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  • Festas de louvor a Jeová

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  • Festas de louvor a Jeová
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1968
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1968
w68 15/1 pp. 41-49

Festas de louvor a Jeová

“As festas das estações de Jeová, que deveis proclamar, são santos congressos.” — Lev. 23:2.

1. Quando é que as festas são ocasiões de alegria? Citem algumas das festas judaicas.

AS FESTAS são ocasiões de alegria, conforme lemos em Deuteronômio 16:14: “Tens de te regozijar durante a tua festa.” Isto se dá em especial se a festa for celebrada em louvor a Jeová, o Deus Onipotente. Quando Jeová organizou seu povo em uma nação, lá no ano 1513 A. E. C., deu-lhe muitas festas. Elas se acham alistadas em Levítico, capítulo 23. Todo sétimo dia era um sábado, dia de descanso completo, “um santo congresso”. A Páscoa era celebrada em 14 de nisã, seguida pela festa dos pães ázimos, que durava sete dias. Cinqüenta dias a contar de 16 de nisã, quando eram oferecidas as primícias da colheita de cevada, havia a festa das semanas, também conhecida como Pentecostes. No primeiro dia do sétimo mês havia a festa das trombetas, e, no décimo dia, o povo celebrava o grande dia da expiação. Este ciclo de festas era concluído pela mais alegre de todas elas, a festa dos tabernáculos, que era realizada desde o dia quinze até o dia vinte e um do mesmo mês, havendo um final e santo congresso no vigésimo segundo dia. Com o passar do tempo foram acrescentadas festas adicionais, tais como a lua nova mensal, a festa de Purim e a festa da Dedicação, havendo assim mais dias para a guarda especial da adoração de Jeová. — Núm. 10:10.

2. (a) O que foi que Jeová ensinou a seu povo por meio das festas? (b) Por que os cristãos, hoje em dia, estudam estas festas?

2 Tais festas não eram apenas ocasiões de alegria e de descanso físico, mas eram primariamente ocasiões de edificação religiosa e espiritual. Eram festas para Jeová, para seu louvor e honra. Por meio destas festas Jeová, o grande Rei e Legislador, o Organizador da nação, ensinava a seu povo sua vontade e seu propósito divinos, junto com muitos princípios básicos, e lhe dava a oportunidade de demonstrar sua apreciação e gratidão a Jeová por sua bondade e misericórdia, e por todas as bênçãos que Ele lhes provera durante o ano. Além disso, e isto é importantíssimo para nós, Jeová não só ensina aos cristãos os mesmos princípios hoje, mas também, por meio de tais festas judaicas, tem feito muitas profecias que se cumprem em nossos dias. Em outras palavras, Jeová, fazendo que o povo de uma inteira nação agisse como atores, produziu no vasto palco do país da Palestina, e especialmente da cidade de Jerusalém, cenas que são “sombra das boas coisas vindouras”. (Heb. 10:1) Assim, por observarmos os israelitas celebrarem suas festas, nós, hoje em dia, recebemos instruções sobre coisas importantes que se cumprem em nosso tempo, e, ao mesmo tempo, aprendemos muitas lições com respeito à vontade, aos propósitos e aos princípios de Jeová. Por conseguinte, sentemo-nos à vontade agora e observemos os atores, ao representarem as cenas de cada uma destas festas judaicas.

SÁBADO

3, 4. (a) Descrevam o dia de sábado. (b) Por que os judeus se sentiam física e espiritualmente revigorados por guardarem o sábado?

3 “Durante seis dias poderá ser feito o trabalho, mas o sétimo dia é um sábado de completo descanso, um santo congresso. Não fareis trabalho de nenhum tipo. É um sábado para Jeová em todos os lugares em que habitardes.” (Lev. 23:3) Os israelitas receberam um regulamento sabático pouco depois de seu livramento da escravidão no Egito, em caminho para o Monte Sinai. Tornou-se plenamente expresso no quarto dos Dez Mandamentos. (Êxo. 20:8-11) O dia sabático começava ao pôr do sol do sexto dia e durava até o pôr do sol do sétimo dia. No tempo de Jesus, seis altos toques de trombeta no sexto dia, três por volta da nona hora (15 horas) e três ao pôr do sol, anunciavam seu começo. O sábado era um dia de completo repouso, até mesmo para os escravos e os animais. Era o dia de Jeová, um dia que abençoara e colocara à parte para observância. Reconhecer e executar obedientemente o propósito do sábado trazia verdadeiro prazer. (Isa. 58:13, 14) Mas, violá-lo conscientemente traria a aplicação da pena de morte.

