Um sacerdócio celeste — a provisão de Deus para os que buscam a vida
“A Lei não fêz nada perfeito, mas a introdução adicional duma melhor esperança o fêz, sendo por intermédio dela que nos chegamos a Deus.” — Heb. 7:19.
1. Com o fracasso de Israel em se tornar a “nação santa” de sacerdotes de Jeová, que perguntas surgiram?
A NAÇÃO de Israel deixou de obedecer à voz de Jeová, seu Deus, e de observar Seu pacto, sendo rejeitada qual Seu reino de sacerdotes quando, ao rejeitar o Seu próprio Filho, o Messias, fêz que chegasse ao limite Sua tolerante paciência para com a infidelidade dela. Será que tôda a humanidade seria mais uma vez lançada em temíveis trevas, ficando sem se comunicar com seu Criador, a Fonte da vida? Quão claro para as pessoas tementes a Deus se tornara então que a premente necessidade do homem era de um sacerdócio que permanecesse fiel e durasse para sempre, de modo que os homens obedientes conseguissem não só comunicar-se com Deus, mas também a final realização da esperança de se achegar a Êle gozando da associação feliz e desimpedia que o perfeito Adão outrora gozava! Mas, como isto se poderia realizar? Seria necessária alguma provisão para soerguer os homens da inaptidão do pecado. Dum ponto de vista puramente humano, tal possibilidade era remota.
2. Como sabemos que Deus fizera provlsão para satisfazer a necessidade do homem?
2 Felizmente, Jeová fêz exatamente tal provisão e, além disso, forneceu em sua Palavra escrita fortes garantias da mesma. Êste meio de acesso ao Seu favor e à vida foi representado perfeita e exatamente pelo funcionamento do sacerdócio aarônico em Israel, pois escreveu o apóstolo Paulo: “Os quais [homens (sacerdotes aarônicos)] . . . prestam serviço sagrado numa representação típica e como sombra das coisas celestiais.” — Heb. 8:5.
3. De início, o que devemos entender a respeito do significado de todos os pormenores típicos?
3 A fim de compreendermos melhor tôdas as maravilhosas modalidades desta generosa provisão de Jeová, temos, de início, de entender que se trata de coisas celestes, espirituais e invisíveis. Durante séculos, os homens ímpios têm agido na presunção de que podem atingir a genuína paz e êxito mediante seus próprios esforços e planos, sem ser ajudados. Têm despercebido por completo o princípio delineado na lei de Deus dada a Israel: “O homem não vive só de pão, mas de tôda expressão da bôca de Jeová vive o homem.” (Deu. 8:3) Aquêles que hão de obter vida, portanto, têm de ouvir, entender e aplicar em suas vidas as expressões de Jeová que se acham disponíveis para nós em sua Palavra escrita. Que nós, então, com tôda a reverência, consideremos o modo maravilhoso pelo qual Jeová usa as coisas materiais para nos ensinar verdades profundas e espirituais a respeito das quais não poderíamos vir a conhecer de nenhum outro modo.
O SUMO SACERDOTE
4. O que aprendemos que são as realidades prefiguradas pelo sumo sacerdote, pelo sangue das vítimas sacrificiais, e pela tenda?
4 Identificando algumas das realidades apontadas pelas sombras típicas, o apóstolo Paulo escreveu, sob inspiração: “No entanto, quando Cristo veio como sumo sacerdote das boas coisas que se realizaram por intermédio da tenda maior e mais perfeita, não feita por mãos, isto é, não desta criação, êle entrou no lugar santo, não, não com o sangue de bodes e de novilhos, mas com o seu próprio sangue, de uma vez para sempre, e obteve para nós um livramento eterno. Porque Cristo entrou, não num lugar santo feito por mãos, que é uma cópia da realidade, mas no próprio céu, para aparecer agora por nós perante a pessoa de Deus.” Identifica-se a Cristo, portanto, como o cabeça dum sacerdócio celeste, ao passo que seu comparecimento à presença de Deus no céu com o mérito do seu sacrifício perfeito foi aquilo que foi prefigurado pela entrada do sumo sacerdote de Israel no compartimento Santíssimo da tenda típica, levando o sangue de animais imaculados. Vendo-se isto com clareza, abre-se ao nosso entendimento o verdadeira-significado de uma série de sombras típicas. — Heb. 9:11, 12, 24.
