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  • Perguntas dos Leitores
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
w72 1/4 pp. 221-223

Perguntas dos Leitores

● Dirigindo-se aos “ricos”, o discípulo Tiago disse: “Assassinastes o justo.” (Tia. 5:1, 6) Visto que dirigia a carta a cristãos, o que queria ele dizer com isso? — E. U. A.

A palavra “justo”, no singular, evidentemente se refere ao Senhor Jesus Cristo. Isto é confirmado pelas palavras do apóstolo Pedro dirigidas aos judeus: “Repudiastes aquele santo e justo, e pedistes que um homem, um assassino, vos fosse concedido liberalmente, ao passo que matastes o Agente Principal da vida.” (Atos 3:14, 15) De modo similar, o discípulo Estêvão disse aos que ouviam a sua defesa perante o Sinédrio: “A qual dos profetas foi que os vossos antepassados não perseguiram? Sim, mataram os que faziam anúncio antecipado a respeito da vinda do justo, cujos traidores e assassinos vós vos tornastes agora.” — Atos 7:52.

É digno de nota que o Sinédrio, o supremo tribunal judaico, que sentenciou Jesus à morte, se compunha de homens ricos e proeminentes. (Veja Mateus 26:59, 66; 27:57; Marcos 15:43; João 3:1; 7:45-51.) Portanto, definitivamente havia “ricos” envolvidos no assassinato de Jesus Cristo.

Mas o ato de assassinar o “justo” não precisa ser limitado a este assassinato do Filho de Deus. Segundo as palavras de Jesus encontradas em Mateus 25:40, o Filho de Deus considera o tratamento dado aos seus “irmãos”, seus seguidores gerados pelo espírito, como sendo dado a ele mesmo.

Quando Tiago escreveu a sua carta (antes de 62 E. C.), os cristãos estavam sendo perseguidos principalmente pelos judeus. O primeiro mártir cristão, Estêvão, foi morto por uma turba de judeus, depois de ter apresentado a sua defesa perante o Sinédrio. (Atos 6:15; 7:57-60) A perseguição dos cristãos pela autoridade governamental romana só começou em 64 E. C., depois do grande incêndio que arrasou Roma, destruindo cerca de uma quarta parte da cidade. Segue-se logicamente que os “ricos” a que Tiago se referiu eram os ricos entre os judeus, direta ou indiretamente (pela sua perseguição dos cristãos) envolvidos no assassinato de Jesus Cristo. — Mat. 27:24, 25.

Tiago dirigiu-se aos ricos como classe, de certo modo paralelo ao que Jesus Cristo fez quando falou em certa ocasião aos seus discípulos. Depois de descrever diversas felicidades, Jesus disse: “Ai de vós, ricos, porque já tendes plenamente a vossa consolação.” (Luc. 6:20-24) Embora os ricos, como classe, evidentemente não iriam ler a carta dele, Tiago, ao empregar o estilo literário de elocução direta, estava ajudando os cristãos a obter o ponto de vista correto. Terem os ricos que ‘uivar por causa das misérias que lhes haviam de sobrevir’ serviria de advertência aos cristãos, para não se tornarem materialistas. (Tia. 5:1; veja Tiago 4:13-15.) Seria também animador para eles saber que a opressão por parte da classe rica cessaria no tempo devido de Deus.

Nós, como cristãos, precisamos ter cuidado para não aos tornarmos culpados de assassinar o “justo”. Em outra parte de sua carta, foi de fato aos cristãos que Tiago disse: “Prosseguis assassinando.” (Tia. 4:2) De que modo? Evidentemente, estes cristãos, na realidade, não haviam matado a ninguém. Mas, evidentemente, deixaram de fazer o bem aos seus irmãos. Talvez, embora estivessem em condições de ajudar irmãos necessitados, negaram-se a fazer isso. Talvez tenham tratado com ar de superioridade alguns mais humildes, desprezando-os, ou talvez tivessem deixado que a cobiça, a inveja ou o orgulho os levasse a odiar certos dos seus irmãos. Qualquer desses modos os podia tornar culpados de assassinato. (Tia. 1:27; 2:15, 16) Outro escritor bíblico, o apóstolo João, salientou o mesmo ponto: “Todo aquele que odeia seu irmão é homicida, . . . nós temos a obrigação de entregar as nossas almas pelos nossos irmãos. Mas, todo aquele que tiver os meios deste mundo para sustentar a vida e observar que o seu irmão padece necessidade, e ainda assim lhe fechar a porta das suas ternas compaixões, de que modo permanece nele o amor de Deus?” — 1 João 3:15-17.