4 Os israelitas podiam avaliar o valor de tal lei humanitária depois de terem sido escravos sob o cruel domínio egípcio. Por pararem o serviço secular, os judeus podiam concentrar na oração, na adoração e na meditação da Palavra de Deus. Com efeito, o sábado era um dia de grande atividade religiosa. Os sacerdotes ficavam mais ocupados do que nos outros dias da semana. Havia dois cordeiros a serem oferecidos junto com os dois oferecidos cada dia como um constante holocausto (Núm. 28:9, 10), e os doze pães da proposição eram mudados no lugar santo. (Lev. 24:5-8) Era realizado um santo congresso, uma assembléia de adoração e instrução públicas. O povo recebia instrução na lei de Deus. No tempo dos apóstolos de Jesus, conforme lemos em Atos 15:21, Moisés era “lido em voz alta nas sinagogas, cada sábado”. Que grandiosa provisão era esta, de uma nação inteira ter um dia livre, toda semana, para adorar a seu Deus, para se reunirem uns com os outros e para serem instruídos nas leis de Deus, livres da labuta diária e de todas as suas preocupações! Fez com que apreciassem a bondade de seu Deus, Jeová, e recordou-lhes o milagroso livramento que tiveram da escravidão no Egito. Cada sábado era revigorador para o corpo e todos, sem exceção, se sentiam espiritualmente edificados.

5. (a) Quando é que o sábado semanal tem cumprimento? (b) Que propósito cumpre o Sábado maior?

5 É bom saber que este sábado semanal dos judeus é somente “sombra das boas coisas vindouras”. A Bíblia indica que Jeová criou os céus e a terra em seis dias, cada um tendo 7.000 anos de duração. No sétimo dia, Jeová descansou de sua obra criativa e entrou em seu sábado. A humanidade, contudo, não manteve o descanso ou sábado pacífico com Jeová, mas, por meio da desobediência, veio a ficar escrava ao pecado, à imperfeição e à morte. Quase seis mil anos do sétimo já se passaram e há apenas um pouco mais de mil anos que restam. Jesus, falando do dia sabático semanal, disse: “O sábado veio à existência por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.” Assim, estes mil anos finais foram reservados por Jeová para um propósito especial prefigurado pelo sábado semanal dos judeus, a saber, para o reinado de Cristo Jesus, seu Filho, pois Jesus passou a dizer: “Portanto, o Filho do homem é Senhor até mesmo do sábado.” (Mar. 2:27, 28) É um sábado de mil anos incluso no grande sábado de descanso de 7.000 anos de Jeová. Como o sábado semanal, o sábado maior de mil anos será devotado à adoração de Jeová, e à educação de todos os viventes, inclusive os ressuscitados dos túmulos memoriais, quanto aos requisitos justos de Jeová. — Heb. 10:1; Gên. 2:1-3; João 5:28, 29.

6. Por que foi que Jesus fez muitas obras de cura no sábado?

6 Lá nos anos de 29 a 33 E. C., Jesus realizou muitas obras poderosas, especialmente no sábado. Fez que os cegos vissem, os surdos ouvissem, os aleijados andassem e os doentes ficassem curados, e até mesmo ressuscitou alguns mortos. Assim, prefigurou as obras maravilhosas de livramento e alívio que fará durante o sábado milenar do seu reinado. Não se permitirá que ninguém perturbe a paz e o descanso deste dia, como foi prefigurado por se sentenciar à morte todos os violadores do sábado. (Núm. 15:32-36) Durante este sábado milenar, a humanidade receberá verdadeiro revigoramento para o corpo e o espírito, progredindo gradualmente à perfeição, podendo usufruir plenamente toda a bondade que Jeová fornece por meio do seu Rei, Cristo Jesus, e rendendo adoração e obediência de toda a alma a Ele. É uma experiência deleitosa divisar que, depois de seis mil anos de labuta e escravidão ao pecado, à imperfeição e à morte sob o domínio cruel de Satanás, a humanidade crente se acha agora no limiar de sua maior libertação, a fim de usufruir um sábado bem maior, do qual o Filho de Deus é Senhor. Que dia jubiloso!