5. Como é que o apósto Paulo descreve as vantagens do sacerdócio de Cristo e comparação com o de Aarão?
5 Cristo Jesus não herdou o sacerdócio da tribo de Levi, pois nem sequer pertencia àquela tribo, por nascimento carnal. Nascera de uma virgem da tribo de Judá. O seu sacerdócio é muitíssimo mais eficaz em aproximar os homens de Deus. Como é muitíssimo mais eficaz? Escute como responde o apóstolo Paulo: “Temos esta esperança como âncora para a alma, tanto segura como firme, e ela penetra até o interior da cortina, onde um precursor entrou a nosso favor, Jesus, que se tornou sumo sacerdote para sempre à maneira de Melquisedeque.” Não tendo “pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo nem princípio de dias nem fim de vida, mas tendo sido feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote perpètuamente.” “Por conseguinte, êle é também capaz de salvar completamente os que se aproximam de Deus, por intermédio dêle, porque está sempre vivo para interceder por êles.” “Temos um sumo sacerdote tal como êste, e êle se assentou à direita do trono da majestade nos céus, servidor público do lugar santo e da verdadeira tenda, que Jeová erigiu, e não algum homem.” — Heb. 6:19, 20; 7:3, 25; 8:1, 2.
6. Quão eficaz é êste nôvo sacerdócio concedido a Cristo Jesus?
6 Dêstes textos, devíamos observar que Jesus não tinha nenhum predecessor no cargo, pois o que Deus lhe concedia era um sacerdócio inteiramente nôvo, que assumia tôdas as funções vitais dos anteriores sacerdócios e sacerdotes, um sacerdócio que duraria para sempre e que seria adequado para enfrentar todos os obstáculos aparentemente intransponíveis que separam o homem pecaminoso do seu Criador puro e justo. Também, aprendemos que a tenda erigida sob a supervisão de Moisés não é senão sombra da “verdadeira tenda” ou arranjo invisível e celeste, provido pelo próprio Jeová, de modo que os humanos arrependidos pudessem voltar à harmonia com êle e obter paz e vida.
CONJUNTO DE SUBSACERDOTES
7. Por que deveríamos esperar que Cristo tivesse um conjunto de subsacerdotes, e será que o apóstolo Paulo indica ser êste o caso?
7 Quando pensamos em um sumo sacerdote, pensamos nêle como o principal dum conjunto de sacerdotes. Assim, Aarão era o cabeça do conjunto de sacerdotes e auxiliares da tribo de Levi. Lembrar-se-á de que os varões da inteira tribo de Levi foram reivindicados por Jeová como Sua própria possessão especial em lugar e em substituição aos filhos primogênitos de tôdas as famílias de Israel que haviam sido poupados da morte na noite pascal. Foram colocados à parte das outras tribos a fim de cuidar de todos os serviços da tenda típica. Assim, somos levados a esperar que o Aarão Maior, Cristo Jesus, tivesse em associação com êle uma santa fraternidade de subsacerdotes que seriam escolhidos dentre os homens, e que serviriam sob êie na obra de tornar aceitáveis a Deus o acesso e a adoração das pessoas. Em consonância com tal expectativa, escreveu o apóstolo Paulo: “Por conseguinte, santos irmãos, participantes da chamada celestial, considerai o apóstolo e sumo sacerdote que confessamos — Jesus.” “Êle [Deus] nos salvou e nos chamou com uma chamada santa, não em razão de nossas obras, mas em razão de seu próprio propósito e benignidade imerecida.” — Heb. 3:1; 2 Tim. 1:9.