Sim, esta atitude assassina foi até mesmo demonstrada por alguns cristãos no favoritismo que demonstraram para com os ricos. Embora Deus tivesse em geral escolhido pessoas pobres para se tornarem herdeiros do Reino, certos cristãos cuidavam de que qualquer pessoa rica que viesse às suas reuniões obtivesse um bom lugar, mas encaminhavam os pobres a se sentarem num lugar muito humilde. Julgavam assim o mérito da pessoa à base de seus bens. Deixavam de reconhecer o pobre como seu próximo que merecia plenamente seu amor. Salientando o erro de tal ação, Tiago escreveu: “Vós . . . desonrastes o pobre. Não vos oprimem os ricos e vos arrastam perante os tribunais? Não blasfemam eles do nome excelente pelo qual fostes chamados? Ora, se estiverdes executando a lei régia, segundo as Escrituras: ‘Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo’, fazeis muito bem. Mas, se continuardes a mostrar favoritismo, estais praticando um pecado.” — Tia. 2:19.

Mostram alguns de nós, cristãos, certo favoritismo para com pessoas à base de sua posição no mundo, sua educação superior ou sua condição financeira? Favorecemo-las mais do que outras nas nossas ‘assembléias’? Isto, certamente, estaria fora da harmonia com o conselho de Tiago. Embora haja exceções, a atitude dura, desamorosa, é muito comum entre os membros ricos e influentes da sociedade humana da atualidade. Portanto, nenhum de nós deve achar que certas pessoas merecem que se lhes mostre favoritismo apenas por causa de seus bens; nem o devíamos esperar nós, se tivermos certas posses. Foi por isso que Tiago trouxe a atenção a opressão de que os ricos, como classe, eram culpados. Não os pobres, mas os ricos eram os que freqüentemente arrastavam os cristãos perante os tribunais e os maltratavam.

Portanto, para que o cristão não se torne culpado de assassinar o “justo”, num sentido representativo, ele precisa cultivar intenso amor aos seus concrentes. Não deve menosprezar a nenhum dos seus irmãos, não importa quão humilde possa parecer. Se Jeová Deus considera a estes como merecedores de seu amor, certamente nenhum dos seus servos deve dar a entender que é maior do que Ele, por negar-se a amar aos que Ele ama. Antes, deseja usar seu tempo, seus talentos e seus bens de modo altruísta a favor de seus irmãos, todos eles. Conforme disse o apóstolo Paulo: “Eu, da minha parte, de muito bom grado gastarei e serei completamente gasto em prol das vossas almas.” — 2 Cor. 12:15.

● Quem eram os “espíritos em prisão” aos quais Jesus pregou, conforme diz 1 Pedro 3:19, quando pregou a eles e dava-lhes esta pregação a oportunidade de se arrependerem? — E. U. A.

Em 1 Pedro 3:20, os “espíritos em prisão” são descritos como sendo os que “outrora tinham sido desobedientes, quando a paciência de Deus esperava nos dias de Noé”. Na sua segunda carta inspirada dirigida aos cristãos, Pedro se refere a eles como sendo “anjos que pecaram”. (2 Ped. 2:4, 5) E o discípulo Judas acrescenta: “Os anjos que não conservaram a sua posição original, mas abandonaram a sua própria moradia correta, ele reservou com laços sempiternos, em profunda escuridão, para o julgamento do grande dia.” — Judas 6.

Aqueles anjos abandonaram realmente a sua moradia correta antes do dilúvio dos dias de Noé, conforme revela Gênesis 6:2, onde lemos: “Os filhos do verdadeiro Deus começaram a notar as filhas dos homens, que elas eram bem-parecidas; e foram tomar para si esposas, a saber, todas as que escolheram.” Sim, estes filhos espirituais de Deus, ou anjos, tinham a faculdade de se materializar em forma humana, conforme é evidenciado por anjos fiéis fazerem isso sob orientação divina para transmitirem mensagens a homens na terra. (Gên. 18:1, 2, 8, 20-22; 19:1-11; Jos. 5:13-15) Entretanto, quando muitos anjos, de própria iniciativa, deixaram seu lugar correto e seu serviço designado nos céus, a fim de usufruírem relações carnais, fizeram algo que era contrário à lei de Deus. Tornaram-se culpados de perversão, conforme indica a comparação feita por Judas entre o pecado daqueles anjos e a perversão sexual de que eram culpados os habitantes de Sodoma, Gomorra e cidades circunvizinhas. — Judas 7.