LUA NOVA E A FESTA DAS TROMBETAS

7. Quais eram algumas das características da festa da lua nova?

7 Em dois trechos, a lei de Moisés fornece instruções a respeito da observação da lua nova, que assinalava o começo de cada mês. As trombetas soariam e seriam oferecidos sacrifícios especiais, da mesma forma que nos outros dias de regozijo e nas épocas festivas. (Núm. 10:10; 28:11-15) Com o decorrer do tempo, a observância da lua nova se transformou numa festa importante, sendo mencionada junto com os sábados e as “épocas festivas”. (Isa. 1:13; Eze. 46:1; Osé. 2:11) A Lei não especificou que todos os tipos de trabalho deveriam cessar no dia da lua nova do mês comum. Mas, notamos que o profeta Amós, no nono século A. E. C., reprovava os mercadores que esperavam ansiosamente o fim da lua nova, de modo que pudessem reiniciar seus negócios fraudulentos, fato este que indicava que era costumeiro o povo não transacionar nem se empenhar em serviço secular nos dias de lua nova, mas usar o dia para reuniões e associação. — Amós 8:5; 1 Sam. 20:5, 24.

8. (a) Por que era ocasião favorável para instrução religiosa? (b) O que podem os cristãos aprender disso?

8 Como o sábado, a lua nova era um dia para adoração especial e uma ocasião favorável para instrução pública no templo. Era um dia bem ocupado para os profetas e os demais ministros de Deus, visto que era costumeiro as pessoas que tinham problemas se dirigirem a estes servos de Deus e receberem instrução e ajuda em particular. (Eze. 46:1; 2 Reis 4:22, 23) Provisões especiais foram feitas na lei para a lua nova do sétimo mês, chamado etanim ou tisri, e era considerada um santo congresso. Fora declarado especificamente que nenhum trabalho árduo de qualquer tipo fosse feito neste dia. Assim, em adição aos vinte e dois sábados semanais, os judeus gozavam de mais doze dias especiais cada ano em que louvar e adorar a Jeová e receber instrução em sua Palavra. O fato que Jeová provera tanta instrução e atividade religiosas deveria ensinar aos cristãos hodiernos a importância de reservarem tempo para adorar a Jeová e estudar sua Palavra em particular e junto com a congregação cristã.

O DIA DA EXPIAÇÃO

9. (a) Quando era o dia da expiação, e, que requisito era exigido de todo o povo? (b) Resumam os pontos destacados do que acontecia no dia da expiação.

9 No mês de etanim, nove dias depois da festa jubilosa das trombetas, estava programada outra celebração. Era o dia mais importante de Israel, o dia da expiação, a ser observado no décimo dia do sétimo mês. Um santo congresso era realizado e não se fazia nenhum tipo de trabalho. Os israelitas receberam a ordem de afligir suas almas, mui provavelmente por jejuarem. Em Levítico, capítulo 16, o proceder a ser seguido no dia inteiro é delineado nos mínimos pormenores. A fim de tirar o máximo de proveito deste estudo, gostaríamos de incentivar o leitor a ler o inteiro capítulo. Conforme notará, o sumo sacerdote apresentava um novilho pelos pecados de Aarão e sua família, e a tribo de Levi, e dois cabritos, um, o cabrito “para Jeová”, a ser morto como oferta pelo pecado para o resto da nação, e o outro a ser mantido vivo como o cabrito “para Azazel”. Depois de primeiro dirigir-se com incenso para o Santíssimo do tabernáculo, o sumo sacerdote levava parte do sangue das duas ofertas pelo pecado, primeiro do touro, daí, do cabrito, ao Santíssimo, para ser aspergido sobre a tampa da Arca. Mais tarde, as carcaças dos animais eram levadas para fora do acampamento e queimadas. Depois de o sumo sacerdote confessar todos os pecados do povo por sobre o cabrito vivo, era conduzido ao deserto, para jamais dali retornar. Depois disso, o sumo sacerdote se banhava e mudava de roupa. Daí, dois cordeiros eram oferecidos como ofertas queimadas, um para Aarão e sua casa e outro para o restante daquela nação.