8. Como havemos de entender o que a tenda representa?
8 Que a “verdadeira tenda” representa algo invisível nos céus é sugerido por poder o povo de Israel, da porta do átrio da tenda de reunião de Moisés, ver apenas o que se passava fora da tenda. Tudo dentro da tenda era invisível a êles, e sempre era mantido oculto de sua vista, quer a nação estivesse acampada quer estivesse em marcha. Daí, também, se relacionarmos a tenda do deserto com o templo posterior, construído por Salomão, e que foi edificado segundo as mesmas linhas gerais, embora com materiais mais duradouros, podemos começar a entender o pleno significado daqueles lugares típicos de adoração. Jesus Cristo entrou nesta “verdadeira tenda” antes de começar a ser construído o templo de “pedras viventes” em Pentecostes de 33 E. C., conforme mencionado pelo apóstolo Paulo: “Portanto, certamente não sois mais estranhos e residentes forasteiros, mas sois concidadãos dos santos e sois membros da família de Deus, e fôstes edificados sôbre o alicerce dos apóstolos e profetas, ao passo que o próprio Cristo Jesus é a pedra angular de alicerce. Em união com êle, o edifício inteiro, sendo harmoniosamente conjuntado, desenvolve-se num templo santo para Jeová. Em união com êle também vós estais sendo edificados juntamente como lugar para Deus habitar por espírito.” O uso da expressão “desenvolve-se num templo santo” indica que êste santuário celeste não é acontecimento súbito, mas leva considerável tempo para ficar pronto. — Efé. 2:19-22.
9. Que fatos são muitíssimo apropriados quanto ao Santíssimo?
9 Paulo falou essas palavras aos cristãos do primeiro século, a seus co-proclamadores do reino de Deus. Assim, torna-se-nos patente que pessoas especialmente convocadas e selecionadas de entre o gênero humano se conscientizam da expectativa de se tornarem criaturas espirituais e celestes e de formarem santo sacerdócio sob Cristo. Note também que Deus há de habitar neste templo de “pedras viventes”. (1 Ped. 2:4, 5) Entretanto, no caso do antigo templo material sem vida, o compartimento Santíssimo da tenda do deserto prefigurava o lugar celeste da presença de Deus, pois continha a arca do testemunho com sua tampa de ouro com dois querubins sobrepostos, com asas estendidas, sombreando o que pareceria um assento de trono. O próprio Jeová declarou a Moisés: “Eu me apresentarei a ti lá e falarei contigo de cima da tampa, de entre os dois querubins que se acham sôbre a arca do testemunho, até mesmo tudo que te ordenarei para os filhos de Israel.” O grande Sumo Sacerdote e seu sacerdócio ouvirão e relatarão a todos os obedientes a voz de Jeová, a fonte de todo o poder, de tôda a autoridade e instrução. — Êxo. 25:22.
10. O que é representado pela cortina em frente do Santíssimo, e como isto confirma ademais nosso entendimento do significado daquele compartimento interno da tenda?
10 A nossa atenção a seguir se volta para o compartimento anterior da tenda. Divide-se do Santíssimo por bela cortina de linho bordada com querubins, assim como o é o inteiro revestimento interno de linho da tenda. A identificação desta cortina simbólica, fornecida sob inspiração, fornece a deixa para nosso entendimento do significado do compartimento exterior. Afirma o apóstolo Paulo: “Portanto, irmãos, visto que temos denôdo para com o caminho de entrada no lugar santo [o próprio céu], pelo sangue de Jesus, que êle inaugurou para nós como caminho nôvo e vivente através da cortina, isto é, sua carne.” (Heb. 10:19, 20) Visto que a cortina representou a carne de Jesus, segue-se que sua morte voluntária qual vítima perfeita e sacrificial abriu o caminho para sua reentrada na gloriosa presença de seu Pai por meio de sua ressurreição qual poderosa criatura espiritual. E o apóstolo indica explìcitamente aqui que por meio do sacrifício do corpo carnal de Jesus e do seu sangue, outros por fim o seguiriam para os céus, terminando sua carreira terrestre em fidelidade até à morte, sendo ‘vivificados no espírito’, como o foi seu Sumo Sacerdote. — 1 Ped. 3:18.
