a fim de satisfazer os requisitos divinos quanto à remissão dos pecados de toda a humanidade crente. (Gál. 3:13) Mas, tendo Jeová esmagado Jesus por permitir que as mãos e os pés, dele fossem atravessados por pregos e que o coração ou uma das artérias dele se rompesse, o sangue se verteu no pericárdio ou tórax. De modo que, quando um dos soldados tomou uma lança e lhe furou o lado; “saiu sangue e água”. (João 19:34) Deste, modo, embora Jeová se agradasse em acabar cedo com a agonia de seu Filho, ele tornou também possível que se cumprissem todas as coisas escritas pelos profetas inspirados e que se satisfizessem todas as exigências para a salvação.
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“Caricaturas daquilo que Cristo intencionou”A Sentinela — 1960 | 15 de maio
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“Caricaturas daquilo que Cristo intencionou”
Falando das igrejas da cristandade, o clérigo britânico H. R. L. Sheppard, ex-cânone da Catedral de S. Paulo, escreveu no livro Se Eu Fosse Ditador: “O cristianismo não está dominando. . . . Embora a religião tenha atrativos, as igrejas repugnam freqüentemente pela sua atenção estranha e desumana dada a assuntos secundários e irrelevantes. . . . É impossível supor-se que as formas complicadas que o cristianismo assumiu até agora sejam algo melhor do que caricaturas daquilo que Cristo intencionou.”
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