10. Que propósito maior é cumprido pelo dia da expiação?

10 Ao passo que o dia da expiação em Israel era espiritualmente edificante e encorajador, era sombra de algo muito maior, apontando aos judeus o Messias, o Libertador que havia de vir, pois seus sacrifícios animais em realidade jamais poderiam remover pecados. Os sinceros hebreus que guardavam a Lei da melhor forma possível podiam ver que “os homens nunca podem, com os mesmos sacrifícios que oferecem continuamente, de ano em ano, aperfeiçoar os que se aproximam. De outro modo, não se teria parado de oferecer os sacrifícios . . . ? Ao contrário, por meio destes sacrifícios há de ano em ano uma lembrança dos pecados.” (Heb. 10:1-3) Os fiéis judeus, por seguirem os sacrifícios do dia da expiação, estavam assim sendo orientados a aguardar o Sumo Sacerdote maior, com o melhor sacrifício, o verdadeiro, que podia remover pecados. Nos Salmos se mostra que o preço de resgate era tão precioso que estava inteiramente além do alcance de qualquer um deles. (Sal. 49:7, 8) O apóstolo Paulo, um hebreu fiel, disse: “A Lei, por conseguinte, tornou-se o nosso tutor, conduzindo a Cristo, para que fôssemos declarados justos devido à fé.” — Gál. 3:24.

11. O que os sacrifícios não podiam fazer pelos judeus, mas, que satisfação lhes davam?

11 O apóstolo, por conseguinte, devota considerável espaço em sua carta aos Hebreus para mostrar o significado destas coisas. Descreve o tabernáculo e suas características, entrando o sumo sacerdote no Santíssimo apenas um dia no ano com o sangue de animais, para oferecer sacrifícios não só pelos pecados do povo, mas também por si mesmo, e diz: “O espírito santo esclarece assim que o caminho para o lugar santo ainda não fora manifestado enquanto a primeira tenda estava de pé. Esta mesma tenda é uma ilustração para o tempo designado que agora chegou.” Daí, indica que os sacrifícios oferecidos “não são capazes de aperfeiçoar o homem que presta serviço sagrado, no que se refere à sua consciência”. Não obstante, quando o sumo sacerdote de Israel realizava seus serviços, os israelitas usufruíam certa medida de satisfação. Faziam a vontade de Deus para o seu tempo, porque “eram exigências legais referentes à carne e foram impostas até o tempo designado para se endireitar as coisas”. — Heb. 9:1-10.

12. O que era realizado pela tenda no deserto?

12 Então o apóstolo prossegue explicando que as coisas da Lei, inclusive o dia da expiação, eram representativos de maiores coisas. Diz: “No entanto, quando Cristo veio como sumo sacerdote das boas coisas que se realizaram por intermédio da tenda maior e mais perfeita, não feita por mãos, isto é, não desta criação, ele entrou no lugar santo, não, não com o sangue de bodes e de novilhos, mas com o seu próprio sangue, de uma vez para sempre, e obteve para nós um livramento eterno.” (Heb. 9:11, 12) A tenda no deserto era um arranjo de Deus pelo qual os israelitas poderiam aproximar-se dele mediante seu sumo sacerdote e receber um típico perdão de pecados, que poderia mantê-los no favor de Deus e em linha até o Seu tempo de prover o verdadeiro sacrifício. Durante tal tempo, eram limpos num sentido carnal, pois Paulo diz que eram santificados ao ponto de limpeza da carne. — Heb. 9:13.

A TENDA MAIOR

13. (a) O que é a “tenda maior e mais perfeita, não feita por mãos”? (b) O que conseguem os adoradores que se chegam a esta tenda?

13 Mas, então, o que é a “tenda maior e mais perfeita não feita por mãos”? Não se trata duma estrutura literal, mas é o arranjo de Deus para a expiação da humanidade. Deus também proveu o grande Sumo Sacerdote, o Perfeito, que não precisava oferecer nenhum sacrifício por si mesmo; seu sacrifício podia cobrir os pecados dos outros. Mediante a provisão de Jeová, foi ressuscitado em espírito e compareceu perante o verdadeiro Santíssimo, o próprio céu, onde Deus tem estabelecido o arranjo legal para ele oferecer o valor de seu sacrifício. (Heb. 9:24) Referindo-se a isto, Paulo afirma: “Quanto mais o sangue do Cristo, o qual, por intermédio dum espírito eterno, se ofereceu a Deus sem mácula, purificará as nossas consciências de obras mortas, para que prestemos serviço sagrado ao Deus vivente?” (Heb. 9:14) Aqueles que se chegam a ele, portanto, provam mais do que uma limpeza da carne. Realmente têm descanso da atormentadora consciência do pecado e usufruem a boa consciência que solicitaram a Deus mediante Cristo. — 1 Ped. 3:21.

O DIA DA EXPIAÇÃO ANTITÍPICO

14. (a) Quando e com que começou o antitípico dia da expiação? (b) Como foi que Jesus serviu como o cabrito “para Azazel”? (c) Como foi que cumpriu o quadro de levar o sangue do touro e do cabrito ao Santíssimo?