NOS LUGARES CELESTES
11. O que é representado pelo compartimento anterior da tenda, e como chegamos a entender isto?
11 Como lugar oculto, que não devia ser visto pelos adoradores não-sacerdotais de Deus, e, ainda assim, não representando a própria presença de Deus no céu, temos de concluir que o compartimento anterior era sombra de uma posição peculiar ocupada primeiro por Jesus e, mais tarde, por seus subsacerdotes enquanto ainda na carne. Tendo tirado proveito do mérito do sacrifício de resgate de Cristo, os subsacerdotes dedicaram suas vidas a Jeová, e êle, por sua vez, os chamou com uma chamada celeste. Dali em diante, tal chamada celeste ocupa o lugar mais prezado em seus pensamentos e em suas vidas. Para que, até mesmo enquanto estão na carne, na terra, passem a servir sob o glorificado Sumo Sacerdote, Jeová lhes dá nôvo nascimento por meio de Seu espírito santo, constituindo-os Seus filhos espirituais, e comissionando-os a realizar funções sacerdotais. Seu espírito santo que vem sôbre êles serve qual sinal adiantado da vida celeste que os aguarda como recompensa. Eis como o apóstolo Pedro se expressa: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, pois, segundo a sua grande misericórdia, êle nos deu um nôvo nascimento para uma esperança viva por intermédio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorrutível e imaculada, e imarcescível. Ela está reservada nos céus para vós, os que estais sendo resguardados pelo poder de Deus, por intermédio da fé, para uma salvação pronta para ser revelada no último período de tempo.” — 1 Ped. 1:3-5.
12. O que distingue os do sacerdócio sob Cristo dos outros adoradores de Jeová, e qual é a diferença real?
12 Êste “nôvo nascimento para uma esperança viva” é o que distingue o número limitado de pessoas chamadas para ser “sacerdotes de Deus e do Cristo” nos céus da grande multidão de outros adoradores de Deus cuja esperança é viver numa terra purificada, quando fôr inteiramente cumprida a oração: “Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.” (Mat. 6:10) Enquanto êstes subsacerdotes de Cristo ainda servem na carne, não têm aparência nem agem de forma diferente da grande multidão de servos de Deus cujas esperanças são terrestres. Todavia, no conceito de Jeová, já se acham no lugar de Sua proteção especial, e têm um conceito de sua relação espiritual para com Deus e Cristo que nenhuma outra pessoa pode compreender ou compartilhar plenamente. Sabem que antes de poderem juntar-se finalmente ao Cristo nos céus, têm de lealmente terminar seu serviço na terra como proclamadores ativos do nome e do propósito de Deus. Para êles existe a preciosa promessa: “Mostra-te fiel até a morte, e eu te darei a coroa da vida.” — Rev. 2:10; 20:6.
13. Como é que outros textos da Escritura descrevem os chamados para o sacerdócio celeste ao passo que ainda estão na carne?
13 Eis aqui como outros textos da Escritura descrevem a posição desta companhia sacerdotal enquanto ainda continuam na carne: “A vós os que fôstes santificados em união com Cristo Jesus, chamados para ser santos.” “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, pois êle nos tem abençoado com tôda bênção espiritual nos lugares celestiais em união com Cristo.” “Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo seu grande amor com que nos amou, vivificou-nos junto com o Cristo, mesmo quando estávamos mortos nas falhas — por benignidade imerecida é que fôstes salvos — e êle nos levantou junto e nos assentou junto nos lugares celestiais, em união com Cristo Jesus.” Com sua forte esperança de uma herança celeste e o senso profundo de responsabilidade que acompanha esta íntima relação com Deus e com Cristo, é como se já estivessem, em antecipação, sentados nos seus lugares reservados para êles nos céus. Quão apropriadamente isto foi prefigurado pelos querubins bordados que cercavam os privilegiados a entrar e a servir no compartimento anterior da tenda típica! — 1 Cor. 1:2; Efé. 1:3; 2:4-6.
SERVIÇOS SACERDOTAIS
14. (a) O que é indicado por mão serem visíveis as peças do mobiliário da tenda? (b) O que é representado pelo candeeiro?
14 O serviço do sacerdócio celeste enquanto ainda se mantêm ocupados na terra, pode ser discernido pelas peças do mobiliário daquele compartimento dianteiro da tenda típica. Visto que tôdas elas estão fora da vista dos israelitas postados à porta do átrio, têm de significar coisas que são discernidas espiritualmente, e a respeito das quais apenas os membros do sacerdócio celeste podem ter a mais plena apreciação. O iluminado candeeiro de ouro de sete hastes representa a luz espiritual que recebem por meio da Palavra e do espírito de Deus enquanto servem em seu estado espiritual aqui na terra. Sendo assim iluminados, portanto, têm a comissão de ser “a luz do mundo” por motivo de sustentarem bem alto e proclamarem de público o esclarecimento recebido de Deus por meio de Cristo. Assim como o óleo alimentava aquelas lâmpadas, assim o sacerdócio, sob Cristo, é iluminado pelo espírito santo de Jeová, e, sendo agora iluminados êles mesmos pelo candeeiro simbólico, ficam destarte aptos a transmitir a outros o conhecimento vitalizador da vontade e do propósito de Deus. (Sal. 119:105) Êste entendimento do significado do óleo é destacado por ter o grande Sumo Sacerdote, Cristo Jesus, sido ungido, não com óleo, mas com o espírito santo de Deus, como o apóstolo Pedro nos assegura: “Como Deus o ungiu [a Jesus] com espírito santo e poder.” — Atos 10:38.