Quanto ao tempo da pregação de Jesus aos “espíritos em prisão”, Pedro prossegue, depois de salientar que Cristo havia sido “vivificado no espírito”: “Neste estado [quer dizer, no estado de Jesus como pessoa espiritual], também, ele foi e pregou aos espíritos em prisão.” (1 Ped. 3:18, 19) Isto coloca a pregação de Jesus a eles após a sua ressurreição para a vida espiritual. E usar Pedro o pretérito perfeito (“pregou”) sugere que tal pregação era feita antes de ele escrever a sua primeira carta (por volta de 62-64 E. C.).

A Nova Bíblia Inglesa verte 1 Pedro 3:18, 19, como segue: “Foi morto no corpo; foi vivificado no espírito. E no espírito ele foi e fez a sua proclamação aos espíritos encarcerados.” Neste respeito, devemos lembrar-nos de que, na noite da Páscoa, antes de ele ser traído e preso, Jesus disse aos seus apóstolos: “O governante do mundo esta chegando. E ele não tem nenhum poder sobre mim.” “É quando este [o espírito de Deus] chegar, dará ao mundo evidência convincente a respeito do pecado, e a respeito da justiça, e a respeito do julgamento: . . . a respeito do julgamento, porque o governante deste mundo tem sido julgado.” (João 14:30; 16:8-11) Nesta base, o ressuscitado Jesus Cristo podia fazer uma proclamação aos anjos a respeito do então plenamente justificado julgamento proferido contra os espíritos encarcerados. Foi só isso que podia fazer para com aqueles espíritos em prisão, a saber, fazer-lhes uma proclamação a respeito do julgamento, com motivos mais fortes do que quando estava no seu estado espiritual pré-humano e disse ao Diabo: “Jeová te censure.” (Judas 9) Ainda não chegara o tempo para o ressuscitado Jesus Cristo lançar os espíritos encarcerados no abismo. Quando entrou no Santíssimo do templo celestial para apresentar o mérito do seu sacrifício resgatador a Jeová e depois se assentar à direita de Jeová, dificilmente teria sido apropriado ele incomodar-se com os espíritos em prisão e ir pregar-lhes. Por isso, não há motivo para imaginar que o ressuscitado Jesus teria convidado todas as criaturas espirituais iníquas a se reunirem para que lhes pudesse pregar

Deve ser lembrado que a palavra grega para pregar (kerýsso) se refere a uma proclamação que pode ser boa ou má, como quando Jonas proclamou a vindoura destruição de Nínive. Conforme Judas salientou, os anjos desobedientes foram reservados para “o julgamento do grande dia”. Portanto, a pregação do ressuscitado Jesus a tais anjos injustos só podia ter sido uma pregação de julgamento condenatório.

Que Jesus não podia ter dado aos “espíritos em prisão” uma oportunidade de se arrependerem é esclarecido pelas Escrituras. Hebreus 2:16 diz: “Ele [Jesus] realmente não auxilia em nada os anjos.” Também, as criaturas espirituais que se rebelaram não haviam sido criadas com a inclinação para falharem quanto a lei perfeita de Deus. Sua situação, portanto, seria de certo modo comparável a dos cristãos ungidos pelo espírito que apostatarem. A respeito de tais diz Hebreus 6:4-6: “É impossível, quanto aos que de uma vez para sempre foram esclarecidos, e que provaram a dádiva celestial gratuita, e que se tornaram participantes do espírito santo, e que provaram a palavra excelente de Deus e os poderes do vindouro sistema de coisas, mas que se afastaram, reanimá-los novamente ao arrependimento.” Ora, se é impossível ajudar a tais apóstatas ao arrependimento, embora sejam imperfeitos na carne, por certo é também impossível que anjos espirituais que pecam deliberadamente se arrependam.

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