14 O dia da expiação de Israel abrangia as horas de luz solar do décimo dia do sétimo mês. Que período de tempo é ocupado pelo grande dia antitípico da expiação? Bem, começou no tempo do batismo de Jesus, quando apresentou-se para fazer a vontade de Deus, seguindo um proceder sacrificial, no outono setentrional de 29 E. C., assim como o touro e os dois cabritos eram apresentados no altar no átrio do tabernáculo. O dia continuou no ano de 33 E. C., tempo durante o qual ele serviu como o cabrito “para Azazel”, mantendo perfeita integridade sob prova e cruel perseguição até à morte por parte de Satanás, levando os pecados do povo para o “deserto”, para o esquecimento para sempre. (Isa. 53:3-7) Suas orações, sua devoção e seu proceder de integridade, semelhante ao incenso levado ao Santíssimo, agradaram a Jeová e cumpriram o propósito primário de Jesus em vir à terra qual vindicador de Deus. O antitípico dia da expiação incluiu sua ascenção ao céu, que corresponde à entrada do sumo sacerdote ao Santíssimo com o sangue do touro e, então, do cabrito. Desta obra sacrificial, Jesus saiu imaculado, puro, agora revestido das “roupas” trocadas de glória e imortalidade como Sumo Sacerdote para sempre segundo à maneira de Melquisedeque. (Heb. 6:20) Mas, ao levar o valor de seu sangue vitalício ao Santíssimo, chegou ao fim o dia antitípico da expiação.a

15. (a) Como é que Paulo indica que a oferta do mérito do sacrifício de Cristo no céu era algo adicional à aplicação dos benefícios do antitípico dia da expiação? (b) Como é que os que desejam tirar proveito do resgate não podem fazer nenhum “trabalho árduo” mas têm de afligir-se?

15 O apóstolo Paulo indica que a aplicação dos benefícios do grande dia da expiação é outra coisa, ao prosseguir dizendo: “E assim como está reservado aos homens morrer uma vez para sempre [devido ao pecado de Adão], mas depois disso um julgamento, assim também foi oferecido o Cristo uma vez para sempre, para levar os pecados de muitos [que herdaram de Adão o pecado]; e, na segunda vez que ele aparecer, será à parte do pecado e para os que seriamente o procuram para a sua salvação.” (Heb. 9:27, 28) Todos os homens têm caído sob a condenação do pecado devido descenderem de seu antepassado Adão. Mas, mediante Cristo, provê-se o “julgamento” à parte do pecado adâmico, de modo que todos possam ter a oportunidade de serem aliviados da inaptidão que veio sobre eles sem ser por sua culpa, e possam ser provados em seus méritos individuais. (Rom. 8:20) Todos que hão de tirar proveito do resgate tem de receber a sua aplicação, para obterem seus benefícios curadores. Não podem salvar-se pelo simples conhecimento de que o resgate já foi oferecido no céu. Têm de arrepender-se e descansar, mediante a fé e a obediência na provisão do sacrifício de Cristo e em seus serviços como Sumo Sacerdote. Não podem fazer qualquer “trabalho árduo” de sua própria iniciativa mediante tentativas de autojustificação por suas próprias obras. Assim, o Sumo Sacerdote ainda tem muito serviço a fazer em aplicar os benefícios do seu sacrifício expiatório. — Heb. 4:3, 10.

16. Mostrem onde os 144.000 obtêm a plena aplicação do resgate e que isto não é o fim do uso do resgate por parte de Cristo.

16 A aplicação do resgate de Cristo tem dois aspectos, assim como havia dois sacrifícios pelo pecado no dia da expiação em Israel. Tendo pago o valor de sua vida humana a seu Pai, Jeová, e tendo comprado a raça humana, Cristo tem agora de aplicar os benefícios do resgate à humanidade. Lembramo-nos de que Aarão aspergia o sangue do touro diante da arca do pacto em benefício da tribo sacerdotal de Levi. Desde 33 E. C. até o tempo atual, Cristo, desde os céus, tem abençoado seus 144.000 irmãos espirituais ungidos por lhes aplicar diretamente os benefícios do seu sacrifício. São introduzidos no novo pacto, a fim de serem reis e sacerdotes junto com Cristo, durante seu reinado sabático milenar. (Luc. 22:20; Rev. 20:6) Mas, não são os únicos beneficiários do sacrifício de Cristo. O sangue do cabrito para Jeová era aspergido depois do sangue do touro, em favor do povo. O sacrifício de Cristo foi para toda a humanidade e tem de ser aplicado imparcialmente a todos que exercem fé. Quando?