15, 16. O que é sugerido pelo pão da proposição sôbre a sua mesa?
15 A mesa revestida de ouro para o pão da proposição, em que eram colocados os doze pães arredondados em duas fileiras de seis cada uma, com incenso sôbre cada fileira, é vista em seguida. Não sendo vistos pelos do lado de fora e ainda assim se tornando um meio de sustento do santo sacerdócio sob Aarão, representam a Palavra de Deus, da qual tem de se alimentar o sacerdócio espiritual, toda palavra procedente da bôca de Deus. (Deu. 8:3; Mat. 4:4; Jer. 15:16) Também, lembramo-nos da conversa entre Jesus e seus discípulos em certa ocasião: “Êle lhes disse: ‘Tenho alimento para comer de que vós não sabeis.’ Os discípulos começaram assim a dizer uns aos outros: ‘Será que alguém lhe trouxe algo para comer?’ Jesus disse-lhes: ‘Meu alimento é eu fazer a vontade daquele que me enviou e terminar a sua obra.’” (João 4:32-34) Naquele tempo, o espírito santo ainda não viera sôbre aquêles discípulos, de modo que não entendiam isso. Mais tarde, os membros ungidos com o espírito do Seu sacerdócio reconheceram que o poder sustentador para suas vidas como filhos espirituais de Deus procede de se alimentarem da Palavra de Deus e de sua devoção ao cumprimento da vontade de Deus para êles.
16 Outras ricas provisões de Jeová para o sustento de seu santo sacerdócio nos são trazidas à mente em relação, atualmente, com êste pão. Há a contínua provisão da verdade espiritual fornecida constantemente pelas colunas desta revista. Aos subsacerdotes de Cristo, atualmente, lembra-se constantemente da grande dívida de gratidão que têm para com Aquêle que lhes dá ricamente tôdas as coisas para seu usufruto. (1 Tim. 6:17) Com apreciação, ocupam-se do serviço da “verdadeira tenda” para o benefício de outras multidões de pessoas que amam a verdade e a justiça. — 2 Tim. 4:2.
17. Qual é o significado do altar de incenso de ouro?
17 O altar de incenso de ouro estava colocado bem em frente da cortina que ocultava da vista o Santíssimo. Êste era estacionário. Mas, havia um “incensário de ouro” que o sumo sacerdote carregava para dentro do Santíssimo no dia da expiação. Para que não morresse, o sumo sacerdote levava o incenso junto com brasas e fazia que a fumaça do incenso enchesse o Santíssimo antes de se aventurar a trazer o sangue dos sacrifícios especiais no dia de expiação anual. (Heb. 9:1-7) Correspondentemente, o ministério de Jesus de três anos e meio que levou à sua morte sacrificial e à sua ressurreição, foi marcado pela perfeita integridade no meio do calor ardente da perseguição e pela submissa oração a seu Pai, pedindo fôrças e orientação. (Heb. 5:7) No antigo Israel, os subsacerdotes podiam oferecer incenso no altar de incenso no Santo. (Luc. 1:8-10) Semelhantemente, com respeito aos subsacerdotes de Jesus Cristo, todos os membros de seu sacerdócio têm de orar incessantemente se hão de receber o necessário suprimento de espírito santo para manterem a integridade e obterem acesso às côrtes celestes. Visto que “o incenso significa as orações dos santos”, o estar sôbre o altar de incenso de ouro indicaria a provisão de Jeová para as unidas orações e integridade na terra dêste conjunto de sacerdotes sob Cristo. — Rev. 5:8; 1 Tes. 5:17.
