-
JogosAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
outras exibições de extrema brutalidade. As lutas de gladiadores começaram originalmente no terceiro século AEC, como um serviço religioso nos funerais, e podem ter tido íntima relação com os ritos pagãos antigos em que os adoradores se laceravam, permitindo que corresse o sangue em honra a seus deuses, ou em honra a seus mortos. (1 Reis 18:28; compare com a proibição de tais práticas para Israel, em Levítico 19:28.) Os jogos romanos foram mais tarde dedicados ao deus Saturno. Nada os ultrapassava em crassa brutalidade e desumanidade. O imperador Trajano certa vez fez realizar jogos que apresentavam 10.000 gladiadores, a maioria dos quais lutou até a morte, antes de o espetáculo terminar. Até mesmo alguns senadores, algumas mulheres “nobres”, e um imperador, Cômodo, entraram na arena gladiatória. Do tempo de Nero em diante, grande número de cristãos foram assassinados nestes eventos.
O ponto de vista cristão
Tertuliano, escritor do segundo e do terceiro séculos EC, delineou a posição dos cristãos primitivos perante tais eventos, dizendo: “Entre nós, não se diz, não se vê, nem se ouve algo que tenha qualquer coisa em comum com a loucura do circo, a imodéstia do teatro, as atrocidades da arena, os exercícios inúteis do campo de luta livre. Por que ficais ofendidos contra nós por diferirmos de vós no tocante aos vossos prazeres?” — Apology (Apologia), na obra The Ante-Nicene Fathers (Os Pais Antenicenos), Vol. III, p. 46.
EMPREGO ILUSTRATIVO
Muitas das características dos jogos foram apropriadamente empregadas por Paulo e por Pedro para ilustrar pontos de seu ensino. Em contraste com o prêmio buscado pelos contendores das disputas gregas, revelava-se que a coroa pela qual o cristão ungido se empenhava era, não uma grinalda perecível de folhas, mas a recompensa de vida imortal. (1 Ped. 1:3, 4; 5:4) Devia correr com a determinação de obter o prêmio, e precisava manter os olhos fixos neste; olhar para trás seria desastroso. (1 Cor. 9:24; Fil. 3:13, 14) Devia contender segundo as regras duma vida de boa moral, de modo a não ser desclassificado. (2 Tim. 2:5) O domínio de si, a autodisciplina e o treinamento são todos essenciais. (1 Cor. 9: 25; 1 Ped. 5:10) Os esforços do cristão deviam ser bem dirigidos para a vitória, assim como os golpes do boxeador bem-treinado são dados sem que ele desperdice energia; embora o objetivo dos golpes do cristão não fosse algum outro humano, mas as coisas, inclusive no seu íntimo, que pudessem levá-lo ao fracasso. (1 Cor. 9:26, 27; 1 Tim. 6:12) Todos os pesos impeditivos e o engodador pecado de falta de fé deviam ser removidos, assim como os contendores nas corridas se despojavam de roupas incomodativas. O corredor cristão devia preparar-se para uma corrida que exigia perseverança, e não um breve pique. — Heb. 12:1, 2.
Deve-se observar que, em Hebreus 12:1, Paulo fala de uma grande ‘nuvem de testemunhas [literalmente: “mártires”, no grego] a rodear-nos’. Que ele não se refere a uma mera multidão de observadores é evidenciado pelo conteúdo do capítulo anterior, a que Paulo se refere por dizer: “Assim, pois, . . .”. Por isso, Paulo está incentivando os cristãos a prosseguirem na corrida, por indicar-lhes, não simples observadores, mas o excelente exemplo de outros que também eram corredores, e, em especial, por instar com eles a mirar atentamente aquele que já fora vitorioso, e que era agora seu Juiz, Cristo Jesus.
A ilustração em 1 Coríntios 4:9 talvez fosse tirada das disputas romanas, sendo Paulo e seus co-apóstolos assemelhados aqui às pessoas que tomavam parte no último evento, no programa da arena, pois o evento mais sangrento era geralmente reservado para o fim, e aqueles que eram deixados para ele podiam contar com a morte certa. Hebreus 10:32, 33 pode ter como fundo, similarmente, os jogos romanos.
-
-
Jóias E Pedras PreciosasAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
JÓIAS E PEDRAS PRECIOSAS
Uma jóia pode ser uma pedra preciosa, uma gema (uma pedra preciosa ou semipreciosa cortada e polida), ou um adorno decorativo feito de metal precioso (mormente de ouro ou de prata), com engaste de tais pedras. Desde os primeiros tempos bíblicos, tanto homens como mulheres usavam jóias como adorno. Atualmente, o diamante, a esmeralda, o rubi e a safira são considerados estritamente como pedras preciosas, ao passo que outras pedras raras e lindas são consideradas semipreciosas. Não obstante, o termo hebraico traduzido “pedra preciosa” tem uma aplicação mais ampla, conforme indicado em Ezequiel 28:12, 13. Estas pedras preciosas se diferenciam de outros minerais mormente por serem raras, lindas e duráveis.
A opulência era parcialmente medida pela posse que alguém tinha de pedras preciosas, reis tais como Salomão e Ezequias pelo que parece as possuindo em grande quantidade. (1 Reis 10:11; 2 Crô. 9:10; 32:27) Davam-se pedras preciosas de presente (1 Reis 10:2, 10; 2 Crô. 9:1, 9), podendo constituir parte dum despojo de guerra (2 Sam. 12:29, 30; 1 Crô. 20:2) e eram artigos de intercâmbio comercial, como entre os antigos tírios. (Eze. 27:16, 22) Numa endecha inspirada a respeito do “rei de Tiro”, Ezequiel declarou: “Toda pedra preciosa era a tua cobertura: rubi, topázio e jaspe; crisólito, ônix e jade; safira, turquesa e esmeralda; e era de ouro o artesanato dos teus engastes e dos teus encaixes em ti.” (Eze. 28:12, 13) Representa-se a simbólica Babilônia, a Grande, como estando ricamente adornada de pedras preciosas. — Rev. 17:3-5; 18:11-17.
EMPREGOS ASSOCIADOS COM A ADORAÇÃO
Os israelitas, no deserto, tiveram o privilégio
-