17. Quando é que os benefícios do resgate são aplicados às pessoas na terra, e quando é que a aplicação dos benefícios do grande dia da expiação chega ao fim?

17 Serão necessários os mil anos do reinado de Cristo para serem aplicados os benefícios de seu sacrifício de resgate a todos os que, pela fé, se apoderam dele, inclusive os ressuscitados do Seol ou Hades. (Rev. 20:13) Por volta do fim dos mil anos, a descendência de Abraão terá trazido bênçãos a todas as famílias da terra. (Gên. 12:3; 22:18) Todos que se utilizarem da bênção terão sido aperfeiçoados. Daí, a obra de aplicar os benefícios do grande dia de expiação terá sido completada. Os benefícios do sacrifício de resgate de Cristo terão sido aplicados até o fim, imparcialmente, e será demonstrado que o grande dia de expiação de Jeová não foi coisa vã.

MORADIA PARA OS HUMANOS APERFEIÇOADOS

18. O que garante que uma terra paradísica está em reserva para a humanidade?

18 Bem, o resgate de Jesus abrangeu a compra da raça humana e opera no sentido de levá-la à perfeição. Mas, o que dizer da terra, o lar em que vai viver? Quando olhamos o propósito original de Deus no jardim do Éden, vemos que o jardim era um santuário, um lugar para Deus habitar por espírito. Era um lugar de perfeição e beleza, um ambiente apropriado para os que gostariam de servir a seu Deus em perfeita santidade. Visto que Jeová de novo habitará com os homens e eles retornarão de novo à relação de filhos dele, segue-se que uma terra paradísica é concomitante com a perfeição da humanidade. Isto significa que a terra inteira se tornará um paraíso segundo o padrão de Jeová, o grande Arquiteto que originalmente propôs que assim fosse. Quão edificante e encorajador é entender o significado profético do dia típico da expiação e os benefícios que emanam dele! — Rom. 8:20, 21.

FESTA DE PURIM

19. Quais são os fatos históricos que levam à festa de Purim?

19 Por volta do ano 474 A. E. C., outra festa foi acrescentada à lista das festas judaicas. Os eventos históricos que obrigaram Mordecai a inaugurar esta festa de dois dias, chamada Purim, são de tamanha importância profética e de encorajamento para os cristãos, atualmente, que gostaríamos de considerá-los com os leitores. Os judeus viviam sob o domínio persa e estavam espalhados pelas 127 províncias. Certo Hamã, amelequita e odiador dos judeus, era o principal dos príncipes do Império Persa. Tal homem determinara em seu coração exterminar todos os judeus no inteiro domínio persa. Sendo homem religioso e supersticioso, perguntou a seus deuses em que dia deveria ordenar que os judeus fossem exterminados, por lançar o Pur, ou Sorte. A Sorte caiu no dia treze do décimo segundo mês, ou adar. Isto lhe deu cerca de um ano para preparar a matança, visto que a Sorte foi lançada no primeiro mês. Mas, também deu aos judeus tempo para se voltar para o seu Deus e orar a ele, pedindo libertação e para se prepararem para ela. — Ester 9:20-22; 3:1-7.

20. Qual foi a acusação falsa lançada sobre os judeus? Com que resultado?

20 Então Hamã, depois de conhecer a data supersticiosamente escolhida, apresentou seu pedido ao rei, apresentando os judeus como sendo povo sedicioso e perigoso, que não obedecia às leis do rei, mas que tinha seus próprios costumes, diferentes de todos os demais povos. Hamã disse que o dinheiro necessário para cobrir as despesas da matança seria provido — não custaria nada à coroa — e que dez mil telentos de prata (cerca de NCr$ 22.832.280) seriam ajuntados ao tesouro do rei. O rei concedeu tal pedido. Foi sancionada a lei para matar os judeus no inteiro domínio persa no décimo terceiro dia de adar. Parecia que Hamã atingira o zênite de sua glória. Mas, as coisas mudaram depressa. — Ester 3:9-15.

21. (a) Como foi que os judeus contra-atacaram, e qual foi o resultado? (b) Que dias foram reservados para esta festa, e por quê?