OUTRAS REALIDADES
18. Visto que o altar de cobre não estava dentro da tenda, o que devíamos esperar quanto ao seu significado? O que entendemos que representa?
18 Do lado de dentro do átrio, logo junto à sua porta, erguia-se o altar de cobre. Visto que era visível aos que se achassem na porta, deveríamos esperar que representasse algo bem tangível. Também, tem de identificar-se de perto com os sacrifícios nêle oferecidos. Visìvelmente, aqui na terra, Jesus realmente ofereceu-se de modo voluntário qual sacrifício, há dezenove séculos, e, à base de sua morte sacrificial, começou a reunir ao redor de si uma organização de crentes, daqueles a quem transformaria em santo sacerdócio, no qual e por meio do qual seriam oferecidos a Deus sacriffcios espirituais, o “sacrifício de louvor” e de boas obras. (1 Ped. 2:5; Heb. 13:15, 16) Os antigos sacerdotes aarônicos nada tiveram que ver com êste altar simbólico em que Cristo foi oferecido. — Heb. 13:10-13.
19. Como é que o apóstolo Paulo explica a bacia de cobre do átrio?
19 Lavarem-se os sacerdotes na grande bacia de cobre situada na frente da tenda, e ao alcance da vista dos observadores, aponta para uma provisão para a limpeza do sacerdócio celeste, cujos efeitos seriam semelhantemente visíveis a pessoas aqui na terra. Paulo descreve o processo, quando escreve: “Também o Cristo amou a congregação [de seus subsacerdotes] e se entregou por ela, para que a santificasse, purificando-a com o banho de água por meio da palavra, a fim de que apresentasse a congregação a si mesmo em todo o seu esplendor, não tendo nem mancha nem ruga, nem qualquer dessas coisas, mas para que fôsse santa, e sem mácula.” Os resultados desta limpeza progressiva tinham de se tornar bem evidentes em suas vidas e atividades aqui na terra. — Efé. 5:25-27.
20. Expliquem o significado do átrio da tenda.
20 Aquêle mesmo átrio típico representa o estado de perfeição humana em que Jesus se ofereceu a Deus como o “um só sacrifício pelos pecados, perpètuamente”, como aquêle imaculado touro da oferta pelo pecado. (Heb. 10:12) Mas, como isso poderia ocorrer, talvez pergunte, visto que a inteira tribo de Levi, representando o sacerdócio celeste sob Cristo, servia do lado de dentro daquele cercado santo? A resposta pode ser observada do que Paulo diz a respeito dos tratos de Deus com aquêles chamados para o sacerdócio celeste “Mas vós fôstes lavados, mas vós fostes santificados, mas vós fôstes declarados justos no nome de nosso Senhor Jesus Cristo e com o espírito de nosso Deus.” (1 Cor. 6:11) Assim purificados do pecado adâmico pelo sangue de Cristo Jesus e reputados justos, como se fôssem humanos perfeitos, o conjunto de subsacerdotes espirituais se conscientizam da esperança de filiação espiritual e são chamados a depor sua imputada vida humana perfeita em serviço fiel, segundo o exemplo de seu Sumo Sacerdote.
21. Por que devia a presença na terra de um restante dos membros do sacerdócio celeste servir de grande encorajamento para nós, atualmente?
21 Quão contentes deveríamos todos nos sentir em saber que vivemos no tempo em que os últimos membros remanescentes daquele santo sacerdócio que ainda não terminaram seu curso terrestre ainda se acham em nosso meio! Sua própria presença nos une em forte e corajosa unidade para enfrentar os tempos críticos que sobrevieram agora à terra. Assim como o serviço santificador dos sacerdotes típicos trouxe o favor e a orientação divina a Israel, assim também podemos ter certeza de que Deus lida com criaturas imperfeitas aqui na terra, atualmente, e que, pelo Seu sacerdócio, por fim proverá o acesso à Fonte da vida para multidões de pessoas arrependidas de tôda nação, tribo, de todo o povo e de tôda a língua.
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(Para o texto formatado, veja a publicação)
Plano Fundamental do Tabernáculo
1. SANTÍSSIMO
2. Arca
3. Cortina
4. SANTO
5. Altar de Incenso
6. Mesa
7. Candeeiro
8. Cortina
9. Bacia
10. Altar de Holocaustos
11. Porta