21 Mediante a destemida ação da Rainha Ester, que era ela própria judia, sancionou-se outra lei que concedia aos judeus o direito de “defender a sua vida, para destruir, matar e aniquilar de vez toda e qualquer força armada que viesse contra eles, . . . no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar”. Sob a excelente liderança do fiel Mordecai, os judeus preparavam sua defesa. E, quando chegou o dia, foram ajudados, não só pelo povo persa, mas, segundo o registro histórico, por “todos os príncipes das províncias, e os sátrapas, e os governadores e os oficiais do rei . . . porque tinha caído sobre eles o temor de Mordecai. . . . e tiveram sossego dos seus inimigos; e mataram a setenta e cinco mil dos que os odiavam”. Em Susã, o Castelo, a luta se estendeu até o dia seguinte, sendo mortos 810 inimigos, inclusive os dez filhos de Hamã. Os judeus nas províncias e em Susã se banquetearam no dia quatorze e quinze, respectivamente. Por conseguinte, Mordecai impôs-lhes a obrigação de guardar os dias quatorze e quinze do mês de adar, cada ano sem falhar, como “dias de banquetes e de alegria, e de mandarem porções dos banquetes uns aos outros, e dádivas aos pobres”. Os judeus se lembrariam assim todo ano de sua libertação, e, ano após ano, davam louvor e honra a Jeová, o Deus libertador. — Ester 8:9 a 9:22, ALA.

CUMPRIMENTO MODERNO

22. (a) Quem foi representado pelos judeus? por Hamã? (b) Que acusações falsas têm sido lançadas?

22 Como os judeus dos dias de Mordecai, o pequeno número dos irmãos espirituais de Cristo na terra, o “restante” do Israel espiritual, têm sido acusados de serem sediciosos e de serem um risco para a segurança. Sua exterminação como testemunhas do Altíssimo, Jeová, tem sido decretada pela hodierna classe de Hamã, os líderes religiosos da cristandade. Jesus Cristo, exercendo poder régio sobre a terra inteira desde 1914, assim como Assuero exercia sobre o Império Persa, tem permitido tal ataque maligno contra a vida do restante, sob todos os tipos de acusações falsas, como severa prova. Mas, assim como o rei persa permitiu que os judeus lutassem por suas vidas, assim, também, Cristo Jesus tem permitido que o restante defenda sua vida como testemunhas de Jeová contra seus inimigos.

23. Como é que o restante tem lutado por sua vida?

23 Será que o clero religioso da cristandade, com a ajuda do estado político, poderia matar o restante quanto a serem testemunhas de Jeová, matar sua obra de pregação do reino de Jeová? Jamais! Assim como os judeus no tempo de Assuero, o povo do Senhor tem lutado zelosamente por suas vidas e seus direitos como pregadores e testemunhas, não com armas materiais de destruição, mas usando todos os meios legais à sua disposição, junto com a “espada do espírito, isto é, a Palavra de Deus”. (Efé. 6:13-17) Têm continuado a pregar firmemente as boas novas do Reino estabelecido. Com suas armas espirituais e o uso de todos os meios legais disponíveis, não só têm preservado suas vidas espirituais quais testemunhas de Jeová, e o direito de pregar seu nome mundialmente, mas, simbolicamente, “mataram” muitos atacantes por acabarem com o poder e a influência de seus inimigos, que não puderam eliminar sua obra de pregação.

24. (a) O que foi representado pela matança dos inimigos dos judeus? (b) Como no tipo, quem se une ao restante, ajudando-o?

24 A obra do restante tem acabado com a influência da falsa religião a tal ponto que milhares de pessoas de coração honesto abandonaram as suas fileiras e tomaram o lado do restante, assim como aconteceu nos dias de Mordecai: “Muitos, dos povos da terra, se fizeram judeus.” (Ester 8:17, ALA) Observaram que o favor do rei se havia transferido de Hamã para os judeus, até mesmo fazendo o rei a provisão para a preservação deles. Assim, desde 1931, e com maior ímpeto desde 1935, muitas pessoas ficaram impressionadas ao ver a evidência do favor de Deus sobre o pequeno restante dos judeus espirituais. Observaram a luta do restante a fim de salvar suas vidas quais testemunhas cristãs de Jeová, contra o mundo inteiro. Têm-se despertado de modo a ter vívido interesse na luta que o restante trava com firmeza a favor da verdadeira adoração e dos princípios morais limpos. Até mesmo alguns homens de alta posição no mundo, como os príncipes e os governantes dos dias de Mordecai, têm ajudado o restante em sua luta, prestando-lhe qualquer ajuda oficial ou judicial que lhes seja possível oferecer. Aos olhos do restante e da “grande multidão” de pessoas que se ajuntou ao restante em pregar as boas novas do Reino, os antitípicos líderes religiosos já não têm poder e nem influência, estão mortos, e é apenas uma questão de um curto tempo até que Jesus Cristo, que tem o poder régio, cause o extermínio total de todos os seus inimigos na terra, na batalha do Armagedom. Até então, muito mais pessoas tomarão sua posição junto com o restante, conforme representado no drama. Assim, a festa de Purim, tradicionalmente celebrada, tem significado antitípico que dá aos hodiernos cristãos a infalível esperança da vitória de Deus contra todos os seus inimigos.

FESTA DA DEDICAÇÃO

25. O que provocou a necessidade de se rededicar o templo?

25 É muito interessante o fundo histórico que leva à inauguração da festa da Dedicação. No ano 198 A. E. C., a Palestina ficou sob o domínio do rei sírio, Antíoco III. Seu filho, Antíoco IV, Epifânio, era fanático religioso. Empreendeu grandes esforços de converter os judeus à religião grega. Pilhou o templo de Jerusalém e colocou no cargo de sumo sacerdote alguém que favorecia o processo de helenização. Em desafio a Jeová, rededicou o templo e o designou ao olímpico Zeus ou Júpiter. Erigiu um novo altar pagão por cima do grande altar de Jeová, no átrio do templo, onde as ofertas queimadas diárias a Jeová eram anteriormente oferecidas. Por fim, em 25 de quisleu de 168 A. E. C., o primeiro sacrifício foi oferecido sobre este altar pagão em honra de Zeus do Monte Olimpo na Grécia. Foram queimadas cópias da Lei, e punia-se com a morte quem tivesse uma cópia da mesma em seu poder. A circuncisão era um crime capital e os judeus foram até obrigados a comer carne de porco.

26. Por que foi adicionada a festa de Dedicação? Em que data era celebrada?

26 Esta profanação do santuário de Jeová e a helenização dos judeus pela força bruta levou à insurreição sob a liderança dos Macabeus, no ano 167 A. E. C. Durante três anos, os sírios travaram cruenta guerra contra os judeus, mas foram finalmente derrotados, apesar da força militar sobrepujante dos sírios. Jerusalém foi recapturada pelos judeus em 165 A. E. C., e, em 25 de quisleu, ou exatamente três anos depois de os sírios terem profanado o o templo, o santuário foi purificado e rededicado a Jeová. Tratava-se dum dia memorável, e é lembrado pelos judeus até mesmo nos dias de hoje. Ano após ano, em 25 de quisleu (novembro-dezembro), os judeus celebraram a dedicação do templo. A festa durava oito dias. Reuniam-se no templo ou nas sinagogas em suas localidades. Segundo a tradição judaica, era uma ocasião de muita alegria e festividade. Assim, por acessão, a festa da Dedicação foi acrescentada às mencionadas na lei de Moisés.

27. Que lição importante podem os verdadeiros cristãos aprender a respeito das celebrações das festas?

27 A purificação do templo de Jeová, eliminando-se a idolatria pagã, era certamente um bom motivo para uma festa alegre a ser comemorada anualmente. Jeová preservou o templo até que o Messias chegasse. O próprio Jesus Cristo estava presente no templo durante os dias da festa da dedicação. (João 10:22, 23) Mas, os judeus há muito haviam deixado de agir em harmonia com tal festa e eles mesmos tinham poluído o templo de tal modo que Jesus lhes disse que estavam tornando tal “casa de oração” num “covil de salteadores”. Sua apostasia até mesmo levou-os a rejeitar seu Messias; o que, por sua vez, fez com que Jesus lhes dissesse: “Eis que a vossa casa vos fica abandonada.” Assim, vemos que as festas só dão louvor e honra de Jeová se aqueles que as celebram também agirem em harmonia com o significado da festa. (Mat. 21:13; 23:38) No próximo artigo iremos considerar uma outra provisão estimulante com relação às “festas de estações” de Jeová, e veremos como Jeová as faz cumprir dum modo que traz honra ao seu nome.

[Nota(s) de rodapé]

a Veja-se a página 267, § 43, de A Sentinela, em inglês, de 1.° de setembro de 1942, sob o título “Expiação Para o Novo Mundo”, Parte 3. Também, a página 44, § 14, do livro Podeis Sobreviver ao Armagedom Para o Novo Mundo de Deus.

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